Epílogo



6) Epílogo

Some days I feel broke inside, but I won't admit (Alguns dias eu me sinto destruído por dentro, mas eu não vou admitir)
Sometimes I just wanna hide (Às vezes eu apenas quero me esconder)
Cause it's you I miss (Porque é de você que eu sinto falta)
And it's so hard to say goodbye (É tão difícil dizer adeus)

Hurt - Christina Aguilera


Ele caminhava sem pressa, e apesar de o peso do corpo de Hermione já estivesse começando a deixá-lo exausto, Draco parecia não se importar. Evitava pensar em seu futuro, jamais esteve tão incerto sobre o que aconteceria em sua vida. Um pequeno sorriso apareceu no canto de seus lábios ao imaginar a reação de Lucius quando descobrisse o que fizera. O pai certamente não o perdoaria, tampouco Voldemort. O loiro provavelmente era tão odiado quanto um membro da Ordem da Fênix.

Parou e seu olhar encontrou os imensos portões da antiga escola. Jamais imaginara que voltaria ali algum dia, mas era o único lugar em que poderia levar Hermione. Hogwarts ainda funcionava, e a atual diretora era Minerva McGonagall. Se a deixasse nos portões e avisasse a diretora, a morena certamente teria um enterro decente.

Ajoelhou-se, colocando-a lentamente sobre o chão. Ainda estava envolvida com sua capa, era tudo que podia oferecer. Afastou uma mecha de cabelo que lhe caiu sobre a face; parecia estar apenas adormecida. Entretanto, ele sabia que daquele sono ela jamais acordaria. Seus dedos contornaram os lábios frios dela, e pela última vez, ele a beijou.

- Eu não me iludiria se fosse você, Granger. – ele sussurrou no ouvido dela – Eu não vou chorar pela sua morte... – Draco sorriu, mas seus lábios tremiam levemente.

Deveria ir embora, mas deixá-la era mais difícil que imaginara. Seus olhos brilhavam, e antes que alguma lágrima pudesse escapar, ele ficou de pé. Olhou uma última vez a face dela, e após erguer a varinha lançou um feitiço para chamar a atenção. Não demorariam a vir ver o que acontecia. Draco, então, se afastou um pouco, e desaparatou.

**************

- E é com tristeza que hoje nos despedimos dessa grande bruxa que certamente viverá para sempre em nossos corações. – um senhor vestindo uma túnica branca falou. À sua frente havia um caixão branco, e sobre este, diversas rosas.

Ele continuou a falar para as diversas pessoas que se encontravam no enterro de Hermione Granger. Seus pais, amigos, conhecidos e até mesmo estranhos que a admiravam vieram prestar uma última homenagem. Harry estava ao lado dos Granger’s, sua face refletia a tristeza que sentia pela perda da amiga. Quando o bruxo terminou de falar, Harry e Rony caminharam até o caixão, e juntos, eles o depositaram no fundo da cova.

Durante vários minutos, as pessoas vieram jogar flores sobre o caixão, antes que este fosse completamente enterrado. Depois disso, finalmente o sepulcro foi fechado. Aos poucos, as pessoas começaram a ir embora, sendo os Granger’s, Harry e Rony, os últimos a se afastarem do túmulo de Hermione. Quando pareceu que todos haviam ido, alguém surgiu das sombras.

Draco aproximou-se, havia um buquê com as mais variadas flores. Parou em frente à lápide dedicada à memória de Hermione, e ao ver uma foto da mulher, sorriu. Ajoelhou-se e tocou a fotografia, como se esta fosse realmente a face dela. Apenas um dia havia se passado e... Já sentia saudade? Não, deveria ser outra coisa, pois ele não sentiria saudades de alguém como Hermione. Riu de si mesmo, deveria tentar parar de ser hipócrita.

- Você nunca me disse que tipo de flores gostava... – ele disse ao colocar o buquê perto da lápide – Então, eu tive que trazer várias delas. Não ria Granger, isso não significa que eu passei a ser sentimental.

Ele sorriu mais uma vez, seus olhos ainda na fotografia da bruxa. Sequer ouvira os passos que se aproximavam. Acabou assustando-se quando ouviu a voz de Harry.

- Eu sabia que você viria. – o moreno falou. Draco não respondeu, permanecendo na mesma posição em que se encontrava – Por que está aqui, Malfoy?

- Isso não é da sua conta!

- Você a matou não foi? – Harry questionou – RESPONDA! Você matou a Hermione, não matou? – o loiro levantou e se virou para encará-lo.

- Não, Potter... Eu a libertei. – Draco respondeu. Seu olhar parecia diferente para Harry, e tudo só o deixava mais confuso.

- Eu não entendo...

- Você não precisa entender.

- Eu quero entender! Primeiro você é um Comensal, depois você me salva da Hermione, mas ao mesmo tempo você a mata e...

- Cala a boca... Eu não salvei você, Potter... Não seja ridículo. – ele fez cara de nojo – E eu já disse que a única salvação para a Granger era a morte!

- Ah, então você a salvou? – Harry perguntou ironicamente.

- Sim, eu a salvei... Eu fui capaz de fazer algo que você jamais conseguiria.

- Claro, eu amava demais a minha amiga para matá-la...

- Você a amava tanto, mas foi incapaz de perceber a súplica silenciosa que ela fazia, Potter... – Draco ficou de costas mais uma vez, e olhou a fotografia da bruxa.

- Então, você a amava mais.

- Eu não...

- Você não se arriscaria se não a amasse, Malfoy. – ele falou – A Hermione era forte demais naquela forma.

- Não seja ridículo. – ao encarar Harry novamente, ele percebeu um pequeno sorriso nos lábios do moreno.

- Eu vou sentir falta dela... – ele mudou de assunto. Sabia que Malfoy jamais admitiria algum sentimento por Hermione.

- Talvez, eu também sinta. – Harry sorriu novamente.

- E o que pretende fazer agora?

- Eu não sei... Provavelmente irei para outro país... – Draco disse.

- Malfoy, talvez você...

- Não, nem comece, Potter. O meu lugar não é com vocês.

- A Hermione ficaria feliz se você ao menos tentasse.

- Ela terá que se contentar apenas com o fato de que eu não estou mais ao lado do Lord das Trevas. – o loiro falou.

- Eu duvido que ela se contente. – ambos sorriram.

- Eu também, mas ela me conhece... – Draco olhou uma última vez para a lápide de Hermione – Potter?

- Sim?

- Será que você... Teria uma foto dela aí? – Harry procurou num dos bolsos do paletó, tirando dele sua carteira. Nela havia uma fotografia de Hermione, e ele deu um pequeno sorriso ao lembrar da amiga.

- Aqui está... Eu tenho outras em casa... – ele ofereceu a fotografia, e o loiro pegou, guardando em um de seus bolsos.

- Não está esperando um agradecimento, está?

- Não, Malfoy... Jamais.

- Ótimo. – Draco respirou fundo, e começou a se afastar – Adeus. – Harry o observou em silêncio, até que o outro sumiu de vista. O moreno, então, voltou-se para o sepulcro da amiga.

- Ele vai ficar bem... – Harry mirou a fotografia da lápide – Eu tenho certeza que estará sempre cuidando dele, não estará? Só não esqueça de cuidar de seu velho amigo aqui. – ele sorriu uma última vez antes de afastar.

FIM!!


N/A: Bom... Minha primeira DHr romance/drama espero que vcs gostem... Apesar de eu ter achado que ela ficou por demais de chata =/ Um dia eu consigo fazer uma DHr mais interessante... xD heuiehuiehuiehuie... =D Ahh... E claro... Eu queria agradecer à Bruna e Lila que me ajudaram com a fic... Acho que sem o incentivo e ajuda delas, eu já teria desistido da fic a muito tempo, eheuiehuiehuieheuihuee... xD *acho que elas devem ter enchido de mim, de tanto que eu perguntava se o Draco estava sendo descaracterizado, em cada momento que escrevia uma nova cena, heuiehuiee... tadinhas xD*. Bom... Então... Espero que tenham curtido!! Ahhh... Só mais 2 coisinhas... O título da fic é o nome de uma música (apesar de ela não ser usada na fic), qualquer semelhança com outros títulos de fics, é mera coincidência *traumatizada O_o*; e a parte em que a Mione morre, eu meio que me inspirei em X-men 3 xD *louca de paixão por esse filme*, nesse caso, a semelhança não é uma coincidência xD heueheuiheuie... =D Agradeço a todos que forem ler a fic!! Beijos!! Pink_Potter : )



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Comentários (1)

  • Emily_Granger

    Q fic triste quase chorei quando a Hermione morreu, mas muito linda a fic parabens. BJOS Emily

    2012-01-02
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