Antes da aurora



Capítulo 03

Antes da aurora

Harry apareceu em frente a uma suntuosa mansão nos subúrbios de Londres. Ela era magnífica. Tinha grandes quintais com diversas flores. Ainda faltavam dois minutos para a meia noite. Ele conseguiu ver que não havia ninguém na casa, todas as luzes estavam apagadas. Os grandes portões separavam Harry do jardim. Ele ainda estava segurando o seu malão. Um minuto. Um morcego deu uma rasante sobre Harry, deixando-o alerta. Qual era a razão de se encontrarem justamente ali?

- Olá, Harry, acho que sou o primeiro a lhe desejar um feliz aniversário. – disse uma pessoa envolta na escuridão em forma de barril.

- Como vai, Horácio. Agradeço pelas chaves de portal que fizeste. – cumprimentou Harry ao bruxo gorducho.

- Harry, vamos a um local mais reservado para a nossa conversa. Siga-me. – disse Slughorn – Mas antes, acho que não precisa carregar tudo isso.

Com um aceno da varinha, o malão de Harry e a gaiola de Edwiges sumiram.

- Mandei suas coisas para a casa dos Weasley. – disse Horácio – Agra vamos!

Harry seguiu a silhueta do grande bruxo pelo muro existente na mansão. Havia uma porta bem mais discreta e logo Slughorn abriu a porta com um toque da sua varinha. Harry passou pela porta e adentrou num magnífico jardim, cheio de rosas, margaridas, amores-perfeitos, narcisos, lírios e orquídeas. As árvores existiam em abundância pelo jardim. Uma mais frondosa que a outra. Muitas estavam carregadas de frutos, como romãs, peras e maçãs. Harry, mesmo admirado com a beleza noturna do grande jardim, continuava a seguir Slughorn por onde fosse. Então, contornaram a grande mansão, com quatro andares, em estilo vitoriano, cheia de vitrais. Entraram pela porta dos fundos e logo Slughorn parou na grande cozinha.

- Quer alguma coisa, Harry? – perguntou Slughorn abrindo a geladeira e pegando um sanduíche – você parece com fome! Tome. Um pouco de iogurte faz bem!

Harry segurava um litro de iogurte fechado, sabor abacaxi. Harry abriu e começou a tomar. Realmente precisava tomar algo. Não sabia ainda o porquê de Slughorn pedir esse encontro.

Dirigiram-se para a grande sala. Os sofás eram muito confortáveis, todos na cor azul. A maioria das coisas naquela sala tinha a tonalidade azul. Harry sentia-se bem naquele enorme mansão. Slughorn sentou-se, deu uma pequena espreguiçada, e logo, com seus abacaxis cristalizados em mãos, começou a falar:

- Eu sei Harry, que você pegou uma lembrança minha... Só não sei como conseguiu. Eu não a dei nem a Dumbledore, mas como dei a você? – perguntou Slughorn enchendo a boca com seus abacaxis.

- Bem... O senhor mesmo me deu as armas para conseguir isso. Só usei um pouco da poção que me presenteou no primeiro dia de aula. A Felix Felices.

- Imagino que Dumbledore viu tal lembrança... Mas por que ele a queria?

- Para Dumbledore, foi a confirmação de algo que ele já suspeitava. Ele descobriu que Tom fez algumas horcruxes e esse é o motivo de não ter morrido quando tentou me matar pela primeira vez.

- Sim... Entendo. Quantas horcruxes ele fez?

- Acreditamos que sete. Duas já foram eliminadas: o diário que ele fez ainda em Hogwarts, em seu sexto ano, e o anel de Tom Marvolo, seu avô. O diário fui eu quem o destruiu, enquanto o anel foi o professor Dumbledore.

- Então faltam cinco. Você já sabe onde estão os outros?

- Sinceramente, não faço a menor idéia, mas acho que conseguirei encontra-las e assim, finalmente acabar com Voldemort. Mudando de assunto, esta mansão é emprestada?

- Oh, sim caro Harry. Mas desta vez, foi emprestada mesmo. Pertence a uma antiga aluna minha. Brilhante ela é. Mesmo que nem tanto em poções... Mas mesmo assim, brilhante. Ela me deixou ficar aqui por algum tempo, até que ela volte. Eu não ganho tanto assim como professor para comprar uma casa destas.

- Outra coisa, professor, há mais de um mês recebi uma carta de uma tal de Soberba Demetrius. Ela dizia que estava voltando. Mas, afinal, quem é ela?

- Harry, posso lhe assegurar que ela é uma grande bruxa. Ela morou por dezesseis nos Estados Unidos da América, onde fazia parte de um grupo dos maiores aurores, chamado Elite Four. Ela é muito poderosa, muito mesmo. Mas ela diz que sabe que tem alguém muito mais forte que ela. Ela só ainda não descobriu o paradeiro do indivíduo.

- Mas o que ela quer comigo? – perguntou Harry.

- Ela foi uma grande companheira de seus pais em Hogwarts. Estavam na mesma casa. Mas a única coisa que posso lhe afirmar é que ela é ótima. Um gênio um pouco difícil, mas ótima. – afirmou Slughorn com um sorriso no rosto.

- E professor, desculpe-me por ter utilizado a poção que você me deu para conseguir retirar a lembrança do senhor... Mas eu precisava mesmo.

- Harry, não se preocupe. Eu só queria esconder a minha vergonha. Mas vejo que escondi uma pérola para derrotar a Você-sabe-quem. E, sabe Harry, Dumbledore o achava um excelente bruxo. Não só a você, mas a seus amigos todos. Dizia que vocês são um grupo imbatível. Fazia tempo que ele não via um grupo tão bom quanto o seu. Ele tinha plena confiança em você. Acreditava que você será um grande bruxo. Eu também tenho de concordar com o saudoso Dumbledore, onde quer que ele esteja.

- Fico muito lisonjeado por me contar tal coisa, professor. Posso lhe pedir uma coisa? – perguntou Harry.

- Claro. Se estiver a meu alcance...

- Poderia fabricar algumas garrafas de Felix Felices para mim... é ótima para utilizar contra os comensais. O senhor não estranhou que a Armada de Dumbledore quase não sofreu escoriações e que muitos feitiços erravam?

- Harry... Estou muito surpreso com a sua astúcia. Boa tática! Lembre-se que não a uso despreocupadamente. Somente em caso de necessidade. E por sorte tenho um pequeno estoque para emergência.

Slughorn subiu as escadarias e poucos minutos desceu com dois frascos contendo mais daquela poção dourada.

- Bem, Harry, acho que você não deve demorar, senão a Molly irá me matar. Está tarde e ele já deve ter visto as suas coisas por lá. E não se preocupe. Ela está do nosso lado!

- Tudo bem, professor, e muito obrigado. Mas como irei para a casa dos Weasley? Ainda não posso aparatar!

Slughorn pegou um pequeno vaso de flor e transformou-o em uma chave de portal. Já se passavam das quatro da manhã, quando Harry desapareceu em uma explosão de luz. Restou somente Slughorn. Naquela imensa mansão. Do nada, Slughorn diz:

- E o que achou dele?

- Ele é muito bom! Sabia que estava sendo observado o tempo todo. Não tirava a sua mão de perto da varinha. Esse garoto tem futuro.

- O que Dumbledore tem certeza! Sempre garantiu que Harry será um grande bruxo, não só ele como os seus amigos.

- Sim... Tenho a certeza disso.

E nesse momento, uma explosão de luz aparece dentro da sala da Toca. A senhora Weasley pula do sofá assustada. Tinha caído no sono enquanto esperava a Harry. Viu as suas coisas chegarem, mas nada de Harry.

- Acho que é um bom dia pela hora, não é, senhora Weasley? – disse Harry de bom humor.

- Harry querido, que prazer em vê-lo. Sinta-se em casa! – disse Molly Weasley, a matriarca dos Weasley, abraçando Harry. – Você deve estar morrendo de sono. Vá até o quarto de Rony. Você ficará por lá. Agora vá dormir.

E Harry desejou uma boa noite à senhora Weasley e subiu ao quarto de Rony. Rony estava roncando como sempre, mas a única coisa que Harry queria era uma boa noite de sono.

X-X

AUTOR: Agradeço ao voto de confiança de todos vocês. Este capítulo está pequeno, mas acredito que esteja bom. A quem adicionou a minha humilde fiction entre suas fics favoritas, fico lisonjeado mesmo. Ou seja, muito feliz mesmo. Agradeço também à Lize Lupin por ter me dado um toque quanto á separação dos parágrafos. Desde o capítulo anterior faço isso. Espero que gostem deste capítulo e sugestões são bem-vindas!

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