Prólogo



Fic: Fairy Tales
By:
Miss Huyu





Author's Note:
Hey, Everybody.

Eu gostaria de dedicar essa capítulo a
Vampira Black.
Obrigada pelo mail, e pelo coment!( no ff.net)Tipo, são pessoas como você que me fizeram postar essa fic, então, muito obrigada!

Bom, agora vamos lá. Ao prólogo.





Prólogo
(Quando a última folha cair...)


Londres, 31 de Outubro de 1981.

Londres estava seca, naquele ano. Era realmente muito estranho que já estivessem no meio do outono e não houvesse pingado uma única gota de água desde então.

O céu cinzento dava a cidade tons de lamuriosa dor, que estava estampada no rosto de homens e mulheres, adultos e crianças, que se vestiam de modo excêntrico pelos becos londrinos.

Os bruxos constituíam uma considerável parcela de sua população, e o motivo de tanta tristeza e desânimo para eles era bem óbvio: a guerra contra aquele que se auto-nomeava Lord das Trevas estava dando-lhes uma frustração e decepção a muito não vista.

Era impossível não se lembrar da cara confiante de todos eles quanto tudo aquilo começara. Aparentemente, nenhum bruxo, por mais humilde ou esclarecido que esse seja, tinha levado a sério Voldemort logo no início. Ahn, não. Para todos, ele era apenas mais um idiota com princípios racistas. Nada que um ou dois aurores do ministério não resolvesse.

Mas o que começou a apavorar a todos, é que Voldemort foi tomando pouco-a-pouco a paz cotidiana. Em apenas três meses, ele já tinha conseguido um número razoável de seguidores, cujo nome começara a ser temido: os tais Comensais da Morte.

Em pouco mais de um ano, gigantes, e outros seres mágicos também já estavam ao seu lado. E, depois de milhões de assassinatos bruxos ( e trouxas, mas quem se importa com eles, não é verdade? Aparentemente, não o Profeta Diário. Nem o Ministério.), ataques a lugares públicos, a moradias, enfim; o Ministro finalmente achou que deveria declarar 'guerra' a Voldemort e todos os seus partidários.

Paralelamente a toda confusão no mundo bruxo, haviam os trouxas que percebiam que algo estranho estava acontecendo, apesar de não conseguirem entender o quê. O Ministério perdia mais da metade de seu tempo apagando memórias, tentando tirar os traumas daqueles trouxas que foram torturados, encaminhando para o St. Mungus um ou outro caso realmente mais grave. Isso, é claro, além de inventar histórias realmente cabeludas para os mortos, e enfeitiçar as famílias para que acreditassem piamente em tudo o que lhes fosse dito- porque sinceramente, era preciso.

O vento era forte e contínuo, dava a impressão de que uma tempestade furiosa logo viria, mesmo que isso tivesse ocorrido desde o início do outono, e nem uma única gota de água tivesse pingado do céu.

Uma velha casa cor de madeira erguia-se ao longe. Parecia ser aconchegante, e se ele ainda se recordava bem da última vez que a vira, ainda o era.

Era uma mulher alta, de uns vinte e poucos anos, que trajava um comprido vestido negro, óculos escuros e um chapéu que coobria seus cabelos. Estava se aproximando da casa sem pressa, tortuosamente, como se não gostasse do que poderia acontecer lá .

Trazia consigo uma grande bolsa tira-colo, e em seus braços um pequeno embrulhinho verde-claro que permanescia imóvel. Ergueu os olhos lentamente e sorriu ao se deparar com aquela visão, sua velha conhecida.

O Grande Carvalho continuava imponentemente erguido em frente a casa, e não dava nenhum sinal de se entregar a triste submissão do outono.

Ela não gostava de admitir, mas aquele lugar não era mais o mesmo. As flores que ali haviam, muitas plantadas por ela mesma, agora já estavam morrendo por falta de cuidado. Anteriormente, muitas petúnias, margaridas, e alguns crisântemos, lírios e cravos abrilhantavam aquele jardim, com vida, beleza e perfume. Mas nada permanescia igual, com o passar dos anos, ela devia saber, pensou ao passo que se aproximava sorrateiramente da soleira da porta, largando-se no chão, parecendo realmente exausta.

Quase que de imediato, lançou a bolsa num canto, e aconchegou melhor o pequeno embrulho de cobertas em seus braços, enquanto um vento frio soprava maldosamente. Suspirou, a mulher ainda não conseguia entender como as coisas haviam chegado àquele ponto.

Ela nunca fôra de fácil compreensão; desde a época de adolescência fôra conhecida por sua firmeza de cárater, por sua teimosia, e por sua força de vontade em lutar por aquilo que acreditava ser certo.

Por algum motivo, que ela nunca quis entender de verdade, algo havia mudado desde então.
Quem era ela para tentar se enganar?
Muita coisa havia mudado desde que tinha dezessete anos...

Já não era mais tão teimosa, e nem mesmo tinha certeza se estava pronta para fazer o que tinha de fazer. O desespero agora era sua única certeza, sua única chance. Precisava conseguir...Precisava viver! Não por ela, não, nunca por ela. Mas se ela não conseguisse...

Seus olhos, estavam opacos e cheios de lágrimas; na verdade, havia muito tempo que sua íris já não era a mesma, assim como seu rosto e seus cabelos. Era como se todo o seu organismo reagisse em protesto a vida que ela estava levando, sem nem ao menos se alimentar corretamente, sem nem ao menos viver corretamente..

Aquele lugar lhe trazia muitas lembranças boas, apesar de todo o jardim estar agora tomado pelo descaso dos anos. Sim, aquele era o único lugar no qual ela ainda conseguia encontrar a paz que tanto gostava, que tanto precisava....conseguia, também, encontrar ela mesma, ou ao menos uma pequena parte de si que fôra perdida com o passar dos anos...

Passou as mão pelo cabelos em sinal de desânimo, e sentiu algo se remexendo em seu colo. Sorriu.

Era a primeira vez, desde que estivera ali, que o pequeno embrulhinho em seus braços se mexia dengosamente. Ela arrumou a manta verde-clara que cobria o pequeno, e sorriu mais ao vê-lo abrir seus grandes olhos esverdeados para encará-la.

Sempre que ele o fazia, era como se percebesse, se entendesse a tristeza da mãe. Seus olhos ficavam cheios de lágrimas, mas não chorava: mostrava-se forte, como ela. Como a mãe.

Era como se uma grande lufada de ar preenchesse os pulmões daquela mulher, já algum tempo sem respirar. Todo o motivo, toda a luta, tudo o que ela fazia para sobreviver era em nome daquele pequenino, que tanto necessitava de seus mimos e cuidados: era ele a sua razão de viver.

Ela começou a brincar com o pequeno, fazendo cócegas com o dedo indicador até que ele o pegou e o puxou contra os lábios, dando a entender que tinha fome. A mulher sorriu, e começou a amamentar o pequenino em seus braços.

O vento tinha se intencificado, e o céu cinzento anunciava uma perigosa tempestade; assim como sua vida também daria uma perigosa guinada aquela tarde.

O pequeno, já satisfeito, dava a entender que iria dormir novamente. A mulher não se importou com isso, pelo contrário, sorriu alegre e começou a niná-lo carinhosamente. Não queria que ele visse o que estava para acontecer.

Conjurou uma cesta, e depositou o menino ali, acariciando mais uma vez os cabelos revoltos do pequeno, e beijando-lhe a testa de modo imensamente amoroso.

Aquela criança, fôra a única coisa boa que lhe acontecera nas últimas semanas; pensava atordoada, ao passo que , revirava a bolsa ao lado, em busca de algo.

Alguns minutos depois, encontrou um relógio de ouro muito antigo, mas que ainda funcionava, cujo ponteiro maior revelava serem quase seis horas.

Ele estava atrasado, era tudo o que sabia até agora. E muito atrasado.

Esse fato não a agradou muito: tinha-lhe mandado uma coruja antes de sair de casa, - se é que ela podia chamar aquele lugar de 'casa' - e quase havia implorado-lhe para que não se atrasasse! Um minuto, poderia ser fatal para os dois; será que ele não compreendia?!

Pegou um envelope pardo grosso, cerrou a bolsa, e começou a se afastar lentamente, ainda olhando a criança adormecida.

Ela caminhou pelo jardim, pisando em cima das tão queridas margaridas; outrora tão belas e viçosas, agora já haviam sido quase dizimadas pelas pragas domésticas e passou a mão delicadamente pelo casco do carvalho.

O grosso tronco da árvore ainda continham as marcas de canivete que ela fizera alguns anos atrás, além de outros desenhos curiosos que ela agora tentava decifrar. Seus lábios rubros se abriram em um pequeno sorriso frágil, mas verdadeiro, como os que ela não abria a muito tempo.

Involuntariamente, voltar àquela casa lhe trazia muitas lembranças. Tanto boas, quanto ruins... coisas que, muitas vezes, despertavam naquela mulher a vontade quase incontrolável de voltar no tempo...

Encontrou então o nó bem dado em uma corda forte, que dava início ao velho balanço, que fôra construído a muito tempo atrás, quando ainda era menina. Sorriu, no tempo em que várias imagens de crianças brincando e rindo vinham para sua mente, inclusive dela própria.

Tivera uma infância muito feliz, pensou, se acomodando naquele balanço desconfortavelmente, mesmo que sentisse um grande botão de felicidade desabrochar em seu peito. O leve vai-e-vem do balanço proporcionava nela uma sensação de liberdade muito grande, como se fosse voar, e ela teve de se controlar para não se balançar mais e mais alto.

Encarou o pesado envelope pardo em seu colo, e ficou brincando durante alguns minutos com a aba que cerrava-o, parecendo em dúvida se deveria abrí-lo, ou não.

Num rompante de coragem, deslizou o dedo indicador rapidamente por ela, e a aba se descolou, permitindo-a puxar um velho livro verde-musgo, cujas letras garrafais douradas que enunciavam a palavra 'DIÁRIO' com grande ênfase já tinham começado a descascar, e o abriu na última página.

Faltavam apenas algumas linhas, na verdade. Retirou a varinha de seu bolso, murmurou algumas palavras inaudíveis e tocou no diário, para que tudo o que pensasse fosse parar nele.

Dois parágrafos tristonhos surgiram na última página, dando fim ao segundo segmento da narrativa. Onde quer que ela estivesse, alguém que lesse aquelas páginas talvez, e apenas talvez, viesse a entendê-la. Algum dia, quem sabe... talvez, alguém finalmente a entendesse.

Fechou seus olhos por alguns minutos, e logo sentiu íris castanhas encarando-a fixamente, e imediatamente a sensação de bem-estar provocada pelo balanço cessou.

'- Está atrasado. - não disse olá, nem o quanto sentia falta daqueles lábios. Disse apenas isso. Uma brusca reclamação pela falta de horário, nada mais. O tempo não permitia conversas longas, pensava.

'- Você também está.- ele disse frio, ao passo que se aproximava por trás da mulher e começava a empurrá-la no balanço.- O que escreves?

'- Saberá em breve.- ela sorriu timidamente, guardando o livro e cerando o envelope rapidamente, ao passo que saía do balanço e se virava para o homem, falando em uma voz quase soturna.- Precisamos falar.

O homem assentiu, acompanhando a mulher até a soleira da porta, onde o bebê ainda repousava.

A mulher ajoelhou-se e arrumou a bolsa em alguns minutos, pegando o pequeno embrulho da cesta e fazendo-a desaparecer.

Aconchegando-o ao seu colo, ela não podia deixar de sorrir, beijando-lhe a fronte, enquanto girava a maçaneta acinzentada da porta lentamente. Estava tudo acabado agora, pensou tristemente.

Se ela tivesse olhado para o grande carvalho naquele momento, ela teria visto a primeira folha verde-amarelada despedir-se do tronco e encontrar-se com o chão.

Mas ela nunca mais veria o grande carvalho.







Momento 'Completamente deprimido' da Autora:


Geeeeennnnnnteeeeeeee!

Que chato, eu não recebi nenhum comentário aqui na Floreios... pôxa gente, comenta! Eu tô super-nervosa pra saber a opinião de vocês, pessoinhas..
Bem, eu sei que esse capítulo tá pequeno, e que ele foi postado atrasadinho também..XD
Por isso, eu peço desculpas....!


Histórinha da Miss Huyu: O Prólogo. XD


Vocês não tem noção do trabalho que esse prólogo me deu.XD
Tipo, eu já tinha escrito ele quando eu escrevi o Trailer, só que depois que eu postei, eu li e tipo... não gostei.
Aí, eu disse: Vou reescrever.

Quinze prólogos- sem exagero- depois, eu cheguei a conclusão de que falar menos, as vezes, era falar mais. Então, eu escrevi a penúltima versão desse prólogo.
Só que eu não gostei. E entrei na minha primeira crise autoral.XD
Eu sabia o que eu queria, mas eu não conseguia escrever.
Horas e horas em frente ao pc, ouvindo a música desse cap ( que, por sinal, é Sail Away, do Rasmus.), e nada da fic sair.
Até que eu resolvi ler o resto da fic, e FINALMENTE, saí do nada.
Enfim, isso foi o máximo que eu consegui.XD

Okay, agora... eu sei que o prólogo está confuso. Era para ele estar confuso. Revelando sem deixar de omitir, se me entendem. ( Ok, eu sei que não me entendem.. nem eu o faço as vezes... )

Sobre o atraso...:

Agora sobre o atraso...tipo, eu fui inocente. Como é que eu ia saber que, nesse dia ia ter corte na energia elétrica? Eu não sabia! Culpa de quem? De quem?
Da chuva de São Pedro! Reclamações com ele! XP

Então MIL DESCULPAS a todos que estavam esperando a fic! Pôxa, eu sinto muito. E é por isso que eu não ter mais datas pra postar... sei lá, vai que isso acontece de novo?

Beijinhos a todos que lêem isso. E comentem!
Quanto mais coments, mais rápido sai o capítulo!

Eu tenho um número idealizado de comentários, se eu receber, eu posto mais cedo do que a minha data estipulada, também mentalmente, não quero correr mais riscos.

Comente algo sobre esse capítulo?


Esse? Capítulo tenso, eu acho... Foi muito difícil de escrever, porque eu tinha de falar as coisas certas do modo certo. E eu sempre falava demais, ou então, falava em um tom diferente do que o personagem central pedia... Capítulo complicado.
Apesar disso, é um dos meus favoritos. Espero que vocês gostem também.

Ok, adiantar algo do próximo capítulo?


Humn, vocês não tão me pedindo demais não?XD
Tá bom, só um pouquinho.

Capítulo mais feliz, o que vem. Eu estou começando a escrever ele, mas a música que eu mais ouço para planejá-lo é Friends, do seriado da TV. Então, acho que meio que já dá pra pegar o espírito do capítulo por ela. Living la vida a Loca, que toca no filme Shrek 2 e que até hoje eu ainda não descobri quem canta o original - pessoa desinformada, eu sei..- porque ouço sempre a versão do Antonio Banderas e do Eddie Murphy que toca no filme, seria uma boa pedida também... Então, se preparem para um capítulo alto-astral!

Humn, querem um trechinho?
Aí vai:
" '- Ai-Meu-Deus- Alice exultou- Aquilo é o que se chama de 'presente do dia dos namorados'!
'-Não se empolga, Alice- eu murmurei, meu rosto sem expressão.Ahn, não, de novo não...
"

Avisos...

Essa fic é uma Universo Alternativo, então, eu posso fazer quase tudo aqui, okay? Estejam avisados.

Disclaimer: Nada aqui é meu, só a história mesmo. Personagens, citações e locais- reconhecíveis- pertencem a J.K. Rowling, a mulher mais rica da Inglaterra.... $.$; Eu só estou me divertindo, torturando meus personagens favoritos.

Miss Huyu.

Ps: Sem Comentários, sem capítulo um. Eu falo sério.

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