CAPÍTULO 4



N/A: Eu sou boazinha, não? Olha o capítulo quatro já está aí! Meu lado lufo está sobressaindo-se sobre o sly!
Ah, segunda música nonsense, mas eu estava com uma baita preguiça de procurar.

4



“De repente fico rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer
E confesso tive medo, quase disse não”
(Maria Betânia - Cheiro de Amor)


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Não sei se é a roupa ou uma áurea invisível, só sei que sinto os olhares em mim enquanto subo para a presidência. Eu coloquei meu tailler berinjela, com a saia cortada perfeitamente rente ao joelho e uma fenda lateral. Meu par de sandálias lilás é o par mais lindo que já comprei. Saltos altos, toda delicada, de tirinhas. E o mais importante, uma amora minúscula perto do dedo. E também estou com um coque propositalmente desalinhado. Se eu usasse óculos ficaria ainda mais profissional, mas enfim...
E assim que chego no último lance de escadas posso ouvir a voz de Malfoy. Não consigo distinguir o que ele diz, mas parece calmo. Ah, e eu estou adiantada! Sim, cheguei mais cedo do que o normal.

-Bom dia, Weasley. – diz ele sem ao menos me olhar. Como se eu fosse um inseto que ele estivesse espantando.
-Bom dia. – diz Francis muito formal.
-Ah, bom dia senhor Malfoy. Então como foi o seu fim de semana? – pergunto doce e simpática. Ele para por um momento, parece até que parou de respirar, e gira no eixo olhando para mim com os olhos arregalados. Parece um pouco desconcertado. Ele olha meu rosto por um momento e depois vai abaixando a vista. Sinto-me queimar inteira.
-Foi... bom. – diz voltando ao normal.
-Hum, que bom, o meu também foi ótimo! Bom, algum pedido especial para hoje? – pergunto me sentando na minha mesa. Pego um espelho de mão e retoco o batom. Vejo Malfoy refletido no espelho e meu eu do espelho lhe lança um sorriso irônico que nunca pensei que ficasse bom no meu rosto. – E então? – pergunto tentando sorrir como meu reflexo.
-Não. E... Esquece. – ele empurra sua porta de vidro e entra. Francis o segue como um cão obediente.

Ah não! Eu não acredito que ele não vai nem ao menos citar minha mudança de figurino. E de repente sinto aquela sensação de desânimo se inchar dentro de mim. Tento reprimir esse sentimento ridículo, afinal, onde eu estava com a cabeça? Ele é o Malfoy, nunca iria ser gentil comigo. Ou me elogiar.
Mas continuo desfalecendo por dentro, a decepção me corroendo pouco a pouco. Dolorosamente.

Uma borboletinha azul vem batendo asas na minha direção e repousa como uma pena na minha mesa. Deve ser o primeiro memorando da Lola de hoje.






Weasley,
Acho que devo lhe parabenizar pelo devido cu(o)mprimento das regras (e da saia). Acredito que seguindo regras, nosso desempenho profissional possa render bem mais.

D.M.”






Filho da mãe! Ele acha mesmo que vou seguir suas malditas regras?
Posso ouvir sua voz irritantemente arrastada e mansa dizendo: “Weasley, pega um café para mim? Será que você poderia pegar minhas roupas na lavanderia às sete?”
Ei, tem um P.S.!




“P.S.: Aquilo na sua sandália era uma amora?”




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Hoje temos uma reunião aqui na revista. Às dez. Ou seja, faltam trinta minutos e o Malfoy já está me gritando. Eu não sei por que me sinto tão irritada assim. Se fosse o Sr. Buckman, eu juro que não ficaria aborrecida, mas o Malfoy me dá nos nervos. Aquele sorriso débil dele...!

-Weasley, você vai servir chá e café, ouviu bem?
-Mas eu não sou copeira. – falei indignada.
-Mas é secretária, funcionária da empresa e não está fazendo nada.
-E quanto aquele relatório que me pediu? – pergunto triunfante.
-Não é importante agora.
-Mas você tinha me falado que era importantíssimo e urgentíssimo!
-Não tão importante quanto essa reunião, senhorita Virgínia! – disse alterando a voz.

Oh-oh. Ele me chamou pelo primeiro nome. Não foi pelo apelido, o que seria meio estranho, e nem pelo sobrenome, como ele normalmente me chama. E isso foi... totalmente estranho.

-Vamos para a sala de reuniões? – ele perguntou com a voz controlada, pousando a pena no tinteiro.
-Hum... não está marcada para dez horas?
-Será que sua vida depende de questionamentos? Você não pode ficar sem fazer perguntas, não? – falou se levantando e arrumando a gravata azul marinho.
-Se não percebeu, Malfoy, você fez três perguntas seguidas num intervalo de... – olho para o meu relógio teatralmente – quarenta e sete segundos.
-A reunião é sobre coisas ainda não definidas, que estamos estudando para ver se vai dar certo, sugiro que não abra essa sua linda boquinha, caso queira continuar com ela. – ele disse mudando de assunto.
-Certo... – falei levantando as mãos em rendição.


Enquanto estou aqui “muito” atarefada com o carrinho de chá, Malfoy, Francis, representantes de outros acionistas e funcionários normais, estão discutindo alguma coisa sobre alguma festa.
Pude ouvir Margot dizer alguma coisa com “...grande responsabilidade e competência...” enquanto eu colocava um torrão de açúcar no café do Malfoy. Pensando bem, eu deveria ter colocado um torrão de veneno para rato... Por que eu sempre desperdiço as oportunidades?
Bem, eles estão vendo o custo-benefício do tal evento. Nunca consegui entender muito bem essa coisa de custo-benefício.

-Virgínia, querida, – diz Margot alto o suficiente para fazer todos virarem as cabeças para ela – me sirva um chá preto.

Será que ela já ouviu falar em “por favor”? Certamente não...

-Quantos torrões?
-Três. Você sabe muito bem...
-E por que eu saberia? – perguntei sem me conter.

Malfoy levantou a cabeça das anotações e me lançou um olhar reluzente.
Margot nem me respondeu. Se virou para conversar com uma mulher de terninho amassado e extremamente tímida. Se bem que Margot é bastante intimidante. Principalmente quando ela se maquila desse jeito.

-Aqui, Margot, querida. Olha o açúcar, cuidado para não engordar. – me reclino para pousar a caneca na sua frente – Mais ainda. – sussurro, logo depois me afastando.

-Então, como eu dizia, - falou Margot se reclinando para a frente – nós deveríamos encarregar-nos para que esse nosso evento possa maximizar o nosso potencial, segundo um ponto de vista estratégico e profissional...

Malfoy pigarreia. Todas as cabeças se voltam para ele. Margot sorri presunçosa.

-Será que você poderia falar de um jeito... mais coloquial? Eu fico mais do que perdido com tanta rebuscagem.

A sala reverbera em choque e dou um risinho debochado. Malfoy olha para mim com um brilho de diversão no olhar.

-Eu estava dizendo que... hum... deveríamos procurar uma empresa que fosse especialista em festas. Uma cerimonial.
-Essa é... uma idéia. Mas nós estamos sem fundos. – um sorriso brota no meu rosto. A imagem de todos da reunião entrando pelo saguão com os fundilhos das calças furados surge cômica na minha mente. – Alguém tem alguma sugestão para podermos arrecadar fundos?

Quem sabe alguns retalhos não dessem jeito?

-Nós poderíamos usar os próprios funcionários... – diz Ryan, que trabalha com Margot no Recursos Humanos.

O que? Eles querem extorquir o salário que eles próprios nos pagam? Ótima, idéia Ryan!

-Ótima idéia! – disse Malfoy. Quero explodir em fúria, usar os funcionários? O que o Ryan tem na cabeça? Será que ele não vê que ele mesmo é um funcionário e que vão usá-lo? – Mas eu acho que pedir dinheiro seria de uma tremenda cara de pau. Não sei, a gente poderia organizar algo dinâmico, que ao mesmo tempo fizesse a interação entre nossos funcionários e pudéssemos arrecadar dinheiro também.
-Algo como uma gincana? – ouço minha voz ressoar na sala. Por que eu não posso me conter? E esse olhar brilhante e vidrado do Malfoy? O que será quer dizer? Torço as mãos nervosamente enquanto um silêncio fúnebre paira na sala.
-Weasley? – diz Malfoy.
-O que? – pergunto, a ansiedade transparecendo na minha voz.
-Essa foi uma idéia muito... boa. Excelente!
-Sério? – pergunto sorrindo radiante.
-Ahan – ele diz girando sua cadeira na minha direção. – Weasley, já que você teve essa idéia, como pretende aprofundá-la?

Todos os rostos estão virados para mim, de olhos enormes, trêmulos e ansiosos. Margot me olha descrente, um sorriso de triunfo já postado na sua maldita cara. Ela sabe que eu não tenho nada em mente.

-Eu... Erm...
-Melhor Weasley, sente-se. – Malfoy falou puxando uma cadeira vaga entre ele e Francis. Me sento obediente. Pouso minhas mãos no meu colo e me recuso a parar de olhá-las. – Prossiga.

Essa foi boa, Malfoy. Como se eu estivesse falando alguma coisa!

-Bem... Na verdade eu estava pensando... – por que só consigo ver um enorme clarão na minha mente? – Eu pensei que nós podíamos nos dividir em equipes. E também... hum... Nós deveríamos fazer algo que ao mesmo tempo, nos divirta, arrecade dinheiro e que possa de alguma forma melhorar o mundo.
-Melhorar o mundo? – pergunta Margot, o tom zombeteiro em sua voz – Mas que idéias mais...
-Na verdade, - diz uma voz baixa e despretensiosa – eu achei essa uma ótima idéia. Mais uma excelente idéia da senhorita Virgínia. – é a mulher tímida e de terninho amassado. Olhando bem, ela me parece bem gentil agora. E seu terninho não está tão amassado assim...
Meu ego está lá nas alturas. Nem parece que há algum tempo atrás eu sentia algo totalmente oposto a essa sensação maravilhosa que sinto agora. E se qualquer um entrasse na sala agora, não me veria como camareira ou secretária, mas como uma executiva de alto calão.
Esse meu terninho berinjela faz milagres...

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Isso foi surreal. Eu, Virgínia Weasley, discutindo trabalho à sério com uns executivos e... Nossa! Eles gostaram tanto das minhas idéias! Já programaram tudo e tudo mais. Estou empilhando as xícaras e recolhendo os pacotes de bombons. Mas minha cabeça não está aqui. Será que eu posso ser promovida? “Virgínia Weasley, promovida pela sua grande criatividade...”

-Weasley, vai demorar muito aí? – pergunta Malfoy. Ele é o único que me chama de Weasley, não que eu ache isso ruim. Ele não tem nenhuma intimidade comigo para me chamar de outra forma.
-Não sei, Malfoy.
-Como não sabe? Quantos minutos você poderia demorar para empilhar xícaras e recolher embalagens? – pergunta extremamente arrogante.
-Ora essa, se é tão rápido assim, por que você mesmo não empilha essas porcarias? – Meu Merlin, eu não deveria ter falado assim...

Meu... O que o Malfoy está fazendo? Ele caminhou com passos duros até o carrinho e agora está empilhando as xícaras de qualquer jeito, fazendo a porcelana titilar. Seu cabelo cai sobre o rosto e ele o tira impaciente. Ele vai acabar quebrando...
Um barulho agudo ecoa na sala e estilhaços brancos se espalham no chão.

-Essa xícara era horrível mesmo... – diz Malfoy. Ele tira a varinha do bolso do paletó e repara a xícara. Caminha até a porta e a abre. Olha para mim, revira os olhos e depois acena com a cabeça pedindo para eu sair.


-Acho que abrir minha linda boquinha não foi uma idéia tão ruim assim... Na verdade foi... boa. Excelente! – digo em provocação enquanto ando lado a lado com o Malfoy pelo corredor. Todo mundo se transforma em fantoches sem graça quando o vê. Ele permanece calado. Na verdade ele está me ignorando. – Onde nós estamos indo? – pergunto depois de uns minutos.
-Você já vai ver.
-Por que você chamou justamente eu? Onde está o Francis?- pergunto descendo o último degrau para o térreo.
-Por que só tinha você na sala? E eu já não disse que Francis é meu assistente pessoal?
-Será que você não pode adiantar o assunto? – ele segue para os fundos do prédio. Um terreno baldio, onde as pessoas jogam entulho. Não tem nada além de lixo, não sei o que ele perdeu aqui.
-Não. – ele continua andando, seus sapatos de grife nessa terra vermelha ficam tão destoantes.
-Por quê? – pergunto o seguindo.
-Por que nós já chegamos. – ele fala parando exatamente no meio do terreno.
Olho em volta. Ele só pode estar brincando! O que ele quer comigo em um terreno abandonado? A não ser ele queira me matar pelo meu ataque... Esse seria o lugar ideal. – O que acha? – ele pergunta apoiando a mão na cintura.
-O que acho sobre o que?
-Vamos lá Weasley, você até que é espertinha. Se fazer de burra não combina com você.

Eu lhe lanço um olhar vazio e ele se impacienta. Dá pra perceber pela respiração pesada.

-O que acha do lugar para realizarmos a gincana?
-Que ele precisa de uma boa reforma.
-Exato! – diz Malfoy apontando para mim. – Acho que deveríamos plantar grama em tudo, bem mais prático. Também temos que colocar algumas mesas e cadeiras de madeira ali no canto. Algumas bancadas para ajudar nas provas...
-Sabe, acho que nós poderíamos colocar três aros de cada lado do terreno e a gente poderia incluir uma partida de Quadribol na gincana.
-É... – diz ele distante.
-E nós deveríamos divulgar o quanto antes essa gincana. Segunda que vem vai chegar mais rápido do que você imagina.
-Hoje à tarde? – pergunta ele. Desde quando ele acata minhas opiniões? Apenas dou de ombros. – Onde você vai almoçar hoje?

O que??? O que ele pensa que está fazendo? Como assim onde eu vou almoçar hoje?

-Eu... acho que no refeitório aqui da empresa.
-Olha, Weasley, eu vou almoçar no Ritz.
-E...
-E que eu queria discutir essas coisas sobre a gincana com você. – ele disse voltando para o prédio. Por que ele tem essa maldita mania de me deixar falando sozinha. Se ele soubesse que eu odeio isso... Com certeza ele faria com mais freqüência ainda.
-E eu vou perder meu horário de almoço?
-Eu te dou uma tarde de folga quando estivermos livres dessa maldita gincana e da festa.
-Hum, se é assim... – digo. – Malfoy, eu tenho que pegar minha bolsa e...
-Você sabe onde é? Te espero lá. – ele sai pela porta principal do prédio e pelo vidro posso o ver aparatar. Sem mesmo esperar minha resposta. Sem nem um pingo de cavalheirismo. Por que eu não me espanto com isso?

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Uau! O Ritz é mais chique do que eu esperava. Eu já vi o Malfoy. Ele está sentado numa mesa para dois, tamborilando os dedos sem paciência na mesa. Ele bebe alguma coisa.
O restaurante é cheio de candelabros e guirlandas douradas, as cadeiras de um rosa suave e o teto lindamente pintado de nuvens e flores. As nuvens se mexem de verdade. O cheiro de comida cara flui no ar entre as mesas redondas. A luz ambiente faz todo o lugar brilhar. O ambiente é bem... “romântico”. Eu sei que essa não é a palavra certa, mas eu não sei muito bem qual seria.
Abençoado seja meu terninho berinjela. Eu pareço realmente chique com ele, percebo me olhando num espelho na entrada. Ando pelo carpete em direção a mesa do Malfoy e quando estou prestes a puxar uma cadeira para me sentar, um garçom se adianta. Coro. Malfoy sorri debochado.
O garçom enche meu copo com vinho de flor de salgueiro. Ah, essa é a minha bebida preferida. E... será que não é meio anti-profissional beber álcool? Bem, se o Malfoy está bebendo... Fora que eu só vou beber uma taça.

Quando a entrada (salada) chegou, eu e Malfoy conversávamos sobre quadribol. Enquanto eu defendia o Cannons, que não anda lá essas coisas, Malfoy mais me pirraçava do que defendia o Falmouth Falcons, seu time.

-E quanto aquele seu caso com o Buckman? – perguntou Malfoy enquanto eu enfiava uma colher de sopa de camarões na minha boca. Quase engasguei.
-Como assim? Até você já sabe? Quem te contou?
-Margot Key. – ele disse bebendo um pouco de água.
-Aquela... Ei, não é verdade não. É obvio que eu não tenho um caso com o senhor Buckman. – sopro o ar pela boca, constrangida. – Até parece. Ele é careca!
-Hum...
-Mas como a Margot é detestável... – sussurro olhando para uma senhora de meia idade com o cabelo tão platinado quanto o do Malfoy e com uma capa dourada altamente chamativa.
-Concordo. – ouço Malfoy dizer, balançando levemente a cabeça.
-E quanto aquele seu boato de que você namora a Lilá Brown?
-Weasley, você acha mesmo que eu namoraria alguém que o panaca do seu irmão já beijou? – ele pergunta, parecendo ofendido.
-Oras... Primeiro, o Rony não é um panaca, você é que é. E segundo, a Lilá ficou famosa...
-E daí?
-Nossa... – digo controlando-me, se eu não me calar agora vou acabar perdendo meu emprego. Por falar em emprego... – E então, quais são as suas idéias para a gincana.
-Nós temos que divulgá-la e...
-Essa idéia foi minha! Seu plagiador!
-Se você me deixar terminar de falar, eu com certeza poderia concluir minha linha de raciocín...
-Certo então, Malfoy, fale. – ele bufa irritado.
-Acho que se arrecadarmos dinheiro o suficiente, poderemos deixar a entrada na festa ser gratuita. Agora, se essa gincana não der certo, vamos ter que cobrar os convites.
-Você acha mesmo que o pessoal vai participar da gincana e ainda por cima pagar para entrar?
-Ué... – diz teimoso.
-Ué nada, Malfoy. Eu mesma não pagarei. Você não é rico? Por que não paga a festa ao invés de se prestar a essa gincana?
-Weasley, eu posso até ser rico, mas eu tenho meu dinheiro investido. – seu tom é quase tranqüilo, como quem explica algo para uma criança. Ou seja, algo muito estranho, se levarmos em consideração que isso parte de Draco Malfoy. – Imóveis, ações, empresas...
-Certo, eu disse besteira. Mas... Meu Merlin, como eu não pensei nisso? Malfoy você disse que não namora a Lilá, mas você acha que ela namoraria você?
-Claro que não! Ela não me namoraria, por que eu jamais permitiria isso.
-Nossa Malfoy, - digo passando a mão na cabeça. – O que eu quero dizer é, será que ela tem alguma queda por você?
-É óbvio. Quem não tem? – diz numa presunção que me irrita.

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Bom, acabou que Malfoy e eu não discutimos nada sobre a gincana. Mas eu tive uma idéia que acho que vai fazer a revista vender mais exemplares do que o normal. Eu nem acredito que isso brotou daqui de dentro! Fora a idéia da gincana. O almoço com o Malfoy acabou sendo agradável. Digo, o almoço foi agradável, por que a comida era boa e não a companhia.
Lolita vai subir daqui a pouco por que eu lhe disse que almocei no Ritz. Ela disse que queria ouvir da minha como foi, o que tinha no cardápio e com quem fui...
Ah, aqui está ela.

-Com quem você no Ritz, hein, espertinha? – ela pergunta se sentando na beirada da minha mesa como sempre.
-Com o Malfoy.
-Outro chefe? – ela ignora meu olhar fuzilante – E já é Malfoy? Daqui a pouco vira Draco.
-Nós fomos almoçar a trabalho. Até parece...
-A trabalho? No Ritz? Fofinha, eu já fui ao Ritz e ele é um restaurante totalmente romântico. – abro a primeira gaveta e lhe ofereço um caramelo extra-grudento. Ela obviamente aceita. Caramelos extra-grudentos são ótimos.
-Mas o Malfoy e eu discutíamos coisas sobre trabalho. – digo com dificuldade, mastigando a balinha.
-Que tipo de trabalho? – ela pergunta curiosa.
-Eu sei que eu não deveria dizer, mas eu sei que você não vai contar pra ninguém. Bem, - digo me reclinando e abaixando tom de voz – vamos ter uma gincana aqui na revista. Entre os funcionários.
-Que legal! Que tipo de gincana?
-Ah, algumas partidas de quadribol, umas provas do tipo filantrópicas...
-Hum. Aposta que isso foi idéia sua. Essas suas idéias de ajudar o próximo sempre... – ela disse fazendo uma careta engraçada enquanto tentava tirar a balinha do céu da boca.
-É, na verdade foi, e a Margot ficou furiosa. Ah, eu não contei a melhor parte. Essa gincana, é, além de ajudar as pessoas e nos divertirmos, para arrecadar dinheiro.
-Para que?
-Para a festa da 100° edição da revista! – digo feliz.
-É mesmo... Nós estamos em qual edição?
-98°. Faltam menos de dois meses. E adivinha quem vai ser a capa da próxima edição.
-Não faço idéia. Corinne Warbeck?
-Não. Lilá Brown. E ainda vai ter um concurso, onde cinco garotas sorteadas vão poder conhecê-la de verdade e sair na capa da edição número 100 com ela. Ah, e participar da festa. Eu sei que essa não é uma idéia tão brilhant...
-Não? – ela pergunta indignada – É lógico que é! Gina, essa foi uma idéia genial. Imagine quantas meninas não querem ser capa da 100° TeenMagic, conhecer a maldita Lilá e entrar numa festa cheia de celebridades? Até eu quero ir pra essa festa. – ela pega outro caramelo no pacote.
-E você vai, por que ela vai ser bancada por nós, simples funcionários da TeenMagic.
-Uh lá lá! – disse ela com um biquinho francês.

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O dia foi exaustivamente ótimo. Nunca imaginei que pudessem acontecer coisas tão boas comigo num só dia.
Tomara que minha maré de sorte esteja só começando. E tomara que dê tudo certo pra TeenMagic, afinal, mesmo odiando ter que acordar cedo, olhar para aquele pessoal e receber uma mixaria no fim do mês e detestando o Malfoy, eu gosto de trabalhar lá. Por incrível que pareça.
Que estralo é essa na lareira?

-Gina? - E essa voz grave parece... a do Rony!







Respostas aos comentários:


Lilah_Potter

E eu adorei te ver comentando, não esquece de comentar mais vezes, viu?
*.*

Mallenkaya

É verdade, acho que esse fim de semana da Gi foi bem agitado, mas tudo bem...
Ah, o endereço do meu flog D/G é fotolog.com/dg_lovers
Ainnn que droga, a F&B vive dando erro agora, eu queria ter visto esse comentário grandão... Adoro seus comentários.
E sobre o capítulo 4? O que achou?
^^
Beijinhos.

Miaka-ELA

Ah, muito obrigada pelos elogios...
E quanto à Margot... Aprontou mais nesse capítulo, né? Ô mulherzinha intragável...




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Comentários (0)

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