How close is close enough?



Primeiro Capítulo:

How close is close enough?



O aspecto esbranquiçado, nebuloso, sombrio, encobriam o céu que banhava a pequena e pacata cidade situada no sul da Grã-Bretanha, LouisVille.

Tudo começou quando Louis Madison Pardmore, bruxo astuto e ambicioso, que escondia sua identidade mágica e vivia como um verdadeiro trouxa, tornou-se ministro do país que já havia passado por muitos conflitos e, antigamente fora um ponto estratégico para as batalhas no Atlântico Sul. Pardmore, já com uma certa idade, era respeitado por todos os habitantes de Porto Stanley, e quando morreu, conseqüência da tuberculose nervosa que atingiu-o fatalmente, o governador da Grã-Bretanha, que lamentara muito a morte de um dos membros do parlamento e derivados, resolveu, em sua homenagem, criar uma cidade com o seu nome: LouisVille.

Era o ano de mil oitocentos e setenta. Pessoas eram vistas andando pelas calçadas de LouisVille, sempre muito sérias e com roupas pesadíssimas para tentarem combater ao gelado ar que aspirava contra suas pálidas faces. Porém, em um canto mais afastado, uma família que vestia roupas estranhas, sussurravam palavras e, a cada segundo, levantavam a cabeça para avistar algum intrometido. Dentre eles, uma jovem de cabelos escuros que usava um longo vestido negro, estava alienada a conversa enquanto observava as carruagens passando com belas damas e gentis cavalheiros, as residências, desde as mais pacatas até as mais luxuosas, que eram habitadas por membros estatais. Morgana Madison Pardmore, neta de Louis Madison Pardmore, garota negligente e presunçosa, morava em uma dessas casas nobres e desfrutava de muitas regalias e seu conforto era máximo, e tão pouco era acostumada a receber um ‘não’ como resposta aos seus desejos.

Aos seus onze anos descobriu que era bruxa por meio de uma carta recebida da famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E, como uma legítima sangue-puro, sua recepção na família foi com muito sucesso, já que todos possuíam poderes. A morena, agora com dezessete anos, acabara de finalizar seu último ano em Hogwarts e estava preparada para começar sua vida fora do castelo. Sabia que os momentos dentro da enorme e aconchegante escola seriam inesquecíveis, tais como um garoto que prendera sua atenção e roubara seu coração: Charles Potter. O rapaz era inigualável, sempre com seu sorriso , juntamente aos dentes brancos e reluzentes, seus cabelos caindo-lhe sobre a face pálida, dando-lhe um charme excepcional, era magrela e alto com seus olhos esverdeados que possuíam uma intensidade imensa. Morgana namorou o rapaz durante um curto período, todavia o amor que nutriu por Charles, a cada dia, sufocava-la, pois queria-o somente para ela, todo segundo, minuto e hora. Claro que, idêntico a maioria dos garotos com a mesma idade, perseguição, pressão e falta de diálogos estruturais, não eram bem aceitas e, conseqüentemente, o término do namoro era o próximo passo. Fora doloroso, inaceitável o modo como Charles terminou com a garota e, até hoje, no dia do casamento dele com a Elizabeth Mayer, guardava dentro de si certo remorso e raiva por ter perdido Charles para aquela garota sem nenhum atrativo. Morgana Madison Pardmore despertou de seus devaneios com um berro estridente de sua mãe, que a chamava para entrar na carruagem, caso contrário, chegariam atrasados ao casamento do ano.

Enquanto uma fina garoa caía lá fora, a Família Potter, tradicional e respeitada, realizaria o casamento de Charles Potter, o herdeiro de toda a fortuna e o meio da continuação genealógica. Todos os habitantes com um status social valorizado na sociedade, foram convidados para a cerimônia e, mais tarde, para a grande e tão aclamada festa.

Charles e Elizabeth se amavam e a decisão do casamento não fora uma atitude forçada, ou por escolhas de terceiros, mas sim uma escolha honesta, ansiada pelos dois. Portanto, o amor que emanava na alma de ambos era tão intenso que o casamento só serviria para selar o laço de afeto, amizade e carinho que um tinha com o outro. A cerimônia de casamento ocorreria na Capela St. Vicent, e logo após, a festa na luxuosa residência da Família Potter.

A cada instante a fraca garoa, tornava-se mais forte e raios, com relâmpagos intensos e vivos, eram vistos, e trovoadas constantes eram escutadas. Mas, mesmo com a tempestade despencando e o vento ruindo, todos continuavam entusiasmados, pois o casamento aproximava-se. Convidados entravam pela porta revestida de mármore, com bordas em outro branco e ficavam encantados com a beleza do lugar que era composto por arranjos de flores do campo nas laterais e um lindo tapete branco fazia uma trilha até o altar e, na chegada, pequenas rosas foram depositadas propositalmente no chão, dando um charme ao ambiente e as mesmas exalavam um aroma surpreendentemente suave.

Um trovão reluziu fortemente e assim pôde ser visto o semblante de uma mulher alta, com a face ossuda e o cabelo ondulado para à porta. A garota estava atrás de dois garotos, supostamente seus irmãos e, ao lado, seus pais. A família chegara um pouco atrasada, conseqüência da chuva que alagara as ruas e impedira o tráfego das carruagens. Os convidados, entretidos na cerimônia, viraram suas cabeças para ver quem havia interrompido e, quando reconheceram os Madison, ficaram boquiabertos. A Família Madison sempre cumpriam suas obrigações, eram pontuais e corretos, frios e sombrios. Portanto, era um fato inédito eles chegarem no meio da cerimônia, chamando à atenção de todos.

Morgana percebeu os olhares sobre si e abaixou a cabeça a fim de avistar alguma mancha em seu vestido, ou algo fora do lugar e, não encontrando absolutamente nada, passou a mão pelos cabelos negros tentando ajeita-los. Encarou as pessoas sentadas e, como um sinal, pigarreou para os outros acompanha-la à bancada mais próxima. Finalmente, o silêncio que pairou sobre o local durante breves minutos fora absorto pelas palavras do padre.

Todos sabem que a cerimônia não é a etapa mais divertida de um casamento. As pessoas gostam mesmo é de se divertir, comer, dançar valsas junto com o amado, e na cidade de LouisVille não era nada diferente. Por um momento, pareceu-se escutar um bocejo proveniente de trás e os curiosos, ansiando saber quem cometeu a terrível gafe, viravam os rostos à procura do malfeitor.



Repassava os acontecimentos desde o término do seu namoro com Charles até o exato momento.

Sentia-se rebaixada, substituída, não podia suportar que aquele, o qual um dia jurou amor eterno e foi capaz de se entregar, estava perdido de amores por outra. Sentia-se usada por um garoto que não deu-lhe o devido valor. Uma raiva súbita começou a emanar no corpo e nos pensamentos de Morgana Madison Pardmore. E, em um período onde foi irracional, com o sangue lhe subindo pela face de ódio, largou todas as regras de etiqueta que havia aprendido, nem ao menos se importava com o que poderiam pensar, sobrepôs a voz do padre, gritando a pleno pulmões tudo o que sufocava-a desde o fim do último ano em Hogwarts. E com uma cínica risada começou seu longo desabafo.

– O que você pensa hein, Charles? Que eu testemunharia esse circo de horrores de boca fechada, apenas assistindo o único homem que eu já amei – e amo – casando-se com outra?

Todos olhavam-na curiosos, espantados e, de súbito sua mãe adverteu:

– Morgana o que pensa que está fazendo? Não percebe que está nos envergonhando perante toda a cidade...

– A senhora minha mãe poderia calar-se, já que não vejo mal algum se todos estão observando-nos; Danem-se todos vocês. Queria ver quem de vocês teria o sangue frio o suficiente para suportar tudo o que venho suportado. Mais uma vez Morgana soltou aquela cínica e estridente risada e prosseguiu. – Mal sabe você o quanto me doía na alma quando eu o via aos cortejos com essa que hoje usurpa o meu lugar. Sim o meu lugar, pois eu quem deveria estar aí, vestida de branco, pronta para tornar-se sua mulher. Para não falar nas flores e cartões declarando seu amor eterno à ela. Ah Charles, quantas vezes tudo o que eu desejava receber de você, era um simples buquê de rosas... Mas não, para mim você nunca se deu o trabalho de fazer esse simples gesto.

Ambos os noivos apenas ouviam o desabafo dolorido de Morgana, já que o choque daquela inusitada confissão havia sido tão grande que não conseguiam pronunciar uma única só palavra.

Então ela com convicção, lutando contra as lágrimas que insistiam rolar pela sua face pálida, prosseguiu:

– Ou então, quando beijava a mão de Elizabeth, e acompanhava-a em passeios matinais ao redor do lago...Eu assistia tudo isso de perto, escondida. Ahh, com Elizabeth você tinha tempo para fazer trabalhos e lições, juntos, é claro. Comigo? Pedia apenas para que eu os fizesse para você enquanto você se divertia com seus amigos. Quantas gargalhadas e trocas de juras de amor entre vocês envenenaram profundamente minha alma? Ah, você nunca vai saber o quanto o sofri, e também nunca vai saber que tudo o que apenas queria de você era um pouco de amor...

Ao terminar seu tenebroso desabafo, Morgana já havia desistido de impedir que lágrimas escapassem de seus olhos, e agora elas caíam sem pestanejar, enquanto encarava o rapaz tão falado em seu discurso. Ele olhava-a aterrorizado, ainda não acreditando em tudo o que ouvira.

O olhar da morena parecia perfurar a alma do jovem rapaz que ainda encontrava-se atordoado com toda a declaração. Charles virou-se para encarar Elizabeth e percebeu finas lágrimas rolarem pelo seu rosto, manchando a delicada maquilagem que a moça utilizava. O rapaz encarou todos os presentes e avistou uns cochichando, outros com expressões aterrorizadas como se um raio tivesse atingido a Capela, e outros estavam imóveis, talvez ainda não tivessem percebido o quanto a situação estava embaraçosa.

Sem via das dúvidas, o mais surpreso naquele estabelecimento era o padre, que tinha as mãos trêmulas enquanto encarava Morgana com um olhar amedrontado, pensando, talvez, que ela fosse capaz de arruinar – ainda mais – o casamento dos Potter. Rapidamente saiu de trás da pequena bancada e sussurrou algo no ouvido do noivo, que consentiu e voltou a fitar Morgana meneando a cabeça rapidamente.

Morgana, como uma grande bruxa, era esperta suficientemente para entender que declaração nenhuma iria abalar o casamento de Charles Potter e Elizabeth Mayer. Todavia, seu desejo de tê-lo para sempre ao seu lado era maior que a repreensão dos olhares provenientes dos presentes, principalmente de sua família. Com toda a convicção, lançou um olhar mortífero a Elizabeth, e após olhou para Charles que andava em sua direção decidido a tira-la do local.

A noiva, surpresa e aflita com a atitude do amante, seguiu-o e parou ao lado do jovem rapaz, que agora encontrava-se a poucos metros da dama com suas vestes negras arrastando no chão, e o rosto salpicado com algumas lágrimas. Contudo, Elizabeth não sentia pena da mulher, muito menos queria conversar amigávelmente. Hoje, dia do seu casamento, queria celebrar com Morgana longe dali. Subitamente, a moça agarrou o braço firme de Charles, apreensiva.

A dama, com a maquilagem inteira borrada, encarou o casal à sua frente, e uma onda de nojo e repudio invadiu sua mente. Por isso, sem raciocinar, muito menos pensar nas conseqüências posteriores, encarou profundamente e pela última vez, as orbes esverdeadas do rapaz, sacou a varinha do interior de seu longo vestido e informou:

– Charles Potter, seu amor me pertence, para sempre. O nosso amor será eterno, perdurando além da vida, e não será essa vagabunda ao seu lado que estragará nossos planos!

Elizabeth começou a soltar o braço do rapaz e indo para cima da morena quando é impedida pela mesma.

– Fique onde está, senão quiser morrer agora! – ameaçou friamente Morgana. – Certamente chegou a sua vez de sentir um pouco da dor que eu já sofri, minha cara.

Todos nesse instante arregalaram os olhos com a confissão da morena que encarava o jovem noivo com uma expressão diabólica. O medo começava a instalar na alma de cada presente e a fuga começava a tornar-se uma opção muito atrativa.

– É, realmente cansei de ser boazinha. Eu acho que você deveria compartilhar um pouco do que eu senti quando ele – nesse instante encarou o rapaz com seus olhos estreitos. – me trocou por algo tão sem valor como você.

- Você não se atreveria, Morgana. Eu sei que não... – vociferou Charles com toda a convicção, antes de ser cortado pela dama de negro.

- Ah, me atreveria sim. E não só vou me atrever, irei fazer melhor ainda. – disse ela com um ar astuto.

Morgana, poderia ter todos os defeitos do mundo, todavia como bruxa era algo fora do comum. Em Hogwarts, era absurdamente perfeita em tudo que envolvia feitiços, maldições, poções...

- Acho que, não só você, como todas as suas futuras gerações, sofrerão as conseqüências pelo o que um dia você fez comigo. A partir de agora, meu amado Charles Potter, seus descendentes terão decepções com os sentimentos e chegará tal hora que a paixão, o amor invadirá sua mente e sua alma, enlouquecendo-o. Todavia, não saberá quem é seu verdadeiro amor e, para descobrir, terá que enfrentar perigos desconhecidos até pelo mundo bruxo. E, caso ele não cumpra todas as tarefas, a morte o espera.

Lá fora, agora a chuva caia fortemente, e raios riscavam a cada instante o céu, fazendo da noite escura, sombria, clarões constantes. Mas o pior ainda estava por vir, e todos já tinham um breve conhecimento disso.

– Já que eu não posso ficar com você, sinto-lhe informar que ninguém mais ficará. Ou você é meu, ou não é de ninguém!

No segundo seguinte, as palavras mais temidas por todos ali, fora escutada.

– Avada Kedavra! – um jorro de luz na cor verde saiu da ponta de sua varinha, na direção de Charles Potter que ficara paralisado com os dizeres da mulher que arruinará o dia, que era para ser, o mais feliz e realizado de sua vida. Observou Elizabeth recuar, e no instante seguinte não enxergou mais nada, já que um emaranhado louro acastanhado impedia-o de ver qualquer coisa, já que estava na sua frente...


Seu corpo paralisado jazia no chão frio da capela, os olhos miravam o nada, encontravam-se fora de órbita; Apavorados, os convidados levantaram-se dos bancos confortáveis, a fim de observar melhor a mulher que fora atingido pela maldição mortal. Todos estavam de pé, com o único intuito de observar a noiva do tão lindo e esperado casamento. Elizabeth Mayer estava morta.

Gritos estridentes e agudos das mulheres, eram ecoados e, conseqüentemente escutados por todos os presentes. As expressões igualitárias de todos, definia-se em horror, medo. Os homens apenas meneavam as cabeças e cochichavam entre si, apavorados com os acontecimentos em apenas um dia.

A Família Madison tentou aproximar-se do jovem Potter, quando fora, subitamente, impedida pelos pais do mesmo que os encarou com certa reprovação e indignação.

Charles Potter segurava o corpo de sua mulher nos braços, chacoalhando-a, ainda não acreditando na sua tão repentina e dolorida morte. Logo após ver a loura caída no chão, a palidez tomando conta de seu corpo, soltou um grito e, quando foi encarar a assassina, ela já havia sumido, como fumaça, sem deixar rastros...




N/A’s:

Nota da Bruna Lupin:

Sim, sim e sim! Eu amo essa parceria, amo escrever essa fic e amo minha parceira, e que em tão pouco tempo se tornou uma grande amiga para mim, e que eu tive a maravilhosa oportunidade de conhecer a Emmy que é muito mais do que uma autora fantástica e muito mais do que talentosa.

Entãão, espero que vocês gostem desse primeiro capítulo, que foi feito com muito amor e carinho, e é claro não deixem de comentar ;D.

E nãão percam os próximos capítulos dessa incrível história.

Beijo-Beijo
;*


Nota da Emmy Black:

Háaaaaaaaaaaaaaaa! Sério, essa parceria está sendo tuuudo para mim! Pois, além de conhecer melhor a bruh, que é uma garota fantástica e uma autora muito talnetosa, estou tendo o prazer de escrever essa fanfic em sua companhia.
Bom, gostaria que soubessem que esse será o primeiro capítulo emocionante de muitos outros que virão. Espero que tenham gostado e que continuem acompanhando \o/

Háa. E se gostaram, poderiam comentar? ^^

Beeeijos e até o próximo
;*

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