A primeira Horcrux



Gente eu adoro comentários, por isso quanto mais melhor! Obrigado! Agora o cap....
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Harry teve a impressão de que o mundo parou quando ouviu a porta bater.

Uma sensação de perda se apoderou dele. Alguma coisa estava errada... seu coração estava apertado, comprimido. O que era aquilo? Seus olhos não se desprendiam da porta... Uma sensação de perda... A respiração rasa.

Em algum momento Rony o ultrapassou em direção a porta, e ele o seguiu. Esmurraram a porta, gritaram, executaram feitiços, mas nada fazia efeito. A sensação de vazio ainda o incomodava, não cessava. Por quê? Hermione estava presa, só! O que precisavam era abrir a porta... Era só uma porta. Era só abri-la! Era só descobrir um jeito e logo a veria novamente. Só isso!

Seu coração parara. A sensação de perda se intensificara. Olhou para o rosto distorcido de Rony, as imagens pareciam chegar lentas demais, atrasadas demais em sua mente. Já não ouvia os gritos, os chamados de Rony... Eram só as batidas lentas, fortes, retumbantes de seu coração.

O que o atormentava tanto? Por que ele se sentia como se sangrasse por dentro? Era como se... Algo tivesse sido retirado dele...

-Mione... – Sussurrou sem fôlego.

A visão turvara enquanto observava Rony gritar, chamar, espancar aquela maldita porta... Mas ele não conseguia ouvir ... O mundo não tinha som, não tinha nada, só era bizarro... Queria rir, mas o que vieram foram as lágrimas.

Hermione não estava ali.

Hermione. O que gostava em Hermione? Tinha o fato dela sempre ter todas as respostas. Era isso? Tinha o fato dela estar sempre com ele, quando ele precisava. Era isso? Tinha os abraços apertados e também os sorrisos lacrimosos. Tinha o seu jeito... Tinha a beleza escondida pelos volumoso cabelo... O olhar, o jeito de andar... A voz, o cheiro... Não. Não era nada disso.

Era Hermione, o simples fato de ser ela, não tinha explicação, era a ela em si na totalidade. Tudo! Harry precisava dela! Tudo dela! Das respostas, da companhia, dos abraços, dos sorrisos, o jeito, o andar! Ela era a sua Mione. A sua amiga, sua companheira, sua irmã, sua mãe, sua família.

--HERMIOONNEEEEEEEE! Mione... – Harry sentia agora com clareza, ele sabia por que chorava. Hermione não estava mais ali com ele, sua presença que ele sentia tão nítida antes havia desaparecido. Ele conseguia sentir a presença de Rony e sabia que Gina, Neville e Luna ainda continuavam com ele, mas a sensação de ter Hermione sempre, aquela sensação que fazia cócegas e confortava, tinha sumido. O elo com ela havia sumido. Era isso que havia haviam tirado dele. A presença de Hermione havia sido varrida quando ela havia cruzado aquela porta.

Agora a sensação de perda ganhara um significado. O choro veio todo a tona. Ele não chorava sozinho, Rony estava ali, ajoelhado em frente à porta, parecia se apoiar na maçaneta, e chorava enquanto gritava pela garota. Harry também estava sentado no chão e escorado na parede, apesar de não se lembrar de como ele havia chegado àquela posição.

As mãos tremiam. O que ele tinha que fazer? Como tirar ela de lá? COMO?

--Harry?

O moreno olhou para as costas do amigo que ainda se encontrava em frente à porta. Tinha Rony chamado seu nome?

--O que é a Mione para você? –Rony perguntou e sentou de frente para o amigo, mas continuava com a cabeça baixa, Harry só conseguia ver o sangue que ainda escorria pelo rosto seu rosto.

--A Hermione... Ela é essencial para minha vida. –Harry soluçou alto e escondeu o rosto.

Rony sorriu e levantou a cabeça.

–A Mione... Ela é a minha vida!

Harry levantou a cabeça ao ouvir isso, mas Rony não estava ali, tinha sumido e por talvez intermináveis três segundos de desespero Harry estivesse sozinho naquele corredor. Por três segundos o medo o paralisou e ele não conseguia nem respirar.

Foi quando a maçaneta da porta a sua frente girou e com violência a porta se pôs aberta.

Rony carregava Hermione nos braços.

Uma explosão de cores, luzes e sons se fez presente a Harry de novo, o mundo girava normalmente agora. O ar enchera seus pulmões. Tanto Hermione quanto Rony estavam vivos, Harry sabia, as cócegas voltaram a brincar com sua cabeça, e não importava como Rony havia conseguido chegar até Hermione, ou onde eles se encontravam ou como eles iam sair. Harry tinha os dois de novo e era só isso que ele precisa ter para saber que tudo daria certo.

O ruivo ia à frente com Hermione desacordada em seus braços. Harry cobria as costas do amigo, enquanto o trio tentava sair do orfanato. Parecia que a magia que mantinha a casa em pé havia morrido quando Hermione fora salva por Rony. As paredes e o piso rangiam alto por onde os amigos passavam. A casa estava em ruínas agora, como todas as outras da rua, e foi com pouca surpresa que Harry sentiu o chão faltar aos seus pés e ele e o amigo caíram direto na sala do primeiro andar junto com pedaços de madeira podre e reboco, um acertando em cheio a testa do moreno, mas ele podia reclamar da dor depois.

--Rony, você está bem?

--Eu acho que sim, mas eu devo ter dado um jeito no braço...

--A Hermione?

--Ela está bem!

--Vamos! Eu a levo agora!

Rony ainda pareceu pensar duas vezes antes de liberar a garota dos seus braços para os braços do amigo, mas acabou por concordar. Harry a segurou com cuidado e esperou o amigo levantar.

--Harry! –Rony estendeu o braço e o moreno pode ver com a luz fraca dos fogos que ainda estouravam ao redor, a pequena taça que uma vez havia pertencido a Helga Huplepuff. Harry congelou. Eles haviam conseguido, todo aquele inferno havia valido a pena. A horcrux estava bem ali, ao alcance da mão.

--Estava nas mãos da Mione quando eu a encontrei...

--Você a guarda! Vamos sair daqui! – Harry se afastou da horcrux e Rony a segurando com mais força a escondeu nas vestes. Assim os dois correram para a porta de entrada. A casa estava cedendo aos poucos e com um feitiço Rony explodiu a porta de entrada os libertando e finalizando a casa eventualmente.

Eles haviam conseguido e estavam vivos! Harry segurou Hermione mais forte contra o corpo a abraçando.

--Nós conseguimos Rony!

--É... Conseguimos... Podemos ir?

Harry tentou rir, mas a dor deixou a tentativa sair meio falha, ele então respirou fundo e olhou para o amigo. –Você está bem cara? Eu digo para voar, Seu rosto...

Metade do rosto do ruivo estava coberto de sangue devido ao ultimo ataque de um inferi.

–É eu tou legal, mas vamos só sair daqui e cuidar da Mione!

Harry tirou a vassoura da mochila e a fez voltar ao tamanho normal, ele arrumou Hermione entre seus braços com o maior cuidado que conseguiu, a garota tremeu inconscientemente enquanto murmurou chorando silenciosamente.

--Vai ficar tudo bem, Mione! Nós vamos cuidar de você! – Harry sussurrou para a amiga e levantou vôo, do alto eles ainda viram quando parte do teto do orfanato cedeu. Harry levava Hermione bem segura em seus braços enquanto Rony vinha logo atrás. Não demorou muito até que Londres surgisse onde antes não havia nada, e Harry entendeu que havia se livrado da magia de Voldemort. Estava de volta ao mundo. Ele olhou para baixo e percebeu que Rony fazia o mesmo, os dois amigos puderam então confirmar: a rua e o orfanato haviam sumido, desaparecido mais uma vez do mapa. Harry segurou Hermione mais forte e se pôs a voar mais alto.

O sol já se punha quando as duas vassouras tocaram o chão em um parque mais afastado de Londres. Harry colocou Hermione ainda desacordada em baixo de uma árvore.

--Como ela está? –Rony praticamente pulou da vassoura em movimento para ajudar Harry com a Hermione.

--Eu não sei bem... Ela não se mexeu durante o vôo... Mas os batimentos estão bem... –Harry já mexia na sua bolsa atrás de todos os remédios que haviam levado consigo. –Diabos! O que uso? Não sabemos o que ela tem! Acha que ela ingeriu algo? Oh! Hermione o que você fez com você enquanto estava lá dentro?

--Tente um pouco essência de arruda, quem sabe ela não vomite o que ela possa ter engolido.

--Ok!

--Eu vou mistura um pouco de erva de grama estrelada e quais mais porções revigorantes que nós tivermos.

--Eu tenho Bálsamo de raiz queimada, a solução da madame Ponfrey, wiggenweld e cimicífuga dentro da minha mochila junto com as outras soluções. Rony eu preciso de murtiscos, a Mione tem uns cortes no braço.

Os dois amigos se revezavam e tentavam agir rápido enquanto a noite crescia fria, mas Hermione ainda parecia em um sono imperturbável. Rony observava Harry passar murtisco no braço da amiga pela terceira vez. —Não ta resolvendo Harry, você já derramou um frasco inteiro nos braços dela, os ferimentos não saem, continuam a sangrar... Não ta melhorando em nada! –Rony apertou a mão da amiga com força. –Mione o que você faria. Ajuda a gente Mi. A gente precisa de você.

-- Rony!

O ruivo levantou o rosto para o amigo.

--Me passa a Bolsa da Mione. Tem que ter algo lá que nos ajude!

Hermione possua infinitas coisas em sua mochila e para a alegria dos dois garotos todas estavam organizadas e etiquetadas. Todas as porções tinham sua função e seu nome, e foi ali que Harry achou essência de ditamno. Embaixo do nome tinha escrito “cortes e ferimentos graves” e logo em seguida, um “Usar em ultima instancia”, Harry não teve nenhuma duvida em pegar o frasco, conhecia a poção, precisa calcular a área do corte, e assim só algumas gotas dava. Harry colocou no braço da amiga e logo cicatrizes de aparência antiga deram lugar aos cortes.

Rony soltou um lufada de ar ao constatar logo em seguida a cor voltar ao rosto de Hermione. A garota ainda dormia inalteradamente, mas tanto Rony, quanto Harry sabiam que ela ia ficar bem agora.

Harry olhou ao redor, já estava escuro.

--Já é noite Rony...

--Não deveríamos estar tão desprotegidos assim... –Rony se preparou para levantar, mas Harry o deteve.

--Você fica com ela e cuide do seu rosto! Esqueça o resto... Acha que pode fazer um curativo ou precisa de ajuda?

Rony colocou a mão em cima do olho esquerdo, E Harry pela primeira vez pode notar quão feio estava o ferimento do amigo.

--Não preciso de ajuda... Não é nada sério..

--Rony, Talvez eu posso dar uma olhada...

--Nan... Não é nada, eu vou fazer um curativo e vou ficar observando como a Mione reage.

--Ok... Rony... Eu queria te agradecer...

--Hã?

--Pela Mione, por tudo na verdade... Desde que entramos naquela furada você foi...

--Ah! Por Merlin se você vier com esse papo eu te quebro a cara! –Rony deu um empurrão amigável no amigo. –E vamos colocar essa tenda o mais rápido possível em pé, vai ficar frio!

Harry sorriu nervoso, era patético, mas por um momento sentiu os olhos meio rasos.

--Seu cabeça rachada! –Rony riu e os dois acabaram num abraço sem jeito, que antes de começar já havia acabado e virado apenas tapinha amigáveis nas costas. Harry então se ocupou com o acampamento e Rony se ocupou com Hermione.

Rony olhava Hermione com uma atenção fora do normal sendo observado de longe por um Harry risonho, que depois de armar a tenda foi ajudar o amigo a transferir a garota para uma das camas do quarto. Por volta da uma da manhã, os dois sem sono foram se sentar na sala, Rony com um grande tampão no rosto cobrindo seu olho esquerdo e Harry com uma grande pancada arroxeada na testa e alguns hematomas incômodos no pescoço.

Os dois se olharam por um tempo, mas não havia assunto entre os dois naquela noite, até Rony colocar a pequena taça de Helga no centro da mesa.

--Precisamos destruí-la... –Era a única coisa que Harry conseguia pensar e verbalizar.

--Aham! –Rony concordara e esse já era assunto o bastante pelos próximos minutos. O silêncio não incomodava, os dois estavam muito ocupados com a relíquia no centro da mesa, tanto um quanto outro pensavam como levar a pó aquela horcrux, aquilo representava tudo que haviam passado e todo o sofrimento que ainda iam passar. Toda a dor e todo o caminho para acabar com aquele pesadelo. No fim Harry suspirou.

--Que dia... –Harry na verdade não sabia dizer quanto tempo tinham passado dentro da ilusão de Tom, podia ter se passados dias, meses talvez? Mas para ele se parecia com um longo e terrível dia.

--Hey! Tonks me deu algo para dias assim... –Rony levantou e sumiu pela porta do quarto, mas voltou logo em seguida com as mãos ocupadas.

--Você só pode estar brincando!

--O que? –O ruivo colocou um copo em frente do moreno e outro logo a sua frente, sentando em seguida, ele abriu a garrafa de whisky de fogo com facilidade colocando um pouco do conteúdo dentro de seu copo. –Servido?

--A Tonks te deu uma garrafa de whisky de fogo? –Harry franziu o cenho. –Ela é louca ou algo do tipo? –Ele colocou a mão em cima do copo impedindo Rony de enchê-lo.

--Deu... Disse que talvez fosse preciso. E eu nunca bebi isso, mas eu acho que se ela disse que era preciso, eu não vejo melhor momento do que agora.

--Me dê um pouco! –Harry tirou a mão de cima e estendeu o copo, deixando o amigo servi-lo. --Você já bebeu algo desse tipo? –perguntou girando o copo observando a cor.

--Não. Mas Fred e Jorge... –Rony parou de falar se lembrando do estado dos seus irmãos.

--Eles vão ficar bem, cara! Jorge já esta em casa...

Rony assentiu com a cabeça, ainda desanimado.

--Saúde! –Harry levantou o copo e virou o conteúdo para o espanto do amigo.

--É HORRIVEL! –O garoto sentia a língua pegar fogo e a bebida rasgar sua garganta. Rony riu, mas imitando o amigo levantou o copo em um brinde silencioso e entornou a bebida.

--Péssimo! –Rony fez uma careta e sacudiu a cabeça em negação! –Mais uma?

--Por favor! – Os dois caíram na risada em seguida.

--Você sabe que essa bebida na verdade não se vira, certo?

--Como?

--Nada... Só dizendo que na próxima vez vamos tentar de gole em gole, talvez o efeito não seja tão chocante.

O moreno concordou com a cabeça e aceitou seu copo de volta.

--Rony... –Harry bebericou mais um pouco.

--Hum?

--Como você conseguiu entrar naquele quarto? Como você conseguiu achar a Mione? –Harry estudou as feições do amigo que deu um gole rápido na bebida com uma pequena careta em seguida.

--Eu não sei como eu conseguir salvar a Mione...

--Hã?

--Eu não sei o que eu fiz, quando eu vi, ela estava na minha frente, deitada no chão, abraçada com esse troço. –Rony jogou a mão em direção a horcrux com nojo. –Ela parecia morta... – fechou os olhos com forças, ele com certeza não gostava daquelas lembranças. –Mas eu sabia que ela ainda estava viva, e eu tinha que sair de lá com ela.

Harry continuou em silêncio, ele provavelmente não acreditaria no que Rony tinha dito, se ele não tivesse visto por si mesmo. Uma hora o amigo estava ali com ele e em seguida não estava mais, ele havia parado dentro daquele quarto e resgatado Hermione.

--A única coisa que eu queria era estar com ela, eu queria estar com ela com todas as forças do meu ser, e de repente eu estava.

--Você aparatou? –Harry perguntou mesmo já sabendo a resposta. Aquilo era algo diferente.

--Eu não senti como se estivesse aparatando... Eu simplesmente... –Rony pausou por um momento entre um gole e outro de whisky. – Queria estar com ela. –Ele levantou o rosto para encarar Harry, o ruivo tinha um sorriso singelo no rosto como se explicasse a coisa mais simples do mundo para uma criança, o sorriso durou muito pouco, mas foi o suficiente para que Harry notasse. Rony talvez não tivesse noção que havia feito essa feição, mas Harry nunca achou o amigo tão maduro como naquele momento.

--“O que é a Hermione para você?”

--O que?

--Você me fez essa pergunta no orfanato... – Harry tomou mais um gole da bebida.

--Eu fiz? –Rony olhou para o amigo em confusão.

--Você não se lembra?

--Não...

--Foi logo antes de você sumir... Você respondeu... Bem... –Harry deu mais um gole. Esse assunto era embaraçoso, mas talvez um pouco mais de álcool ele pudesse falar melhor. –Você disse... que a Hermione era sua vida.

Foi instantâneo. Rony se tingiu de vermelho e enquanto virava a cabeça para um lado, Harry, já esperando aquela reação voltava a encher os copos. Os dois se ocuparam um pouco com seus pensamentos e com a bebida até que Rony voltou a falar.

--E o que você me respondeu?

Porque era tão difícil para os dois falarem sobre essas coisas? Ele tomou outro grande gole e respondeu.

--Disse que ela era essencial para minha vida...

Rony olhou em branco para o amigo por um tempo até virar o copo mais uma vez e Harry sabia o que o amigo pensava.

--Rony... Tem uma diferença grande nas duas frases...

--O que você sente pela Hermione, Harry?

Pronto, ele sabia que um dia o amigo chegaria a essa pergunta. E Harry teve que admitir que a tal pergunta rodou na cabeça dele milhões de vezes aquele dia, desde que ele achou que tinha perdido a garota . Antes, ele nunca havia pensado seriamente nisso. A amizade dele com Hermione sempre foi motivo de fofoca e suspeitas esses anos, e todas as vezes foram motivo de piada para os dois. Mas ele nunca teve certeza em como Rony encarava aquilo, em como a pessoa que amava tanto Hermione encarava essas fofocas de um relacionamento da garota com o melhor amigo.

--Rony... Você sabe muito bem que nunca existiu nada entre eu e a Mione.

--Harry... Eu sei disso... Sei das fofocas e das besteiras da Rita para cima de vocês dois! Sei que você é louco pela minha irmã... E todas essas coisas... Mas o que você sente pela a Mione? O que você realmente sente por ela.

--Hã... Rony... A Mione seria a mulher da minha vida... MAS NÃO DE UM JEITO AMOROSO! –Harry teve que acrescentar rapidamente diante do susto no rosto de amigo. –Não! Não tem como eu pensar na Mione desse jeito, de um jeito amoroso eu quero dizer... Eu não vou negar que eu não me questionei isso algumas vez, hoje por exemplo, quando eu achei que a tinha perdido, foi um choque tão grande, uma dor tão horrível que eu me fiz essa mesma pergunta que você acabou de fazer. Mas eu agora sei que eu simplesmente não a vejo desse jeito! Ela é a mulher da minha vida por que ela sempre esteve comigo. Porque sem a Mione eu sei lá como eu estaria agora, é a mesma coisa com você! Vocês são meus irmãos... E... Eu não saberia o que seria de mim se eu não tivesse vocês dois... E graças a Merlin eu estou bêbado quando eu admiti isso! –Harry deu mais um gole enquanto Rony sorria.

--Eu... Eu... Gosto muito da Mione, Harry! –O ruivo olhou nos olhos do amigo quando disse isso.

--Eu sei... –Harry sorriu e ouvindo a afirmação do amigo naquela hora. Nunca pareceu mais perfeito para ele ver seus dois melhores amigos juntos. –Eu sei, Rony.

Rony olhou para o moreno por um tempo e logo o sorriso cresceu nos dois, virando risada. Então não era tão difícil falar sobre essas coisas, era bem fácil, você escuta e afirma com a cabeça!

--E a Gina?

Droga, talvez não fosse tão fácil conversar sobre essas coisas, afinal.

--A Gina?

--Isso... O que você sente?

--Hã? –Harry riu meio tonto e Rony acompanhou.

--Sério Harry. –Rony continuava rindo, mas Harry sabia que não ia conseguir fugir DO assunto na cabeça dele: Gina!

--Como você quer que eu fale da garota que eu gosto para um dos irmãos mais velho dela?

--Me encare apenas como seu irmão...

--Ah ok, irmão... – Harry falou antes de mais um gole. O tom irônico do moreno foi o bastante para mais risadas desconexas por um tempo. Harry sentia o mundo flutuar um pouco, era engraçado.

--Eu só não sei o que minha irmã viu em você... No começo do namoro e tudo mais... Eu entendia! Mas desde que você voltou, você faz uma idiotice em cima de idiotice. Tipo, como pode ser tão difícil?

--Você sabe que é difícil Rony!

--Besteira...

--Uau! Você está mesmo bêbado! E outra... Você também não ajudou no começo com a Hermione, toda aquela palhaçada com a Lilá? Merlin! O que você me diz sobre isso? –Harry apontou o dedo para Rony enquanto o amigo parecia tentar lembrar do que diabo Harry estava falando.

--Ah! Não vamos falar sobre isso...

--Então não fale sobre mim... Por que eu nunca tive... Sei lá o que eu tive! –Harry sacudiu os braços e terminou mais uma rodada de bebida com Rony. Quantas já tinham ido? A garrafa estava fechada quando eles começaram... Eles não podiam ter bebido três quartos daquela garrafa só nesse tempo, podiam?

--Eu só não consigo tirar da cabeça o momento que você disse a Gina que ela não era nada para você! Sabe... Aquilo feriu meus sentimentos, Harry. –Talvez fosse papo de bêbado e talvez Rony estivesse rindo, mas Harry percebeu que aquele comentário por mais louco que fosse era verdade. Rony realmente falava a verdade naquele momento.

--Eu nunca disse isso. –De repente a bebedeira não era mais tão engraçada. Ele não estava se sentindo bem. A memória embaçada daquelas palavras horríveis sendo proferidas por ele no grimmauld place, ao que parecia ser séculos atrás, o fez ter ânsias de vômito.

--Disse! –Rony bateu na mesa tentando parecer sério. –E a minha irmãzinha saiu correndo do quarto... Ainda bem que você foi atrás dela, eu poderia ter... —Rony não terminou a sentença, se perdendo provavelmente nas idéias ou talvez decidindo se só um soco bem dado fosse suficiente. Harry também tentava organizar a sua.

--Eu realmente disse, não disse? Mas eu fui atrás dela...

--Você foi... –Rony balançou o indicador por um tempo, e ficou olhando para cara do amigo. Harry não sabia bem dizer, mas naquele momento eles não pareciam tão bêbados, talvez só um pouco.

--Eu fui... E eu não sabia onde ela estava... Mas eu a achei. E eu não sei como eu a achei! RONY! –Harry levantou da mesa com empolgação, o que foi uma péssima idéia por que tudo rodou ao redor dele o fazendo sentar com a mesma velocidade com que ele se levantou. –Rony! Eu a achei... Sem saber como eu a achei!

--Cara o que diabos você está falando? –Rony segurou a cabeça, confuso.

--Eu achei a Gina naquela noite, mas eu não sei como eu fiz. Eu simplesmente apareci na frente da cozinha e lá estava ela! Eu não aparatei, eu simplesmente quis de todo jeito estar com ela e foi o que aconteceu.

--Você soa meio brega...

--Tente me acompanhar aqui, Ok? Não vê? Foi o que aconteceu com você hoje... Você queria estar com a Mione... E você de repente estava.

--Entendi... Você queria estar com ela, eu queria estar com a Mione... Mas por que nós fizemos isso? Como nós conseguimos aparecer em outro lugar desse jeito? –Rony apoiou a cabeça na mesa e assim ficou.

--Ah! Essa é uma boa pergunta...

--Aham...

Harry ainda passou um tempo contemplando a garrafa de whisky enquanto pensava na pergunta, mas a única resposta que vinha a sua cabeça era uma ruiva, sua ruiva.

Gina.

No fim, Rony já roncava quando Harry desistiu e tontamente encostou a cabeça na mesa. Ele não se lembraria como ele conseguiu pegar no sono naquela posição, mas antes de dormir ele tinha que dar uma resposta a Rony.

--Rony... A Gina é a minha vida!

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OI!!! Gente! Dois meses depois eu tou de volta com um novo cap... e minha beta esta de volta também!! Uhuuuu!! Brigado rafa!

Para esclarecer a parte que o Harry fala que encontrou a Gina sem saber como fez isso se passa no finalzinho do cap. Dois, lá no começo da fic. E como faz tempo tb, para quem não se lembra o Fred e o Jorge estavam no hospital depois de um ataque de comensais, O Jorge já saiu, mas o Fred ainda esta muito mau e não veio apresentando muitas melhoras ainda.

Sobre o cap.... eu tenho que dizer eu simplesmente adorei escrevê-lo, mesmo sendo tão emocional e sufocante... foi o cap para botar o pontos nos i’s para Rony e Harry... e eu adorei ver os dois meio altos! Foi muito legal escrever a parte do whisky...e a ultima frase do Harry foi perfeita! E eu quero deixar claro que eu não vou desistir nunca dessa fic... e venhamos e convenhamos ela ta até voltando um pouquinho aos eixos... ela já passou mais de seis meses sem atualização, agora ta melhorando e vou tentar sempre que der atualizar isso aqui!

Bem o cap... Hermione conseguiu a primeira horcrux! Aleluia.... agora as coisas vão so de mau a pior talvez... e se lembre que Gina, Neville e Luna não devem estar muito quietos na toca! Vamos ver o que nos traz o próximo cap.! E muito obrigado a todos que votaram, que comentam e aos que não comentam tb, mas que estão sempre por aqui! Muito obrigado
Mil beijos gente e vamos responder os comentários:


yumi Morticia voldemort: Que bom que você conseguiu entender o cap... eu realmente estava com medo que saísse super confuso, mas deu para perceber que aquilo era um sonho... mas as vezes os sonhos nos dão muitas informações importante.

May.Cullen.Potter: caramba é tão legal ter 230 msg!! Muito obrigada may! E não se preocupe tem uma razão para todo aquele sonho e para o snape ter aparecido ali... calma tudo vai se resolver! E muito obrigado pelo seus comentários! Beijão

Malu Potter: brigada pela nota! É sempre bom ouvir isso e nem se preocupe que a fic não vai para não! Beijão!

Gina_: nem deu para sair um cap, antes de começar as aulas, mas eu vou sempre tentar trazer o mais rápido possível os cap... e sobre o snape e sobre aquele sonho... se acalme que quando a poeira baixar talvez o trio comece a achar as respostas!

Prika Potter: Nossa Priscila que bom que vc voltou a comentar!!! E é interessanter ler a fic de novo né? Eu de vez em quando tenho que fazer isso para me lembrar de certo detalhes. Ai esta o cap. 25! Espero que goste!!

laurenita: bem ai esta como o rony salvo a Hermione, mas como ele fez isso vc tem que continuar lendo a fic! Muito obrigado pelo comentário! Beijão

angelita de sousa matos: não se preo, ai esta o cap. Beijão!

Brigado e até o prox. Cap.!

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