Dupla Personalidade...



Dupla Personalidade





 



Corri para o castelo o mais rápido que minhas pernas poderiam, as lágrimas rolavam em meu rosto, embaçando minha visão. O vento brincava com meus cabelos e quando alcancei a porta principal, o cansaço me fez colocar as mãos nos joelhos e respirar centenas de vezes procurando oxigênio.


 


Meu coração chorava, cansado de sofrer em silêncio...


 


Dei alguns passos para frente e senti uma mão em minha cintura, alguém me abraçava fortemente, eu não tinha forças para que a curiosidade ganhasse... A vontade de saber quem me segurava e me deixava chorar baixinho em seu ombro não venceu meu sofrimento audível.


 


Soluços, lágrimas... Uma pessoa vulnerável.


 


- calma! _ reconheci a voz imediatamente, agora estava explicado esse conforto em seus braços.


 


- não...Tire...Sarro...De...Mim _ falei, por entre soluços e ele riu.


 


Malfoy me afastou um pouco de seu ombro e puxou meu queixo de modo que eu pude encontrar suas íris azuis... Ficamos assim por um momento e então, lentamente, ele capturou meus lábios.


 


Seus lábios vermelhos, frios...E a sensação que os beijos de Draco me proporcionavam era de profundo desejo, calor e frio, misturados em um só momento, no instante em que se chocavam, um tipo de choque elétrico corria pelas minhas veias.


 


Quando sua língua pediu passagem por entre meus lábios, consenti e uma dormência tomou conta de meu corpo, era uma sensação estranha ser beijada por Malfoy... Estranha e sublime...


 


 Era algo que não queria deixar de fazer...


 


Não tinha forças para distanciá-lo de mim, estava com medo de ficar sozinha com aquela dor que ainda latejava em meu coração.


 


Draco se afastou de mim.


 


- sem perguntas _ disse, e ele confirmou com a cabeça.


 


- você sempre me encontra em horários impróprios. _ ele disse, tentando mudar de assunto.


 


- eu te encontro? _ eu ri dele _ - você que fica sempre a espreita.


 


- não seja convencida, loira.


 


- estou sendo realista. _ eu disse, fazendo-o girar as íris azuis de tédio. _ - o que anda fazendo vagando pelos corredores?


 


- estava sem sono.


 


- você estava aprontando algo.


 


- amanhã você verá.


 


- affz... _ tinha certeza que meus olhos estavam vermelhos, e minhas pupilas estavam se fechando.


 


- queria deixar uma coisa bem clara...


 


- pode dizer.


 


- não sou seu bonequinho que você usa e depois descarta, e muito menos seu amigo. _ ele dizia essas palavras de uma forma que não me deixava com raiva ou triste, era como uma brincadeira pra ele.


 


- posso viver sem a sua amizade. _ brinquei, e depois dei um tapa no ombro dele saindo dali.


 


Subi alguns degraus e depois algo me fez olhar para a porta principal, como se uma força invisível puxasse meu olhar naquela direção, e lá eu vi caída no chão, uma perfeita rosa branca que deixava um rastro desconhecido para mim.


 


 


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- cala a boca, Fred _ mandou uma loira empurrando o ruivo da sua frente.


 


- Melissa, você bebeu demais. _ ralhou, Fred, tentando pegar a loira que estava se escondendo atrás do sofá.


 


Mei riu da cara dele.


 


- a vida é bela... uhhh _ disse, pulando e derramando uísque na sua roupa. _ - eu amo todo mundo.


 


- tenho certeza que sim. _ ele deu uma investida, mas a loira saiu pelo outro lado correndo.


 


Ela esbarrou em alguém que dançava na pista e o copo caiu no chão, estava com o rosto vermelho de tanta euforia e fez beicinho.


 


- olha por onde anda, seu babaca _ rugiu demonstrando raiva e divertimento.


 


O menino deu as costas pra ela e beijou a namorada.


 


Enquanto isso, Fred chegava discretamente ao seu lado e acabava com a esperança de fuga da loira, segurando em sua cintura e puxando-a para o sofá.


 


- hey, me escuta _ começou, segurando o rosto dela com uma das mãos. _ - você não vai mais beber...


 


- você não manda em mim.


 


- enquanto você estiver sob meu domínio...Não vai beber.


 


Ela revirou as íris que pareciam águas intensas e de uma cor azul turquesa que afogavam qualquer um que olhasse profundamente, ele gargalhou.


 


- seu chato _ xingou, a loira, dando língua.


 


- bem que você adora esse chato. _ afirmou, chegando mais perto dela.


 


A loira estava sem ação, tudo estava contra sua sanidade, a musica romântica, Fred espetacularmente maravilhoso, a bebida ordenando que ela abandonasse sua razão e embarcasse naquela paixão, piscou várias vezes e resolveu virar o rosto.


 


O ruivo beijou a bochecha dela...


 


- eu tenho namorado. _ ralhou, fuzilando-o com os olhos.


 


- está na hora de você admitir que me quer.


 


Mei se desvencilhou dos braços dele assim que sentiu o aperto afrouxar, e correu por entre as pessoas, gargalhando quando uma outra loira apareceu na sua frente.


 


- Gi, eu não estou sentindo nada... Não sinto meus pés, nem minhas mãos... _  constatou, para a menina a sua frente, cambaleando um pouco. _ - estou nas nuvens.


 


- por que você fez isso? _ questionou a nova loira.


 


- isso o que?


 


- você sabia que aquele era um sonho impossível, Harry e eu nunca vamos ficar juntos... Aquilo era algo que eu tinha esquecido... E você o ajudou relembrar...


 


- eu o ajudei porque ele te ama.


 


- não...NÂO...


 


Mei estava confusa, por que Gina agia daquela maneira descontrolada, não existia autocontrole naquela menina.


 


- ele não me ama, Mei... Você não entende?! Ele só me queria para ser mais uma... Ou talvez, só seja uma aposta que ele fez com a Chang.


 


- Gina, você está confundindo as coisas...Isso é passado...Você tem noção do que está falando?! _ ela levantou a sobrancelha em questão.


 


- eu simplesmente não posso aceitar...


 


- deixa de ser burra...


 


As lágrimas começavam a cair dos olhos de Gina.


 


- ele me magoou...É difícil confiar, novamente.


 


- ele não sabia que aquilo era amor, e ainda não sabe...Se você pelo menos tentar...


 


- aquilo virou um ódio constante, não sinto mais nada por ele...


 


Gina tocou no pingente em seu pescoço e saiu de lá...


 


A loira ficou observando o lugar por onde a amiga havia passado, queria ir atrás dela, mas sabia que esse era o momento que ela precisava derramar todo aquele ódio reprimido. A personalidade de Gina havia mudado, não era ela que estava ali e sim outra pessoa que a loira não via há anos, como uma dupla personalidade.


 


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- Hermione, Hermione... _ uma menina desconhecida estava chamando por ela, a morena virou-se para responder o chamado e a garota sorriu.


 


- oi. _ as duas estavam na porta do dormitório feminino.


 


- você poderia entregar essa carta para o Harry? _ perguntou, com uma falsa timidez.


 


- é claro. _ respondeu, e pegou a carta que a menina estava oferecendo a ela.


 


A carta estava lacrada e sem destinatários.


 


- por favor, não esqueça.


 


- não se preocupe, eu entrego. _ concordou sorrindo, colocou o envelope dentro da bolsa que levava e se despediu.


 


O que ela queria com o Harry?!


 


Hermione mordeu os lábios, curiosa.


 


-- Ahh, não vai matar ninguém se eu lê –


 


Olhou para sua bolsa e deu meia volta para o dormitório, vazio.


 


Abriu a porta fechando logo em seguida ao passar, e pegou a carta de dentro da bolsinha.


 


- que situação patética, Hermione. _ disse para si mesma quando olhou pra carta. _ - é só curiosidade.


 


Colocou o envelope na sua bolsa, novamente, e se arrumou para descer, pensou por um instante e mordeu o lábio inferior sentando-se numa das camas, pegando a carta e rasgando o lacre.


 


Desdobrou a folha e leu:


 


“ Harry, diga para o Rony me esperar depois da festa no salão, estou com muita saudade desse ruivo.


 


Beijinhos, Lilá Brown”


 


Quando leu aquelas palavras, não acreditou mais em seus olhos e sentiu vontade de rasgar aquela maldita carta, ou então jogá-la nas fuças daquele ruivo safado.


 


Um aperto em seu coração a fez derramar lágrimas.


 


- não acredito que fui enganada.  


 


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O ar estava um pouco gélido, outono ia embora assim que os dias passavam, com as mãos nos bolsos da jeans, visualizou o campo de quadribol a sua frente.


 


Agora via que se precipitara em pensar que poderia amar, aquela busca pela mulher de seus sonhos, aquela que poderia lhe fazer feliz, ainda estava pendente. E enquanto ela não chegava, não ia fazer mal se divertir com todas que conseguisse seduzir.


 


Um barulho de galhos sendo quebrados tirou o maldoso sorriso que se instalou em seus lábios, olhou para a origem do som e viu Milla correndo para seus braços, chorando.


 


- Harry _ chamou seu nome por entre soluços e encostou a cabeça em seu ombro.


 


- o que foi, Milla?


 


- a Chang, olha o que ela me fez? Te procurei por toda parte... Onde estavas? _ ela se afastou do meu corpo e pude ver do que estava falando, o cabelo da loira havia sido cortado pela metade e rastros de tinta laranja misturada com verde se encontravam em toda parte.


 


Marcas de unhas também podiam ser visualizadas, nos braços dela.


 


- Cho? Fez isso? _ perguntou, ainda processando a informação.


 


- eu te disse que ela poderia fazer qualquer coisa.


 


- vamos, sair daqui... Tenho que falar com alguém _ passou um dos braços ao redor dos ombros da menina, como se estivesse protegendo-a.


 


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- Harry, acho que vou ter muito trabalho aqui. _ avisou, Hermione, eles se encontravam numa sala vazia.


 


- faz o que você puder, Mione, amanhã vou resolver isso. _ falou, um pouco ácido, pois sentia muita raiva de Cho Chang.


 


A morena olhou para Milla e agitou a varinha, a tinta laranja tinha um rastro fraco e a verde tinha sumido completamente.


 


- usei um feitiço removedor, mas é só o que eu posso fazer... Amanhã te dou um shampoo para tirar o resto dessa tinta permanente.


 


- obrigada, Hermione. _ disse, Milla, levantando-se da cadeira e pegando seu xale.


 


- que isso, quando precisar, aqui estou... Senta aí, vou colocar alguns apliques que você vai ter que trocar de 2 em dois meses até seu cabelo crescer.


 


- muito obrigada mesmo _ agradeceu com os olhos marejados.


 


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Uma oriental andava pelos corredores do castelo em direção a sua primeira aula do dia quando um panfleto colado na parede lhe chama atenção.


 


“Cho Chang, louca e psicopata”


 


E embaixo um desenho onde ela tentava matar Milla.


 


 


- O QUE? _ gritou, atraindo olhares e risadas. _ - isso é mentira.


 


Tentou arrancar o papel da parede, mas ele estava com adesivo enfeitiçado, olhou ao redor e vários outros estavam jogados no chão e colados na parede.


 


Antes elas eram três, mas depois da traição de Milla, só restou uma fiel companheira de Cho.


 


- quem escreveu isso, Samantha?


 


- acho que foi o Colin, ele que é o presidente do jornal.


 


- eu mato esse menino.


 


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- escuta aqui, Cho... Quem lhe deu o direito de fazer isso com a Milla? Eu só não faço coisa pior com você porque eu tenho pena dessa sua patética forma de chamar minha atenção. _ disse, por entre os dentes, ele tinha encontrado a oriental no escritório do jornal da escola.


 


- Harry, escuta...Você acha que eu seria capaz de jogar toda a minha chance no lixo?! Não sou tão idiota. _ replicou, enfurecida, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. _ - Milla está manipulando você.


 


- quem manipulava minha vida era você, Chang, queria está em todos lugares onde eu estava, passava horas me azucrinando...Será que você não entendeu? ACABOU. _ ele enfatizou a ultima palavra e trincou os dentes.


 


Colin Creevey interrompeu os dois enquanto entrava na sala.


 


- Cho, eu só escrevo o que pagam pra eu escrever... Harry me pagou...Então resolve com ele... Agora tenho que trabalhar, antes que Mcgonagoll me pegue matando a primeira aula. _ ralhou, Creevey, carregando uma papelada em um dos braços e nos ombros a alça de uma mochila.


 


- se você prefere acreditar na Milla, que está ficando com você a 1 mês, então acredite...Isso só mostra que você não merece o meu amor.


 


- ainda bem que não mereço essa sua possessividade. _ ele girou os calcanhares e bateu a porta com força.


 


- Uiii! _ deixou escapar Colin e a oriental olhou para ele.


 


- e se você escrever essa conversa... _ começou, deixando a mente do garoto completar a frase, ela saiu da sala bufando de raiva.


 


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- Mei, Mei... _ chamou, Cris, enquanto a loira colocava as mãos na testa.


 


- cala a boca, Cris, Aí...


 


- é isso que dá, depois fica de porre. _ sarcastizou, baixinho.


 


- só bebi para esquecer da vida.


 


- foi assim que a Gina começou, e veja! _ a morena apontou para outra loira na ponta da mesa. _ - uma alcoólatra.


 


- Senhorita, Coipert, Será que pode executar o “Evanesco” corretamente em sua caixa? _ perguntou, um homenzinho se esforçando para ver por entre as cabeças dos alunos.


 


- desculpe. _ murmurou e agitou a varinha fazendo metade da pequena caixa desaparecer.


 


- concentre-se e nada de conversa.


 


No papel:


 


Mei: eu disse pra você parar de fazer gracinhas.


 


Cris: não entendo como o professor flitwick, pode está tão mal-humorado nesses dias, acho que ele precisa de uma mulher pra dá um trato.    


 


Mei: será que todo mundo tem que falar de relacionamentos?


 


Cris: o que eu fiz agora?


 


Mei: relacionamentos?! Como se eu não estivesse preocupada com o meu.


 


Cris: liga não gente, ela é doida. (revirando os olhos)


 


Gina: vê se pára de mandar bilhetinhos... P.S: Mei precisa de um amante.


 


Cris: (risos) Acho que a Gina está certa, é a Mei que precisa de um trato.


 


Mei: eu não preciso de nenhum amante...


 


Gina: só um Mei, pra passar o tempo... (risos)


 


Cris: sei até quem pode ser...


 


Mei: não ouse falar esse nome.


 


Gina: ele vai dá um jeito rapidinho nesse mal-humor.


 


Mei: eu vou estudar... É mais construtivo que conversar com vocês.


 


Luna: quem é?


 


Cris: opa...Mais gente na conversa.


 


Gina: o amante da Mei?


 


Luna: é


 


Cris: um ruivo alto, olhos verdes... Gêmeo de alguém...


 


Luna: Jorge? (pasma)


 


Cris: não... Gêmeo errado...(risos)


 


Gina: (sorriso maroto) isso já está virando suruba. 


 


Mei: Jorge? Luna, ele é seu namorado... Meu Merlin!


 


Luna: não sei né... Sabe como os homens são...Então o Fred é o amante...


 


Mei: que amante nada... Gina pára de graça...Fica espalhando essas coisas o povo vai achar que é verdade.


 


Gina: (gargalhando)


 


Cris: Richard...


 


Gina: Oh, Richard...Oh...


 


Cris: (gargalhando) Richard fala: Mei, você me deixa louco...


 


Gina: Melissa geme: não pára amor...Não pára...


 


Mei: olha a putaria...Se bem que o Malfoy ia gostar de dá uns pegas na Gina...


 


Gina: ninguém pôs meu nome no meio...(raivosa)


 


E o sinal bate...


 


- salva pelo toque! _ Mei levantou as mãos como se estivesse comemorando.


 


- sai fora, Fred.


 


A loira fechou a cara perante o nome, e Cris deu umas palmadinhas no ombro esquerdo dela como se a consolasse.


 


- já viu o que o Colin escreveu da Cho? _ perguntou, Luna, trazendo um panfleto azul.


 


- não


 


Luna entregou o papel nas mãos de Gina e ela riu.


 


- psicopata? Nem eu poderia ter feito melhor.


 


As quatro meninas foram andando para a próxima aula com o papel na mão, até que são abordadas pela professora Minerva e levadas ao salão principal, onde os alunos do quarto, quinto, sexto e sétimo ano foram reunidos.


 


- Bem-vindos ao clube de duelos _começou, o professor Snape assim que as meninas adentraram salão. _ - como vocês estão a um mês atrasados em Defesa Contra as Artes das Trevas, a nova professora vai ter muito trabalho. A professora Agnis vai chegar amanhã e pediu que organizássemos grupos para o novo clube de duelos.


 


- os alunos vão ficar com o mesmo grupo até o final do ano, e lutarão com outros à medida que o campeonato prosseguir... O grupo vencedor ganha 100 pontos para a sua casa... E o que já está obvio é que terá grupos da Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal... Não vamos misturar as casas _ prosseguiu Minerva, olhando para os alunos com severidade.


 


- Formem grupos de quatro pessoas e quem não quiser participar volte a suas aulas, agora _ Snape parecia entediado e com raiva de alguma coisa, algumas pessoas começaram a sair do salão e outras permaneceram com um entusiasmo eloqüente.


 


- é lógico, que eu vou participar. _ Gina foi a primeira a escrever seu nome na lista.


 


Seguida por Mei, Cris e Luna. Primeiro grupo formado.


 


Harry estava a alguns metros delas, olhando para o palco formado no meio do salão para o evento, conversava com Hermione como se os dois estivessem discutindo, Gina se afastou um pouco de suas amigas para saber o motivo da discussão.


 


- ele não fez isso, Hermione, isso deve ser um mal entendido _ disse o moreno, seus olhos estavam um pouco fechados mostrado estresse.


 


- é claro que fez, e você está defendendo-o por que? Pensei que você fosse meu amigo, Harry, mas acho que o Rony merece mais sua amizade do que eu. _ os olhos da morena estavam marejados.


 


- ele não fez isso, não estou encobrindo nada.


 


- eu vi a carta.


 


- deve ser alguma brincadeira, você não acha que está muito óbvio? A carta ser entregue a você.


 


- era destinada a você.


 


- e ainda me colocam no meio.


 


- isso quer dizer que você encobre o Rony.


 


Rony chegou no auge da discussão e Hermione virou as costas para ele.


 


- Hermione?! Por favor, me escuta. _ murmurou baixinho, e Gina se esforçou para lê seus lábios.


 


- não diga nada Ronald.


 


Gina se distanciou dos três e se voltou para as amigas.


 


- o que foi? Que cara é essa? _ perguntou, Cris, vendo que a amiga estava pálida.


 


- nada.


 


- você está pálida...


 


- nada demais.


 


Alguém puxou Gina pela cintura e começou a rodopiar com ela.


 


- PÁRA _ gritou, enquanto ria sem parar.


 


Uma roda se abriu para que os dois rodopiassem com mais espaço sem baterem nos outros alunos, e quando a menina começou a fica tonta, ele a pôs no chão.


 


- quero duelar com você _ disse ele um pouco ofegante por causa do riso.


 


- tem certeza? Você pode sair machucado


 


- mal posso esperar _ anunciou, e depois abriu um largo sorriso onde mostrou seus dentes perfeitos.


 


Malfoy pegou nas mãos da garota e puxou-a pela cintura para um novo rodopio.


 


- ai não! _ exclamou, um pouco tonta _ - pára Malfoy!


 


Ela fingiu falar seriamente para logo depois ri. Alguns murmúrios chegaram a seus ouvidos e quando ele a colocou no chão, novamente, a loira olhou ao redor e percebeu que eles estavam no meio de uma roda.


 


Procurou por entre os pares de olhos a sua frente, e encontrou um em especial que visualizava a cena de longe e quando seu olhar encontrou o dele, viu de relance uma fúria e logo em seguida ele abaixou o olhar.


 


- acho que voltamos para a boca do povo _ comentou, Malfoy, divertido.


 


- já me acostumei com as más línguas.


 


- ainda bem. _ uma voz chegou até ela fazendo-a desviar o olhar de Harry _ - porque andam falando de vocês por aí.


 


- o que exatamente? _ ela perguntou.


 


- bom, que vocês estão namorando.


 


- O QUÊ? _ os dois responderam em uníssono.


 


- é, parece que viram vocês se agarrando perto da biblioteca _ Mei, completou a frase com uma gargalhada e Gina corou perante essa comentário.


 


- quantos boatos _ replicou ela depois de um tempo, dando língua pro loiro.


 


Cris se aproximou e o loiro a olhou de cima a baixo.


 


- que fique bem claro, não estou namorando o Malfoy _ disse Gina, com um certo tom áspero. _ - ele nem sequer é meu amigo _ anunciou olhando pro loiro como se ele fosse um estranho.


 


- então, diz isso ás pessoas porque elas estão comentando esse romance _ brincou, Cris.


 


- nem sequer gosto da companhia dela _ disse ele, com altivez.


 


- desculpa aê, loiro oxigenado. _ retrucou Gina.


 


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Depois que os grupos foram formados, os alunos foram dispensados para seguir seu horário de aula normal. Enquanto uns iam para suas respectivas salas outros se entretinham com um novo jogo que aglomerava multidões.


 


Um tabuleiro de xadrez foi desenhado no primeiro andar, e em cada quadrado um estudante jogava, um lado era verde e o outro vermelho.


 


Alunos juntavam seus amigos e jogavam...


 


Gina que saia da sala de história da magia para o almoço, viu uma certa multidão e resolveu checar.


 


Malfoy, Crabbe, Goyle e outros meninos de um lado...


 


Harry, Rony, Fred, Jorge e desconhecidos do outro...


 


- o vencedor, terá o outro grupo como escravo. _ disse, Malfoy, com uma voz gélida.


 


- você não dita regra alguma _ retrucou, Harry, com raiva.


 


- cala a boca e joga.


 


- só estou esperando você pára de ser medroso e começar. _ o moreno respirava rapidamente tentando se acalmar.


 


- Ah! Então, era isso. _ murmurou Gina, rindo dos dois.


 


A partida começou com muito silêncio e concentração, os dois grupos estavam com o mesmo número de participantes quando a professora Minerva chegou mandando todos almoçarem.


 


- isso não acaba aqui. _ avisou, Harry.


 


- espero que não. _ disse Malfoy, os dois estavam quase se esmurrando pelo olhar, então resolveu intervir.


 


- Malfoy? _ chamou, fazendo com que o olhar do loiro avaliasse a multidão e encontrasse a origem da voz. Os olhos azuis passaram a ter um ar divertido assim que encontrou o olhar dela.


 


Voltou-se para o moreno.


 


- tenho tudo o que você almeja.


 


- não almejo nada que você tenha, não quero nada que é seu.


 


- quer sim e ela é minha.


 


Essas palavras foram tão baixas que Gina não conseguiu ouvir, pois estava numa distância pouco propicia para escutar sussurros quase inaudíveis.


 


Só pôde vê o jeito que Harry ficou, a vermelhidão tomou conta de seu rosto e então, tudo aconteceu rápido.


 


Quando ela piscou os olhos novamente, Jorge segurava o moreno com os dois braços e Malfoy estava no chão com o nariz sangrando.


 


- HARRY _ censurou, correndo para o loiro ao chão.


 


- me solta, Jorge, ele merece muito mais que isso.


 


Malfoy se levantou sozinho, antes que ela pudesse chegar até ele e riu da cara do moreno.


 


- ainda diz que não almeja _ foi à única coisa que ele disse antes de abraçar Gina e fingir está mancando.


 


Conforme eles andavam até a enfermaria, a loira gargalhava lembrando do soco que ele levara.


 


- sério, foi muito engraçado quando você caiu.


 


- o “cicatriz” não perde por esperar.


 


- cuidado com a outra perna _ brincou, rindo e ele bufou.


 


Madame Pomfrey mandou Malfoy tomar um remédio e deu um pano para esperar o sangue estancar.


 


- Malfoy?! Posso te perguntar uma coisa?


 


- fala. _ ele ainda estava mal-humorado.


 


- naquela noite... _ ela corou descontroladamente ao lembrar _ - er...


 


- você não lembra de nada? _ ele perguntou, colocando o pano no nariz.


 


Gina balançou a cabeça negativamente.


 


Flash-back:


 


- Malfoy, pra onde você está me levando? _ perguntou, quase dormindo... Ouvindo o farfalhar de folhas e galhos sendo quebrados pelo peso da carruagem.


 


- para Hogwarts._ respondeu, o loiro, mexendo no cabelo rubro.


 


- não abuse de mim, hein?!


 


Draco riu.


 


- não se preocupe, ruiva.


 


- me diz... O que a bebida não faz ?


 


- é _ respondeu pensativo.


 


Durante a viagem de volta para o castelo, a ruiva adormeceu e o loiro teve que carregá-la até o dormitório dos monitores, abriu a porta e colocou o corpo imóvel dela na cama.


 


Alguém bateu na porta...


 


- Malfoy?


 


- oi _ respondeu, e sorriu ao ver que seu recado tinha sido entregue, foi até a porta e abriu.


 


Cristine Well, trouxe consigo uma camisola e piscou marota para ele, indo até a cama onde estava à ruiva.


 


- você me deve uma por fazer isso para você.


 


- você gosta de cumprir ordens.


 


Ela riu.


 


- vire-se, uma donzela está se trocando.


 


Ele foi até o banheiro e tirou a roupa para logo depois voltar ao quarto só de toalha, encontrou a ruiva com a camisola e a porta do quarto, fechada, Cristine se fora.


 


Voltou ao banheiro para tomar banho e depois caiu na cama.


 


Fim do Flash-back


 


 


- foi isso que aconteceu?


 


- foi, por que? Você quer fazer de verdade agora?


 


- VOCÊ ME FEZ ACREDITAR QUE ERA VERDADE _ gritou, á plenos pulmões enquanto seu cabelo voltava a tonalidade VERMELHA intensa.


 


 


 


  

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