Finalmente... Juntos?



CAPÍTULO XXI. - FINALMENTE... JUNTOS?

- Eu não estou mais com Bella faz alguns dias. Eu acabei com ela porque sabia que tinha que ficar com você. E estou feliz que você tenha acabado com Sirius simplesmente porque você é minha. Eu estou tão apaixonado por você que mal consigo ficar em pé quando você, Amélia, está perto de mim, de tanto que as minhas pernas bambeiam. Eu te amo e, até o momento, é com você que eu quero passar o resto da minha vida. Satisfeita?”.

Ela suspirou, fechou os olhos e sorriu. Ficou um tempo apenas calada, pensando se aquilo tudo era realmente verdade. Pensou em parar de chorar, mas deixou as lágrimas descerem. Sentiu a mão dele pousar com ternura sobre o seu rosto, fazendo com que as lágrimas não participassem do momento que Amélia há tanto tempo esperava. Ela abriu um pouco os olhos, somente o suficiente para ver que ele estava vindo em direção dela para um beijo. E ela deixou-se ser beijada. Por longos minutos, os dois ficaram assim, apenas se beijando. Era incrível como Severo podia ser carinhoso. As mãos dele passeavam pelas costas de Amélia, respeitando-a, mas atiçando-a, ao mesmo tempo. O beijo, dessa vez, terminou tranqüilamente, de uma forma natural. Ela o olhou, apaixonada.

- Muito satisfeita. Você realmente acabou com ela?

- Sim. Há quase uma semana.

- E por que você não me contou nada?

- Não sei... Acho que estava achando o jogo divertido.

- Cachorro.

Amélia brincou. Ele, em resposta, a beijou apaixonadamente.

- A poção... – Ela murmurou, no meio do beijo.

- Esquece.

XxXxXxX

E foi exatamente o que eles fizeram. Esqueceram completamente da poção (que fumaçava violentamente) e ficaram o tempo inteiro namorando, até que Dousset chegou e atrapalhou o casal.

- Cena tocante! – Dois se separaram imediatamente. – Mas eu quero a minha poção!

- Não soubemos fazer. - Severo mentiu.

- Ela começou a fumaçar há um tempão. Nós te chamamos, mas você não nos ouviu!

O velho professor olhou para os dois, tentando encontrar algum traço de mentira na fala deles. Mas, aparentemente, não encontrou.

- Então eu vou esperar os dois aqui amanhã.

- O QUE- Os dois exclamaram ao mesmo tempo.

- Vocês não cumpriram a detenção. Vão vir para essa sala todas às noites, até cumpri-la! Agora sumam da minha vista!

Snape passou o braço pela cintura de Amélia e a conduziu para fora da sala.

- Estressadinho, hein? – Amélia riu.

- Eu acho que o diretor não gostaria nada de saber que Dousset quer fazer essa poção!

- E nós não vamos contar!

- E por que não? – Severo a olhou, quase suplicante – É a nossa chance de tirar ele da escola!

- Ora, vamos, Sev! Você não acha que já somos suficientemente queimados com Dousset? Ele nunca mais nos deixará em paz se contarmos! Eu duvido muito que ele seja expulso por isso!

XxXxXxX

Ele a acompanhou até a torre da grifinória, onde se despediu com um beijo de boa noite.

XxXxXxX

Amélia entrou no salão comunal grifinório feliz da vida, pronta para ter uma noite de sono e paz... Mas Sirius tratou de trazê-la de volta para realidade assim que ela entrou.

- Amélia- ele correu até a garota, segurando imediatamente as mãos dela - A detenção foi muito ruim?

- Foi... – ela não conseguiu conter o sorriso - Suportável.

- Chocolate?

Ele atirou delicadamente os chocolates para ela, deixando claro que não aceitaria recusas.

- Obrigada.

Amélia pegou o menor pedaço que achou. A noite foi tão cheia de emoções que ela não conseguiria comer mais que aquilo.

- Mia... - Ele se aproximou dela - Você ainda está zangada comigo?

- Não, Sirius. – ‘como eu poderia estar zangada com alguém, depois de hoje?’ - Mas eu acho melhor sermos só amigos, ok?

- Entendi. Você precisa de um tempo. Quanto?

- O que?

- Quanto tempo?

- Mil anos.

Ela mordeu o lábio. Ele entendeu. Sirius Black estava levando um fora.

- Não tem volta mesmo?

- Não.

- Mesmo?

- Eu sinto muito.

Ele suspirou e saiu. Amélia suspirou. Considerando o seu estado de felicidade no momento, até que não tinha sido tão difícil.

XxXxXxX

Amélia estava quase chegando no dormitório quando Lílian Evans tocou de leve as suas costas.

- Você o magoou muito

Amélia fechou os olhos e suspirou. Virou-se, tentando tirar do rosto o ar de alegria.

- Eu não tive muita escolha.

- Eu sei... Só não apareça com o Snape por enquanto.

Ela franziu o cenho.

- O q-

- Amanhã é dia dos namorados e você e Sirius estariam fazendo cinco meses. Será crueldade aparecer com o pior inimigo dele logo nessa data.

Merlin! Nem lembrava que amanhã eu e Sirius faríamos cinco meses!’

Amélia assentiu.

- Ly! Como você sabia?

A amiga riu.

- Está escrito na sua testa que você esta felicíssima! Apenas imaginei porque! Acredite, não foi tão difícil descobrir!

XxXxXxX

Naquela mesma noite, Amélia enviou uma carta para Severo dizendo que ainda não poderiam assumir publicamente o namoro. Como desculpa, disse que seria um golpe muito forte aparecer para Sirius com o seu pior inimigo perto dos NOMs... Não queria que o ex se prejudicasse por causa dela.

Por falta de escolha, ela pensou, Severo concordou. Anos mais tarde, ele revelou à Amélia que apenas tinha concordado porque achava a idéia de namorar escondido muito mais interessante do que a de ter um namoro certinho. Segundo ele, isso garantiria o mistério, o que deixaria tudo mais excitante.

A partir desse dia, Amélia e Severo passaram a se encontrar escondidos todas as noites. Sempre pelos corredores escuros, sempre com perigo grande de serem pegos. Depois de quase um mês juntos, descobriram um lugar perfeito para os encontros noturnos: o banheiro da Murta.

Tudo ia muito bem.

Mas, é claro, as saídas noturnas de Amélia levantavam suspeitas. De vez em quando, Sirius, que ainda gostava muito dela, a perguntava para onde ela tanto ia? Ela dizia apenas que ia respirar o ar da noite. Às vezes ele oferecia companhia... E ela sempre dizia que preferia andar sozinha. E usava, mais uma vez, o NOMs como desculpa: dizia que estava estressada com a proximidade das provas.

Tudo ia muito bem.

Até a véspera do NOM de Defesa Contra as Artes das Trevas.

XxXxXxX

Amélia respirou fundo e se olhou demoradamente no espelho.

Ela colocou um belo vestido e fez uma maquiagem leve. Soltou os cabelos. Pensou em fazer alguns cachos – seu cabelo era tão liso que chegava a ser sem-graça. Olhou para o relógio. Já estava atrasada. Iria sem os cachos, mesmo.

Pela primeira vez em dias não estava preocupada com a prova da manhã seguinte. NOMs de Defesa Contra as Artes das Trevas... Ela já estava preparada para eles desde que tinha cinco anos de idade! Estava muito mais preocupada em se Severo ia achíla bonita ou não.

Desceu as escadas, esperando não encontrar nenhum curioso em seu caminho... Mas, só foi colocar o pé fora do dormitório para encontrar Lílian Evans.

- Vai sar de novo? Sabia que amanhã nós temos prova?

- É, eu sei disso! Mas não estou nem um pouco preocupada.

- Sim, sim, já sei! Você é um gênio em DCAT.

- Precisamente.

Amélia piscou o olho e começou a se mover. Mas Lílian a impediu, segurando o seu braço. Ela se aproximou e reduziu a sua voz a um mero suspiro.

- Você vai se encontrar com ele?

Amélia olhou ao redor, para constatar que não havia ninguém por perto.

- Vou sim!

- Quando vocês vão oficializar?

- Eu estive conversando com ele. No próximo ano já apareceremos aqui como um casal... Mas, sabe, eu acho que ele até gosta um pouco desse negócio de amigos de dia, namorados de noite.

- Sei não... Sabe, eu acho que Black já não ia ficar tão chateado se você namorasse com Snape.

Amélia bufou.

Se você apenas soubesse o quanto ele diz gostar de mim!’

- Sabe o que eu acho? Eu acho que black não ia ficar chateado se você namorasse Tiago!

- Esse papo de novo- ela revirou os olhos - Você está careca de saber que eu nunca vou namorar Tiago! Nunca!

- Eu vou te dizer de novo: um dia ele vai cansar de esperar e você vai perder o posto de namorada para uma das milhares de menininhas que vivem caído de amores por ele!

Lílian fechou a cara.

- Sinceramente, o posto de namorada do Potter não é almejado por mim!

- Sei, certo! Vou fingir que acredito - Lílian ia abrir a boca para protestar, mas Amélia a interrompeu. - Severo está me esperando! Tchau!

Sem dar tempo para uma réplica, Amélia desceu as escadas correndo. Já quase saindo, a voz de Tiago a parou. Ela se virou, fingindo alguma paciência.

- Tiago.

- Saindo de novo, Amélia?

- É o que parece, não?

Sirius apareceu por detrás de Tiago, olhando meio abobado para Amélia. Segurou a mão dela e disse:

- Você está deslumbrante. Essa produção toda é para alguém?

- Não. Só para mim. Eu acho melhor eu ir.

- Não quer que eu vá com você?

Ela olhou nervosamente para a porta.

- Não, Sirius, eu estou bem. Tchau, garotos.

Ela deixou a torre da grifinória e foi caminhando cautelosamente até o banheiro da Murta.

XxXxXxX

Severo a esperava impacientemente.

- Boa noite, Murta.

- Boa noite, Amélia! Sabe, foi ótimo você ter chegado! O seu namorado não gosta de falar muito, você sabia?

- Eu desconfiava.

Amélia então olhou para Severo, que a olhava com raiva. Ela ignorou. Aconchegou-se nos braços dele. Ele não a abraçou de volta.

O olhou exigente. Sem se conter, ele desceu e a beijou apaixonadamente.

- Boa noite, Sev!

- Você está atrasada!

- Você é muito chato!

- EU CONCORDO- A murta gritou

O casal a olhou para em reprovação. Ela entendeu que não deveria gritar. Fechou a cara e ficou voando perto das pias. De repente, a porta do banheiro se abriu.

- Droga!

O casal se apressou em se esconder, pensando que fosse Filch. A Murta ficou apreensiva.

Alguns segundos se passaram. Amélia olhou para a murta. Sinalizou com a cabeça para que ela fosse ver se tinha alguém do lado de fora.

A Murta foi. Instantes depois, ela voltou.

- Ninguém. Deve ter sido o vento.

Severo se levantou e estendeu a mão para que Amélia fizesse o mesmo. Passado o susto, ela se encostou a uma pia.

- Ufa! Já pensou se Filch nos pega aqui?

Severo foi ao encontro dela e acariciou o seu rosto.

- Por que o medo? Ele jamais entraria num banheiro feminino!

Ele aproximou lentamente os lábios dos dela, até que ela, faminta, os capturou. Ele jogou a cabeça para trás, interrompendo o beijo. E depois o retomou, agora de uma maneira mais leve... Que gradativamente foi se tornando um beijo intenso e exigente.

Exigente demais!’

As mãos dele deslizaram das costas para as coxas dela. Primeiramente apenas passeando. Quase respeitosamente... Mas depois por baixo do vestido. As mãos dele subiam e desciam, de vez em quando se prendendo ao elástico da calcinha. Ele, ainda por baixo do vestido, a ergueu um pouco pela cintura. Ela sentar na pia. Abriu as pernas. Severo se colocou entre elas. Ela pode sentir o que causava no corpo dele todas as vezes que ele a apertava. O beijo foi descendo pelo pescoço... O colo...

E, de repente, tudo parou. Severo parou de beijar e acariciíla. Ela o olhou, confusa. Ele, assustado, ofegou:

- O que foi aquilo?

- Aquilo o que?

Snape a deixou e começou a olhar todos os espaços daquele banheiro. Amélia franziu o cenho. Desceu da pia e começou a ajeitar o vestido e os cabelos.

- Severo?

- Aquele barulho! – Ele procurava por algo nervosamente – Você não ouviu?

- Não. Eu não ouvi nada. - Ela, com um sorriso compreensivo, segurou o rosto dele. - Eu acho que é só preocupação.

- Eu n...

- Fique tranqüilo, Sev! Você sabe que vai se dar bem no teste de amanhã!

- Você acha que eu, estando daquele jeito com você, vou pensar em NOMS? – Amélia corou - Eu já disse que na...

- Tá certo! Você não está preocupado com nada, como sempre! Vamos descansar.

- Te vejo amanhã, então.

- Te vejo amanhã.

Severo saiu primeiro. Ela foi logo em seguida. Assim que saiu, Amélia pensou em ter ouvido um ruído vindo do banheiro. ‘Murta’, ela pensou. Balançou a cabeça e voltou a fazer o seu caminho de volta à torre da grifinória.

Só soube depois que aquele barulho era, na verdade, Tiago e Sirius, que estiveram o tempo todo no banheiro, vestindo a capa da invisibilidade.

XxXxXxX

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