Hailey Baudelaire



Capítulo 1
Hailey Baudelaire


- Eu sobrevivi Tom... Não foi dessa vez que você me levou... – uma voz distante falava em sua mente.

Voldemort acordou de sobressalto. Fora os pensamentos compartilhados com Potter, aquele fora o único sonho que lhe pareceu real após muitos anos sem nenhum sonho ou pesadelo a noite...

Levantou-se e foi para a sala da antiga Mansão Riddle remoer algumas lembranças. Era cedo e ele havia perdido o sono. Lembrou-se da fracassada luta no Ministério da Magia contra seis adolescentes. Ficou com muita raiva, mas logo se acalmou com a lembrança do péssimo desempenho de Alvo Dumbledore em sua batalha. Como adorava lembrar-se daquilo, era o único pensamento que o acalmava quando ele se lembrava do fracasso de seus Comensais da Morte.

Ficou na sala um bom tempo, o suficiente para ver o nascer do sol. Ouviu batidas na porta. Não se mexeu para abri-la, não queria receber visitas. Foi quando ouviu o som da algo caindo no chão e levantou-se de sobressalto, dando de cara com uma linda adolescente de olhos verde-claros, pele alva como a neve e longos cabelos negros com um sorriso traiçoeiro nos lábios.

- Não vai dar as boas vindas a uma velha vítima Tom? – ela falou.

- E quem é você?

- Deixe-me refrescar sua memória... - ela fez uma breve pausa e começou a brincar com seus cabelos - Há quinze anos atrás, certo bruxo das trevas que por acaso está na minha frente, invadiu a mansão Baudelaire e matou os seus donos esquecendo-se da garotinha inocente de um ano que estava no andar superior. Não a matou porque não sabia de sua existência ou apenas fingiu que não sabia. Estou optando pela segunda opção...

- Hailey Baudelaire?!

- Surpreso Tom? Eu também! Como disse, você sabia da minha existência, mas me achava inofensiva por causa daquela tal profecia e você preferiu ir procurar o Potter acertei?

- De certa forma - por incrível que parecesse, a voz da menina intimidava o grande bruxo.

- E você achou que seria divertido matar meus pais como aquecimento certo? É claro que está certo – ela fez um gesto com as mãos que fez Voldemort tombar no chão – Saiba que eu não gostei nem um pouquinho da sua brincadeira!

E Hailey começou a gesticular com as mãos, torturando Voldemort, parando quando retomou a fala.

- Você não faz idéia como estes anos foram difíceis para mim. Vizinhos trouxas me pegaram para criar porque simpatizavam com meus pais e ficaram tristes com a morte deles. Mas cresci cheia e cercada de ódio, os trouxas se detestavam, e aos cinco anos meus poderes das trevas começaram a aflorar. Aos onze, recebi a carta da Academia Mágica de Madrid e fui estudar lá. Por sorte consegui desenvolver meus poderes e a professora de Adivinhação disse que eu era mais poderosa que o maior bruxo das trevas, no caso... você.

- Impossível! Não há ninguém mais poderoso que eu!

Hailey ergueu sua mão fazendo Voldemort levantar-se do chão, colocou-o de volta no chão e recomeçou a torturá-lo.

- É bom você aceitar os fatos que existe alguém mais poderoso que você e que este alguém está bem diante de você! Estou de volta Tom, e quero vingança.

Os olhos de Voldemort se encontraram com os da garota que estavam cheios de ódio e torturavam o homem sem piedade, até que ela o largou.

- Mas pensando melhor, você me será de alguma serventia...

Hailey começou a andar pela sala da casa como se estivesse elaborando alguma coisa.

- Você ainda tem aquele grupo de Comesais da Morte ou coisa parecida?

- Quem você pensa que é para me dar ordens? – finalmente Voldemort se manifestou.

Hailey apontou as mãos para Voldemort e o fez tombar no chão mais uma vez.

- O que você havia perguntado?

Ele não disse mais nada.

- Então me diga, você tem aquele grupo de incompetentes ainda ou não?

- Tenho.

- Eles serão úteis, muito úteis...

Um longo silêncio se instalou entre os dois. O sol lá fora já brilhava com mais intensidade, mas Voldemort estava concentrado na garota que se mantinha de olhos fechados com a mão na testa, parecia que queria encontrar alguma coisa com o pensamento.

- Finalmente! – ela exclamou – Sabia que não estava enganada!

- Posso saber o que está acontecendo?

- Quieto! Preciso confirmar a informação.

Mais uma longa pausa se sucedeu, até que Hailey falou novamente.

- Perfeito! Ouça Tom – ela novamente começou a torturar o homem – acho bom você já ter aceitado a idéia de que alguém mais poderoso está no seu caminho e a partir de agora quem está no comando sou eu. Então, acho bom você e seus amiguinhos colaborarem. Entendido, quer que desenhe, ou você não admite?

- Admito, o que quer que façamos?

Ela o soltou.

- A Jóia de Goldstein foi encontrada nos arredores da Escócia e está sendo levada para Hogwarts. Os bruxos acreditam que lá é o local mais seguro do mundo. Idiotas. Pedi minha transferência para Hogwarts no final deste ano e vou procurar a Jóia lá. Eu a quero, custe o que custar.

- Depois de séculos, já estava perdendo as esperanças de reencontrá-la. Mas me diga, o que a senhorita quer de mim e de meus comensais?

- Preciso de apoio fora do castelo. Você aceita ou não é capaz de executar esta simples missão?

- Aceito. E não a desapontarei.

- É bom saber que você veio para o lado certo Tom, se continuasse a agir por conta própria, não teria a mínima chance. – Hailey olhou para o relógio – Tenho que ir. Pegue este espelho de duas faces – a garota atirou o objeto nas mãos de Voldemort – passarei as instruções do que vocês terão que fazer por ele. Se precisarem de mim utilize-o, mas já aviso que não perco meu tempo com besteiras!

Ela estava de saída para a porta quando se voltou para o homem.

- E Tom... Não aceito erros. Conheço sua fama e a de seus amiguinhos. Erros são pagos com a vida, acho bom você estar preparado para a missão.

- Não se preocupe srta. Baudelaire – Voldemort fez uma breve reverência – eu estou.

A garota finalmente se retirou da casa deixando o Lorde das Trevas sem palavras.

Fora a primeira vez que alguém o desautorizara e o torturara. Ele teve que entregar os pontos, Hailey Baudelaire realmente era a bruxa mais poderosa do mundo e Voldemort não estava disposto a contrariá-la.

Ele observou por um longo tempo o espelho de duas faces, relembrando o que havia acontecido na noite do assassinato dos Baudelaire. Ainda não acreditava que a filha de um dos aurores que o enfrentava estava lhe dando ordens, e o mais interessante, havia passado para o lado das trevas.

Com um sorriso no rosto, lembrou-se dos poderes da Jóia de Goldstein. Como queria tê-la encontrado antes e acabado com Potter e todos que protegiam aquele garoto idiota! Agora teria a chance.

Ouviu barulhos das escadas, Rabicho provavelmente havia acordado para preparar o café da manhã.


N/A: Tive q revisar este capítulo pq eu estava achando aquele começo insuportável de tantas repetições que eu havia feito! Achei q agora está bem melhor do que antes e espero que vocês comecem a ler a fic e a COMENTAR pelo amor de Merlin!
Acho que é só o que tenho q dizer por agora ;]

Marie Lejan Potter

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