Brincando com os sentidos



Gente o cap. ficou tao gigantesco que acabou virando dois caps.! a acao passou toda para o o proximo, mas o romance, para quem gosta... vem sobrando nesse aqui!!!

Ps: nao sei se notaram mais as n/a a parti de agora nao teram mais acento e nem cedilha... mil desculpas gente mas 'e pq no meu pc nao tem mesmo... so sai assim... Ex: s'o, n~ao... e por ai vai!

MAS CHEGA DE FALATORIO, JA VENHO ENROLANDO A TEMPO DEMAIS!!

BOA LEITURA!!
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“leiam primeiro”

--Leiam primeiro? O que diabos Lupin quis dizer com isso? Ler o que? –Rony franziu o cenho e olhou para Hermione.

-- Hei! Olhem! –Harry chamou a atenção para um pequeno ponto preto ao centro que parecia ter surgido de lugar nenhum. Os três amigos assistiram a pequena mancha crescer ate tomar todo o pergaminho.

--Ta parecendo... um pedaço de jornal? –Hermione tentava ler as manchetes que entrava em foco aos poucos. Letras garrafais e fotografias ilustravam a manchete, e logo ficou claro que Lupin havia tirado aquela notícia do profeta diário.

“COMENSAIS NA NOITE DE GODRICS HOLLOWS”

Os três amigos se olharam antes de reiniciar a leitura. Harry tinha que admitir que depois da segunda linha já não conseguia mais captar o conteúdo com perfeição. Frases perdidas pareciam chamar sua atenção. “noite sangrenta na lendária cidade” “ trouxas mortos”... “massacre”... “Perdas inestimáveis para a comunidade bruxa”, “lista de desaparecidos”... “o ministério não se manifestou ainda sobre o ocorrido”... “St. Mungus nega socorro às vítimas por falta de leitos”... “Organização secreta do falecido diretor de Hogwarts, no local...” “comensais interrogados”, “o ministério trabalha para a omissão de fatos a comunidade trouxa...”.

--Tem algo estranho...

--O que Hermione?

--Esta parte aqui... estão vendo? Ela não tem ligação com a próxima linha... —Hermione correu os dedos pelo pergaminho. – Esta aqui também... o assunto não é o mesmo depois da vírgula...

--O que você quer dizer com isso?

--O Lupin... Está cortando a manchete. Não estamos lendo a notícia completa...

--Hermione... provavelmente o jornal só deve estar noticiando isso! Imagina se o Lupin colocasse tudo! Talvez ele esteja apenas tirando o que não é importante!

--Talvez... Harry! – Hermione arregalou os olhos e apontou para uma foto no canto do jornal. Os amigos perceberam que lembrava a entrada do pequeno hotel da cidade, mas estava muito diferente, grande parte da frente da casa estava faltando e havia grandes manchas negras que lembravam sangue por todos os lados. Harry sentiu seu estômago pesar um pouco mais.

--A foto não! Olhe o que esta abaixo dela.

O moreno focou o olhar no que estava escrito, evitando ao máximo repousar os olhos na imagem outra vez.

“Centro do combate, suposto local onde Harry Potter teria sido visto antes de fugir outra vez.”

--Tem mais aqui... –Rony apontava para as últimas estrofes da notícia.

--“Fontes confiáveis confirmam que, de fato Harry Potter se encontrava no local durante a batalha que já é chamada de “a mais sangrenta da nova guerra”. Testemunhas oculares dizem comprovar que o Sr. Potter estaria hospedado em um dos quartos do antigo hotel da cidade, O Drangon Inn, e que por volta das 22 horas foi visto na companhia do jovem Ronald Weasley fugindo do local. Os dois e mais outra conhecida companheira do Menino que sobreviveu, Hermione Granger, estariam desaparecidos à três dias, desde que foram visto pela última vez na residência dos Weasleys. Infelizmente, não se tem notícia do paradeiro da garota. Mas no pronunciamento feito essa manhã, o ministro comentou não acreditar que nenhum dos três jovens estejam mortos. O ministro também afirmou que o ministério da magia está mobilizando toda a conhecida seção B do pelotão dos aurores atrás do Eleito. Testemunhas da batalha, assim como conhecidos relacionados do Sr. Potter estão sendo convocados a depor, em prol de informações que possam levar a pistas de onde Harry Potter estaria escondido e seu atual estado, já que se acredita que ele possa estar precisando de auxílio médico. O novo porta–voz e conselheiro do ministro, Sr. Olney Flint afirma que a busca é para assegurar a proteção do Menino que sobreviveu , já que sua existência é um marco na luta contra o lorde das trevas” –Hermione interrompeu a leitura como se lhe tivesse faltado completamente o ar. Ela levantou os olhos e encontrou os de Rony. Harry percebeu, mesmo ainda encarando a velha folha de pergaminho, que os amigos o estudavam com cautela.

--Seção B? –Harry nem se deu ao trabalho de levantar os olhos. Perguntou quase sem pensar, queria adiar o processamento de todas aquelas informações.

--A seção B é a força especial de investigação do quartel dos aurores. Era responsável pela investigação do caso Sirius Black. –Rony falava meio que mecanicamente. Como se tivesse puxado aquela informação de alguma fonte bem antiga de sua cabeça. –Meu pai comentou uma vez isso comigo. Quin é um dos comandantes... por isso não se preocupe cara! –O ruivo terminou com um sorriso nervoso e a única coisa que Harry conseguiu fazer em resposta foi balançar a cabeça vagarosamente em sinal afirmativo, mostrando que pelo menos havia entendido o que fora dito. –O Sr. Flint o chamou de Lorde das trevas... –Harry falou cheio de sarcasmo. –Que idiota!

Rony e Hermione trocaram olhares preocupados e esperaram em vão por mais alguma reação do amigo, depois, com um movimento de cabeça por parte do ruivo, os dois se afastaram sem comentar nada. Deixando Harry perdido em seu próprio mundo.

O garoto respirou fundo e fechou os olhos. O ministério tinha colocado uma seção inteira atrás dele. Por um momento Harry teve vontade de rir, aquilo só podia ser uma piada... O ministério estava atrás dele, para sua própria segurança! Afinal se preocupavam muito com ele. A prova disso era que o novo conselheiro e porta-voz do ministro era provavelmente pai de um dos mais asquerosos sonserinos que ele conhecia: Marcus Flint e amigo de ninguém mais ninguém menos que Lucio Malfoy! Que estava em Askaban. Por que mesmo? Ah! Por tentar me matar, é claro! –Ele voltou a encarar o papel a sua frente e notou que a notícia antiga tinha sido substituída por uma nova, menor que a primeira, mas com várias fotos ao longo da matéria. Ele piscou umas três vezes até entender o que a principal imagem mostrava enquanto entrava em foco. Ao fim, Harry sentiu o estômago dar um nó e todo o ar esvair-se dos seus pulmões. A foto mostrava ao centro uma garota de cabelos longos sendo escoltada pelos corredores do ministério por dois grandes brutamontes, o preto e branco da imagem não permitia ver as cores, mas na cabeça do garoto, a imagem dos cabelos flamejantes de Gina Weasley entre as paredes frias do ministério fez Harry soltar um grito de dor e varrer o pergaminho longe junto com tudo que estava em cima da mesa.

--Harry! –Hermione e Rony correram em direção ao amigo que parecia completamente fora de si. Harry teve os braços imobilizados por um Rony preocupado que tentava acalmá-lo. Hermione apanhou o pergaminho e olhou para a imagem de Gina sendo escoltada, a garota tampou a boca impedindo uma exclamação e olhou para Rony, que continuava a não entender nada.



--Se eles... Fizerem alguma... Coisa com a Gina... Eu juro que... –Harry respirava pesadamente e entrecortadamente. Parecia não ter mais forças para terminar os próprios pensamentos. O sangue quente voltava a escorrer por suas costas, pelo visto os cortes mais profundos em suas costas haviam sido reabertos. Seu corpo pesou nos braços de Rony que agora não mais o continha, apenas o amparava para que não caísse no chão.

--Gina? O que aconteceu com ela? –Rony olhava para Hermione atrás de explicações.

--Os Weasleys foram chamados para depor! Gina está na foto principal. Na legenda está escrito... “a namorada do eleito”! –Hermione estendeu o pergaminho para o ruivo e voltou as atenções para os cortes reabertos de Harry que agora estava sentado no chão.

--Gina sabe o que vamos fazer Hermione... é minha culpa! E eles sabem sobre ela... Voldemort sabe!

--Harry, não vamos começar de novo... Ela esta em segurança... Eu tenho cert-

--Ela não é a Gina! –Rony falou de supetão após estudar a notícia.

--Hã?

--Vocês não leram o que Lupin escreveu? É a Tonks!

--De novo... Hã?

--Aqui... –Rony apontou para algo escrito no cabeçalho da folha. –O Lupin escreveu... “A Tonks foi no lugar da Gina. Ela nos procurou pedindo ajuda. Está tudo bem com as duas, não se preocupem!” Viram? A Gina não ia ser tão lesa para ir ao ministério... e como a Tonks não sabe os nossos planos... não conseguiram tirar nada dela! –Rony falou com uma nota de orgulho na voz, que foi logo varrido ao ver a cara do amigo. –Você está legal cara?

--Estou ótimo! Eu só me descontrolei... foi só... –O garoto esfregou as mãos umas nas outras esperando em vão que os amigos não notassem que ele tremia.

--Harry, não precisa sentir vergonha por ter se descontrolado... Você gosta dela, é normal! Se fosse comigo e algo acontecesse com... –Hermione parou abruptamente o que estava falando, seu rosto se tingiu de um vermelho forte, sem percebe que atrás dela, Rony exibia os mesmo sintomas. –Bem... Com alguém que eu gostasse muito, eu ia ficar desesperada! Só não queremos que você perca a cabeça... Ou faça algo muito estúpido. Você não esta 100% ainda, por isso, tente relaxar. A Gina sabe o que ela está fazendo!

--Eu sei...

--Por que você não fala com ela? –Rony sentou no chão de frente para o amigo.

--Hã?

--Você ouviu! Ela deve estar tão preocupada com você, como você com ela! –Rony cruzou os braços em desafio.

--Não! Não posso!

--Harry...

--Não Rony! –Harry deu por encerrado o assunto se levantando. Ele fez o caminho para o único quarto da cabana, o mesmo que Hermione tinha se dirigido a meia hora atrás.

O aposento era pequeno, mas confortável. Uma cama de madeira se encontrava ao canto e mais outras duas de armar, menores, estavam dispostas no quarto o deixando quase sem espaço para se movimentar pelo aposento, Todos os pertences dos garotos estavam amontoados em uma pequena mesa de canto. Harry passou pelas camas e puxou sua bolsa, abrindo-a com impaciência. Parou na metade do caminho, sentiu os dedos roçarem a moldura do velho espelho. O garoto continuou nessa posição pelo que pareceu uma eternidade, até que tirou as mãos de perto da abertura e jogou a bolsa longe.

O moreno deitou-se na cama mais dura das três e se pôs a encarar o teto. Ele não soube precisar por quanto tempo ficou ali, apenas estudando o teto da cabana. Só percebeu que já era tarde quando os dois amigos se recolheram para dormir. Harry automaticamente virou para um lado e fingiu estar adormecido, não sabia por que, mas não queria dar a chance aos amigos de voltar aos velhos e torturantes assuntos sobre a guerra. Tornou a se mover novamente quando ouviu os roncos de Rony e algumas palavras sem nexo por parte de Hermione. Com um aceno de varinha, o velho espelho chegou até ele. Colocando o lençol por sua cabeça e murmurando um feitiço silenciador, ele se pôs a encarar o objeto em suas mãos.

--O que você pensa que está fazendo seu idiota? – Foi com esse pensamento que Harry voltou a face espelhada para si e chamou por Gina.

Algo estranho pareceu se alojar na garganta do garoto enquanto ele esperava por resposta, e parecia que a cada segundo que ele continuava a encarar seu próprio rosto, se tornava mais difícil respirar. Por fim, jogou o espelho de lado.

Afinal o que estava pensando? Que Gina estaria vigiando o espelho caso ele chamasse, que ela estaria ali cada vez que ele decidisse chamar? Que em plena madrugada ela estaria acordada para ele?

--Como posso ser tão id—

--Harry?

Naquele momento o coração do garoto falhou uma batida.

--Harry você está aí? Harry?

--Lumus! –O garoto trouxe novamente o espelho para junto de si, e a luz de sua varinha iluminou o rosto sardento de Gina Weasley. Juntando toda a força de vontade que tinha ele sussurrou - Oi...

--Graças a Merlin, Harry... Eu estava desesperada... Você não respondia... Eu te chamei... Tantas vezes... Eu... –Os olhos de Gina brilhavam em contato com a luz. O garoto colou a varinha na face do espelho e as marcas de choro no rosto da garota ficaram visíveis. Sentiu-se péssimo por ter demorado tanto para falar com ela. –Você não respondeu... Eu esperei...

--Hey... Eu estou bem! Estou aqui com você agora!

--Não... não está! Está tão longe como a quatro dias atrás. –Gina enxugou o rosto de novo. E se pôs a encarar o homem a sua frente.

--Hã... Desculpe Gi...

--Por favor, não me assuste mais desse jeito... Eu estava preocupada com você! Eu li o profeta, e Lupin não sabia me responder sobre como você estava depois que Hermione falou comigo!

-Hã? A Hermione falou com você? Quando?

--Pela manhã! Ela chamou por ajuda! Disse que não tinha tempo para explicar mas falou que você não estava bem e pediu para chamar o Lupin, mas antes de falar com ele, ela sumiu, agradecendo o Neville.

--Neville?

--Nem ele sabe o que fez para a Hermione agradecer! Você não sabia que ela tinha falado com a gente? O que exatamente aconteceu com você para a Hermione chamar por ajuda?

--Eu... estou legal agora Gina...

--Não vai contar, não é? –Gina deu um sorriso fraco e passou a encarar algo a seu lado e que Harry não conseguiu ver o que era.

--Você está bem? O Lupin escreveu dizendo que você procurou ajuda... –Harry não conseguia encarar a garota, mudara de assunto e não queria dar a chance dela insistir sobre o que havia acontecido.

--Eu não contei nada para ele se é isso que você quer saber... eu só... –Gina cerrou os olhos.

--EI! Eu não estou preocupado com o que você falou! Estou preocupado com você! Muito até... Droga Gina...

A ruiva parecia ter um nó na garganta. Ela fechou os olhos por um momento, se desfazendo do orgulho que tinha e da máscara de impassível que tinha construído ao longo da conversa. --...Eu estou bem... A Tonks foi no meu lugar, nem a mamãe percebeu! Ela está muito abalada, desde que vocês foram embora... Para falar a verdade a casa esta de cabeça para baixo, no primeiro dia ela ameaçou todo mundo com veritasserum... por isso eu ainda não contei nada ao Neville e a Luna, estou esperando os ânimos se acalmarem... Mas, depois do que aconteceu ontem... com o professor Flitwick e os outros... nem o Jorge voltando para casa aliviou a tensão.

--O que houve com o professor? O que aconteceu Gina?

--Harry você não...

--Gina o que houve?

--...Ele morreu Harry... Na batalha...

Harry sentiu algo estranho arranhar suas entranhas... Podia jurar que se tivesse comido algo durante as últimas horas colocaria para fora. No mesmo momento, várias memórias suas em Hogwarts voltaram, e a imagem do pequeno professor se fez presente em sua mente. Algo doeu em seu peito, e com a dor, o luto tomou conta de Harry. Gina viu as feições do moreno se tornarem frias e distantes à medida que ele absorvia a informação, era como se tornasse um completo estranho para ela.

--Você disse outros...

A garota pareceu despertar dos devaneios ao ouvir a agora distante voz do ex-namorado.

--O Doriesk... Ele morreu no hospital... Estava muito ferido... e não resistiu a viagem de portal...

Nesse instante a luz da varinha de Harry pareceu perder um pouco da intensidade, não a ordenou que ela apagasse, mas ele simplesmente se sentia fraco naquele momento, como se a magia se esvaísse um pouco de dentro dele. A luz parecia agora refletir o seu estado de espírito, pequeno no meio de tantas sombras. Tinha ficado amigo do russo entre o tempo que se hospedara no Largo, o jovem era simpático, tinha um inglês defeituoso que era sempre motivo de graça para o próprio Doriesk, ele era muito bom em combates também. Harry se lembrou do quão próximo do Sr. Weasley o russo havia se tornado, já que também era amante dos estranhos objetos trouxas.

--Quem mais?

--O irmão da Luana também morreu... –A garota chorava abertamente agora, fazia um esforço para continuar falando. --Tinha um nome diferente... Cauã... Eu não o conhecia direito... Sempre estava em missão... A Luana e os pais delas estão inconsoláveis...

Gina não conseguia mais pronunciar nada, e Harry também não insistiu mais. Um silêncio entrecortado pelo choro da ruiva perpassou a incômoda conversar.

--Gina... Eu tenho que...

--Por favor, não vá embora! Deixa-me chorar só hoje... ao teu lado... Não me deixa sozinha de novo... Eu estou tão cansada... de ter que agüentar... Deixa-me dormi contigo... só hoje, me faz companhia! –A garota soluçava, falava devagar e inseguramente.

Harry ao ouvir aquele pedido sentiu-se envolto em algo morno. A vontade de proteger a mulher a sua frente fez as feições contraídas e frias do garoto se desmancharem, a vontade de transpassar aquele vidro que os separavam cresceu e o coração do garoto bateu leve, a dor e o sofrimento da guerra que o incomodasse depois. A única coisa que importava agora era ficar ao lado dela.

-- Eu estou bem aqui... Com você...

A menina a sua frente deu um sorriso singelo. Deitando, enterrou-se em suas cobertas, ela acomodara o espelho ao seu lado apoiado num grande travesseiro. Harry também se preparou para dormi, usando um dos cobertores como base, apoiou o espelho do mesmo jeito, repousou a fraca luz da varinha entre eles. Por um momento ele teve a estranha sensação de estar dividindo a cama com a garota. O ser em seu estômago ronronou satisfeito com esse pensamento. Ele estudou os olhos que o encaravam, parecia estar a poucos centímetros dos dele. Ela tinha os lábios entreabertos e respirava devagar e pesadamente ainda se recuperando do choro, alguns fios de cabelo caíam sobre seu rosto. Harry sentiu a garganta seca enquanto sensações interessantes se apoderavam dele. Seus olhos inconscientemente traçaram um caminho através do rosto da menina, se deteu talvez por um segundo a mais na sua boca, e mesmo com sua razão o proibindo, ele seguiu o desenho do pescoço e chegou até o colo um pouco descoberto da garota. Harry sentiu sua respiração acelerar ao mesmo tempo em que percebia que a respiração dela também estava alterada. Gina, pelo que ele pode ver através do pequeno espelho usava uma camiseta masculina velha e folgada, já que deixava a mostra algumas sardas e a curva de um de seus ombros. Harry não sabia o que havia acontecido, mas não conseguia desviar o olhar, sentiu seu rosto queimar de vergonha, mas mesmo assim parecia hipnotizado. Pegou-se admirando todo pedaço descoberto da pele alva da ruiva, até que com um movimento evasivo, a garota puxou o cobertor cobrindo-a. Harry acordou do transe e automaticamente sentiu nojo de si mesmo. Ele levantou os olhos e viu que a garota mordia o lábio inferior e estava tão vermelha quanto ele.

--Gina me desculpe... Eu

--Não, está tudo bem Harry... Eu só...

--Não, eu... eu não sei o que aconteceu. –O garoto passou os dedos pelo cabelo com impaciência fechando os olhos em sinal de confusão --Me desculpe se pareceu que eu estava olhando... Eu só

--Pareceu? –A garota levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso zombeteiro.

Harry não sabia se aquela risada tinha deixado ele mais nervoso ou relaxado, mas acabou rindo nervosamente também. Gina o estudou por um momento. Ela já não apresentava mais as bochechas vermelhas que ainda eram presentes em Harry. Com um movimento lento, um pouco envergonhado, mas decidido, ela removeu o cobertor.

Harry prendeu a respiração de novo.

Aquilo seria um teste contra seu autocontrole?

O garoto não se atreveu a baixar os olhos de novo, se pôs a encarar quase que exclusivamente os olhos da garota. Ele sentia sua face esquentar quando percebeu que já não tinha controle sobre seu corpo.

--Eu não quero ter vergonha de você Harry...

Aquela frase teve o estranho poder de quebrar alguma barreira entre os dois. Harry sentiu como se a parti dali tinham dado um passo naquela estranha relação. Os dois sabiam que agora era sem volta. Gina pode perceber que agora ele a olhava diferente, continuava a olhá-la nos olhos, mas agora era por escolha e não por limitação. Ele deu um sorriso, que a muito Gina não via em seu rosto, baixou os olhos devagar parecendo apreciá-la. Harry não a invadia como antes, apenas a contemplava, ele não mais corava. Os dois ainda tinham as respirações alteradas, mas aquilo não mais incomodava, era algo natural, que se encaixava perfeitamente ao estado de intimidade que os dois se encontravam. A garota encostou os dedos na superfície fria do vidro. Harry sorriu triste e fez o mesmo. Ele se assustou ao perceber que uma solitária lágrima desceu em seu rosto.

Gina fechou os olhos por um momento. –Desculpe...

--Por que Gina?

--Por ter chorado e por ter sido tão infantil, parecia aquela garotinha que você salvou a cinco anos na câmara. Patético...

--Você pode chorar quantas vezes quiser... E não tem nada de errado com aquela garotinha... Você não precisa sentir vergonha por ter se descontrolado. –Harry se sentiu meio patético repetindo as palavras que Hermione havia falado para ele, já que ele mesmo não havia seguido o conselho da amiga.

O silêncio voltou a reinar no ambiente, mas diferente da primeira vez, esse não era constrangedor. Os dois não precisavam mais de palavras, só a presença já acalmava e entretia. Harry observava Gina fechar os olhos vagarosamente, ela parecia lutar para se manter acordada e continuar com o garoto.

--Harry fala alguma coisa...

--O que você quer que eu fale?

--Qualquer coisa... Não quero dormi agora.

--Você já está praticamente dormindo Gina... Relaxa, eu estou aqui...

--Amanhã você vai ter ido embora, não quero ter que acorda amanhã.

--Shhhh... eu estou aqui agora. –Harry viu o rosto da garota relaxar, em pouco minutos ela já havia adormecido, ressonando baixinho.

O garoto ainda passou um bom tempo velando o sono da garota. E foi com pesar que ele quebrou o contato com o espelho. A imagem da ruiva desapareceu e com ela toda a sensação morna e aconchegante também se foi. A noite já fria de setembro, assim como os dois companheiros de Harry no quarto se fizeram presentes. A guerra estava de volta a sua mente e o próximo passo dos três naquela busca já estava planejado.

--Londres... –Harry encarou a luz de sua varinha por um momento e com um suspiro cansado sentenciou.

–NOX!

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saudacoes do tio sam!!

viu gente? eu ainda estou aqui... apressada com uma crianca no meu colo e com pouquissimo tempo, mas estou aqui.... resumindo estou otima!!!

gostaria de me desculpar por ter sumido.... em todos os sentidos n'e rafa??

pois 'e.... mas eu tou otima!! serio mesmo. A experiencia 'e fantastica!!

sobre o cap... talvez eu tenha me deixado levar pela saudade de quem esta muito longe... mas eu gostei... no original a parte que ele fala com a gina 'e curtissima, mas eu nao ia deixar passar um momento tao fofo e intimo dos dois ne.... eu espero que nao tenha ficado muito na esplicito... eu achei bem sutil.... e so para constar eu nao acho o Harry um santinho que nunca avancou um pouco o sinal com Gina... mas acho que todo mundo sabe que em certos momentos vc nao precisa estar em micro saias e top para deixar a pessoa que vc gosta meio bobo... especialmente quando vc junta saudade... pouca claridade, algo bem comfortavel para se deitar e o principal... o fato de estar perto e tb tao longe!!! ;)

eu nao vou poder agradecer um por um, me desculpem de novo, mas agradeco a todos que comentaram e que leram e que nao me deixaram!

mil beijos e ate depois!

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Comentários (1)

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