Capítulo 14



Eles chegaram no castelo de Hogwarts e entraram pelos fundos, indo direto cada um para sua sala. Depois se encontraram para conversar com Dumbledore. Ele estava conversando com uns alunos de porta fechada, e Snape e Zorya aguardavam na ante-sala.


Humm – Snape olha para o chapéu-seletor na estante – Tive uma idéia!


Que idéia ?


Experimente! – Snape pega o chapéu e alcança para Zorya.


Não, melhor não, meu coração não agüentaria mais isso hoje.


Você é forte! – disse sarcasticamente – Prometo que não conto prá ninguém!


Jura por Merlin?


Juro.


O.k. – e ela coloca o chapéu.


Finalmente Zorya Lieber – o chapéu fala. – Você se enganou a meu respeito, desconhece a verdade sobre sua origem. Você é uma puro sangue e sua casa é SONSERINA!


Tá brincando? – Zorya zomba do chapéu.


Eu nunca erro, você sabe disso!


É verdade, Zorya, ele sempre acerta.


E o que ele quis dizer com "você desconhece a verdade sobre sua origem"?


Eu é que não sei. Sabia que você era filha de trouxas...


Na verdade meu pai é trouxa. Minha mãe era bruxa, até se formou na escola, mas se apaixonou por ele na adolescência e decidiu viver como trouxa.


Louca!


Também acho, mas...de qualquer forma, estou muito feliz. Enfim uma notícia boa! Eu sempre soube, meu coração dizia que eu era Sonserina...


Eu não acreditei!

Os alunos saíram da sala.


Podem entrar Snape e Zorya. Sentem-se!

Dumbledore olha para os dois silenciosamente por alguns minutos.


Vejo que vocês tem muitas novidades para contar.


Sim, muitas. - fala Snape.


Fiquei sabendo que vocês foram a Hogsmeade hoje pela manhã. – Dumbledore sempre sabia de tudo.


Esse é o princípio de uma das novidades.

Zorya e Snape contaram tudo o que aconteceu em Hogsmeade e na mansão de Jorge. Dumbledore ouviu calado.

- Eu disse a ela que não deveria ter feito isso. – disse Snape.

- Eu não tinha alternativa, Severo.

- Ela escolheu um destino parecido com o seu, Severo. Não pode criticá-la.

- Eu sei, mas...

- Tudo sairá bem, cuidaremos disso. Eu a protegerei tanto quanto a você. E...seria bom se você treinasse alguns feitiços de DCAT com ela.

- Isso é uma boa idéia. – fala Zorya.

- Eu já até havia pensado nisso....- fala Snape .

- Também tem outra coisa que quero saber

- Fale Zorya.

- Agora pouco, experimentei o Chapéu Seletor. E, muito estranho...ele me disse que pertenço a casa Sonserina. Como pode? Ele também me disse que sou puro sangue e que desconheço a história de minha vida.

- Por coincidência, acabo de receber uma carta de sua mãe, e ela me pediu que lhe contasse uma história...

- Que história?

- Ela sempre teve medo de lhe dizer a verdade...

- Medo de que? Que verdade?

- Tem medo da sua reação.

- Bem, vamos ver, me conte.

- Sua mãe, quando ainda vivia como uma de nó, se apaixonou por um bruxo, teve um caso de amor e ficou grávida. Eles iriam casar até, mas ele ficou muito doente, foi um vírus, ele não resistiu, ninguém conseguiu descobrir a tempo a cura...Ele morreu antes de você nascer.

- Quem era, qual seu nome?

- Sean, era escocês. Ele havia viajado para o Brasil, na época, e conheceu sua mãe.

- E minha mãe então casou com Paulo, um trouxa.

- Ele já conhecia sua mãe, sempre foi louco por ela e inúmeras vezes a pediu em casamento, mesmo sabendo que ela era bruxa. Ela, após tudo isso, acabou aceitando e ele assumiu como seu pai. Disse que a educaria como se fosse sua própria filha.

- Nossa! Por que ela nunca me contou?

- Não queria magoar Paulo. Ela me pediu que você nunca conte a ele que sabe a verdade. Você é o maior orgulho dele e ele te ama muito.

- Eu sei. Ele sempre foi um pai exemplar.

Snape só escutava, pasmo com a história.

- Bem, agora, se você quiser, pode realmente ser uma comensal! – disse Dumbledore brincando.

- Alvo, nem brinque, ela pode levar a sério, é louca! – disse Snape apavorado com a idéia.

- Calma Snape, Até sou louca, mas não tanto. Mas, falando sério, seria até melhor que eles soubessem que sou puro sangue, contaria um ponto positivo na minha ficha!!

Snape olha para Zorya, ela ri. Ela sai da sala e Snape fica ali conversando com Dumbledore.


Enquanto isso, no corredor de Hogwarts....

- Então, estrelinha, vai namorar aquela pé rapada da Weasley? – Draco Malfoy implica com Potter

- Não fale assim dela, Malfoy!

- Defendendo a namoradinha...o amor é lindo!

- Pior é ficar encalhado. Você não consegue namorar ninguém....nenhuma garota dessa escola te quer...por que será, heim Malfoy? Será algum defeito de fábrica?

- Você vai ver só! – e Draco pega sua varinha e aponta para Harry. Estava furioso.

Zorya, estava passando, quando ia para sua sala, vendo aquela cena, não poderia deixar assim e aponta sua varinha:

- EXPELLIARMUS! – Os dois caem no chão e derrubam suas varinhas. Zorya as recolhe e guarda. – Os dois, já para minha sala!


Chegando na sala..

- Malfoy, antes de eu lhe aplicar uma detenção – sorriso sarcástico. – Quero que peça para o Prof. Snape vir aqui.

- Snape? Para que?

- Não é da sua conta, Malfoy. Vá depressa.

Harry arregalou os olhos e sentiu o problema....Passaram alguns minutos e Draco volta com Snape.

- Sim, Profª. Zorya, o que houve? Draco não quis me falar.

- É claro que ele não falaria...Peguei esses dois, iriam começar um duelo, acredito.

- Eles adoram fazer isso. Quem começou?

Draco ia falar, mas Zorya olhou para ele e falou.

- Não importa quem começou. Vamos aplicar detenção nos dois. Tive uma idéia. Você aplica detenção em Potter e eu em Malfoy, o que acha?

Snape sorri sarcasticamente...

- Ótima idéia! Venha comigo Potter.

- E minha varinha?

- Esta aqui. – Zorya entrega a varinha para Harry.

Eles saem da sala de Zorya e ela se vira para Malfoy.

- Bem, Malfoy, agora somos só nós dois! – sorriso sarcástico.

Draco olha para ela com espanto.

- Não se preocupe, sua detenção é bem simples. – Ela se levanta e pega um livro bem grosso da prateleira – Pegue esse livro, você terá uma semana, nem um minuto a mais, para escrever um resumo dessa história.

- Argh! É um romance trouxa!

- Sim, o que você esperava? Um livro de poções?

- Isso é cruel!

- É meu sangue, fazer o que....

- Mas a Sra. é...

- Sangue-ruim? Não, querido...sinto muito, mas você está enganado! Sou uma puro sangue e, para seu governo, pertenço a Casa da Sonserina e é só por esse motivo que não vou lhe tirar alguns pontinhos....

Draco ficou sem palavras.

- Como eu ia dizendo, terá uma semana, mas, se atrasar um segundo sequer na entrega do resumo, terá mais uma semana, mas então serão dois livros, certo?!

Draco engole seco.

- Só uma semana....é pouco tempo!

- Então, não perca tempo, o que está esperando? Suma daqui, vamos e....tome sua varinha!

Draco sai correndo da sala de Zorya sem olhar para trás com o livro na mão.


Enquanto isso, na masmorra...

- Harry Potter, o todo poderoso de Hogwarts desafiando Malfoy para um duelo novamente...

- Foi ele quem começou.

- Você sempre diz isso.

- Mas é verdade!

- Não importa, menos 30 pontos para a Grifinória, só para começar – sorriso sarcástico.

Harry fica furioso.

- Sua detenção será tirar o pó de todas as prateleiras e vidros de poções. Se quebrar algum...sua pena vai aumentar – Snape estava adorando!

Harry não disse nada, começou a limpar cuidadosamente tudo, furioso. Snape ficou ainda um tempo olhando Harry, estava se divertindo muito.


Draco estava indo para a sala comunal da Sonserina, mas no caminho encontrou Hermione:

- Me diz uma coisa, eu vi você saindo da sala de Estudo dos Trouxas ou estou tendo alucinações? – disse rindo da cara de Draco.

- Não se meta.

- Hum, estou vendo livro na sua mão – Ela observa o título do livro – "Amores", bom livro...mas é um romance trouxa! Você está apaixonado, Draco?

- Já disse, não se meta! E...não conte para ninguém. – Draco ficou vermelho de raiva.

- Ah....sim, pode deixar Draco. Prometo não contar para ninguém. – disse ironicamente.

- Ora sua.... – não terminou de falar, Hermione já tinha se virado e saiu correndo em direção ao salão principal.


Hermione contou para todo mundo que encontrou. Na hora do jantar, quando Draco entrou no salão, todos olhavam para ele, até o pessoal da Sonserina. Começavam a perguntar detalhes do livro e quem era a felizarda por quem ele estava apaixonado. Harry não se continha de tanto que ria.

Snape ficou sabendo da detenção de Malfoy e achou divertidíssimo. Queria um pouco de vingança dos Malfoy, depois de Lúcio ter dado em cima de Zorya....ele não conseguia esquecer aquela cena dos dois dançando.

Após 1 semana, Malfoy foi entregar o seu resumo. Tinha passado dia e noite lendo o livro. Nem saia da sala comunal para pegar no pé de Potter, tudo para conseguir entregar o resumo no prazo.

Chegando na sala de Zorya...

- Boa tarde, Professora, vim entregar o resumo.

- Sente-se Malfoy. Deixe-me ver.

Ela leu todo o resumo enquanto Draco ficou pacientemente esperando sentado a sua frente.

- Está razoável, Malfoy, mas vou aceitar. Pode ir, está dispensado.

Draco não disse nada, e saiu o mais rápido que pode daquela sala.

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