cap.III - A verdade sobre Herm

cap.III - A verdade sobre Herm



― Olhe, Hermione, não podemos ficar juntos porque somos muito diferentes e é contra os regulamentos de Hogwarts, sem falar na indignação que a nossa relação iria despertar; a curiosidade de todos, especialmente da professora Mcgonagall! Você é como uma filha para ela e eu tenho certeza que ela fará de tudo para nos separar, afinal ela nunca gostou de mim mesmo, não que eu faça questão é claro! - disse Snape tentando resistir à tentação de agarrá-la ali mesmo e esquecer que existe um mundo lá fora, que ainda por cima esta em guerra.

― Ora, francamente! Por Deus, Severo, o que acha que esta fazendo?

― Tentando protegê-la, só isso!

― Ora, mas que disparate! Snape, eu não sou nenhuma criancinha, eu sei me cuidar muito bem e além do mais eu sou uma bruxa tão poderosa quanto qualquer outro! Não sou trouxa como as pessoas pensam! - “Droga”, pensou Hermione, “eu não devia ter dito isso a ele, todos pensam que sou trouxa!”

― O que você quer dizer com isso? - perguntou Severo sem conseguir esconder a curiosidade.

― Bom, anh... hum... é que... eu... bem... eu... ah! Que saber mesmo? Bom, é o seguinte: eu não sou trouxa como todos pensam. Bom, eu sou filha adotiva do casal Granger, conheci minha mãe verdadeira no ano passado e ela disse que abandonou o meu pai por... por ele ser um bruxo das trevas. Eles eram ‘namorados’, mas ela ficou com medo dele e o deixou. Uma semana depois minha mãe descobriu que estava grávida, pensou em abortar, mas não teve coragem, então ela se escondeu durante a gravidez e quando deu à luz me entregou aos meus pais de criação, pois ela não tinha como me criar... - nesse ponto Hermione estava com os olhos marejando de lágrimas.

Snape estava perplexo com a revelação e viu quão doloroso era para sua amada toda aquela situação. Envolveu-a em seus braços fortes e a consolou. Mas, depois de um tempo, antes que pudesse controlar o impulso, ele perguntou:

― E o seu pai? Quem é? Você sabe?

Nessa hora Hermione ficou pálida e chorou mais ainda...

― Calma, meu anjo, não chore... eu sei a sua dor, não fique assim! Você não precisa dizer se não quiser, eu a compreendo muito bem.

― Oh! Severo! Se você soubesse como eu o amo! Eu nunca contei a ninguém sobre minha origem verdadeira! Obrigada por me ouvir e me compreender. Eu te amo, Severo.

Severo não resistiu à proximidade e nem às doces palavras de Hermione e a beijou. Pararam depois para recuperar o fôlego, pois estavam ofegantes como se tivessem acabado de correr uma maratona. Ele olhou bastante envergonhado para ela e interiormente se repreendeu por isso. Hermione, percebendo o rubor subir as faces de seu professor, resolveu descontrair:

― Ora, quem diria que um dia eu veria meu cruel, odiado, mas lindo professor de Poções corando... nunca imaginei que presenciaria uma cena dessas isso daria uma primeira página no Profeta Diário: O PROFESSOR MAIS TEMIDO E CRUEL DE HOGWARTS SE SENTE ENVERGONHADO COMO UM ADOLESCENTE PEGO APRONTANDO....

Hermione não resistiu e desabou a rir sem parar, mas a expressão assassina que apareceu no rosto de Snape a fez calar-se e depois deu um meio sorriso entre o irônico e o triunfo e então resolveu fazê-la pagar pela brincadeira. - Pois é, concordo com você - o queixo de Hermione caiu, Snape concordando com alguém? Isso é que é milagre! -, senhorita Granger, mas dá pra imaginar como seria se no jornal também saísse: ALUNA EXEMPLAR E MAIS INTELIGENTE DE HOGWARTS É PEGA AOS BEIJOS COM UM PROFESSOR EX-COMENSAL...

A reação não foi bem a que Snape esperava...

― Quem disse que eu ia me incomodar com isso?

― Como assim?

― Ora, é simples... se isso realmente acontecesse eu ia adorar!

― Eu posso saber por que? - disse Snape com maus modos.

― Porque você não ia ter mais desculpas para se negar a me aceitar como sua -Hermione não conseguiu evitar o rubor subir as suas faces.

Severo sorriu interiormente e seu coração dava saltos de alegria, mas não demonstrou e fez sua melhor cara de Professor-de-Poções, pedindo que Hermione se retirasse, pois tinha que corrigir as provas do 3º ano. Hermione não gostou da cara que ele fez e menos ainda da maneira como a tratou... mas no fundo de seu coração estava feliz porque sabia que havia conseguido seu intento e descobriu que ele, por mais que negasse, a amava.

Assim se seguiu o dia, ela estava sozinha na beira do lago pensando em tudo que havia acontecido, estava escurecendo e ela resolveu ir para o jantar e dormir, pois tinha tido um dia cheio.



― Bom-dia, Gina! - disse Hermione de muito bom humor, o que Gina achou muito estranho.

― Bom-dia, Mione! O que houve? Parece que viu coruja verde! Você está muito alegre, não acha não?

― Não estou entendendo, Gina - Hermione se fez de ofendida.

― Bom, você não fica alegre assim faz meses e eu tenho a leve impressão que isso tem haver com homens. Estou enganada?

― Não, Gina, não está! Mas não pergunte quem é... você jamais entenderia.

― Como assim?

― Você não entenderia, pois a pessoa que eu amo é muito diferente e mais velha, sem falar o resto...

― Não se aflija, Hermione, eu entendo sim, e sabe porque? Porque eu também estou apaixonada por alguém que eu deveria odiar, mas o nosso amor é mutuo!

Silêncio.

― Vem, eu vou te contar! Bem, em primeiro lugar desculpa por não ter falado antes, mas eu tinha medo que você contasse aos meus irmãos! Eu gosto de um sonserino e o pior não é isso, ele é o Draco...

― Peraí! Você disse Draco? Desde quando vocês estão tão íntimos?

― Calma, deixa eu terminar! Bem, no baile de inverno do ano passado nós dançamos, mas é claro que ele não me reconheceu... eu o reconheci, mas como gostava dele aceitei! Depois da festa nós fomos para os jardins e conversamos até altas horas e depois ele me reconheceu e ficou chateado porque eu era uma Weasley, mas depois de três meses ele me enviou uma coruja dizendo que queria falar comigo e acabou rolando sabe. Resultado: estamos juntos até hoje. E agora você ainda acha que eu não entenderia?

― Sim.

― Por que?

― Ele é sonserino como o Malfoy, mas não é um aluno... - “Droga, ela vai sacar quem é, só há um sonserino que não é aluno e ele é o Snape”, pensou Hermione irritada consigo mesmo.

― Peraí, você tá me dizendo que está afim do... não pode ser, Hermione... você? Só há uma pessoa em toda Hogwarts que é sonserino, mas não é aluno e esse alguém é Severo Snape. Hermione diz que eu to sonhando!

― Não, você não está sonhando, é ele mesmo.

― Legal! Mas eu pensei que você o odiava.

― Sim, eu odiava, mas nem por isso eu deixava de notar que ele é um homem lindo e inteligente!

― Apesar do humor de cão que ele tem!- completou Gina.

― Gina, prometa que você não vai contar a ninguém sobre isso! Jure! Por favor!

― É claro que eu não vou contar Hermione, até porque se o Rony descobrisse ele ficaria uma fera e nunca mais falaria com você!

― Isso é bem óbvio já que ele, o Harry e o Snape se “adoram”, não é mesmo? -disse Hermione em um tom estranhamente amargo e sarcástico.

― Bom, é verdade, mas não é por isso... oh! Por Merlin! Estamos atrasadas para o café! Vamos descer imediatamente senão chegaremos atrasadas e McGonagall não vai gostar nada disso!

― É verdade, Gina, a professora Minerva realmente detesta atrasos e o meu professor de Poções também! Vamos!



― Abram o livro de vocês na página 456 e vejam as instruções sobre como fazer uma Poção Revigorante. Vocês terão quarenta cinco minutos, depois arrolhem uma amostra e coloque seus nomes e tragam para minha mesa para verificação. Agora comecem e... silêncio! - disse Snape com seu mau humor habitual, mas seus olhos o traíram quando pousou o olhar sobre a última carteira que era ocupada por ninguém menos que Hermione Granger. Seus olhares se cruzaram, mas Hermione, com muito esforço, conseguiu desviá-lo e se concentrar em fazer sua poção.



Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos seus resolvem se encontrar, ai que bom isso é meu deus, que frio que me dá o encontro desse olhar, mas se a luz dos olhos seus resiste aos olhos meus só pra me provocar, meu amor, juro por deus me sinto incendiar...

Tom Jobim / Vinicius de Morais - Pela Luz dos olhos seus.



Hermione terminou a poção antes de todos e então ficou a olhar seu belo professor, e agora observando-o mais atentamente perguntou-se como nunca até aquele momento percebera quão bonito ele era. Snape se sentiu observado e procurou sem muita dificuldade encontrar os olhos cor-de-mel, que atentamente lhe observavam. Sentiu-se constrangido por Hermione ser tão cara-de-pau, ela praticamente lhe devorava com os olhos e nem se dava ao trabalho de disfarçar, mas mesmo assim encarou os olhos que o faziam sonhar. Assim permaneceram até o fim da aula.

Hermione entregou a amostra de sua poção no frasco e quando entregou ao professor escorregou um pergaminho da manga de seu uniforme e o entregou junto. Snape, percebendo a jogada, pegou o bilhete rapidamente e ficou feliz pela discrição, mas lançou a Hermione um olhar reprovador pela atitude dela. Hermione retirou-se da masmorra sem dar muita importância ao olhar que ele lhe lançou, estava mais preocupada com a resposta do seu bilhete.



Nas masmorras Severo estava abrindo o bilhete que dizia:



Caro Severo Snape,

Bom, eu não sei se você pensou em tudo que aconteceu, mas é impossível não pensar. Espero que tenha desistido daquela conversa de querer me proteger, eu sei me cuidar sozinha. E espero que saiba que não vou desistir de você nunca, portanto não adianta tentar me afastar com a sua Cara-Professor-de-Poçôes, que eu não me assusto mais porque eu conheci o seu verdadeiro eu. Eu te amo Severo e não há nada que mude isso! Você é meu destino.. Espero que me aceite como sua, porque meu coração pertence a você e você, por mais que negue, é meu...

Eu lhe peço por tudo que você mais ama: seja meu! Não se afaste de mim, pois eu não saberia viver sem você! Pelo nosso amor eu sou capaz de tudo... Aceite. O nosso destino e ficar juntos. Me encontre depois do jantar no 6° andar, na 2° sala do terceiro corredor à direita. Não se atreva a faltar.

HG.



Já era noite e todos estavam no salão principal porque era hora do jantar. Hermione estava tão nervosa que se encaminhou para o sexto andar sem jantar. Assim que chegou ao terceiro andar viu que era seguro se transformar! Era certo que era monitora-chefe e tinha que patrulhar os corredores, mas ela não queria ser vista.

Ao chegar ao local Hermione tomou a forma humana novamente, mas quando ia entrar na sala se deteve, pois ouvia vozes muito familiares; não conteve a curiosidade, encostou o ouvido na porta e escutou o que elas diziam:

― Só um vai... o último, aí a gente desce para o jantar...

― Nem pense nisso! Os alunos darão por nossa falta Alvo, vamos descer!

Foi uma voz feminina quem respondeu à masculina, que parecia ser do diretor Alvo Dumbledore, mas a outra voz parecia ser a da... “Não acredito!” ...professora Mcgonagall!

― Está bem, meu amor, esse é o último!

Silêncio.

― O que você está fazendo, Hermione? - era a voz de Severo. Mas antes que ela pudesse responder eles ouviram passos e ela sussurrou:

― Esconda-se, Severo.

Hermione transformou-se e ficou perto da porta, segundos depois ela confirmou suas suspeitas: as pessoas eram realmente Minerva Mcgonagall e Alvo Dumbledore! Eles saíram apressados da sala e ao chegarem perto do gato Alvo disse:

― Viu só, Minerva, não há ninguém aqui, é apenas o gato da senhorita Granger!

― Não era um gato, Alvo, eu tenho certeza que ouvi uma v....

A professora foi interrompida por um beijo que não durou um minuto direito, Minerva estava furiosa e disse com fúria reprimida na voz:

― Alvo, aqui não é lugar pra você ficar me agarrando, assim, como se fosse um adolescente! Algo que nenhum de nós dois somos! Já pensou se os alunos nos pegam agarrados pelos corredores da escola durante a noite como dois jovens... Seríamos motivo de riso. Imagina só: dois velhos se agarrando na escola, ainda por cima os diretores! Que belo exemplo, não é mesmo?!

― Calma, Minerva, não pensei que você fosse me fazer todo esse sermão por causa de um beijinho... - disse o diretor fingindo um tom magoado. - E mesmo assim não há ninguém aqui. Vamos! Os alunos devem estar se perguntando onde estamos.

― Vamos.

Hermione os seguiu com o olhar e quando os professores estavam chegando ao fim do corredor Dumbledore virou-se diretamente para ela e lhe lançou um olhar profundo de gelar o sangue. Era como se... se ele soubesse que o que vira não era um gato; como se soubesse de quem se tratava, mas ele virou e partiu para o salão junto com Mcgonagall.

Minutos depois Hermione voltou à forma original e chamou Severo. Para sua surpresa ele estava tão perplexo quanto ela própria e a primeira coisa que disse foi:

― Isso estava realmente acontecendo ou eu estava delirando? - Severo disse num tom onde se misturavam o riso e a surpresa.

― Creio que estava acontecendo de verdade, meu amor, seria muita coincidência termos o mesmo delírio! - respondeu Hermione. - Mas isso não vem ao caso, eu não o chamei aqui para falar da vida amorosa de pessoas que não sejamos nós dois. Entre, por favor!

Snape achou estranho e diferente o olhar que ela lhe lançou... era um olhar travesso e, porque não, sedutor? “Não, eu devo estar delirando mesmo!”, pensou e então disse com uma voz displicente: - Primeiro as damas!

E Hermione, em um tom brincalhão mas ao mesmo tempo misterioso e travesso, respondeu:

― Obrigado, cavalheiro.

Assim que ele entrou percebeu que ela estava aprontando alguma, mas antes que ele pudesse dizer algo ela o agarrou e tão rápido quanto começou eles se separaram, e ela puxou a varinha e apontou para a porta dizendo:

― Trancae!

E antes que Snape pudesse protestar ou tentar resistir ela o puxou para si, beijando-o profundamente.



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Nota da Autora Greyce Granger Snape:’Tá bom, galera, eu reconheço este capítulo ‘tá um horror, mas foi o melhor que consegui para o momento! Sabe como é, né? Fim de ano é sinônimo de provas e exames finais, no meu caso estou levando pau em matemática, a grande vilã. Eu gostaria de agradecer a compreensão de vocês e gostaria também de pedir pelo amor de deus: mandem e-mails!

Beijos carinhosos ,

Greyce Granger Snape e cia

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