Medu d te perder



Medo de te perder

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“-Eu gosto de você – disse Hermione, olhando diretamente para aqueles olhos verdes.
- Eu também gosto de você, Hermione! Mas pra que você está me dizendo isso? – perguntou Harry, confuso.
- Não! Eu quero dizer que eu realmente gosto de você! – disse ela, nervosa, suas mãos tremiam, ela ainda não acreditava que estava falando isso para ele.
- Eu também realmente gosto de você Hermione! Você é minha melhor amiga, e sabe disso! – disse ele pegando suas mãos.
- Eu sei... – disse ela se livrando das mãos de Harry, ele não entendeu, apenas a olhou confuso. Hermione ficou na ponta dos pés e encostou os lábios nos lábios de Harry, este por sua vez, nem se mexeu. Ela se afastou e baixou os olhos – Eu cresci Harry. Não tenho mais onze anos. Esperava que você fosse entender isso. – Ela levantou os olhos – Agora espero que isso não mude em nada em nossa amizade. - Ele fez menção de falar alguma coisa, ainda estava chocado. Hermione pôs o dedo nos lábios de Harry, fazendo-o com que se cala-se. – Apenas me prometa que nada vai mudar! – pediu ela.
- E-e-eu prometo! – gaguejou ele. Hermione apenas deu um meio sorriso. E virou-se, não saiu correndo como tinha vontade, nem abriu um buraco no chão e se jogou, mas subiu ao dormitório das meninas com a cabeça abaixada, deixando as lágrimas escorrerem lentamente por sua face.”


Droga!! Por que você tinha que ser tão estúpida? Era só ter ficado quieta! pensou Hermione enquanto fazia suas tarefas, se lembrando do momento em que finalmente contou á Harry sobre seus sentimentos. Ele tinha ficado distante dela, ela percebia, ele falava que não, mas ele parecia realmente perturbado. O buraco no quadro se abriu. Por ele entraram Harry e Rony, encharcados da chuva que estava lá fora. Os dois entraram rindo do quadro.
- E quando ele virou a vassoura e caiu bem em cima de você? – disse Harry rindo.
- Não me lembre! – pediu Rony, mas rindo também.
- Meninos, desculpe tirar a felicidade de vocês, mas essas tarefas precisam ser feitas! – alertou ela. Os dois pararam de rir e foram lentamente, e de muita mal vontade, para a mesa junto com ela e começaram a abrir as suas mochilas e retirarem os livros.
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Rony não aguentou por muito tempo.
- Ah! Não consigo mais estudar poções! Eu juro que um dia eu vou lançar um feitiço em Snape! Jurou que vou! – disse ele jogando o livro para o outro lado da sala, se tivesse alguém ali teria levado uma livrada muito dolorida, mas a sala comunal estava completamente vazia, exceto os três. E depois subiu as escadas pisando forte e resmungando.
- O ele espera no ano dos N.I.E.M’s? – perguntou Hermione. Harry não disse nada apenas voltou para a sua tarefa. Hermione se sentiu perdendo-o, fazia tempo que Harry não falava com ela. Ela sabia bem a razão. E teria dado tudo para voltar atrás. Mas agora não tinha nada a fazer. A única solução era conversando com Harry.

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- Harry. – chamou Hermione, ele apenas resmungou, sem olhar para ela. – Nós precisamos conversar. – disse ela. Harry descansou a pena, ainda sem encara-la. – Por que você está tão mudado? Você me prometeu que o que eu disse não iria mudar em nada.
- Talvez as coisas nem são sempre como imaginamos Hermione! – disse ele encarando-a.
- O que eu posso fazer para tirar essa tensão entre nós? – perguntou ela. Harry deu um meio sorriso.
- Você não pode. – disse ele.

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- Mas Harry... – começou ela. Mas ele se levantou interrompendo-a.
- Me esqueça! Assim você poderá ajudar. – disse ele. Hermione se levantou também, não acreditando no que ele tinha acabado de dizer.
- Te esquecer? Meu Deus! Harry, peça para o mundo não girar mais, mas não me peça para te esquecer! – ela tremia, só que agora era por causa do impacto que essas palavras lhe causaram. – Eu te amo, você não pode mudar isso.
- Não diga isso! – gritou ele.
- Por que não? Do que você tem medo? – perguntou ela, Harry já não a encarava mais. – Olhe para mim! – ordenou Hermione, ele a olhou. – Do que você tem medo?
- Eu não tenho medo nenhum! É muito pedir que não me ame? – respondeu ele.
- É sim! É muito! – gritou ela. – EU TE AMO! – dessa vez ela berrou. – Você nunca vai poder mudar isso!
- Então entenda que eu... que... – ele pareceu gaguejar. – que... EU NÃO TE AMO. – Hermione tampou os ouvidos, ela não queria ouvir, doía demais.
- Agora me ouça! – ordenou ele. – Você que quis estragar a nossa amizade! Você sabia bem que eu não te amava desse jeito...
- Não quero explicação! Você já disse o que tinha que dizer! – gritou ela. Os dois nem se repararam que um par de olhos castanhos ouvia a conversa dos dois.
- Não!! – disse ele, ela mantinha os olhos fechados e as mãos nos ouvidos – EU NÃO TE AMO! ENTENDA! – ela tirou as mãos do ouvidos e abriu os olhos se aproximou dele...
TAP
- Eu entendo! – gritou ela e subiu as escadas correndo, deixando um Harry sozinho com a mão no rosto, onde Hermione acabara de lhe bater.

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Já era uma manhã bem ensolarada quando Hermione acordou. Demorou um pouco para se lembrar porque estava tão infeliz.
“- EU NÃO TE AMO” As amargas lembranças ainda estavam em sua mente como se ainda estivesse acontecendo. Ela não queria se levantar, mas precisava. Lentamente ela se trocou e desceu, a sala comunal se encontrava vazia. Já deve ser tarde pensou Hermione.

Quase chegando no salão principal Hermione esbarra em uma pessoa nas escadas. Era Harry. Os dois se encararam, então Harry desviou dela e subiu as escadas.

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Como ela pode deixar que aquilo acontecesse? Como ela podia ser tão burra? Ela já na reconhecia a ela mesma. Ela se encostou na parede e deslizou até o chão. Abaixou a cabeça e começou a chorar baixinho.

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Tudo acabou! Toda a amizade tinha ido... talvez para nunca voltar... Ela não reconhecia mais ele... não reconhecia sequer ela mesma. Ela desejava tanto que pudesse consertar o seu erro... as palavras ainda ecoavam em sua mente... Ela nunca imaginou brigar com Harry daquele jeito, também fora tudo culpa dela, se ela tivesse ficado quieta talvez teria ainda a amizade dele.

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Ela tinha pensado que conhecia ele. Pensava que ele era bom. Se iludira tanto.

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Ela sentia duas mãos pegando-a pelo braço e levantando-a. Se surpreendeu quando viu que era Harry. Ele parecia tão calmo.
- O que...? – começou ela, mas ele colocou os dedos em seus lábios e ela parou de falar. Lentamente ele pressionou seus lábios contra o delas. Ela não estava entendendo nada. Mas quando sentiu a lígua dele querendo explorar sua boca e seu olhos fechados ela não resitiu. Ele a puxou para mais perto. Ela já não se perguntava porque que ele estaria fazendo isso. Apenas sentia cada parte de seu corpo ferver ao contato. Ele a abraçou mais forte. O beijo era intenso. Hermione não queria parar. Suas unhas cravaram nas costas de Harry e ela ouviu ele suspirar e a colocar contra a parede. As mãos de Harry desceram até sua cintura e foi a vez de Hermione suspirar. Lentamente sem querer larga-se dela Harry se afastou um pouco. O cérebro de Hermione foi recobrando a sensatez.
- Me desculpe por ontem. Mas tenho tanto medo de te perder. – confessou ele.
- Me perder? – perguntou ela.
- Todos os que eu amo se vão, não quero que você se vá. – explicou ele.
- Mas e tudo o que você me disse?
- Eu não queria dizer. Desde que você me contou que me amava você faz parte dos meus sonhos, acho que sempre fez, mas nunca percebi. De uma certa forma você foi sempre minha e eu sabia disso. Mas esse sentimento me apavorou, você me intoxicava cada vez que chegava perto, estamos no meio de uma guerra Hermione. Voldemort quer me atingir de qualquer forma, e quando eu sonho com você tenho medo que ele te... leve para longe de mim, pensei que a melhor forma seria se você me esquecesse. Mas você não quis não é mesmo? – disse ele com um sorriso malicioso, Hermione respondeu da mesma forma.
- Eu sempre vou estar presente. Nós veceremos ele. Ele não pode nos separar. – disse ela. – Apenas não me machuque mais. – pediu ela.
- Não! Nunca mais será assim. Isso me machucou também. – apressou-se a responder, Harry.
- Fale que me ama. – pediu Hermione. Ele sorriu.
- Eu te amo. – E ele a beijou novamente.
Um par de olhos que observava os dois sorriu. E ainda sorrindo o par de olhos se transformou em um grande cão preto e deixou os dois a sós.








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