cap. I - A Discussao



A Profecia

por Greyce Granger Snape (Niniane Snape) e Sarah Snape





Sinopse: Hermione e seus amigos estão no sétimo ano de Hogwarts. Os exames de NIEM’s se aproximam e ela está com os nervos à flor da pele, tanto que certo dia ela se cansa das humilhações de Snape e rebate suas provocações ficando em detenção. É aí que tudo começa. Hermione aprende a ser um animago e sem querer descobre coisas bem interessantes sobre seu mestre de poções. Com o tempo eles acabam sucumbindo aos sentimentos, mas o que eles não sabem é que estão com os destinos entrelaçados por causa de uma profecia...



Capítulo I



― Acorda, Rony, já são nove da manhã e a gente tem aula hoje, esqueceu dorminhoco?

― Não, Harry, já estou descendo não tenho opção mesmo.

― Bom dia, meninos! O que foi Rony? Você esta com uma cara...

― Não é nada, Mione. Agora, me passa a geléia faz favor.

― Então quais são os horários de hoje? - perguntou Harry.

― Transfiguração, Feitiços, Adivinhação, DCAT e dois tempos de Poções com a Sonserina - respondeu Mione cujos olhos brilharam de repente. - E História da Magia!

― Teremos um ótimo dia hoje - disse Harry.



Os exames estavam muito próximos, e qualquer menção feita a eles causava variados efeitos colaterais, desde soluços incessantes a tonturas seguidas de desmaios. Até mesmo Hermione estava abalada. Vivia com a cama entulhada de livros e pergaminhos; seus braços, enquanto caminhava de uma aula a outra sempre segurava pilhas de outros livros e instruções. Os olhos estavam sempre pregados em qualquer frase que estivesse ligada aos NIEMs e seus ouvidos, afinados a qualquer transcrever quaisquer feitiços, poções ou o fala que suspeitava cair nos tais exames.

― Silêncio! - esbravejou Snape. - Hoje vocês irão preparar uma poção muito complexa e difícil. Devem dividir-se em duplas. Esta poção provavelmente será pedida nos exames de NIEMs, portanto, apliquem-se um pouco mais do que de costume - e olhou para Neville Longbottom. - Irão preparar a Poção da Verdade, também chamada de Veritasserum. Os ingredientes estão no armário e o modo de preparo no quadro. Quando terminarem deixem o conteúdo no caldeirão para maturar, na próxima aula ela devera estar transparente como cristal. Podem começar! Têm uma hora e meia! - rosnou a última palavra finalmente e foi sentar-se em sua mesa para observar os alunos, mais especificamente certa grifinória que anda lhe deixando maluco.

Como sempre a única a fazer uma poção perfeita foi Hermione. A poção de Harry soltou vapor branco de cheiro estranho e Neville derreteu o caldeirão, o que lhe rendeu uma bela detenção.



“Por Merlim! O que está acontecendo comigo? Não pode ser! Simplesmente não pode! Eu humilhei aquela menina desde que ela chegou a Hogwarts... eu não posso... não devo me apaixonar por ela... Não seja idiota! Você já esta apaixonado!” - pensou Snape totalmente amargurado. - “Eu tenho que tirá-la do meu pensamento, ela me odeia! Tenho idade para ser pai dela, e ainda por cima é minha aluna! Sem falar que é uma Grifinória metida a sabe-tudo. Eu tenho que esquecê-la e continuar demonstrando o ódio, que hoje já não mais existe...”



"Hermione, não seja tola, você não poderia amá-lo, ele sempre te humilhou, sem falar que tem idade para ser seu pai!” - mas uma vozinha intrometida disse: "É, mas ele não é seu pai e tirando as inconveniências ele é muito lindo, forte e tem o olhar completamente irresistível, apesar de ser um olhar de ódio... Ora, mas ele é meu professor, me odeia e ainda por cima foi um Comensal da Morte...” - se repreendeu Hermione, no entanto a voz em sua mente recomeçou: "Não se engane, você quer acreditar no que é mais fácil de aceitar, mas no fundo do seu coração sabe que não o odeia."

Em meio a estranhos pensamentos, que há algum tempo passaram a habitar sua cabeça, Hermione não se deu conta que estava caminhando diretamente para as masmorras que levavam à sala de Snape. Quando percebeu, ia dando meia volta para voltar aos jardins, mas então, ele apareceu do nada e disse:

― O que pensa estar fazendo senhorita Granger? Por acaso estava tentando entrar em minha sala para surrupiar algo? - disse Snape com sua voz mais suave e perigosa.

― Claro que não, Professor Snape! - “Por Merlim! Até mesmo com essa expressão de ódio ele é adorável!” - pensou.

― E estava fazendo o que então?

― Eu estava... estava... - gaguejou Hermione nervosa.

― Detenção, senhorita Granger, e - dizia Snape, mas foi interrompido por Hermione totalmente indignada: - Deixe ver se adivinho! Menos 50 pontos para Grifinória? - disse Hermione com os olhos faiscando de ódio.

― Chega! - berrou Snape.

― Chega? Sou eu quem diz chega! Tive que aturar sete anos de humilhações, indiferença e crueldade da sua parte, as pessoas dessa escola o odeiam! Até mesmo alguns dos seus queridos sonserinos... Não é porque você não é feliz que você deveria fazer outros infelizes... Você foi um maldito comensal da morte, mudou para o lado do bem a tempo! Sorte sua, pois fez a escolha certa. Mas você continua sendo tão frio, perverso e cruel que faz com que seja odiado por toda escola e impede que as pessoas se aproximem do senhor, pois chega a ser uma tortura se aproximar de alguém tão anti-social e que demonstra não ter coração! Muito menos sentimentos... E saiba de mais uma coisa? O senhor não é feliz por sua própria vontade e culpa, pois afasta as pessoas que o amam ou que pelo menos gostam do senhor com esse jeito tão antipático de ser! - Explodiu Hermione dizendo tudo aquilo que estava na garganta há tempos. Agora, aliviada, sabia que iria pagar caro pela ousadia. Pagar por haver dito a mais pura verdade...

― Um mês de detenção e menos 150 pontos para Grifinória! - Snape estava lívido de raiva, Hermione, no entanto, percebeu pela primeira vez que ele estava abalado ao olhá-lo nos olhos. Ela viu uma grande tristeza perpassando no rosto dele.

― Sim senhor professor... me descul... - ia dizendo timidamente Hermione.

― FORA!- mandou snape fora de si



Hermione ficou perplexa pela quantidade de pontos que havia acabado de perder, ainda mais sendo era monitora-chefe. Ela cuidaria tanto para que ninguém descobrisse que havia sido a culpada pela perda de pontos que deixara a Grifinória em terceiro lugar no campeonato das casas.

Naquela noite Hermione não conseguiu dormir, passou o dia pensando em tudo que havia dito ao mestre de poções. Sabia que ele merecia ter ouvido aquilo, porém estava preocupada com ele, afinal havia chegado a hora de assumir a mais terrível das verdades: ela esta apaixonada pelo professor mais odiado de Hogwarts e sabia que jamais seria correspondida.



― Hoje vocês irão rever o assunto sobre animagos - disse a professora McGonagall. - Este assunto é provavelmente de interesses de todos. Esta é a arte da transformação mais avançada e complexa da magia. Quero uma redação sobre animagos de 35 centímetros para a próxima aula. Estão dispensados.

Hermione, em meio a seus mirabolantes pensamentos, teve uma idéia: “Bem que eu poderia tentar me transformar em algum animal, assim poderia ir às masmorras sempre que eu quiser ver meu amor... É arriscado, mas vale a pena. E depois, está mais que na hora de fazer justiça ao meu título de Sabe-tudo...”



Depois de dois meses tentando, Hermione finalmente conseguiu seu intento e para sua surpresa ela se transformou em uma gata idêntica ao Bichento: laranja, felpuda e com grandes olhos cor de mel.



Os últimos dois meses haviam sido uma tortura para Snape, que não conseguia tirar Hermione Granger da cabeça e menos ainda do coração - que ele pensava não possuir! A presença dela era extremamente dolorosa, pois no fundo sabia que ela jamais o olhou de outra maneira que não fosse com ódio e devido isso a dor era tão insuportável que as lágrimas teimavam em escorrer por sua face.



Snape estava pensando nela quando algo lhe chamou atenção, havia um gato na porta de seu quarto, que ele imediatamente reconheceu como sendo o gato de Hermione. Caminhou lentamente até ele, o pegou no colo, voltou a sentar-se na poltrona e disse:

― O que você faz aqui, garoto? Sua dona deve estar muito preocupada com você? -disse Snape de uma forma estranhamente carinhosa. - Sabe, a sua dona, a Hermione, tem sido o meu amor secreto. Eu me sinto sozinho e sei que ela me odeia, e me odiaria ainda mais se soubesse que o terrível e sem sentimentos - pelo menos aparentemente -, do professor Snape estivesse apaixonado por ela. Parece castigo, por Merlim! O que eu fiz pra merecer tamanho sofrimento? Sei que ela jamais irá me amar, mas mesmo assim eu não consigo esquecê-la! Se ela soubesse que por trás da carapuça de maldade existe um homem que a ama e que daria a vida por ela! Eu sei que parece loucura, se outra pessoa escutasse diria que sou um pervertido, devasso e blá, blá, blá, mas não no fundo eu amo de verdade mesmo que seja muito difícil admitir. Bem, gatinho, você deve voltar para sua dona, já esta muito tarde! Foi muito bom conversar com você... eu precisava desabafar... Boa noite e cuide bem da Hermione - dizendo isso levou o gato para fora.

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