Pisca-pisca de natal



Capítulo 6 – Pisca-pisca de Natal

A professora McGonnagal olhava severamente para o grupo. Todos no Grande Salão olhavam as duas garotas, que já se acalmavam e não era necessário mais segurá-las. Ambas respiravam fundo, alguns alunos riam da marca extremamente vermelha dos cinco dedos de Lílian na cara de Katherine, que bufava. A profª falou:

-Que demonstração absurda! Se engalfinhando como duas trouxas! E no meio do café-da-manhã! Nunca esperei isso da senhorita, srta. Evans. – Lílian abaixou a cabeça – E você srta. Kloudys, achei que sua mania de comprar briga com tudo e todos tinha acabado. Creio que estão em detenção nessa semana restante. Depois do jogo vocês duas irão cumprir suas detenções, srta. Kloudys comigo para ver se aprende a lição. Srta. Evans irá cumpri-la com o Filch. E menos 20 pontos para Grifinória e Corvinal. Espero que não me decepcione mais srta. Evans. Mas eu queria saber o porquê disso tudo.

-Ela me chamou de enguia execrável!
-Ela me chamou de sangue-ruim!

As duas falaram ao mesmo tempo. McGonnagal apenas inflou as narinas e saiu pisando duro. Katherine saiu falando palavrões. Lílian disse num tom furioso:
-Vou guardar o livro, a gente se encontra no lá fora.
E correu para o dormitório.

-*-

Os outros contavam a Marissa o que aconteceu enquanto esperavam Lílian nos portões.
-Aquela nojentinha ousou dizer isso? Oh, eu ainda mato um nesse colégio. Ela deveria estar na Sonserina. Parece que os lugares estão sendo trocados. Oi Mackenzie!
Os marotos olharam surpresos para Mackenzie, que estava com o gorro e o cachecol verdes. As garotas cumprimentaram-na e a apresentaram aos garotos.
-Essa aqui é Mackenzie Yale. Kenzie, esses são Remo Lupin, Tiago Potter, Sirius Black e ah... cadê o Pedro?
-Estou aqui – ouviram a voz dele meio emburrada vindo do Grande Salão com uma empada nas mãos. Tiago falou:
-Bom... acho que a Evans não vai mais vir, então por que não vamos logo para o camp...
-Eu estou aqui Potter.
Todos se viraram. Ela estava com o cachecol desamarrado, pendendo sobre o busto, e o gorro vermelho e dourado prendia a parte de cima dos cabelos soltos. Ela ofegava.
-Tive que ajeitar o cachecol, o meu tava rasgado. Mackenzie, você vai ficar do lado da Sonserina?
-Vou sim, se ficar com vocês é bem capaz de alguém querer me trucidar. – ela falou em tom de brincadeira, mas as garotas sabiam que ela não gostava daquele tipo de tratamento.
-Então tchau.
-Tchau Kenzie!

A sonserina foi para o lado da torcida verde e prata, e os marotos e as garotas seguiram para o lado vermelho e dourado. Conseguiram um lugar bem em cima.
O jogo começou. A disputa estava acirrada, e em 10 minutos Corvinal marcou um ponto. Pouco tempo depois Sonserina empatou. Menos de três minutos depois Sonserina desempatou. Mais alguns minutos e Sonserina já estava com vantagem de dois pontos. A torcida verde e prata berrava tanto que quase sobressaía a narração, que era feita por um lufa-lufa do segundo ano chamado Steve Mattinson. Quando Sonserina marcou pela quarta vez, ele começou a fazer piadinhas:

-Pois é parece que o suposto melhor time de Hogwarts está apanhando para as cobras. O que aconteceu Corvinal? Opa! Parece que o capitão e artilheiro da corvinal se enfezou. Ele está a uma velocidade incrível em direção ao gol e aaaaah, que pena!

A Corvinal gemeu. O capitão foi interceptado por um balaço, e quando voltou para o seu lado do campo berrou qualquer coisa para Drew Jones, que olhou feio para a Grifinória. Lílian apenas disfarçou e colocou o binóculo no rosto, fingindo procurar alguma coisa na torcida sonserina. Por alguma coincidência localizou Mackenzie, que estava na borda da arquibancada, sorriu ao ver que ela berrava como louca, batendo na bancada. Ao seu lado estava... Gary. O gorro (como sempre) deixava a mechas castanhas para fora. Os olhos cinzentos estavam fixos no jogo, e quando Corvinal marcou um ponto (finalmente) e as outras três casas comemoraram, ele virou o olhar para a Grifinória (que era a mais fácil de visualizar, levando em conta que era logo de frente) e Lílian teve a impressão de que ele percebera que ela o observava, abaixou lentamente o binóculo, e mesmo pela distância, o olhar dos dois se encontrou. Lílian sentiu que ficava vermelha NOVAMENTE. Gary aparentemente deu um sorriso de canto e desviou o olhar para a irmã. Falou alguma coisa pra ela, que olhou para Lílian e acenou, e a ruiva respondeu, e continuou a observar o jogo. Mas sentiu um cutucão. Era Marissa.

-O que você quer? – a ruiva sibilou tentando esconder o rubor.
-Eu não entendo como você sendo tão explosiva pode fazer com que tantos garotos gostem de você.
-O quê?
-Você sabe muito bem de quem estou falando
-De quem? – ela perguntou se fazendo de inocente, mesmo sabendo que ela havia visto ela olhando para Gary.
-Ora essa, come on! Ele não é feio.
-Marissa...
-O cabelo castanho por debaixo do gorro é um charme – Agatha havia entrado na dança, por cima de Lílian.
-Parem vocês duas!
-Ele é muito fofo Lily, vai fundo!
-Vocês são muito idiot...
-O que custa Lil? E marca um ponto que ele é irmão de uma amiga nossa.
-Só o fato de...
-CALEM A BOCA! – ela gritou exasperada, no que todos que estavam perto viraram-se para ela. As duas garotas reprimiram risadinhas, e Sirius debruçou-se por cima de Lílian (ele estava ao lado de Agatha):
-O que foi Lílian? Todo mundo está olhando pra cá.

A ruiva olhou ao redor. Realmente estavam todos virados para ela, inclusive Tiago, que tinha uma sobrancelha levantada, e deu uma olhadela de canto para a arquibancada da Sonserina, mas não disse ou fez nada. Lílian tentou se explicar:

-Essas duas ficam enchendo meu saco e...
-CORVINAL PEGA O POMO DE OURO!! ACABOU O JOGO!!

A torcida azul fez um barulho estrondoso. Todos se levantaram, e Lílian se apressou em sair para os jardins, com os outros no seu encalço. Passando pelos portões estavam Mackenzie e Gary. A garota deu tchauzinho e Gary deu outro de seus sorrisinhos de canto quase inexistentes e seguiu com a irmã. Lílian quase sem notar, também deu um sorriso de canto, só que bem mais aparente. Ouviu uma explosão de risadinhas atrás de si, virou-se e viu Marissa e Agatha tentando segurar o riso, mas era impossível. Lílian fechou a cara e sorriu maliciosamente. Antes que as duas pensassem, ela puxou a varinha e murmurou alguma coisa.

Sirius olhou para o lado e desatou a rir. Os cachecóis das duas piscavam de modo animado e colorido. Todos no grupo não se agüentavam. As garotas fecharam a cara. Lílian argumentou:
-Estão tudo a ver com o clima de Natal.
Agatha tirou o cachecol e guardou dentro do casaco, o pescoço começando a ficar pálido com o frio. Marissa sorriu.
-Se é pra chamar atenção, eu chamo! – ela então puxou o cachecol de Agatha e pôs em Remo que antes de se recuperar do susto foi puxado pelo braço por Marissa, que saiu de braços dados com ele, pulando animadamente, enquanto os de lá de trás viam a nuca de Remo ganhar um tom vermelho.

Metros na frente...

-Schindel eu realmente acho que estamos chamando atenção. – ele murmurou tentando fazê-la parar, sem sucesso.
-Me chama de Marissa. Ora e daí? Não devo nada a ninguém. – ela falou no seu tom alto muito animada.
-O.k., ã, Marissa. Eu não sei você, mas eu não gosto das pessoas olhando pra mim.
-REMO A VIDA É UM PISCA-PISCA DE NATAL! – ela gritou rindo escandalosamente.
-Ai meu Merlin. – ele murmurou consigo de cabeça baixa.
-Ora vamos!! JINGLE BELLS, JINGLE BELLS, JINGLE ALL THE WAY! OH, WHAT FUN, IT IS TO RIDE, IN A ONE HORSE OPEN SLEIGH!
-Marissa, deixa eu tirar isso aqui vai – ele resmungou tentando tirar o cachecol berrante do pescoço.
Eles chegaram no hallzinho de entrada do castelo, Remo com a cara igualando-se a uma goles. Os outros vinham um pouco atrás rindo muito, enquanto Lílian tinha cara de vitoriosa.
-Muito bem. – Remo se desvencilhou dos braços da loira que pareceu chateada. – Agora já chega. Sem querer ofender, mas... Você é um pouquinho... ar... “doida” pra mim. – ele falou escolhendo as palavras com cuidado, enquanto devolvia o cachecol. Marissa fez cara de pura indignação e deu um tapa nas mãos dele deixando a peça incrivelmente brilhante cair.

-Então quer dizer que para o Sr. Remo Lupin eu não sou o suficiente. Para o Sr. Remo Certinho Lupin eu sou muito MALUCA só por querer viver em um mundo diferente de estudos e biblioteca como uma traça de livros. Fique sabendo que a gente precisa VIVER! E quer saber? – ela falava ofendida aumentando o tom de voz, que estava meio embargada, embora não tivesse lágrimas nos olhos. – Eu que não vou perder meu tempo fazendo pessoas como VOCÊ – ela pôs um dedo no peito do maroto, que estava quieto e com os olhos esbugalhados – gostem de mim do jeito que EU SOU!

E subiu correndo.

Remo apenas ouvia as pessoas murmurarem ao seu redor. Viu uma luzinha nos seus pés. Abaixou-se e pegou o cachecol.
“Que garota mais estranha.”

-*-

-SE VOCÊ CONTINUAR SE RECUSANDO A ABRIR ESSA PORTA EU VOU ARROMBÁ-LA! E PARA DE MANDAR ESSES BILHETINHOS IDIOTAS! DEUS TE DEU O DOM DA FALA PARA SE UTILIZAR DELA E NÃO PARA DESTRUIR AS ÁRVORES E O HABITAT NATURAL DOS POBRES ANIMAIS SILVESTRES ESCREVENDO EM PEDACINHOS DE PERGAMINHO NÃO RECICLÁVEIS!

“Já disse que pouco me importam as árvores?”

-CHEGA! EU VOU ARROMBAR! BOMBA...

-Lílian o que aconteceu?

Ela parou no meio do feitiço.

-Oi Lawrenge, faz tempo que não te vejo!
-É que eu fui azarada sem querer numa briguinha entre dois terceiranistas na terça-feira e acabei com asas de dragão saindo das pernas, estava na Ala Hospitalar até agora. O que foi? – ela perguntou para Agatha, que tinha contido uma risadinha desdenhosa.

-Oh, eu não disse nada. – ela respondeu enjoada, revirando os olhos.
A garota apenas empinou o nariz e saiu, dando tchau para Lílian, que voltou-se para Agatha.

-Não sei por que vocês duas não se dão bem.
-Lily amooor, acho que você estava tentando abrir a porta – ela desconversou.
-Hunf, é mesmo. BOMBARDA!

A porta simplesmente voou para longe. Viram um vulto loiro, piscando colorido e animadamente, deitado de bruços na cama mais longe da porta (a de Sabrina Gold). Dessa direção vinham uns sons abafados. Lílian suspirou e foi até ela.

-Escuta, eu não sabia que você gostava do Remo, mas não precisa chorar, ele não quis te ofender. Anda, olha pra mim. – ela falou com sua melhor voz de psicanalista e virou devagar Marissa. Mas como viu, ela não chorava e sim...

Desabava-se de rir.

-MARISSA SCHINDEL PODE ME EXPLICAR ISSO?

-Eu...ar... HAHAHA – ela ria histericamente, sem respirar direito. Tentava falar algo, mas só conseguiam distinguir algo como “mno” e “cê”.
-Eu não estou entendendo patavinas Marissa, respira e fala direito.
-EU AMO VOCÊ LÍLIAN EVANS!
-QUÊ?
-EU ADORO O FATO DE VOCÊ SER A CRIATURA MAIS VINGATIVA DO PLANETA! PORQUE EU TE AMO! – ela berrou abraçando Lílian. Agatha se aproximou colocando a mão na testa de Marissa.
-Se sente mal?
-Me sinto ótima!

...

-Você não vai fazer isso!
-Vou sim, pode me esperar. Oh, ele é tão previsível!
-Você é má.
-Nada disso, apenas sou engenhosa.
-E ótima atriz.
-Me poupe Lílian.
-Ei! Essa fala é minha!
-Vocês duas parem! Não estão ouvindo nada não?
-Agora que mencionou, tem alguém chamando?

Agatha se encostou na porta, o ouvido apurando os sons ao redor. Levantou uma única sobrancelha e saiu corredor afora. Um minuto depois ela chega.

-Pois trate de fazer o último ensaio loira, porque sua vítima está aguardando no Salão Comunal.
-JÁ? Eu achei que ele seria mais romântico e esperaria até a noite, o salão deve estar cheio de gente e...
-VAI – as outras duas a empurraram para o corredor.

Ela foi praticamente rastejando pelo corredor, de tão lenta que estava. Divagava sobre o que falar melhor.

“Chorar? Não, não. Meloso Demais. Oh! Já sei.”

Ela tirou a cara de enterro e montou no rosto uma expressão indecifrável, que beirava algo que parecia alegria interna, embora não desse pra ter certeza. Lupin estava num sofá bem afastado do centro animado da sala. Marissa empinou o queixo. “Ainda bem que ele facilitou”. Foi até o maroto, que se levantou ao vê-la. Tinha o cachecol nas mãos. Ela apenas fez um gesto de “sente-se por favor”, muito sofisticada. Os dois sentaram-se.

-Então...
-Então. Bom. Escuta, eu quero pedir desculpas a você. Não queria que você se magoasse e...
-Remo. – ela pôs a mão nos lábios dele numa voz tecnicamente estranha. Ele silenciou e ela tirou a mão. – Você sabe o que foi que aconteceu hoje? – ela perguntou olhando nos olhos dele, percebendo que ele estava um pouco assustado. Ela já abandonara a sofisticação e olhava pra ele de um modo como se apreciasse o que via, de um jeito não muito inocente.
-Hum...
Ela sorriu e olhou para a boca dele.
-Parece que não.

E beijou-o.

Aparentemente com o susto ele não conseguiu corresponder, mas pode-se dizer que Marissa aproveitou-se. Pôs as mãos na nuca dele e o puxou. Deu-lhe um senhor beijo, mas que só durou uns segundos. Depois rapidamente pegou o cachecol e disse:

-Espero que entenda. – ela deu uma piscadela e saiu.

-*-

-Por que ele está assim?
-Acho que o encontro com a Marissa foi bom até demais.
-Ele teve um ENCONTRO com Marissa Schindel?
-Calem a boca seus mamões.
-Puxa vida Reminho, assim você me parte o coração! – Sirius enterrou o rosto nas mãos, com lágrimas fingidas. Remo apenas revirou os olhos.
-Sua ameba primitiva, eu não tive encontro nenhum. – ele disse sem tirar os olhos de uma mancha escura no chão (causada anteriormente por uma explosão provocada pelos marotos numa experiência com poções e feitiços). Tiago sentou-se ao seu lado muito sério.

-Deixa eu adivinhar. É coisa séria e não devemos brincar. Você foi devolver o cachecol pisca-pisca pra garota e pedir desculpas por ter chamado ela de insana e ela faz um escândalo no Salão Comunal.
-Tudo certo ATÉ a última frase. Ela não fez nenhum escândalo. Ela me beijou.

Sirius se preparava para dar uma risada, mas um olhar de Tiago o alertou. Este passou o braço pelos ombros de Remo.

-Entendo o que aconteceu meu amigo. – ele disse tão sério que os dois marotos olharam para ele com uma sobrancelha levantada.

-Sabe? – Remo perguntou com a voz meio trêmula.

-Sei. VOCÊ É O NOVO FAVORITO DA LOIRA!!!

E puxou-o juntamente com Sirius (que já havia entendido o recado por um sinal) para um montinho. Pedro chegou bem na hora e para o terror de todos ele se jogou com tudo em cima dos três que gritaram ao vê-lo no ar. Em seguida apareceu o companheiro de quarto deles (Frank Longbottom), que aproveitando-se da situação, pulou em cima dos marotos, e os cinco saíram embolando no chão. No final, os pés de Pedro acabaram no queixo de Sirius, que tinha os joelhos nas costas de Frank, que apoiava a nuca na testa de Remo, que tinha as costas na barriga de Tiago, o que mais sofria por estar embaixo de todos (só Merlin vai lá saber como).

-SAI DE CIMA DE MIM PELAMORDEDEUS!! EU NÃO TO CONSEGUINDO RESPIRAR!!

BUM

Ouviram uma explosão e antes de notarem estavam todos no ar de cabeça para baixo. Olharam para a porta e viram a morena de olhos castanho-azulados sorrindo marotamente, a varinha em punho.

-Dava pra ouvir a suruba de vocês lá do Salão Comunal. E não me olhe assim Lupin, vocês podem não saber, mas era isso que todos estavam pensando com os sons estranhos que vocês estavam fazendo. – ela disse em tom divertido enquanto via os cinco ficarem vermelhos. – Incluindo um “Eu não estou conseguindo respirar” – ela olhou significativamente para Tiago, que ficou AINDA mais vermelho e resmungou:

-O.k., agora já pode nos por no chão Springmeyer.

Ela sorriu perversamente.

-Springmeyer...

-Sabe Potter, eu acho que você deve algo a alguém.

Tiago estremeceu. Resolveu apelar dando o seu mais charmoso e galante sorriso.

-Me chame de Tiago, ou Ti se preferir.

Sirius o olhou com uma expressão incrédula no rosto.

-Me poupe Potter, mas já que insiste... Tiago. E não tente me bajular. Accio Varinhas!

Cinco varinhas foram parar nas mãos da morena que desceu as escadas falando um “Volto num segundo”. Menos de um minuto ela apareceu com Marissa Schindel e Lílian Evans.

Marissa sentou-se na cama onde coincidentemente Remo estava sentado, olhando maliciosamente para o maroto, que sentiu um arrepio ao notar que ela se inclinava levemente para trás, e a blusa branca que usava tinha um decote meio que “acentuado”, e uma medalhinha que ela usava pendia sobre o busto. Ele fechou os olhos. “Nada de maus pensamentos Remo Lupin”. Marissa apenas sorriu.

-Lily my love, essa é sua chance. Aqui estão os marotos e Longbottom. Não quer fazer nada?
-Do que você está falan... Ah! – ela fixou o olhar em Tiago, que subitamente ficou pálido. Sirius estava na sua frente meio pro lado, então pode sussurrar:
-Mato você por ser amigo delas.
Sirius apenas sorriu marotamente.

Lílian com um aceno da varinha afastou os outros, chegando a Tiago, que por ser alto e estar de cabeça para baixo, o rosto dele estava equivalente ao de Lílian, separados por um passo de distância. Lílian sorriu marota e empunhou a varinha.

-Potter, não gosto de passar uma vida brigada com alguém, mesmo se for você. Então vim fazer um trato.
-Qual? – ele estava quase tentando nadar no ar. Sabia que Lílian Evans com uma varinha não é nada seguro.
-Primeiro ato: Os dois vão pedir desculpas um ao outro.
-Certo...
-Segundo ato: Você tem uma dívida comigo.
-Hum... que... dívida?
-Por que acha que brigamos?
Ele se lembrou do Drew Jones.
-Ar... eu tenho que pedir desculpas a ele?
-Pouco me importa o Jones, Potter. Sua dívida é comigo.
Uma fogueirinha se acendeu no peito de Tiago quando ela disse que pouco importava o Jones. Mas ele disfarçou e suspirou.
-Então, o que você quer fazer?
Para seu horror ela sorriu da mesma forma que uns anos atrás ela fez...

FLASHBACK

Terceiro ano

-Lá vem o furacão ruivo!
Lílian passava pelo jardim vindo da cabana de Hagrid com Marissa e Agatha, mas não passou despercebida pelos Marotos, que vadiavam nos terrenos. Quem berrara era Tiago.
-Boa tarde Evans! – ele foi se aproximando. Marissa (como muitas garotas) já estava começando a reparar o quanto Tiago era bonitinho (ela estava começando sua vida de galinha).
-E aí Evans? Faz um belo dia hoje não é?
-Não lembro de perguntar nada a você Potter.
-Calma Evans, estou com a melhor das intenções.
-Claro.
Sirius vinha se aproximando por trás, sem que as outras vissem. Tiago sorriu marotamente.
-Bonitinha sua roupa Evans, parece que finalmente tirou a farda. Comprou roupas novas em Hogsmead foi?
-Não é da sua conta Potter.
-AGORA – Sirius gritou e Tiago pulou na frente dela, Sirius por trás, e os dois levantaram a saia dela. Mas antes que fosse possível ver sequer a cor da calcinha, ela havia puxado a varinha e berrou “PETRIFICUS TOTALLUS”, os dois caíram imóveis no chão, do outro lado Remo e Pedro reprimiam risadinhas.

Lílian arrumou a saia, caminhou lentamente até as duas “estátuas”, tirou-lhes as varinhas e jogou bem longe. Sirius tinha os olhos arregalados. Ela sorriu maldosa para as outras, que entenderam o recado. Tiraram a camisa dos dois (n/a: por favor, sem malícia, é a vingança de Lílian), Agatha a de Sirius e Marissa a de Tiago. Agatha passou o dedo pelo tórax de Sirus, fazendo-o ficar arrepiado e murmurou:
-Você até tem um corpo bonito, pena que o que vamos fazer agora, tsc, tsc. – e deu uma risada maquiavélica.

Enquanto as outras se ocupavam reforçando o feitiço de imobilização, Lílian dava nós muito caprichados nas camisas, de modo que não desse para vestir. Quando terminou, ela murmurou o feitiço: “Cor Letris”, fazendo o coração dos garotos ir parar no pomo-de-adão. Conheciam aquele feitiço. Ela sorriu maquiavelicamente e escreveu com a varinha no peito de Tiago:


“EU AMO ROSA “

A frase estava escrita em letras imensas e que alternavam de cor constantemente, variando os tons de rosa (berrante, choque, pink, bebê) e que piscavam e acendiam. Repetiu o gesto com Sirius. Depois que acabou, levantou-se sorrindo vitoriosa e disse:

-Não se preocupe. Mais ou menos amanhã nessa hora o feitiço se desfaz.

Soltou um beijo no ar, e com uma piscadela saiu saltitante com as amigas. A azaração foi perdendo efeito e eles se levantaram lentamente. Remo e Pedro agora riam a altas vozes. Tiago perguntou que horas eram. Para seu horror, Pedro disse que eram 18:00. Ele apenas resmungou:

-Lembre-me de sempre sair com a capa da invisibilidade.

FIM DO FLASHBACK

Tiago sentiu um arrepio. Passou muita vergonha naquele dia, com as letras coloridas tatuadas no peito, ainda por cima COR-DE-ROSA! Aquela ruiva era má.
-Hum.
Ela o rodeou, como se o medisse. Depois, posicionou-se na sua frente.
-Você terá de fazer uma... homenagem ao Natal.

-*-

N/A: Hello!!!!!! Estou aqui, postando um capítulo mui natalino!! O finalzinho... eu só deixei assim por maldade (huahuahua). Em todo caso... Gente, feliz natal a todos, não sei se posto antes do ano novo, mas já está aqui: Próspero 2007!! Muito Obrigada por lerem minha fic!! Ouvindo aqui a música de Senhor dos Anéis, no final de O Retorno do Rei, estou quase chorando... (snifsnif). E passem lá na song que eu fiz! Don’t Talk Just Kiss, T/L também!!

Comentem e obrigada aos que comentaram!!

Título em inglês para sétimo livro de Harry Potter:

Harry Potter and the Deathly Hallows.

MALFEITO FEITO NOX

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