Capítulo único



Nota: nessa fanfic, vocês poderão ver como eu odeio quando colocam datas, idades e esses negócios numa história. Odeio seguir isso. Acho muito definido para mim. Por isso, sempre faço fanfics com personagens sem destaque e/ou que não falem muitas coisa sobre ele. Amo criar. Bom... mais de toda maneira isso é universo alternativo mesmo... aqui estou falando de trouxas.

E vão perceber também como eu odeio deixar uma música em inglês. Se quiserem ela na língua original, procurem por Miss Independent de Kelly Clarkson.

E não reclamem do número de vezes que eu escreverei senhorita nessa história. Como na música tem muitas vezes essa palavra (Ok, ok! Não fala tantas vezes!), acho que dará um ar legal se eu repetir mil vezes na fic!



Miss Independent (Senhorita Independente)



Senhorita independente

Senhorita auto suficiente



O céu começava a clarear quando naquele dia a senhorita acordou, em meio aos lençóis brancos e cobertores vermelhos tomate amarrotados, que após a senhorita se levantar, demostrariam claramente que alguém muito espaçoso dormiu ali hoje.

O que demorou um pouco para acontecer, já que a senhorita havia dormido tarde, ela estava muito ocupada no dia anterior lendo os seus livros, sentada na sua poltrona.

Meu, minha, essas eram as palavras favoritas da senhorita. O sonho dela desde sempre fora ser independente, ter as próprias coisas, ser dona do nariz dela.

E ela conseguiu.

Agora tinha uma casa que era dela, uma carreira brilhante e invejada que era dela, e principalmente, uma vida que era única e exclusivamente dela, mais de ninguém. Dona de si.



Senhorita sem medo

Senhorita fora do meu caminho



Sempre ela lutara sem nenhum receio pelo que ela sempre, desde que era criança, quis: ser uma senhorita independente. Primeiro ela fora de seus pais, e agora ela não seria mais de ninguém. Não queria ser como todas suas amigas, bancada por um marido, ser dele.

Esses pensamento foram que fizeram a senhorita sempre lutar arduamente pêlos seus objetivos de vida.

A senhorita nunca se importou se alguém não gostasse dela, não quisesse ela, mas ao contrário. Só se importava se alguém tentasse a desviar ela de seu objetivos, pêlos quais sempre esteve tão perdidamente obcecada e cega. Sua independência valia tudo de mais sagrado em sua vida.

A senhorita se encaminhou para a sua cozinha e começou a preparar o café da manhã dela. Como aquilo era bom. Nunca conseguiria uma refeição tão certa, tão ao gosto da senhorita, tão perfeita para ela se não fosse ela mesma quem preparasse. Nunca as panquecas estariam com doce o suficiente, nunca a torradas estariam douradas o bastante para ela. Nunca sua vida seria tão perfeita, até nos mínimos detalhes, se a senhorita não fosse a Senhorita Independente, a Senhorita dona de si.



Senhorita não deixa um homem interferir

Senhorita na sua




Foi quando alguém tentou fazer a senhorita independente ficar dependente.

Sempre na cabeça da senhorita, casamento significava dependência. E a senhorita não queria ficar dependente de ninguém... se isso acontecesse, a vida perfeita que sempre foi planejada pela senhorita iria por água abaixo. Não seria dona de si, ele seria o dono da Senhorita.

E a senhorita odiaria todos que quisessem casar com ela, não odiaria? Ela odiaria qualquer um que queira dar o paço antes do casamento, não odiaria? Ela odiaria todos que quisessem sair com ela, não odiaria?

E aquele infeliz senhor chegou na vida da senhorita. Aquele garoto que todas as vezes que via a senhorita dizia:

- Lily, quer sair comigo?

Como o obvio, a senhorita sempre dizia não, como se dissesse Você nunca vai conseguir tirar a minha independência, pois na cabeça da senhorita era isso que ele queria dizer, seja dependente de mim.

A senhorita não conseguia acreditar em algo que ele chamava de amor.

Ela nunca amou.




Senhorita quase

Senhorita nunca deixa um homem ajudar.




Ao se relembrar do senhor que queria por que queria tirar sua liberdade, a senhoria amarrou a cara e espetou o garfo com força na bolinha com creme batido (perfeito para ela, do jeito que ela gosta). A um bom tempo, não tão grande assim, ela se lembra de uma cena que não aconteceu a muito tempo.

Aquele senhor, o qual não via desde que saíra do colégio, que fazia muito tempo, estava em um café muito chique de Londres, em uma mesa junto com uma mulher muito bela e um bebezinho, o qual o moço segurava, brincando com ele.

A senhorita estava passando por lá sem querer (estava procurando uns bons lugares para reabastecer a casa, já que havia mudado para lá a uma semana, e achou um ótimo supermercado! Estava cheia de sacolas nos braços, todos com coisas que a senhorita gosta) e também foi sem querer que ele a viu, o que foi um pouco difícil pelas sacolas.

O senhor logo saiu do café sozinho e foi em direção da senhorita.

- Lily, a quanto tempo.

- Potter, estou um pouco sem tempo... – a senhorita quando o viu se aproximar rapidamente se pôs a pensar um modo de o afastar.

- Oh... quer que eu te ajude a carregar essas sacolas? – perguntou o senhor pomposo, sem segundas intenções visíveis na voz.

- Não, obrigada. Falta pouco para chegar em minha casa.

Mentira! Faltava bons quarteirões e as sacas estavam um pouco pesadas demais para uma senhorita sem força. Mas ela não precisava comentar, não é verdade?



Então mantendo seu coração protegido

Ela nunca foi rejeitada




Mas aquele rápido reencontro não terminou por ali. Mas ainda assim não deixou de ser rápido. Não que a senhorita quisesse que fosse longo.

A senhorita fez questão de ir embora, mas o jovem senhor se adiantou e falou para a senhorita:

- Er... Lily... eu agora estou morando em Londres. Qualquer coisa é só me procurar – ele enfiou a mão no bolso e tirou um cartão – aqui meu telefone – e colocou na mão da senhorita, que segurou com um pouco de dificuldade, pelo peso das sacas. – Tem certeza que não quer ajuda?

- Oh... não. Estou bem assim. Adeus.

- Até logo.

E cada um seguiu o seu caminho.

A senhorita enfiou o bolinho com creme batido goela abaixo. Aquele idiota dos tempos de colégio ainda não se cansou de ser rejeitado? Por que ele irá querer ser mais uma vez, depois de tantos anos que não são muitos?

Existem pessoas que não cansam de sofrer. Será que ele ainda não percebeu que a senhorita de coração fechado nunca irá o abrir?



Pequena senhorita preocupada disse oooh,

Ela se apaixonou




Depois do café, a senhorita foi tomar um banho na sua banheira para ir ao trabalho.

Em meio à água quente e as espumas, a senhorita lembrou-se de como o sorriso do jovem senhor era maravilhosamente lindo, lembrou-se de como ele era legal com ela, lembrou-se de como ele falava daquela maneira com ela, se lembrou de como ele era educado com a senhorita. Tudo isso sem que a senhorita retribuisse.

Lembrou-se daquelas muitas vezes que ele falou à ela Eu te amo.

A senhorita se afundou na espuma branca e suspirou um tímido Ooooh!

Quem diria! A senhorita independente de coração fechado aparentemente se apaixonou!



O que é esse sentimento que está tomando conta?

Pensava que ninguém poderia abrir a porta




A senhorita se sentiu confusa, muito confusa de passagem. O que ela estava sentindo não seria amor... ou seria? A senhorita simplesmente não sabia o que era amor.

A senhorita coração de pedra nunca se apaixonaria. Com certeza amor não era. Quem sabe uma leve afeição. Ou quem sabe uma amizade? Simpatia?

Mas a senhorita nunca sentiu afeição por alguém, nunca teve amigos verdadeiros, nunca sentiu simpatia. Tudo tem uma primeira vez. Quem sabe essa é a primeira vez que a senhorita se apaixona?

Mas quem ele pensa que é para tomar conta da vida da senhorita independência.

Ele é aquele que conseguiu abrir a porta do coração fechado da pequena senhorita.

Decidida, a senhorita saiu do banho, e não foi correndo para seu escritório, para chegar cedo. Produziu-se intensamente, até podemos dizer de uma forma um pouco insinuante. E foi logo procurar onde tinha enfiado aquele bendito cartão com o telefone do senhor.



Surpresa, é hora

De sentir o que é real

O que aconteceu com a senhorita independente?

Não precisa mais ficar na defensiva

Tchau, para a velha senhorita



Depois de uns bons minutos (alguns dois quais cantarolavam A senhorita já está atrasada para o trabalho!), ela achou o cartão numa sacola da Grand Union que estava no armário da sua cozinha, obviamente o mesmo que a senhorita carregava com um grande esforço quando aquele senhor apareceu.

E correu para o telefone, como uma adolescente corre quando está esperando uma ligação do namorado.
Tremendo, discou nas teclas o número que diziam ser da casa dele. Tocou duas vezes quando alguém do outro lado atendeu.

- Alô, aqui é a Renée. Em que posso ajudar?

Não é necessário dizer que a voz que atendeu era feminina. O que era animador para a senhorita, já que era uma Potter. Uma bendita Potter com um sotaque francês meloso demais. Mas espere um pouco, senhorita! Ela poderia ser muito bem a mulher dele!

- Am... desculpe, engano – a senhorita apresou-se em dizer.

E bateu o telefone na cara da senhora Potter.



Quando o amor é verdadeiro




Senhorita saiu de casa arrasada, antes de racionalmente ligar para sua secretário falando que não estava bem naquele dia. O que Klimberly acreditou piamente, já que a voz de sua chefe estava embaçada. Como se as lágrimas que não queriam de maneira alguma sair pelos seus olhos saíssem como um jato d’água pelo som de sua fala. A senhorita depois de uma vida inteira teria um dia para pensar em alguém sem ser ela.

Um dia que ela decidiu que queria andar. Ir em direção daquele café lindo e chique. Quem sabe não encontra o jovem senhor lá?



Senhorita coração guardado

Senhorita esperta

Senhorita se você vai fazer isso é melhor nem começar



E certa de que uma feliz coincidência acontecesse, a senhorita foi para o café, trajando sua roupa digamos... executiva que realmente quer chamar a atenção para suas belas pernas. E sem se importar o que as pessoas na rua iriam falar da senhorita.

Ela foi correndo para lá (não literalmente, mas em paços largos), mas não encontrou nada do que ela queria. Lá só havia cappuccino e biscoitinhos amanteigados sendo devorados por um bando de homens de ternos caros muito mal humarados conversando sobre a bolsa de valores. Nada do senhor que havia roubado o coração da senhorita independente.

O senhor que agora já era dependente. Já tinha se casado com a francesa Renée.

E sem se importar com nada, nem com seus sapatos caros de salto longo tipo agulha do tipo que machuca muito, ela continuou a andar. Quem sabe mais a frente...



Mas ela calculou mal

Ela não queria acabar cansada




Quem sabe nada!

Já era hora do almoço e a senhorita já estava com os pés doloridos e com fome. Já tinha revirado aquelas redondezas. Aquele cartão não falava nada sobre onde morava. Só estava escrito:

James Potter – Advogado

Fone: 4512 – 1234

Celular: 3142 – 7898

Advogado, celular!

Isso era brilhante! Agora a senhorita poderia ligar para ele, com alguma desculpa.

Será que um plano bobo poderia fazer se encontrar o jovem senhor e a senhorita não quero mais ser independente?



E a senhorita decidiu não perder o verdadeiro amor

Mudando uma idéia errada

Ela mudou para uma nova direção




A senhorita pegou o próprio celular e discou o número do celular dele. Tocou quatro vezes quando atendeu.

- Alô! James Potter.

Dessa vez era aquele jovem senhor mesmo quem falava. Tomara que não esteja perto daquela senhora, pensou a senhorita.

- Alô. Potter, é você? – a senhorita se surpreendeu com tamanha idiotice que havia falado. Se ela não tinha se enganado, ele tinha falado seu nome.

- Lily? É você? – como ele conseguia reconhecer a voz da senhorita?

- Sim, sou eu. – a senhorita contou até três e falou: - Potter, você é advogado, não é?

- Sim, eu sou.

Se acalme, respire, pense no plano e fale, senhorita, agora! Você não pode errar. Mantenha a calma!
- É que eu estou precisando de um e não conheço nenhum aqui...

- Bem... se você quiser um, eu conheço eu mesmo!

Ele nunca vai parar de fazer piadas, pensou a senhorita. Tem coisas que nunca mudam... mas querer ser independente pode mudar.

- Bem... é um probleminha...

- Lily – o senhor interrompeu a fala ensaiada da senhorita – eu vou ter que desligar agora. A bateria está terminado. Será que não daria para nós discutirmos isso hoje à noite.

- Claro! Quero dizer... claro que posso. – ela tentou desviar a empolgação que sentia.

- Então no Brooks, sabe aquele café onde...

- Sei onde fica.

- Que tal às...

- Oito? – eles falaram ao mesmo tempo, e riram.

- Então será às oito. Até logo.

- Tchau!

E desligaram.

Se a senhorita não se enganara, uma bateria de celular quando está acabando não consegue ficar esse tempo todo em uma conversa.



E descobriu dentro de si, ela sentiu uma conexão

Ela se apaixonou




Ela voltou saltitando e cantarolando Waganer (de maneira muito discreta, é claro), para casa. Fez uma comida duas vezes mais caprichada do que ela geralmente fazia (duas vezes mais ao gosto dela), como se fizesse para alguma data especial e serviria à rainha. Mas era bem verdade que ela se sentia rainha.

Uma rainha apaixonada. Finalmente assumida.

Às seis já começou a se aprontar. Tomou um longo e demorado banho quente, com uma água cheia de espuma e sais de banho, perfumado de mais. Demorou depois mais um bom tempo para escolher a roupa. Enquanto a senhorita pegava as suas roupas, ficava dizendo Chamativo demais, Simples demais, Brilhante demais, Liso demais, Chique demais, Furreca demais, Sexy dema... hum... quem sabe... Ah! PelamordeDeus, é só um encontro num café. Um encontro. Um encontro!!!

Foi quando a senhorita viu aquela roupa lá nu fundo do guarda-roupa. A senhorita na verdade tinha intenção de joga-la fora. Era uma mistura híbrida de um terninho com um vestido rosa claro. Algo digamos estranho, exótico aos olhos comuns. Algo eu chamava atenção. Não era nada em exagerado, talvez só um pouco chique, mas ainda assim, não aos extremos. Era algo que chama atenção (mas não muita) em um lugar.

Sem prensar duas vezes, a senhorita o vestiu e terminou de se arrumar, e foi logo no Café.

Mas antes de sair, a senhorita deu uma olhadela no espelho. Aquela com certeza não era a senhorita independente. Não havia mais aquela senhorita no mundo. Aquela era outra. Não a independente. Mas sem uma que queria ser dependente.



Quando a senhorita independente foi embora

Sem tempo para o amor que apareceu em seu caminho

Ela olhou no espelho e pensou que seria hoje




Quando a senhorita chegou no lugar, o senhor já estava sentado à uma mesa de dois. A senhorita se adiantou e foi em direção à ele. Na verdade a senhorita o achou muito chique naquele terno.

- Olá...

- Olá! Que bom que você chegou. O que vamos pedir? – ele parecia muito entretido e animado para uma conversa sobre trabalho.

Antes que a comida (cappuccinos e bolinhos de creme batidos, esse era o problema dos cafés, não tinham nada além de coisas chiques para o chá das 6) chegasse eles já estavam discutindo o caso. Ainda bem que ela tinha um caso que a aconteceu para discutir, apesar de ser banal.

No meio da conversa, o senhor interrompeu o discurso da senhorita de como Fiona era culpada por tudo que estava acontecendo, e fez uma pergunta inevitável.

- A senhorita Lily Evans não me chamou aqui só para isso, não é?



E o que aconteceu com a senhorita sem medo?

Levou um tempo para ela ver

Como o amor poderia ser bonito e verdadeiro




- Bem... – começou a senhorita, embaraçada. – na verdade eu.

- Eu também queria me encontrar com você.

A senhorita não teve nenhuma fala na hora, só ficou olhando feito boba para a cala dele, na verdade, mas precisamente para os olhos daquele jovem senhor, tentando ler em sua alma como ele conseguiu descobrir o
que ela queria. E ele também queria...

Estava tão obvio assim?

Foi então que ele fez aquilo. Sem nem estar preparada, a senhorita recebeu um beijo. Não foi um beijo. Um é uma coisa comum, vulgar, que tem em todos os lados que se possa imaginar. Ela recebeu o beijo. O beijo que nesse breve tempo de querer ser dependente havia sonhado receber.



Não precisa mais falar “Por que não acontece comigo?”

Estou feliz por que finalmente vi...



O céu começava a clarear quando naquele dia a senhorita acordou, em meio aos lençóis brancos e cobertores vermelhos tomate amarrotados, que após a senhorita se levantar, demostrariam claramente que alguém muito espaçoso dormiu ali hoje.

A senhorita abriu os olhos.

E viu que não estava sozinho no quarto.

Olhou para o lado, e lá e viu que do outro lado da cama, muito próximo a ela, havia um senhor, um jovem senhor. O mesmo senhor que na noite anterior a dum um beijo, outro beijo, outro beijo.

Aquele senhor que ela tinha descoberto que tinha uma prima da França chamada Renée, a qual tinha se casado e a pouco tempo tinha tido um lindo bebê.

Agora ela não era mais a senhorita independente mas. Isso ela havia deixado de ser desde ontem. E nem senhorita. E sim senhora. Pois esse era seu destino, ser uma senhora dependente. Feliz e dependente. Acima de tudo feliz e apaixonada. Dependente de quem realmente ama.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.