familias e parentescos diverso

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Capítulo V - Famílias e Parentescos Diversos



NA: Inicialmente quero agradecer a todos por estarem lendo esta fic cujo argumento e redação em seus quatro primeiros capítulos foi redigida pela amiga Greyce Granger Snape, que infelizmente não está mais entre nós. Sua irmã Niniane revolveu continuar “A Profecia”, terminando o projeto de Greyce, e me convidou para participar da continuação e futura conclusão desta fic. Agradeço imensamente o convite. É óbvio que, por mais que tentemos, baseadas nas anotações da Greyce não será como se ela mesmo estivesse conduzindo a fic. Na verdade, é uma homenagem a essa querida e prestativa amiga de quem sinto muita saudade e sinto-me lisonjeada em poder colaborar.

A parte da fic sobre Severo/Rosmerta foi inspirada em uma fic, possivelmente do amigo Snake. Assim que lembrar o nome da fic eu indico aqui.

Agradeço em especial a Niniane pela oportunidade e a Andy GBW pela betagem da fic.

Beijos e comentários, please!

Sarah Snape

_____



A noite fora realmente cansativa. Hermione dormira até mais tarde, sendo despertada por um raio de luz que entrava pela cortina semi-aberta. Tateou ainda de olhos fechados o lugar a seu lado na cama, mas apenas encontrou um bilhete. Com dificuldade por causa da claridade, abriu os olhos e leu:



“Hermione querida,

Tive que descer para o café da manhã. Você pode simplesmente não aparecer, mas eu não tive escolha. Passei horas admirando você dormindo placidamente. Você parecia um anjo. Você é um anjo, é meu anjo. Queria poder despertar a teu lado, poder estar com você o tempo todo, mas o dever me chama. Hoje à noite nos encontramos na mesma hora e no mesmo local. Seja discreta para que nem Alvo nem Minerva lhe vejam.
S”.



Hermione sorriu feliz. Estava sendo feliz, estava amando e sendo correspondida. Tinha que aproveitar tudo o que a vida estava lhe oferecendo e que talvez durasse pouco. Sabia que na ânsia de ser aceita por Severo como uma igual, como uma bruxa e não simplesmente como uma sangue-ruim qualquer, revelara parte de seu passado. Provavelmente ainda fosse se arrepender dessa decisão, se por algum caso Severo descobrisse quem era seu pai. Hermione apenas fechou os olhos. Essa não era uma perspectiva nem um pouco animadora. O sangue corria nas veias e hoje, menos do que amanhã e mais do que ontem, ela compreendia as implicações que isso poderia ter no futuro. Era uma bastarda, é verdade. Jamais teria os mesmos direitos que o filho legítimo dele, mas pessoalmente isso não lhe faria diferença.

Na verdade, lhe era muito mais agradável ser filha legitima dos Granger. Os dentistas eram pessoas decentes, corretas e honestas, palavras essas que jamais poderia usar para falar de seu pai biológico: Lúcio Malfoy.

Num riso descontrolado pensou em Draco apresentando-a a alta sociedade das trevas, o circulo dos Comensais da Morte, como sua legítima e recém-descoberta irmã. Podia até ver as linhas de desprezo velado que se formavam no rosto do loiro. E a cara de Narcisa Malfoy, que parecia sempre estar sentido um cheiro ruim, agora veria in loco a prova da infidelidade do marido.

E quanto a Lúcio Malfoy com aquela falsa carapuça de gentleman? Como ele reagiria ao imaginar que a sangue-ruim que ele tanto desprezava era sua filha biológica? Não deixava de ter certo orgulho inocente em ter um pai, embora calhorda e do mal, um homem belíssimo!

De qualquer modo, da horda de Comensais que sua mãe mencionara talvez fosse mesmo preferível que seu pai fosse Malfoy. Se fosse Severo, teria uma relação incestuosa. Se fossem ou Crabbe ou Goyle hoje ela seria muito parecida com a Pansy Parkinson. Quanto a Nott, seria uma pessoa totalmente covarde. Quanto a Rosier, seria órfã de pai biológico. E se fosse Igor Karkaroff ela podia rever nas memórias o olhar quente do russo. Quente no sentido de sentimentos. Diziam que os russos eram interessantes na cama. Era uma possibilidade. Mas neste caso também estaria órfã de pai. Não era uma idéia ruim ser órfã desse pai biológico. Tinha um pressentimento bem claro que esse parentesco indesejado ainda iria lhe atrapalhar muito.



Na mesa do café em Hogwarts, perante toda a escola em seu corpo discente e docente, Snape esforçava-se por manter sua aparência esquiva e bravia de sempre, mas era difícil. Era quase impossível não demonstrar sua felicidade a todos. Sorte Hermione ter dormido até mais tarde. Desta forma poderia desviar o olhar aleatoriamente pelo salão ao invés de ficar preso apenas nos olhos cor de mel de sua amada. Naquele instante dava Graças internamente por ser um homem pouco comunicativo, pois ninguém nem sequer lhe perguntaria algo. Apenas olhares divertidos de Alvo lhe contavam que deveria ser o mais discreto e normal possível para que ninguém descobrisse o motivo de sua alegria. Mas Alvo talvez desconfiasse que Severo soubesse de seu envolvimento com Minerva. Eram balas trocadas. Severo não poderia condenar Alvo levando-se em considerações as poucas opções disponíveis em Hogwarts. Mas talvez fosse conveniente ao velho diretor procurar suas diversões fora das paredes da escola.

― O que todos diriam? – perguntou-se ele em pensamento enquanto tomava mais um gole de café-preto. – Seria o escândalo do ano. Provavelmente sairia na capa do profeta Diário e do Semanário das Bruxas, só para citar duas publicações. Talvez Luna Lovegood, por ser amiga de Hermione, impediria a publicação no Pasquim... o que era bom. Ser motivo de chacotas no Pasquim era puro final de carreira. Poderia esconder de Hermione os seus pensamentos, mas mesmo assim sabia o choque social que lhe causaria isso.

Com um leve estremecimento, pensou nos seus amigos comensais. Nas diversões deles com garotinhas que tinham idade para serem filhas deles. Lúcio Malfoy se deliciava nestas ocasiões. Tinha que tomar todo o cuidado do mundo para que ninguém descobrisse nada, senão sabia exatamente quais seriam os planos de seus “colegas” comensais para a socialização de Hermione.

Com um assombro, Snape verificou que havia uma coruja parada em sua frente. Uma coruja com a penugem levemente prateada. Sabia muito bem a quem pertencia aquela coruja. Odiava as cobranças dela. Odiava. Com uma raiva súbita, tirou o pergaminho da perna da ave, que saiu voando em disparada para o corujal.

Abriu o pergaminho com raiva:



“Severo, o que houve, darling? Tínhamos combinado que você apareceria aqui ontem para nosso happy end. O que foi? Aconteceu algo, meu ursinho? Espero você hoje, na hora de sempre.Não me desaponte, que estou louquinha por você.

Beijos que serão entregues pessoalmente,

Rosmerta”.



― Mais essa agora! - pensou ele desolado. Nem por um instante que fosse cogitara ficar com as duas ao mesmo tempo. Na verdade, Rosmerta era apenas um caso. Algo animal e sexual. Hermione era sentimento, era amor. Não tinha nenhuma indecisão. Na verdade, nem sequer lembrava-se como havia começado o relacionamento com Rosmerta.



**Flash Back**



Era uma noite fria de janeiro, sexta-feira. Severo estava enfadado da escola, enfadado de sua vida, cheio de tudo e de todos. Cheio da prepotência de Minerva a da alegria de Alvo, da indiferença daquela grifinória pedante. Resolvera esquecer tudo e todos bebendo como um desvairado no Três Vassouras, que ele sabia estar cheio às sextas-feiras. Quem sabe ainda não se desse bem com alguma mulher? Abriu a porta e um bafo quente de pessoas, bebida e cheiros indefinidos penetrou suas narinas. Poderia desistir, se esconder naquela masmorra gelada, mas aquela noite queria bebida, festa e alegria, mesmo que alegria alheia. Sentou-se numa banqueta no balcão, sendo prontamente atendido pela dona do bar, a belíssima Rosmerta.

― Ora, mas que surpresa, senhor Snape. - Ela parecia encantada com a presença dele ali. Na verdade, aquela era uma oportunidade esperada e acalentada por Rosmerta durante muito tempo. A fantasia de ter o atual Mestre de Poções em sua cama vinha dos tempos de escola. Eles eram do mesmo ano: ela Corvinal, ele Sonserina. Mas havia Lílian Evans no caminho de forma que Rosmerta guardou suas opiniões apenas para si.

― Um rum mágico, Rosmerta - pediu ele, sendo prontamente atendido.

Quanto mais bebidas ele solicitava mais prontamente era atendido pela dona do bar. Rosmerta monitorava e aumentava as doses. Queria embriagá-lo e a oportunidade era excelente. Snape bebia, olhava o movimento do bar e bebia. As horas foram passando e ele não se deu conta que as pessoas iam embora. Por fim, quase ao amanhecer, restaram apenas ele e Rosmerta no bar. Ela rapidamente dispensara os empregados.

Quando tudo estava vazio, ele numa voz embargada pediu mais bebida. Ela pegou a garrafa, caminhou para fora da bancada do bar e sentou-se no colo dele, servindo- o. O mestre de Poções pareceu surpreso, mas surpresa maior ele teve quando ela o beijou com volúpia.

No primeiro momento ele até quis repelir Rosmerta, mas ela continuou no beijo. Estava delicioso, evidenciava todos os “maus” pensamentos que ela tinha para com ele naquele momento. Ainda em choque, sentiu suas mãos sendo colocadas dentro da camisa dela, que queria receber carícias ousadas. Snape, utilizando o pouco de cérebro que lhe restava sem estar embriagado, cogitou que nada teria a perder e rendeu-se de uma vez por todas sem qualquer barreira de contensão aos braços quentes e lindos de Rosmerta.

Os encontros passaram a ser realizados discretamente no bar, no mínimo duas vezes por semana, quando não ocorriam todas as noites. Logo depois do jantar, Snape saia do castelo por uma passagem discreta na área leste e rumava rapidamente a Hogsmeade. Ele não envolvia sentimentos e deixou isso bem claro a ela na primeira oportunidade em que isso foi possível, seu desejo era apenas por sexo e deveriam manter os encontros apenas se o desejo dela coincidisse com o dele.

Num primeiro momento Rosmerta ficou chocada, mas logo percebeu que Snape apenas queria ser correto. O mais provável era que houvesse alguma outra mulher ocupando o coração dele. Mas isso era passível de fácil resolução, com amor, carinho, atenção e sexo bom, Snape esqueceria a tal mulher e passaria a amá-la.

O problema é que Snape apenas curtia os bons momentos enquanto Rosmerta envolvia-se mais e mais emocionalmente. Desta maneira foi fatal virem as cobranças.



**Fim Flash Back**



Há algum tempo ele cogitava em como acabar com o relacionamento. Agora tinha o motivo e a oportunidade. Não dispensaria mais nem um momento de seu tempo e do sentimento que Rosmerta dizia nutrir por ele. Abriria o jogo, colocaria as cartas na mesa. Não tinha aulas no primeiro horário e aproveitaria para ir a Hogsmeade falar com Rosmerta.

Desta vez Snape não se preocupou em sair escondido de Hogwarts. Se por algum acaso Hermione o visse saindo, inventaria uma desculpa qualquer ou, até quem sabe, contaria a verdade. Não imaginava que Hermione fosse ciumenta, nem tampouco acreditava que qualquer mulher em sã consciência pudesse sentir ciúmes dele.

Enquanto caminhava lembrou-se das diversas vezes que se escondera do corpo docente de Hogwarts para não ser visto entrando ou saindo do quarto de Rosmerta, que ficava na parte de cima do bar. Hagrid era um habittué do Bar, ia lá a qualquer hora do dia ou mesmo da noite chorar suas mágoas por causa de Madame Máxime. Madame Pince e a enfermeira Pomfrey também estiveram lá, mas beberam apenas água de giles. Até Dumbledore aparecera num horário totalmente desusado como que querendo flagrar alguém, pois seus atentos olhos azuis pareciam querer vasculhar todo o Bar.

Como um visitante qualquer, Snape bateu na porta do bar que ainda estava fechada. Rosmerta veio atender e ficou sorridente quando percebeu quem era o visitante.

― Severo, querido! Entre - disse ela, abrindo a porta e em seguida fechando-a. - Porque não veio ontem à noite? - ela quis saber enquanto Snape acomodava-se em sua mesa favorita num canto sombrio do alegre bar.

― Rosmerta - disse ele, enquanto a bela mulher sentava-se em sua frente -, você sabe que não temos nenhum compromisso formal, então...

― Mas eu pensei... – ela começou a falar, enroscando suas mãos.

― Você pensou demais, Rosmerta - retrucou ele, bravio, mas em tom de voz baaixo, pois não queria que os empregados do bar escutassem toda a conversa. Já bastava terem visto o nobre professor de Hogwarts saindo de manhãzinha do quarto de sua patroa. - Nunca lhe prometi nada, você sabe disso.

― Sim, Severo, mas pensei que com o passar do tempo você fosse gostar de mim. – retrucou ela chorosa.

― Embora meu corpo fosse seu, meu pensamento e meu coração sempre pertenceram à outra.

― Lílian Evans - retrucou a bela dona do Três Vassouras, acidamente.

― Por um tempo sim - assentiu ele com a cabeça -, mas agora amo outra pessoa, com todo o amor que possuo. Uma pessoa que descobrir corresponder ao meu amor.

― Quem é ela? - Rosmerta quis saber.

― Não creio que isso seja relevante - explicou. - O importante é que vou investir neste relacionamento e creio que não existe mais espaço para nosso caso em minha vida.

― Nosso caso? - Ela agora estava prestes a explodir. - Nosso caso? - falou mais alto.

― Não faça escândalos, Rosmerta - ordenou ele ao perceber os olhares atentos dos empregados dela.

― Não passei de alguém com quem você fazia sexo, Severo? - ela diminuiu o tom de voz, mas não a intensidade das palavras. - Apenas isso? E agora você vem dizer que não quer mais?

― Rosmerta, você está se rebaixando - ele parecia desagradado. - Sempre soube que tínhamos apenas afinidades na cama. De resto não conseguiríamos conviver.

― Você não me ama? - questionou ela.

― Nunca amei, minha cara. Você é linda, mas eu não a amo. - Snape ergueu-se da cadeira. Já dissera tudo o que tinha a dizer. - Não vamos nos encontrar mais. Quero viver plenamente este novo amor, sem qualquer amarra do passado.

Ele caminhou até a porta do bar, virando-se na direção dela:

― Adeus, Rosmerta - e saiu rapidamente, encostando a porta.

Rosmerta ainda estava sentada na mesa.

― Se ele pensa que vai se livrar de mim assim tão facilmente está totalmente enganado - falou baixinho, apenas para si mesma, com todo o ódio que lhe foi possível expelir. - Não sou apenas um objeto de prazer, Snape. Você vai se arrepender de ter me dispensado! Vou descobrir sua nova paixão e vou acabar com ela. Daí, Severo, daí quando você vier procurar meus ombros para lastimar, vou fazer você rastejar, beijar o chão em que piso implorando meu perdão! Vou fazer isso nem que seja a ultima coisa que eu faça em minha vida!

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Comentários (2)

  • ana paula simplicio

    é agora ele arumou uma inimiga ....................e mulher rejeitada ,,er quer dizer bruxa  rejeitada é´pior que uma crusiatus ;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;BEIJOSSSSSSSSSSSSS e estou adorando  o desenrolar da historia .......................

    2013-05-03
  • ana paula simplicio

    é agora ele arumou uma inimiga ....................e mulher rejeitada ,,er quer dizer bruxa  rejeitada é´pior que uma crusiatus ;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;BEIJOSSSSSSSSSSSSS e estou adorando  o desenrolar da historia .......................

    2013-05-03
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