Epílogo



- MAAAAAAAÃE! A SUSIE ME BATEU COM A VARINHA DO PAPAI!



Hermione desceu as escadas correndo ainda de camisola e com o cabelo totalmente desarrumado.



- CECIL GRANGER MALFOY! Quantas vezes eu lhe disse para não mexer nos artefatos mágicos do seu pai?! - Hermione tirou a varinha da mão de uma menininha extremamente loira. Seus fios loiros chegavam na cintura. Cecil era a filha mais velha do casal Malfoy, tinha 7 anos.



- Mas mãe, o James estava maltratando um elfo...



- JAMES GRANGER MALFOY! Quantas vezes eu lhe disse para... - Hermione foi interrompida por uma voz atrevida.



- Não maltratar elfos ou qualquer animal inofensivo... - falou James arrastando a voz. Ele tinha o cabelo castanho e o rosto idêntico ao de Hermione.



- ISSO MESMO! - gritou Hermione apontando a varinha para o nariz do garoto - Ai, você é idêntico ao seu pai...



- Idêntico a mim? - perguntou Draco enquanto descia as escadas da Mansão dos Malfoy, que havia passado por uma transformação depois da prisão de Lucius Malfoy por corrupção - Eu não sabia que ele era tão perfeito!



No princípio, Hermione se recusara a morar naquela casa que amaldiçoava até o último sangue-não-puro da Terra. Mas depois de muito insistir e de muitas jóias dadas como presente, Draco conseguiu convencer a esposa a morar na mansão em que passara infância, com uma condição, lógico: que a casa passasse por uma reforma que a deixasse menos sombria. A Mansão em pouco tempo voltou a ser a casa que Draco tinha em suas memórias.



- Draco, eu estou tendo uma conversa séria com o seu filho e você fica com essas brincadeiras. - falou Hermione com as mãos na cintura e batendo o pé.



- Ah, querida. - disse Draco abraçando-a por trás e beijando seu pescoço - Você anda muito estressada ultimamente.



- Mas com seus beijos eu me acalmo rapidinho... - sussurrou insinuante.



Enquanto os pais se beijavam, Cecil e James ficaram trocando olhares debochados, até que não agüentaram mais e começaram a rir.



- Você vai deixar a mamãe sem fôlego, pai. - falou James.



Sem graça, Hermione soltou-se de Draco.



Ela gritou mais uma vez com as crianças para que fossem dormir, se não soltaria o Bicho Papão do porão. O efeito foi imediato, os dois subiram as escadas correndo para os seus quartos, já tinham visto o Bicho Papão uma vez e ele tinha a cara assustadora de uma prisioneira de Azkaban que um dia eles viram no Profeta Diário, Umbridge, era seu nome.



Enquanto subia com Draco para o seu quarto, Hermione se lembrava de um pesadelo estranho que tivera uma vez, mas que sempre vinha a sua mente, um pesadelo em que Draco a abandonava, pessoas que ela amava morriam e ela casada com Rony, mas para ela agora, era apenas um pesadelo, ela havia esquecido que um dia fora real.



Tinha uma vida feliz, mas não perfeita, como ela queria que fosse. Era professora em Hogwarts, seu grande sonho e Draco era um bem sucedido e famoso Auror, junto com Harry. Tinha duas crianças maravilhosas. Mas havia uma coisa que insistentemente vinha a sua cabeça: Rony. Logo depois do casamento ele desapareceu e ninguém mais ouviu falar dele. Nem mesmo a família, ninguém sabia do seu desaparecimento. Existiam várias especulações sobre o que acontecera com um dos filhos do Ministro da Magia, mas Hermione temia que ele estivesse morto. Mas não podia fazer nada desta vez, sempre resolvia seus problemas, mas não podia salvar um amigo.



Mas o amor de Draco era tão grande por ela, que sempre que ela estava ao seu lado, ela esquecia de todos os seus problemas, sempre foi assim e sempre será, ela sabia disso, tinha certeza.



Draco e Hermione não foram felizes para sempre, foram felizes na maioria dos momentos, porque estavam juntos. Hermione morreu primeiro, já bem velhinha. Draco entrou em profunda depressão, mas escreveu um livro com toda a sua vida, um livro com todas as suas memórias, dedicado a mulher de sua vida, Hermione Granger. Assim que o livro foi publicado, ele faleceu, para encontrar Hermione além das terras reais, além do céu que podemos ver.



E a pequena Rã das Confissões... Bem... Ela era a causa do desaparecimento de Rony, ele havia aprendido animagia. E escolheu se transformar em algo bem diferente.



Quando Hermione e Draco se reencontraram nos campos de Hogwarts, ele estava os vendo. Quando Hermione deu o soco em Draco e ele caiu desacordado no chão, Rony aproveitou e pulou dentro da capa de Draco e inventou toda aquela mentira, por apenas uma razão: fazer Hermione feliz.



Foi como ele disse uma vez: "Quando nós amamos realmente, nós ficamos felizes com a felicidade da pessoa que amamos e tristes com as tristezas dela... Eu te amo... Mais do que você possa imaginar... Um amor tão grande que estraçalha a minha alma e esmaga o meu coração... E eu te amo tanto que se você está feliz, eu fico feliz também, não importando nos braços de quem você esteja, você vai estar sempre dentro de mim. Eu te amo tanto, que não sei se isso vai acontecer de novo, às vezes não acontece nem uma vez."



Felizmente, Rony estava errado em uma parte. Logo depois que saiu do casamento, decidiu se tornar um <i>bon vivant</i>. Partiu para o Hawai, afim de aproveitar a vida, mas chegando lá... Se apaixonou perdidamente por uma nativa trouxa, se casou com ela, teve 7 filhos e foi mais feliz do que podia imaginar que pudesse ser.



Ele achava que toda essa felicidade foi devida a boa ação que fizera, pois uma boa ação sempre retorna para nós, 70 vezes ou mais... E todos foram felizes, com algumas tristezas e decepções, mas felizes.



<center><b>FIM</b></center>

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Comentários (2)

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