O jogo começa.



N/A:Bom gente, vocês talvez me conheçam como autora de duas fics sobre J/L mas talvez essa seja a fic com que eu mais me identifico, a mais pessoal. Por que? Porque o primeiro beijo da minha vida foi dado em um desses jogos de verdade e conseqüência em uma festa onde todos estavam se beijando. Eu sei o que vocês devem estar pensando: “Que garota sem personalidade, beijou uma pessoa só porque todo mundo tava fazendo. Que ridícula!!!”
Mas garanto que se vocês pensarem um pouco vão se lembrar que também já devem ter feito algo só para agradar os outros ou para parecer “descolada”.Desculpa se eu tô incomodando vocês com esse depoimento pessoal chato mas a mensagem que eu quero passar é a seguinte: Nunca (mas nunca MESMO) façam algo sobre pressão de um grupo. A vida é sua e ninguém deve se meter. Ah, só pra quem estiver interessado: Eu não era apaixonada pelo guri que beijei e ele era um idiota. Mais um motivo para seguirem a minha dica. Mas, vamos a história...
P.S: Ela é uma shortfic mas provavelmente vai ter dois capítulos que eu vou tentar postar no mesmo dia.

Verdade ou conseqüência?

Lily estava sentada em uma poltrona do salão comunal lendo um livro.( N/A: Pra variar :p) Esse era o único passatempo que gostava de fazer quando o inverno chegava em Hogwarts. Essa era a única época do ano em que podia ficar no castelo sem ser incomodada por suas amigas Liana e Suzana do “por que ficar dentro do castelo quando se pode ver gente lá fora?”. Também era na época do Natal em que seus deveres de monitora –chefe diminuíam um pouco. Não havia pirralhos do primeiro ano correndo para ela para reclamar de coisas como: “Monitora Lílian, alguém roubou meu suéter cor-de-rosa com glitter no dormitório feminino”, “Monitora, alguém colocou um morcego no dormitório masculino do primeiro ano. A senhoria acha que eles podem sugar o sangue da gente enquanto dormimos?”, “Monitora Lílian, alguém fez xixi fora do vaso durante a noite e ninguém quer limpar, a senhorita poderia resolver o problema?”
Eram tantas responsabilidades que a ruiva sempre pensava em desistir do cargo e voltar a ser uma aluna do 7º ano normal cuja única responsabilidade era estudar para os NIEM’S. Mas ela sempre reconsiderava e voltava a ser capacho dos mimados alunos novos.
“ Bom, pelo menos essa semana eu vou ter sossego já que todos os pirralhos, quero dizer, primeiranistas foram para casa passar o Natal.” Pensava ela.
Mas é claro que o sossego não iria durar muito já que um grupinho em particular denominado “Os Marotos” havia resolvido passar o feriado em Hogwarts.
“Não sei como Dumbledore não manda eles pra casa a força... Vai ver nem as mães deles agüentam eles em casa” Pensava ela com raiva.
Sem nem ter tempo de continuar a bolar uma maneira de aniquilar os marotos de uma maneira lenta e dolorosa, eles entram pela porta do retrato conversando.
- James,esse feriado promete... O castelo tá quase vazio, a gente pode aprontar o quanto quiser com chances mínimas de pegar uma detenção. –Disse um dos Marotos, Sirius Black para o melhor amigo James Potter.
Nos últimos três anos James Potter havia se tornado o membro dos Marotos que Lily menos suportava. Ele era metido, galinha, arrogante, pretensioso, “se achava”... Enfim era a mistura de todos os defeitos já criados pela humanidade na opinião de Lily. E o pior, desde o quinto ano James começou a pedir para sair com ela sempre com a justificativa de que ela era o amor de sua vida e que não importava o quanto ela dissesse não ela também o amava. Lily sempre ria e dizia que ele estava “fora da casinha” por achar que alguma garota podia amá-lo de verdade. Mas esse não era o caso agora, o problema é que os marotos iriam se aproveitar da evasão do corpo discente (N/A: Eca, eu tô falando em linguagem de diretor de escola chato :/) para botar fogo na escola na pior das hipóteses.
Lily não podia deixar isso acontecer, ela criou coragem e se levantou da poltrona que estava escondendo-a e caminhou a te um Sirius surpreso pela presença dela no Salão Comunal:
- Escuta aqui Black – disse Lily com o dedo na cara dele – essa escola pode estar QUASE vazia, mas não está COMPLETAMENTE vazia. Então você e o resto da sua trupe não tem o direito de aproveitar a ausência da maioria dos alunos para vandalizar a escola.
Sirius olhava para a ruiva zangada de boca aberta. Ele não havia entendido uma palavra do que ela dizia. Quer dizer, Merlim o havia abençoado com a beleza, mas esqueceu um pouco da inteligência para compreender a linguagem dos CDF’s. Então ele resolveu perguntar:
- Dá pra repetir isso na minha língua?
Lily ficou vermelha de raiva e estava se preparando para dar uma resposta mal educada, percebendo isso o Maroto mais inteligente e também amigo de Lily, Remo respondeu:
- Ela tá querendo dizer que você não pode aproveitar que a galera vazou para virar a escola de pernas para o ar.
- Ah, por que ela não explicou desse jeito então? Ficava bem mais fácil pro Papai aqui.
Disse Sirius apontando para si mesmo.
Lily respondeu:
- Porque eu fui abençoada com o dom da oratória e seria um desperdiço não usa-la, Black.
James, que para o espanto de Lily ainda não havia se manifestado, resolveu se intrometer.
- “És tão inteligente quanto és bela”
Lily dirigiu o olhar para ele com cara cética e respondeu:
- Você acha que poesia de pára-choque de caminhão vai me conquistar?
- “Pára-choque de caminhão”? Que diabos é isso? - Perguntou ele.
Ops, ela havia esquecido que James era puro sangue e não sabia nada do mundo trouxa, para evitar explicações apenas respondeu:
- Deixa pra lá Potter.
- Sabe Lily, eu acho que você anda muito estressada.
“Você nem faz idéia” Ela pensou consigo mesma.
- Por isso eu acho melhor você participar de um joguinho de “Verdade ou Conseqüência” que nós estávamos planejando para hoje á noite.
- Potter, se você acha que eu vou participar de um jogo que envolva você, eu e uma distância menor de três metros entre nós, pode ir tirando o morceguinho da chuva. – Respondeu Lily.
- É Lily, pode ser divertido – Disse Remo
- Até tu, Remo.
- É ruivinha, não vai tirar pedaço. – Concordou Sirius.
- Olha aqui, eu não vou participar. – Lily pensou um pouco- Pelo menos não sozinha.

Dormitório Feminino do Sétimo ano da Grifinória.

- VOCÊ CONCORDOU EM FAZER O QUÊ? – Berrou Liana
- Isso mesmo que você ouviu Senhorita Liana. Nós vamô jogar Verdade ou Conseqüência com os Marotos daqui a meia hora.
- Lily, você odeia eles... Como foi que concordou em jogar um jogo desses com eles? - Perguntou Suzana.
- Eles doparam ela, só pode ser. E pelo tamanho da loucura deve ter sido a dose de um hipogrifo. – Disse Liana.
- Não, eles não me doparam. Eu só achei que essa seria uma boa oportunidade pro Potter ficar satisfeito e sair do meu pé. – Justificou Lily
- Ou então a oportunidade perfeita pro Black se aproveitar de mim. – Retrucou Liana
- Como assim Li? - Perguntou Suzana
- Ora, vai dizer que você ainda não reparou que o Black e o Potter estão competindo pra ver quem mais “dá em cima” de mim ou da Lily.
- Claro que eu já reparei Li, só que eu não acho que o Black faria alguma coisa, ‘cê sabe, á força. – Respondeu Suzana.
- De garotos como o Black a gente sempre pode esperar tudo. – Retrucou Liana
- E o Potter também não fica atrás. – Comentou Lily.
- Tem diferença sim Lily, o Potter realmente gosta de você, já o Black é só um cachorro pervertido. – Disse Liana.
- Tá certo Li, vamos fazer um trato. Se a gente perceber que os dois estão meio que... mal intencionados a gente sobe pro dormitório o mais rápido possível.
Liana pensou um pouco e respondeu para a amiga:
- Tá certo, mas eu não sento perto do Black, já quero deixar isso bem claro.
- Tá bom,quando a gente for se sentar vamos fazer o máximo pra ficar distantes do Potter e do Black.
- Nem a altura do Salgueiro Lutador é distante o suficiente. – Comentou Liana
Elas riram e deixaram o dormitório e desceram para encarar o martírio que as aguardava. Lily se perguntava se um jogo de Verdade ou Conseqüência seria suficiente para James Potter sair do pé dela.

- Até que fim vocês chegaram. Já estamos esperando vocês a um tempão. – Disse Sirius sempre “educado”.
- Também é bom te ver Black. – Disse Liana sarcástica
- Ah, desculpa se eu não te cumprimentei adequadamente amor. – Disse Sirius colocando o braço ao redor do pescoço dela. Ela, indignada resolveu impor as regras.
- Escuta aqui Black, eu fui arrastada para esse jogo pela Lily então me deixa esclarecer umas coisinhas. Deve sempre haver uma distância mínima de meio metro entre nós – Ela o afasto com um braço de forma que ficassem mais ou menos a meio metro de distância. – Nada de gracinhas, abracinhos e principalmente... nada de beijinhos.
Dizendo isso, Sirius a puxou para perto de si deu um beijo daqueles de cinema. Ela tentou resistir mas não conseguiu, ele era mais forte do que ela. Quando finalmente ele a soltou, recebeu um belo tapa que deixou seu rosto vermelho.
- Por que você me beijou, seu cachorro? – perguntou Liana.
- Ué, você disse nada de beijinhos, não mencionou nada sobre beijões. (n/a: Adoro a esperteza do Sirius.)
- Ele meio que tem razão sabe Liana. – Disse James enquanto Liana limpava a boca
- Tá bom Black, daqui pra frente nada de beijões também. – Disse Liana para Sirius.

Eles resolveram se sentar para o jogo, enquanto a garrafa de Cerveja Amanteigada que os Marotos havia ido buscar na cozinha girava Lily começava a se sentir culpada pelo que havia acontecido a Liana, será que aquele jogo de verdade ou conseqüência poderia ter resultados drásticos para ela e a amiga?

- Lily, O QUE VOCÊ ESCOLHE? – Berrou James que estava sentado a sua frente.
Lily foi acordada de seus devaneios e olhou para baixo, a ponta da garrafa estava apontando para ela e o fundo para James, ela teria que escolher entre verdade ou conseqüência.
- Ahn... Verdade, eu acho.
- Tá bom. Por que você nunca aceitou sair comigo hein Lily?
- Porque você é um babaca convencido que só quer saber de se aproveitar das garotas. – Respondeu Lily.
- Mal jeito Pontas. – Pirraçou Sirius.
James não deu atenção e continuou a olhar no olhos dela.
- Qual é Lily? Eu mudei e você sabe disso. Vai me dizer que não reparou que eu não tenho saído com ninguém?
Era verdade e Lily sabia. Mas ela também sabia que não podia alimentar o ego do Potter dando razão a ele. Resolveu escapar da pergunta:
- Esse jogo só permite uma pergunta de cada vez Potter.
James se deu por vencido, começou a achar que a ruiva nunca ia admitir que gostava dele de verdade apesar dos vário sinais que dava para ele sem querer. Sempre que ele lhe roubava beijos ela retribuía mas sempre fingia que não gostava depois. Até no jeito que ela o encarava havia sentimento, e esse sentimento não era a raiva que ela tentava demonstrar.
A garrafa continuou a girar, dessa vez apontando para Liana e quem iria fazer a pergunta era... Sirius.

CONTINUA...






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