No escuro



Sem mais demoras! Boa leitura gente!

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O trio saiu do quarto e se viu no meio a uma confusa realidade. Os garotos não sabiam precisar se os comensais ainda estavam atacando ou se caos que havia se instalado dentro daquele pequeno hotel, era sua conseqüência. Tentaram ficar juntos, mas a tarefa parecia complicada. Hermione foi levada contra a direção dos garotos, fazendo com que Rony fosse atrás dela. Harry, sozinho, desceu as escadas com dificuldade, seu corpo não parecia reagir aos estímulos com completa eficiência, algo limitava seus movimentos, respirando impacientemente e ignorando a dor, pulou os últimos degraus que iam dar na porta principal passando em meio a um pequeno grupo de jovens que iam na mesma direção.

Foi só chegando ao átrio principal que ele viu que a situação já tinha chegado a proporções um pouco maiores que Rony tinha contado. Vários trouxas estavam agora nas mãos dos comensais e o garoto sabia que aquilo era só mais uma provocação, que iria fazer efeito nele a qualquer momento. Ouvindo os gritos ao redor e dando razão agora a sua parte racional, Harry fechou a porta do hotel a enfeitiçando, impedindo varias pessoas de sair e selando com magia todos os hospedes que restavam ali dentro.

Memorizando todas as regras de segurança ensinadas por Olho Tonto, o garoto enfeitiçou as janelas e as restaurou, assistindo com satisfação um feitiço bater no vidro e ricochetear contra o comensal que o havia lançado. Harry estuporou todos que estavam com ele no aposento e os carregou para longe da entrada, fechou todas as portas ao seu redor, fez sumir com todos os objetos pesados e absoletos do aposento e esperou por pouco mais de dois segundos até os amigos apareceram ao seu lado quebrando o silêncio que havia se instalado no aposento.

--O que você fez? –Hermione olhava de saraivada de feitiços que ricocheteavam nas janelas para as varias pessoas, inocentes, desacordadas no canto da sala.

--Selei todo o aposento! Não podemos sair e não podia deixar ninguém sair! Estaríamos muito expostos! Temos que atrair-los para cá... –Harry falava com a respiração cansada sem deixar de olhar para a janela que encontrava a sua frente. Hermione tinha sobressaltos toda vez que um novo feitiço se chocava com a falsa fragilidade do vidro a sua frente e não percebeu a dificuldade do amigo. – O que vocês fizeram? –O garoto olhou de Hermione para Rony na outra janela, que respondeu.

--Primeiro testamos aparatar! Em relação a sair do prédio: Sem sucesso, mas dá para se deslocar por aqui mesmo, então prendemos alguns funcionários na cozinha, consertamos e impermeabilizamos algumas janelas e trancamos todas as pessoas que encontramos em algum canto, a sala de jantar aqui do lado, é aonde tem mais gente! Depois a Mione colocou feitiços anti-aparatação... Por isso acho que o único lugar que restou é o nosso quarto! –Rony voltou a olhar para o lado de fora da casa. –O cara de cobra ainda não mandou seus melhores... Esses caras são muito burros! –Ele analisava com atenção do mesmo jeito que Harry fazia. –Olhem aquele ali, tem uma postura completamente errada de combate. Tonks pegou muito no meu pé por causa disso!

--Aquele cara deve ser canhoto, mas foi educado como destro... Seus feitiços não tem muita precisão. –Hermione agora dividia a janela com Harry, o garoto sorriu ao ver a amiga chegar na mesma conclusão que ele.

--Temos que deixar eles entrarem, não é vantagem sairmos! –O moreno sentiu de novo o incomodo ao falar, mas que desta vez não passou despercebido.

--Harry? –Hermione o olhou com desconfiança, ele logo se voltou de novo para a janela ignorando a preocupação.

--O pó escurecedor é mais eficaz em lugares menores! –Rony, entendendo a mensagem do amigo, retornou ao assunto principal.

--Ficamos com a vantagem. –Harry falou decidido.

--E podemos tentar proteger quem está aqui... –Hermione seguiu o exemplo de Rony, mas continuava a olhar para o moreno o analisando.

--Ganhamos tempo... –Harry se voltou para os amigos, confiante. Pequenas fissuras agora apareciam na janela a sua frente. –Quantas pessoas esse hotel suporta?

--Como você espera que saibamos disso? –Rony indagou já com a varinha em mãos novamente.

--Espera! –Hermione franziu o cenho concentrada. –Ficamos com o ultimo quarto... então... com o máximo de três... mais funcionários... menos o numero de chave no quadro da recepção... horário de chá... Se estiver lotado tem umas 50 pessoas nessa casa Harry, no máximo... e um mínimo de 30 pelo que eu observei por hoje!

--Certo! Como você consegue fazer isso? –Rony olhava para amiga com as sobrancelhas levantadas.

--É só... –Hermione iria começar uma das suas explicações.

--NÃO AGORA! –Harry se abaixou com a amiga na mesma hora que a janela que os dois se encontravam se espatifou, o garoto sentiu uma fisgada incomoda nas costas, mas não reclamou. --Hermione arranje um lugar seguro para essas pessoas e depois você volta para cá!

--Mas Harry... você está... –A garota olhava para o amigo, temerosa.

--FAZ O QUE EU ESTOU TE PEDINDO MIONE!

Harry percebeu que um certo desgosto perpassou o rosto da amiga, mas ela logo saiu correndo e aparatou levando duas pessoas desacordadas com ela.

--Quando quiser! –Rony olhou para amigo protegido pelo seu escudo. Harry retribuía o olhar e também apontava para a porta. O garoto tirou uma pequena quantidade do pó fino que guardava em seus bolsos e esperou. Sentiu sua respiração pesada enquanto o resto das vidraças do aposento estourava a sua volta. Alguns estilhaços cortaram sua pele, mas Harry não deu atenção, tinha que esperar a hora que saberiam que os comensais estivessem ávidos por colocar as mãos neles, que não tivesse mais volta. Ele sabia que o momento que eles estivessem em maior perigo era o momento que eles teriam uma chance de escapar.

Hermione reapareceu mais uma vez e tão rápido como chegou, partiu de novo. Faltava, agora pouca gente ali, mas não havia mais como esperar, os garotos ouviam o baque surdo dos feitiços se chocarem contra a porta. Harry intensificou sua presença, e como se esperasse só por isso, Rony ordenou a abertura da porta.

Por um segundo tudo parou. O estranho zumbido voltou aos ouvidos de Harry enquanto todos se equiparavam. Os garotos viram uns 10 comensais encapuzados a frente. Rony foi o primeiro a quebrar o momento. Seguindo o plano, ele insultava os rivais a sua frente com feitiços perturbadores e sem grandes efeitos. Os comensais, logo caíram na provocação e avançaram confiantes. Harry cobria a visão e chamava a atenção para si, enquanto ouvia Hermione fazer mais uma viagem. Sabia que ele era o alvo, e como esperado um forte ataque chegou contra ele, deixando Rony mais livre para agir.

--PROTEGO! –Harry se defendia. Ao sentir todo o impacto dos feitiços, seu corpo cedeu um pouco, seu músculos reclamaram, mas ele logo se reergueu ao ver a maioria do ataque retornar aos seus agressores.

--Incarcerous! –Cordas que saiam tanto da varinha de Rony quanto depois da de Harry prendiam comensais que viam mais na frente, diminuindo o numero dos que avançavam em suas direções.

--QUANTO MENOS, MELHOR RONY! –Harry gritou em plenos pulmões para o amigo enquanto tentava parar alguns que estavam mais a frente dos demais comensais. Rony rapidamente atendeu e em resposta estuporou três com facilidade. Mas não foi suficiente para impedir que o grande grupo de oponentes adentrassem no aposento.

--ELES VÃO COMEÇAR A AVANÇAR MAIS RAPIDO AGORA! –Rony gritando, olhou para o amigo, e com um estalo os dois se juntaram no centro, do agora destruído, hall de entrada. Mal eles assumiram tal posição, para que vários bruxos, que haviam entrado na área do hotel, aparatassem tomando os seus lugares no salão e os fechando em uma cilada.

--Achava que seria fácil assim Potter? –Uma voz metalizada se fez presente com uma calma que tirava o garoto do serio. Os comensais pareciam apreciar suas presas aparentemente encurraladas. Rony protegia todo o seu raio de defesa nervosamente, enquanto Harry olhava para todos a sua volta com a varinha em riste.

--Não... Na verdade está sendo um pouco mais fácil do que pensei! –O moreno abriu um sorriso cínico enquanto apertava o punho esquerdo, ao mesmo tempo em que Hermione se materializa entre os dois amigos. –AGORA!

Harry teve a estranha impressão que em vez de tudo escurecer, um grande clarão encheu seus olhos. A sensação era diferente, parecia que uma luz intensa saia diretamente de suas retinas, e o guiava na escuridão imperturbável do pó instantâneo do Peru, que aliás, estava realizando seu trabalho perfeitamente, assim como a nova invenção dos gêmeos. Os olhos de gatos lhe davam uma visão clara e uma percepção de profundidade e movimentos impressionantes, facilitando a percepção da execução de feitiços por parte de seus oponentes, O garoto via os comensais lançando feitiços as cegas enquanto Rony e Hermione se esquivavam, e conjuravam cordas que os prendiam sem chance de escapar. Se não fosse pelo momento, Harry se divertiria com aquelas invenções. Ele estuporou um comensal particularmente problemático que acertara um braço de Hermione enquanto lançava feitiços sem propósito. O garoto chegou a provocá-lo, aparatando e perturbando-o, mas resolveu imobiliza-lo depois de perceber os olhos severamente felinos de Hermione o reprimindo. Sem dificuldade em seguida estuporou outros três comensais. A tática era simples: desarmar, imobilizar e afasta-los do caminho. O trio seguia o básico das milhares de táticas passadas durante aquele mês de treinamentos ocorridos na Ordem. Com os sentidos aumentados, o trio se reunia no centro do aposento a cada novo turno de ataques, alternando as posições para maior confusão dos oponentes, que agora pareciam querer escapar.

--Você está bem Hermione? –Harry segurou no braço da amiga obrigando a encará-lo, assim, podendo usar Legilimens.

A amiga afirmou rapidamente com a cabeça enquanto acertava um comensal nas costas de Harry.

O trio, arfante, permaneceu junto ao centro esperando alguma reação por parte do inimigo. O suspense por uma volta a combate mantinha os em posição, mesmo protegidos pela escuridão inalterável. Harry sentia agora, com a baixa gradual de adrenalina, todo o seu corpo reclamar! Suas costas rasgarem a cada mínimo movimento de respiração. Ele então tomou consciência do sangue quente que escorria, estava ferido, e a causa dos ferimentos ainda torturava sua pele. Impedindo o lamento de dor que chegou a sua boca, Harry voltou a atenção aos seus amigos. Hermione e Rony olhavam o aposento com a expressão aterrorizada. O garoto fez o mesmo e tomou consciência dos que estavam caídos ao chão. A maioria dos comensais, na verdade não haviam sido derrotados por eles, e sim pelos próprios aliados. Muitos tinham aquele olhar sem expressão que Harry conhecia. Olhos vazios de quem havia sido atingido pela pior das maldiçoes, mascaras destruídas e rostos miseráveis haviam sido revelados. Algo revirou dentro das entranhas do garoto, sentiu a varinha afrouxar em suas mãos.

--Harry, temos que sair daqui! – Rony tinha a voz meio falha e segurava os ombros de Hermione protetoramente.

--Certo! –O garoto evitando olhar para o chão, conjurou cordas, prendendo todos os desacordados. –A escuridão está passando e se ficarmos aqui não tardaram a chegar outros. –Harry seguiu para a rua com cautela, sinalizando para os amigos na direção da mureta de pedra da propriedade. Os três se escoraram ali. Feitiços iluminavam a noite fria.

--O que vamos fazer? –Hermione perguntava enquanto tentava ver o que ocorria na rua.

--Eu não sei... Fugir! Sair daqui!

Harry também olhou para a rua, onde agora poucos comensais duelavam.

--Há poucos deles... Estão duelando com alguém!

--O ministério está aqui... –Rony tentava identificar alguém

--Ou a Ordem... –Hermione completou o amigo

--Ou os dois! –Rony finalizou.

--É mais nenhum dos dois podem encontrar a gente! Escutem, temos que pegar nossas coisas e aparatar daqui. –As vozes dos amigos era muitas vezes abafados peo som dos duelos.

--Eu vou Harry! –Hermione sumiu no mesmo segundo que terminara a frase deixando Rony e Harry sozinhos.

Os amigos se olhavam como se esperassem por instruções. Quando um estrondo abriu um buraco a poucos metros dos garotos. Eles não precisaram olhar para trás, para perceberem que um duelo acontecia ali, estavam descobertos, e em total concordância correram abaixados na direção contraria. Harry respirava com certa dificuldade, olhava sem realmente registrar a luta travada do outro lado da mureta. Os dois amigos corriam em paralelo com os duelos.

Uma grande explosão de feitiços estourou próxima e o moreno congelou quando viu um feixe de luz ricocheteada atingir o ruivo a sua frente. Rony caiu de bruços no caminho de pedra por onde passavam. Harry sentiu todo o ar escapar de seus pulmões, não se lembrava de quanto tempo demorou até alcançar o amigo e quando o fez, abaixou-se por instintos, encobrindo Rony enquanto outros tantos raios de luz passavam por eles. Harry tinha a respiração pesada, seus batimentos estavam acelerados, suas mãos tremiam violentamente, mas ele não registrava nada disso no momento, Ele virou o amigo fazendo-o ficar de frente.

--RONY FALA COMIGO CARA!

--Eu... –Rony respirava com dificuldade. –Eu tou legal... Meu braço... ele...

--Vem! Eu vou tirar você daqui!

--Não! Harry... A Hermione... Ela não sabe onde a gente tá! VAI BUSCÁ-LA!

--Não! Vamos sair daqui primeiro! –Harry ajudou o amigo a se levantar, Rony parecia se apoiar em apenas um pé.

--Estamos descobertos vamos sair daqui! –Os dois se deslocaram até uma arvore grande e sem conseguir andar mais, eles sentaram.

--Já tivemos esconderijos melhores do que esse! Anda vai atrás da Mione! –Rony empurrou Harry enquanto apertava a varinha em sua mão.

--Ela vai sentir onde estamos! Ela vai nos achar! Ela vai... – Harry olhava em todas as direções a procura da amiga. O garoto não conseguia escutar nada muito claramente, vozes e gritos ao longe chegavam aos seus ouvidos de forma abafada. Ele olhava para o centro da rua mais a frente onde se desenrolava os duelos, mas não sabia identificar no momento muitas pessoas, e do lugar que ele estava a visão não era muito privilegiada. Percebia que os feitiços haviam diminuído, os duelos deviam estar chegando ao final. A vontade de ajudar crescia, mas a prudência o mandava ficar onde estava.

--Harry tem alguma coisa errada, a Hermione ainda está na área do hotel! A presença dela não... Algo pode ter acontecido com ela. Precisamos voltar! –Rony se apoiava com sofreguidão na árvore.

--Rony fica aí! Eu vou... Só fique aí! Não se mexa, entendeu? –Harry andava meio inseguro, não queria deixar o amigo sozinho, mas também sentia que algo poderia estar acontecendo com Hermione. Ele corria sem se preocupar com a segurança, percebia que as ruas estavam ficando silenciosas, algumas vultos passavam por ele, correndo na direção contraria. Alguns barulhos de explosão chegavam ao seu ouvido, ele via agora o hotel, sabia que Hermione estava lá ou por ali por perto, mas um grito aterrorizador a sua direita trouxe a sua atenção. O garoto freou ruidosamente. Alguém estava ali perto correndo perigo, olhou em volta e o grito voltou junto com uma risada sádica.

Harry sacou sua varinha e caminhou junto as grades das casas cautelosamente. Podia ver mais a frente alguém ao chão, seu agressor estava nas sombras, mas ele conseguia o ver com perfeição.

--Nãooo... Por favor, pare... –Alguém implorava entre gemidos de dor, e Harry reconhecia aquela voz.

--Fraco... Você não faz jus a sua família, Weasley! CRUCIO!

--Expelliamus! –Harry gritou de imediato e o bruxo com um movimento rápido conjurou um escudo, virando-se graciosamente em direção ao garoto.

--Potter... Que honra! –O bruxo fez uma exagerada reverência e Harry viu que a voz pertencia a uma mulher. Ele se posicionou para o duelo sendo imitado pela bruxa a sua frente.

--Parece muito ferido pra um duelo, não acha? –Ela avançou em direção ao garoto, produzindo um feixe roxo que cortou a distancia entre o dois e explodiu na parede a sua frente.

Harry aparatou em suas costas e segurou a pelo pescoço por trás. –Pelo visto eu estou ótimo! Impedimenta!

A comensal caiu no chão a alguns metros de onde se encontrava originalmente, ela se reerguia com difuculdade, seus cabelos agora caiam em desalinho por todo o seu rosto. Harry limpou a boca suja de sangue, estrago feito no primeiro ataque da comensal e avançou contra ela com um chute, fazendo a bruxa voltar ao chão e impedindo a de recuperar a varinha . O garoto a pegando, apontou as duas para a sua inimiga.

--Incrível... Muito mais do que Bella contou! –A mulher não dava sinais de temor, nem quando Harry, ao ouvir o nome da assassina de seu padrinho, quebrou a varinha da mão esquerda e acertou um murro em seu olho, abrindo o supercílio.

--QUEM É VOCÊ? –Harry a segurou pelas vestes. A bruxa ria de forma sádica.

--Não terá sua resposta gatinho...

--Estupefasa! –O garoto, indiferente, soltou a comensal, agora inconsciente, no chão e se levantou.

--Harry...

--Você está bem? –Harry virou-se para o homem a sua frente, que sinalizou afirmativamente. --O que faz aqui? –O moreno olhou para Percy de forma direta. O ruivo pareceu querer responder, mas não teve tempo.

--HARRY! FIQUE ONDE ESTÁ! –Os dois jovens olharam para o outro lado da rua. Um grupo de bruxos vinha na direção deles com pressa e ninguém mais, ninguém menos do que o ministro da magia vinha à frente. Ele olhou para Percy seriamente e maneou negativamente a cabeça. Pensou seriamente em aparatar dali, mas algo em sua cabeça o perturbava, dizendo que não seria preciso. E em menos de um segundo ele notou o porquê daquela sensação. Abriu um sorriso divertido, deixando Percy sem entender.

--Harry! Você vem conosco! –Scrimgeour chegava a frente do garoto respirando com dificuldade, parecia ter corrido uma grande distancia. Harry percebeu que o ministério estava mais magro e cansado do que antes, seu cabelo de juba parecia cada vez mais desalinhado e dava uma expressão ainda maior de louco.

--Desculpe-me ministro, mas recuso o seu convite!

--Posso acrescentar garoto, que isso pode não ser apenas um convite.

--Pretendo usar seu poder para me obrigar a ir com o senhor, ministro? –Harry soltou o ar pelo nariz de forma divertida.

--Apenas... Apenas venha comigo... Precisamos conversar! –Rufos parecia desconfortável.

--Me desculpe, mas preciso achar meus amigos! –O moreno olhou rapidamente para o céu nesse momento, mas logo voltou a se concentrar na pessoa a sua frente. –Eu entendo sua real preocupação comigo, senhor ministro! Mas eu tenho que ir saindo agora se você me der licença... –Harry fez uma meia reverência para o homem a sua frente de forma irônica, mas não saiu do lugar.

Rufos esperou por um momento o garoto se mover, mas Harry continuava parecer esperar por algo.

--Escute... –Scrimgeour quis retornar de onde havia parado, mas um silvo fino de algo que cortava o ar chegou aos ouvidos de todos. Dois borrões apareceram voando baixo pela extensão da rua, levantando as folhas caídas das arvores. Harry se virou em direção as vassouras que chegavam cada vez mais perto, guardando a varinha, o garoto agarrou na calda da Nimbus de Hermione, e com um puxão que quase o fez soltar ele foi levado, não antes de ouvir um Rufus estarrecido gritar que ele era louco.

Harry tinha o corpo pendurado, enquanto Hermione voava sem muita precisão. Ele balançava a medida que a garota, nervosa, ganhava altura. Harry tinha noção que voar nunca tinha sido o forte da amiga e parecia que aquelas “condições adversas” estavam a deixando sem controle nenhum da situação.

--HERMIONE, MANTENHA A CALMA! –Harry gritava realmente apavorado pela possibilidade de despencar daquela altura. A vassoura agora tremia em espasmos enquanto a amiga gritava. Ele sentia os cortes nas costas aprofundarem devido o esforço.

--NÓS VAMOS CAIR! ELA TÁ COM DEFEITO!

--ELA NÃO ESTÁ COM DEFEITO! VOCÊ SÓ PRECISA TER CONFIANÇA NELA MIONE! –Harry sentiu um solavanco e a vassoura baixou uns dois metros de uma vez. Um estalo no braço fez Harry gritar de dor, fazendo Hermione entrar em desespero.

--HARRY!

O garoto olhou, com a visão turvada pela dor, para baixo e viu Rony sobrevoar logo abaixo dele. O garoto assumia uma posição estranha na vassoura, não apoiavas as mãos no cabo da vassoura, uma parecia presa ao corpo e a outra segurava, para a alegria de Harry, a firebolt.

--HERMIONE DIMINUA! DEVAGAR! –Rony falava alto, mas de forma paciente para a garota.

--EU IREI CAIR!

--ISSO NÃO É UM AVIÃO HERMIONE, VOCÊ PODE PARAR, QUE A VASSOURA NÃO VAI CAIR! VOCÊ VAI CONSEGUIR É SÓ MANTER A CALMA! –Harry gritava para se fazer ouvido, mas tinha uma calma irreal em sua voz, ele segurava com sofreguidão, sentia que seus sentidos estavam enfraquecendo.

--ISSO MIONE, DIMINUA UM POUCO MAIS, VOCÊ ESTÁ MUITO RÁPIDA. BOM, MAIS... AGORA PARE COM CALMA! –Rony sobrevoava logo abaixo dos dois, passando as intruções. Harry sentia seus braços afrouxarem perigosamente enquanto Hermione parava devagar.

Rony chegou bem perto do amigo e prumou a firebolt ao seu lado. Harry esticou as pernas com dificuldade, mas alcançando o cabo da sua vassoura, ele soltou a Nimbus da amiga. A firebolt desceu um pouco, mas logo Harry voltou a altura do amigo.

--Obrigado gente!

--O Scrimgeour tem um pouco de razão sabe? A gente é
meio louco! –Rony apoiou um dos braços e voltou a correr, Harry o seguiu e Hermione foi atrás.

--Precisamos de algum lugar por perto! –Hermione emparelhou com Harry.

--Vamos para a colina! –O garoto apontou para baixo, onde a escuridão do bosque se fazia presente. O trio desceu devagar, tomando cuidado com as arvores, Harry agradeceu mentalmente por ainda estar com as lentes. Se não, as chances voar ali seriam completamente nulas. Os três voavam com cautela na mesma direção que tomaram pela manhã. Rony apontou, depois de pouco tempo, as ruínas da casa. Os três pousaram e atravessaram o terreno com dificuldade, a única que andava sem maiores problemas era Hermione, fazendo que ela ajudasse os outros dois. Harry correu em direção ao alçapão pisando com força no chão mais uma vez. Ele localizou a fechadura e os três praticamente se jogaram para dentro do buraco no chão.

--Lumus! –Hermione apontava a varinha para todos os cantos, o pequeno ponto de luz tremia violentamente. Rony havia se jogado no chão, sua respiração acelerada se fazendo sonora. Harry apoiou o braço não machucado na parede. Se sentia completamente acesso devido a adrenalina das ultimas horas, sua musculatura estava tensa e o corpo quente, mas aquela sensação não tardaria a passar. Ele levantou o rosto e percebeu a visão turvar. Junto com isso vieram as dores, os cortes, o sangue, ou talvez a falta dele, constatou Harry. Sentindo as pernas fraquejarem, ele colocou mais força no seu apoio.

--Estamos todos vivos não estamos? –Hermione deu um sorriso nervoso e olhou de Rony para Harry. –Harry? Harry?

O garoto percebeu a visão enegrecer por completo agora, sentiu quando suas pernas não o sustentaram mais. Alguém chamava por ele ao longe.

--HARRY!


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Estou de volta gente! Pedindo novamente desculpas pelo atraso, quase que eu completo um mês sem atualizar, cruz credo ¬¬

Eu realmente espero que gostem desse cap. até por que é algo completamnte novo para mim escrever em ritmo acelerado! ^-^

E implorem que comentem bem muito! Mês passado eu estava um pilha e toda vez que eu chegava aqui na floreios e via um comentario novo, chega ficava mais leve! Eu tou falando serio foi mó barra esse mês!

Sobre o cap.:

Espero que eu tenha conseguido passar o amadurecimento do trio em combate, acho interessante eles ultrapassarem a parte do improviso e começaram a ser mais taticos... se vcs entende o que eu quero dizer, parece pra mim nesse cap. que os treinamentos da Ordem resolveram mais do que muitos anos de aulas de DCTA! E essa é realmente a intenção ^-^

E vocês achavam que só teria personagem novos, do lado do bem é? Agora com parte da antigos servos ainda presos, estava na hora de voldie mostrar seus novos recrutamentos! ; )

Como eu disse, esse é o ultimo cap. antes do livro! Desejo a todos que vão ler o livro em Inglês, como eu, uma maravilhosa leitura! e que não me deixem a ver navios -_-
mil beijos!

É ISSO... COMENTEM, POR FAVOR!!

Eu infelizmente, agora como de praxe, estou com muita pressa, e não poderei agradecer e responder os e-mail separadamente, no proximo eu volto ao normal! prometo!

Então, um muito obrigado e muitos beijos para:
Hellzita, Larissa Manhães, Gina_, Priscila Bananinha, #Belle Sarmanho# , Amanda(muito bem vinda! espero que goste dos proximos cap.!), *♥*Naty L. Potter*♥*, Ginny_Weasley_Potter, Raissa1910, Ann Ross, A Ray Lestrangeღ e finalmente ao meu amor: paulo rob. (te amo bobo! e muito obrigado por tudo viu? iejob!)

Mil beijos a todos que acompanham a minha fic, mas que não comentam, muito obrigada!

Até depois!

Compartilhe!

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