E lá vamos nós de novo...

Aconteceu com a minha melhor amiga. Era um sábado e acordei com o barulho do que parecia uma discussão na sala. Movida pela curiosidade e pela preocupação, fui até lá ver qual era o motivo da discussão da vez na minha casa, e me deparei com Virginia, minha melhor amiga, e o namorado dela, Draco Malfoy, igualmente furiosos.

-Seu Cretino, desgraçado como você pode fazer isso comigo?Sua doninha albina!-gritava ela
-Gina pelo amor de Deus me ouve!-ele rebatia do outro lado da sala bem longe da raiva de Gina.
-Eu não quero saber Malfoy!O que mais você tem para me dizer?Uma bomba já não é suficiente?POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?
-Gina eu... -mais ela o interrompeu jogando um pote de vidro na direção em que ele estava, o qual passou raspando pela cabeça branca dele.
-Sabe Malfoy, esquece!Vai embora me deixa sozinha. Eu não quero mais ver a sua cara nem hoje nem nunca mais.
-Então, já que você não quer me ouvir eu vou embora. Mais não espere que eu volte. -e saiu.

Gina ainda olhava para onde Draco estava até a pouco. Segundos depois ela estava chorando descontroladamente. Corri pra ela e a abracei.
-Gi o que aconteceu aqui?Que briga foi essa? –demorou um pouco até eu conseguir que ela se acalmasse.
-Foi aquele desgraçado, doninha albina dos infernos. Você acredita que ele me traiu? E pior, com aquela cara de bulldog da Pansy Parkinson.
-Ele fez o quê?Não, não perai. Estamos falando da mesma pessoa, Draco Malfoy? -Por um minuto eu paralisei, não sabia o que dizer a ela. Por pior que Draco fosse estava estampado na cara dele que ele era apaixonado pela Gina, eu acho que ele não teria coragem de traí-la.
-Eu o vi na festa da Luna aos beijos com aquele projeto de gente. Não tinha como ele negar.

E assim ficou, nada do que eu expressasse a favor do Draco naquela hora surtiria efeito nela. Deixei para resolver esse assunto uma outra hora. Enquanto eu pensava numa forma de desvendar o mistério “Draco-Pansy”, Gina passava hora trancada no quarto só saindo para comer - e quase não comia nada!Como muito esforço a convencia de que ficar no quarto vendo as horas voarem não ia trazer o Draco de volta –“ela respondeu que não queria que ele voltasse mesmo” - o que é mentira, porque ela ainda é maluquinha por ele.
Estávamos na sala vendo televisão quando Luna, que morava com a gente, apareceu-“detalhe: dois dias depois da festa”-vai saber onde ela estava. Deduzo que na casa do namorado dela o Ron, irmão da Gina. Luna era meio avoada e não ligava para avisar que ia passar algumas horas foras que dirá dias. Então já nem nos preocupávamos (muito) mais com ela.

-Nossa! Meninas que caras de enterro, parece que estão morrendo. Qual o motivo de tanta “alegria”?
-O motivo da minha “alegria” é um belo par de chifres.
-Que? Draco Malfoy te traiu? Não acredito.

“Por que será que todo mundo tem que defender ele?”, pensou Gina.

-Foi. Draco Malfoy me traiu, na sua festa e com aquela cara de bulldog que é a Parkinson.
-Gina mais quem te contou uma besteira dessas?
-Ninguém me contou eu o vi atracado com aquelazinha. Agora se vocês me dão licença eu não estou a fim de falar disso agora. Vou pro meu quarto. –e rumou pro quarto sem dar maiores explicações a Luna.

“Virginia Weasley, muito sentimental mais sem nenhum senso racional para lidar com problemas práticos”, pensei.

Olhei para Luna e perguntei se ela achava que Draco havia traído Gina. “Absolutamente não isso tem cheiro de armação”.

O tempo que perdíamos olhando para o nada, agora era ocupado para descobrir como a “Pansy cara de bulldog” tinha feito para beijar o Draco. Em sã consciência ele jamais faria isso. O melhor jeito de saber a verdade seria falar com a própria Pansy, ta certo que ela era meio tapada mais não nos contaria o que fez nem sob tortura.

-Sob tortura talvez não, mais quem sabe se a gente se fizer de amiga dela e fizê-la confessar?

O plano de Luna era simples e complicado ao mesmo tempo. Teríamos que trazer a Pansy e o Draco aqui no apartamento, colocá-los discutindo a situação em que foram pegos até ela confessar que armou pra cima dele. Sem contar que a Gina teria que ouvir. Trabalho dobrado porque a Gina quando mete algo na cabeça é difícil tirar e o Malfoy idem. Mais se era pela felicidade da Gina e pelo bem de nossos ouvidinhos que não agüentavam mais ouvi-la chorando pelos cantos, botamos o plano em prática.
Levar a Pansy até nossa casa foi à parte fácil, porque a ela todo mundo engana,dissemos a ela que era o novo apartamento de Draco. Convencer o Draco é que foi difícil, ele estava irredutível, “maior cabeça dura”, não queria de jeito nenhum ir até lá porque disse que não ia correr atrás da Gina, sendo que em parte tinha razão, ele não tinha feito nada de errado, mais depois de muita insistência da minha parte e da de Luna ele aceitou, só pra provar para ela que ele não tinha culpa.
Tudo ocorreu como esperávamos, quando estavam frente a frente, Draco usou todo seu poder de sedução – “que ele sabe usar quando quer” – para fazê-la confessar, o que não foi muito difícil, porque foi só ele dizer que estava feliz em Gina ter terminado com ele para poderem ficar juntos que ela disse que foi um plano e que sabia que daria certo. Enquando eles falavam na sala, eu, Luna e Gina estávamos na sacada ouvindo cada palavra que Pansy falava. Já não agüentando mais ouvir a voz dela, Gina saiu da sacada e lhe deu um belo soco na cara. Só não bateu mais porque Draco a segurou, mandou Pansy ir embora e nunca mais queria ouvir falar dela.

-Draco... Desculpa-me não ter te ouvido... – Gina falava mais vermelha que o próprio cabelo.
-Agora que você já sabe a verdade não tenho mais nada pra fazer aqui. Se vocês me dão licença eu já vou indo. – e saiu. Gina olhava para a porta sem saber o porquê da reação dele, mais não iria deixá-lo cometer o mesmo erro dela, e saiu atrás dele. Encontro-o parado esperando o elevador.

-Draco espera.
-O que você quer?
-Dizer que não vou deixar você fazer à mesma besteira que eu fiz. Se você quiser ir embora pode ir, mais só depois de me escutar. –ela fez uma pausa tão grande que ele achou que ela não fosse falar nada e já estava se virando para entrar no elevador quando ela finalmente falou - Eu Te Amo. Por favor, não vai embora me desculpa por não ter te ouvido. Fui muito infantil eu sei mais é só porque te amo e não... – ela foi impedida de continuar, pois Draco selou seus lábios nos dela.
-Também te amo. –disse ele entre beijos.
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E eu disse que era bobinha...XD...mesmo assim valeu quem leu...e mais ainda quem comento...XD.XD.XD

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