O Fim do 1º, o 2º e o Começo d



CAPÍTULO VI. O FIM DO 1, O 2º E O COMEÇO DO 3º.

Ela passou por volta de meia hora no salão comunal... E tinha sido incrível! Augusto voltou a ser um doce com ela. O irmão dele, Lúcio, se mostrou muito prestativo... Ofereceu-se até a dar aulas para ela! Severo decidiu falar (‘sim, ele fala’)... Claro, muitas respostas atravessadas e vários olhares no estilo ‘cale a boca, você não está sendo interessante’... Mas Amélia não se importou com isso! Conversar com ele era ótimo!

Bom, e, é claro, tinha Bellatrix. Ela continuava sem querer Amélia no grupo... Ela só não saiu do salão comunal porque Lúcio Malfoy estava lá e, pelo que Amélia pode perceber, o cara impunha muito respeito entre os sonserinos.

Mas a hora estava passando, e, se Amélia se demorasse mais um pouco naquele salão, três grifinórios iriam invadir o espaço sonserino e nada de bom poderia acontecer com isso. Então, Amélia decidiu que seria melhor ir.

- Bom, eu acho melhor que eu vá indo! Já está ficando tarde, e eu ainda tenho que terminar a minha redação para o professor McSueyd.

- Você quer que eu te deixe lá na sua torre? – Rodolphus perguntou, enquanto Bellatrix suspirava e o olhava em reprovação. – Quer dizer, eu conheço essa escola bem melhor que você, que está aqui á só dois dias.

- Eu acho uma ótima idéia. – Severo acrescentou.

- Eu também. – Augusto replicou.

- Eu não acho que será necessário! – Amélia respondeu, esperando que eles não insistissem muito no assunto. – Se eu consegui achar o caminho até aqui, eu acho que posso facilmente achar o caminho de volta!

- Se Filch te pegar, você já era! – Rodolphus disse.

- Filch? Quem é Filch?

- Filch é o zelador. Se ele te pegar rondando a escola numa hora dessas, vai te aplicar uma detenção... E ele é fã de castigos corporais muuuuuuito dolorosos!

Ela se arrepiou. Decidiu que não queria saber de que tipo de castigos corporais Rodolphus estava falando.

- Bom, eu acho que não vou ter problemas!

- Se você prefere assim.

- Então, até amanhã!

Amélia constatou que Lúcio Malfoy realmente tinha moral naquele lugar: Foi só o sextanista dizer que ela tinha valor, para que ninguém mais a olhasse com a cara de nojo. Ela até se sentiu bem ao caminhar pelo salão comunal sonserino como uma princesa.

Ao chegar perto da porta, Amélia começou a imaginar o que faria se os grifinórios não estivessem mais por lá: O que ela ia fazer? Tudo bem, ela se lembrava vagamente do caminho...

Muito vagamente, esse é o problema.’

E ainda tinha o tal do Filch! Ela começou a rezar para que os garotos ainda estivessem, de fato, lá.

Deixou o salão. Aliviou-se ao ver que tinha pessoas a sua espera.

Os grifinórios correram para ela e passaram a examiná-la dos pés a cabeça, como se procurando algum pedaço a menos. Ela riu.

- Eu estou bem! É sério!

Somente então se deram por satisfeitos. Remo se manifestou:

- Esses dois já teriam entrado, se eu não tivesse segurado eles.

- E teríamos mesmo! – Sirius falou, meio aborrecido. – Mas Remo pediu mais cinco minutos! Sabe, eu estava louco para ter a minha primeira briga na escola!

- E eu posso saber, sr Black, como três grifinórios calouros iriam combater a Sonserina inteira? – Eles se entreolharam, considerando o que ela tinha acabado de dizer. Amélia riu e balançou a cabeça. Começou a andar. – Vamos!

Logo eles passaram a segui-la. Sirius ficou do seu lado direito, Tiago no esquerdo e Remo atrás dela. Tiago perguntou.

- Será que podemos saber porque a senhorita demorou tanto?

- Parece que eu fui finalmente aceita no grupo dos sonserinos! Passei um tempo conversando com eles.

- Aceita! – Sirius pareceu chocado com a informação – Quer dizer que você vai ser amiga da minha prima! Olha, eu não sei se posso andar com alguém que fala com ela!

- Sua prima não foi, nem de longe, gentil comigo! Ela foi à única que não me aceitou... Mas vai ter que me engolir!

- Quem mais foi extremamente gentil com você?

- Rodolphus (Lestrange, sabe? Um do segundo ano), os Malfoys e Severo.

- Ranhoso? – Tiago caiu na risada – Ranhoso sabe ser amigável? Essa é novidade!

- Pô, vocês nem conhecem o cara! Se vocês querem saber, do grupo, ele foi quem eu gostei mais! Ele tem lá o jeito caladão dele, mas, quando você o conhece, ele é uma pessoa maravilhosa!

- Peraí você! – Sirius falou. – Eu conheço o Ranhoso sim! Só não sabia o nome dele. Minha família já passou umas férias com a família da mãe dele, e, acredite em mim, um verão inteiro e ele não me dirigiu a palavra sequer uma vez! Ele é um pesadelo! Quer ser o que não é, sabe? Anda com os "grandes", mas, na verdade, é mestiço! O pai é trouxa. A mãe é quem sustenta a amizade dele com o pessoal de puro-sangue, porque a família dela é muito importante!

- E eu – Tiago disse. – Não vou com a cara dele!

- Você só conhece o cara há um dia, Amélia – Remo completou – Não deveria tirar tantas conclusões a favor dele!

- O que ele te fez para te conquistar, hein? – Sirius perguntou – Te emprestou um livro?

- Na verdade, ele me emprestou um livro, sim! Um bem raro

Somente então Remo percebeu que Amélia carregava nas mãos, além do seu livro, um outro exemplar negro. Ele pediu para vê-lo. Observou o título com desconfiança.

- É sobre artes das trevas. Você realmente gosta desse assunto, Amélia?

- Gosto sim! Desde muito pequena eu fui acostumada a apreciar as artes das trevas... – Os três a olharam como se Amélia fosse a bruxa má da branca de neve. – Mas meus pais também me ensinaram que as artes das trevas devem ser apreciadas, e não usadas. Eu não sei se vocês sabem muito sobre o assunto, mas ninguém pode negar que os bruxos das trevas são verdadeiros gênios!

- Eu só queria saber porque um pai ensina uma filha a gostar de artes das trevas... – Sirius resmungou baixinho, no ouvido de Tiago, mas ela escutou.

- A melhor defesa é o ataque! – Ela disse enquanto contemplavam o quadro da mulher gorda. – Chegamos!

Logo os amigos estavam no salão comunal... Logo era o outro dia... O outro mês... O natal... O aniversário de doze anos... A páscoa... Sem perceber, Amélia viu o seu primeiro ano em Hogwarts passar voando diante de seus olhos... A experiência de estar num outro país, sem os pais, foi incrível... Única.

Ao chegar ao fim do ano letivo, Amélia já não parecia em nada com aquela garotinha emburrada que não queria sair do país de origem... A menina mimada acabou mostrando ter um talento indescritível para colecionar amigos. Ela tinha um grupinho em cada casa de Hogwarts, embora as amizades verdadeiras fossem poucas.

Aliás, as amizades verdadeiras estavam justamente nas casas rivais da escola. Sirius Black, Tiago Potter, Remo Lupin, Lílian Evans e Cordelia Veronesi eram os companheiros grifinórios. Augusto Malfoy, Rodolphus Lestrange, Uma Plard e Yure Zinetti eram os companheiros sonserinos. E tinha, é claro, aquele amigo que transcendia qualquer classificação: Severo Snape.

Snape foi à primeira pessoa de Hogwarts que Amélia chegou a conhecer. Na ocasião sequer cogitou a hipótese de tê-lo como seu grande amigo... Mas foi o que aconteceu. À medida que o ano se passou, os dois foram se aproximando cada vez mais, até um ponto de não conseguirem mais se separar! Eles estudavam juntos, jogavam juntos, quebravam as regras juntos... Um ano bastou para Amélia perceber que queria ter a amizade daquele garoto pelo resto da sua vida.

Por falar em amizades, esse ano presenciou a formação de vários grupinhos: Remo, Tiago, Sirius e Pettigrew se grudaram num laço de amizade impressionante. Lílian só ficou por perto desse grupo até a chegada dos primeiros exames... Ela queria muito estudar, mas os meninos não ligavam muito para isso... Um dia ela se estressou e se inseriu em outro grupo.

O grupo dos sonserinos era, talvez, tão forte quanto o grifinório. Todos os calouros queriam ser amigos de Augusto Malfoy – isso porque ele era irmão de Lúcio Malfoy e, por tanto, protegido por ele. Amélia não sabia ao certo o motivo da tão grande popularidade de Lúcio, mas tinha algo haver com umas trocentas regras que ele quebrava.

Quando as férias chegaram, Amélia se surpreendeu sem a mínima vontade de voltar para casa. Queria continuar com os novos amigos e com a vida cheia de liberdades... A vida que ela tinha aprendido a amar. Mesmo assim, voltou para casa.

Foi nas férias que Amélia percebeu o quanto estava mudada. Já não se importava tanto com a aprovação dos pais... Nem gostava mais de sair em passeios com eles... Queria apenas rever alguns amigos que tinha deixado lá.

Amélia recebia corujas dos amigos quase que diariamente. O pai dela quase explodiu de felicidade ao ver que a filha era popular (como qualquer bom político, ele dizia). A mãe se felicitou por ver que a filha era amada (e não poderia se sentir só, com tantos amigos, ela dizia).

Amélia quase deu pulos de alegria quando percebeu que as férias tinham terminado. Ela se sentiu maravilhada com a recepção que teve para o seu segundo ano em Hogwarts... Ela se pegou, de vez em quando, dando os gritinhos de excitação que tanto condenava.

No trem, Amélia conheceu Narcissa Black, a irmã de Bellatrix. Ela era bem melhor que a irmã. Elas logo ficaram amigas.

Hogwarts, cerimônia, banquete... Frank Longbotton e Alice Tieney estavam namorando. Outubro, novembro, dezembro... Amélia completa treze anos... Janeiro, fevereiro, Março, Abril, Maio... O segundo ano de Amélia passou ainda mais rápido que o primeiro!

Amigos... As amizades de Amélia começaram a se tornar um problema para ela. Tudo começou numa reunião do clube de duelos, no segundo trimestre. Os professores duelaram, como de costume, e depois chamaram dois alunos: Severo e Sirius. Severo ganhou facilmente a luta... Mas, quando ele estava para deixar a “passarela”, Sirius deixou escapar a palavra “Ranhoso”. Snape ficou vermelho de raiva e soltou uma azaração bem covarde em Sirius, que estava no chão, sem varinha e sem defesa.

Sirius voou longe e bateu a cabeça. Tiago e Remo imediatamente tomaram as dores do amigo e subiram na passarela. Os dois começaram a atacar Severo... Augusto, Rodolphus e Bellatriz foram ajudar Severo, que já estava quase desacordado. Na verdade, Bella ajudou e Augusto e Rodolphus foram duelar... O que não foi um combate justo, já que os sonserinos treinavam duelo desde sempre. Depois de minutos de lutas, os professores conseguiram pará-los. Amélia nada pode fazer, já que não queria brigar com nenhum dos amigos.

Todos os envolvidos no duelo tiveram detenção. Foram duas semanas de limpeza da sala de troféus, patrulha nos corredores, coleta de ervas na floresta proibida... E um dia castigos corporais que Filch ficou muito feliz em aplicar.

Augusto é claro, usou a seu status para se vingar. Ele reclamou do castigo com o pai, que mostrou a sua influencia no mundo da magia: Ele conseguiu um decreto do ministro proibindo o uso de castigos corpóreos na escola e conseguiu organizar um plebiscito que exigia o afastamento do diretor. No fim, este teve uma aposentadoria forçada no fim do ano letivo.

Bom, os grifinórios e sonserinos declararam guerra... E, no meio do fogo cruzado, estava Amélia, que nunca sabia o que fazer quando os amigos começavam a se engalfinhar.

Esses dois grupos rivais passaram o ano inteirinho pregando peças um no outro. Lílian, que já não falava muito com Tiago, passou a sentir uma aversão enorme a ele! Aversão que ele, por sinal, não entendia.

Bom, por falar em Tiago, ele quase conseguiu uma vaga no time de quadribol da grifinória! Todos o queriam como apanhador, mas acabaram dizendo que ele era muito novo, por isso era melhor deixar para o outro ano! Mas, na verdade, um rumor se espalhou de que Tiago só não ganhou a vaga porque o capitão do time queria a vaga para si!

Neste ano Amélia se tornou mais politizada. Ela se importava com os rumos que a política trouxa e bruxa estava tomando... É claro que todos os outros alunos estranharam: ela era a única louca que recebia diariamente três jornais diferentes – The Washington Post (política trouxa americana), o Tribuna Unida (jornal bruxo de maior circulação nos Estados Unidos) e o Profeta Diário.

Nesses jornais, Amélia lia preocupada as notícias sobre o Ministro da Magia inglês: a doença dele tinha avançado mais. Ele comunicou que o seu sucessor deveria ser escolhido logo... E Lord Voldemort era o nome mais cotado. Todos apostavam no homem gentil e de idéias revolucionárias! Até o próprio ministro tinha dito que, se Voldemort o substituísse, o Ministério estaria em boas mãos...

Amélia trocou muitas corujas com o pai discutindo sobre esse homem que poderia acabar sendo o novo ministro inglês. E ele sempre dizia as mesmas coisas: que o homem não era de confiança e que, se ele chegasse ao poder, a América poderia até chegar a cortar relações com o Reino Unido.

E o tempo voou... Logo Amélia estava embarcando para mais umas férias longe dos amigos, nos Estados Unidos.

Mas Amélia acabou se surpreendendo com as férias que teve: Foram divertidíssimas! Bom Amélia já tinha chegado na adolescência e, embora não tivesse percebido antes, tinha mudado bastante. Ela estava grande e tinha ganhado muitas curvas... E os seios estavam enormes.

Amélia não tinha prestado atenção às novas formas (só aos seios)... Mas a sua mãe prestou! Vendo as grandes mudanças de Amélia, Emiliana Lair decidiu que já estava na hora da filha perder de vez a cara de menina sem graça... Para isso, ela ensinou a Amélia a usar um pouco de maquiagem (uma coisa bem leve... Só um pouco de delineador nos olhos e um batom claro nos lábios). Mudou também os cabelos dela: clareou mais os fios.

Depois da transformação do rosto, Emiliana decidiu trocar o vestuário da filha. Disse que as roupas eram infantis demais. Compro centenas de peças que valorizavam as recém-ganhas formas de Amélia.

Sendo uma adolescente, Amélia descobriu a melhor invenção trouxa: A discoteca. Todo sábado ela estava na discoteca... As férias foram tão boas que passaram num flash. Logo ela se viu, mais uma vez, na estação King Cross para ir a Hogwarts. Mas ela já não era mais uma criança sem graça! Ela era uma adolescente muito interessante... Bom, pelo menos foi o que ela sentiu quando chegou na estação...

XxXxXxX

Acelerei um pouco a fic para chegar logo na ação!

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