Change
7° ano de Hogwarts. Último ano para muitos. O famoso Harry Potter tentava de todas as maneiras passar desapercebido, mas era impossível. Durante muitos anos ele sempre fora o centro das atenções, mas sinceramente, ele já estava cansado disso. Ele sempre quis ser uma pessoa normal, ou seja, um bruxo normal. Ter uma família, amigos e talvez ser reconhecido por sua excelente performance como apanhador, mas realmente tudo em sua vida era totalmente diferente do que ele almejava. Todos o conheciam e sabiam mais de sua vida do que ele mesmo. Harry não sabia mais o que pensar, várias vezes ele pensara em fugir para ver se as pessoas iriam esquece-lo, mas como?Ele era o garoto que sobreviveu a Voldemort e sua ira. Como mudar isso? Não dá. É fato e nunca mudará.
- Ah se eu pudesse mudar tudo. – dizia Harry baixinho durante a aula de Herbologia.
Hermione, como já conhecia o amigo muito bem, disse baixinho:
- Não dá para mudar Harry, mas a gente pode transformar.
Harry sorriu para a amiga, sabia que ela compreendia tudo que se passava naquela tumultuada cabeça. De alguns anos para cá, Harry se deu conta que Hermione não somente sua grande amiga, ela também era sua companheira, confidente e cúmplice. Não tinha nada que passasse desapercebido dela, ela sempre entendia o que acontecia com ele e dentro dele.
A aula terminou e, Harry, Rony e Hermione saíram e foram direto para a sala comunal da Grifinória.
Harry se sentou sozinho em um canto da sala e decidiu que traçaria uma estratégia para mudar sua vida quando Hermione se aproximou.
- O que você está tramando?perguntou Mione sorrindo.
- Tô cansado, não quero mais ser conhecido como o cara que sobreviveu a fúria de Voldemort. Eu quero ser Harry Potter, o bruxo que ninguém jamais ouvi falar.
- Pára de ser bobo Harry, você tem que entender que há coisas na vida que não mudam jamais.
- Mas eu não quero mais isso Mione,cansei disso.
Hermione sorriu para ele, ela sabia o quanto ele queria ser esquecido por algumas pessoas, mas realmente não tinha como.
- O que há com ele? Perguntou Harry apontando Rony com a cabeça.
-Ele tá chateado.- respondeu Mione calmamente.
- Tá assim porque eu fui nomeado Monitor-chefe da Grifinória? Perguntou Harry aborrecido.
- É.
- Se ele quiser, eu dou o cargo para ele, eu não me importo com nada disso.
- Eu sei que não Harry, mas ser quem você é já é muita coisa. Rony tá assim mais isso vai passar, ele não te culpa, ele culpa a ele mesmo.
- Então porque ele não fala comigo direito? Parece até que fui eu quem pediu para ser quem eu sou.
Hermione não sabia o que dizer a Harry, ela sabia que o amigo seria capaz de tudo para mudar sua vida, mudar esse mundo tão louco que ele vivia. Mas não adianta tentar mudar, pois onde quer que ele vá, ele sempre será Harry Potter, o único que venceu Lord Voldemort.
- Harry faz o seguinte, não liga para ele. Quando ele sentir falta da amizade de vocês e perceber que isso vale muito mais do que qualquer coisa na vida, ele vem falar contigo.
- Eu não tô ligando Mione- respondeu Harry chateado – eu só queria que tudo na minha vida fosse diferente, queria ter meus pais comigo, meu padrinho, você e aquele chato e ser somente reconhecido com Harry Potter, o filho de Thiago e Lílian Potter, afilhado de Sírius Black e amigo de Rony Weasley e Hermione Granger, e mais nada.
- Eu sei Harry, eu sei. – disse Mione acariciando seus cabelos rebeldes.
Enquanto Rony se distanciava, Harry se via cada vez mais próximo de Hermione. Ela sempre tinha uma palavra amiga para lhe dar e sempre o colocava para cima. Aos poucos eles se entendiam mais, mas como amizade sempre falava mais alto entre eles, eles se esquivavam para o novo sentimento que nascia dentro deles.
Harry já sabia que estava gostando muito de Hermione, mas para não magoar Rony, ele tentava fingir o máximo. Mas não estava sendo bem sucedido, pois algo dentro dele sempre o levava para perto de Hermione. Ele também queria mudar esse sentimento, mas como tudo na sua vida, ele não conseguia muda-lo. Hermione também estava um pouco balançada pelo sentimento que havia dentro dela, ela admirava muito Harry, mas nunca se imaginou gostando dele. “Mas se tiver que acontecer, acontecerá”. Pensou Mione. “Eu não posso mudar esse sentimento.”
O tempo foi passando e os dois cada vez mais próximos. Nada nem ninguém podiam atrapalha-los.
Harry e Hermione continuavam a sua amizade tão verdadeira, ajudavam um ao outro e os seus outros amigos grifinórios. Harry admirava cada dia mais Hermione, e ela admirava mais ainda Harry. Os dois de entendiam bem, se afinavam, mas nenhum sentimento mais forte foi capaz de terminar com uma amizade tão bonita e verdadeira. Harry se interessou por outra moça e Hermione se encantou por outro rapaz, mas a amizade deles não acabava. Harry e Hermione eram como irmãos, não unidos pelo sangue, mas unidos pelo amor de uma grande amizade.
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