Esperança



Harry mal acreditara, bastara ter fechado os olhos para já pedirem para ele levantar, estava morrendo de sono, mas mesmo assim levantou a contra gosto, Rony terminava de colocar a blusa.
--Que horas você foi dormir ontem? Onde você estava?
--Eu fiquei um tempo na cozinha!
--Hã... Minha irmã não estava com você, estava? ...Digo... Esse tempo todo? –Rony queria parecer sério, mas estava um pouco sem jeito de fazer essa pergunta.
--Não! Eu só subi bem depois dela, não consegui dormir, então fiquei por lá, para não incomodar.
--Eu acho que você levou a sugestão da minha mãe de descansar pelas avessas.
--Eu não consegui dormir, foi só! –falou Harry meio irritado pelo sono.
--É... Minha irmã é fogo, hein? –Disse rindo
--RONY! Por favor, não queira que eu apele para a SUA vida sentimental.
--Ta, To saindo... To saindo!
Ontem a noite foi agitada, pelo menos na cabeça de Harry, tudo que houve entre ele e a ruiva não parava de assolar seus pensamentos, já era muita coisa em uma noite só para quem queria distância dela, revisara varias vezes o que foi falado durante a noite. O que Dumbledore havia deixado para ele? Nunca imaginava que isso poderia acontecer, a sua curiosidade sobre o testamento aumentou. O que o professor daria a ele? O que esperar? Agora tinha as reuniões da Ordem, queria saber o que estava acontecendo afinal... Também pensara sobre o que havia acontecido com Hermione, não que algo acontecera de fato, mas poderia, tinha sido tão burro... Mas... Como poderia viver se não tivesse amigos? Como poderia passar a vida sem se aproximar de ninguém? Porque isso tinha que acontecer com ele, o que ele tinha feito? ... Nasci, literalmente! Pensou, era esse seu erro! Não ia mentir dizendo que preferia ficar sozinho, queria ficar com seus amigos e acreditar, confiar no que todos diziam sobre ajudar ele e que ele não tinha que fazer isso sozinho, mas o medo de acontecer algo àquelas pessoas era grande demais. Não iria suportar mais perder ninguém, não podia perder mais ninguém, sabia que os outros iriam fazer de tudo para enfrentar tudo com ele, mas...
--Eles não podem ir comigo...
--Acho que isso, meu rapaz... É um direito de escolha deles!
Harry se assustou (apesar de não ter demonstrar), com a interrupção de seus pensamentos. Olhou para o quadro.
--É incrível a sua habilidade de se fazer presente quando sua presença não foi requisitada, Fineus!
--Eu não preciso de convite a assuntos que são expostos em minha casa.
--Esta casa não é mais sua nem de sua gloriosa família, ela é minha!
--Mas eu continuo aqui, não continuo? E você não vai me tirar daqui, meu caro... Mas, voltando ao fato exposto por você, parece que sua arrogância e imprudência colocaram seus amigos em um grande perigo desnecessário!
--Cale a boca! Isso não é verdade! – Harry se pôs em frente ao quadro para encará-lo com raiva.
--É claro que é! Você mesmo disse isso ontem, admita! Você é perigoso, e Dumbledore se foi justamente por causa disso, por se aproximar de você! Não vai querer mais isso, certo?
-- CALE A BOCA! – Harry não queria mais ouvir. Bateu com as mãos na parede em volta do quadro quando algo estranho aconteceu. Foi só impressão ou o quadro tremera?
--O que você fez? – Fineus indagou assustado, percebendo também o tremor.
-- Eu... Não sei... – Harry aproximou do quadro e o puxou cuidadosamente da parede, sentiu certa relutância, mas não parecia mais tão firme quanto antes.
--Certo... Isso é novidade para mim, você não está mais tão fixo a parede, o que aconteceu?
Harry não ouviu resposta, o quadro estava negro de novo, provavelmente Fineus tinha ido para seu outro quadro em Hogwarts, deixando o garoto sem uma explicação plausível. Olhou de volta para o quarto. Agora que parava para pensar, porque o quarto está com uma aparência mais limpa? A Sra. Weasley tinha tentado limpa-lo diversas vezes, mas continuava do mesmo jeito. Porque só agora ela havia conseguido algum efeito? Pegou um dos seus cadernos, rasgou uma folha e a jogou na lixeira que estava de baixo da escrivaninha. Esperou um pouco, ela não deu sinal de indignação e não regurgitou o papel... Talvez algo mais nojento, pensou. Abriu a gaiola de Edwiges tirando algumas titicas e jogou também... Nada!
--Certo... Isso também é novidade!
--Harry, você não vem mais? Já é hora do almoço! Estou com fome, cara! – Rony entrara novamente no quarto segurando a porta.
--A lixeira não regurgita mais!
--Hã?
-- A lixeira! Ela acabou de aceitar a titica de Edwiges!
--Certo... Eu perdi alguma coisa... Do que estamos falando? –Rony olhava para Harry com a testa franzida como se Harry não estivesse falando coisa com coisa.
--A lixeira! Acorda Rony! Ela não regurgita mais!
-- A mamãe deve ter dado um jeito nela... Mas se você quiser, eu posso fazer-la regurgitar de novo!
-- AH! Esquece, vamos comer! –Parecia que ele realmente não estivesse falando coisa com coisa. Talvez fosse a fome, seu estômago acabara de se manifestar incrivelmente alto, talvez fosse o eco da sala, pensou tentando amenizar.
-- Estão te esperando na cozinha! Tem até gente hoje, esperando para ver você! –Rony completava andando depressa, provavelmente tão faminto quanto ele.
Harry esqueceu momentaneamente de tudo pela ansiedade de rever Lupin, Tonks, Moody e todos os Weasleys, apesar de não saber se iriam estar todos lá. Ao entrar na cozinha não pode deixar de dar um grande sorriso. Lupin estava mais na frente e logo o abraçou, mal tinha entrado na cozinha.
--Bem vindo a sua casa garoto! –Lupin falou de forma calorosa ao solta-lo.
Logo um grupo estava reunido junto ele. Via Tonks sorridente com seus cabelos rosa choque capaz de cegar qualquer um, Fleur que não parava de dizer que estava com saudades e mais algumas coisas em francês que ele não conseguia entender, ao lado de Gui (com uma aparência bem lupina, diga-se de passagem), um pouco mais atrás, estavam parados algumas outras pessoas, entre elas o Sr. Weasley com Olho-tonto, Carlinhos, o prof. Flitwick, a Sra. Weasley, Gina e uma garota (muito bonita por sinal) familiar que sorria encabulada para ele.
--Olá Harry! Como você está? – O Sr.Weasley se aproximava.
--Estou bem! Obrigado. –Harry sorria de orelha a orelha, era muito bom estar em volta de todas aquelas pessoas. Olho-Tonto olhava para ele, enquanto seu olho mágico rodava por toda a sala. Carlinhos apertou sua mão e junto com Gina o conduziu à mesa, a menina que Harry não conhecia não saia do lado de Gina e não parava de olhar para ele, e varias pessoas desconhecidas foram se juntando a ele ou se acomodando em varias partes da cozinha, todos faziam uma meia reverencia a Harry, mas continuavam calados contrastando com os outros que falavam agitados e no caso de Fleur dava pulinhos de alegria.
--Agorra non falta quarse nada pro nosso casorrioo! –Fleur falava olhando para Gui que sorria ao lado dela enquanto ela depositava a mão no ombro de Harry
--Falta Hermione! –Rony falou num impulso e numa seriedade que Harry estranhou tanta lucidez da parte dele já que estava perto de Fleur, mas Rony não parecia mais atordoado e abasbacado na presença da futura cunhada, ele simplesmente sorriu ao ver que Fleur concordara e se sentou conversando com o pai e um jovem de feições asiáticas.
--Ah! Arry, você se lembar da minha irma? Gabrielle? Ela non está linnda?
Harry se engasgou com o suco que acabara de levar a boca ao ver a menina e constatar que aquela garota que não parava de olhar em direção a ele era a mesma menina que ele havia salvado no lago há quase três anos atrás, e que havia crescido um bocado e estava tão... tão...alguma coisa que ele não sabia dizer.
--ah...hã...olá Gabrielle! Eu não te reconheci!
--Olá Arry! –ela sorriu, e relaxou um pouco os ombros, Harry se pegou pensando como os lábios dela pareciam tão bonitos e seus movimentos tão delicados, e era até bonitinho ser chamado de Arry por ela, sorriu meio abobalhado e seu olhar encontrou com o de Gina, que olhava para ele com um ar de curiosidade e deboche, parecia que alguém havia sacudido sua cabeça e tudo voltou ao ar, parecia ter acordado de um transe. Continuava a encará-la, e não conseguia passar um semblante de quem pede desculpas, era por Gina que estava hipnotizado, era por aquela ruiva que sorria abobado e não sabia como evitá-la. Como pode agir daquele jeito? Olhou de novo para Gabrielle que ainda sorria para ele sem encostar na comida e não viu nada de tão extraordinário, ela era linda mas alguma coisa tinha perdido pelo menos, momentaneamente, o brilho e parecia ter voltado ao normal. Olhou de esguelha para Gina, que logo fingiu não estar olhando, mas sorria fazendo-o retribuir o sorriso; ela o levava no papo. Como é que conseguia? Ela tinha completo domínio da situação. Harry começou a pensar que isso podia se tornar perigoso, era capaz de tudo que Gina pedisse ou até mandasse ele faria como um cachorrinho, ou pior, o convencesse a levá-la com ele, isso não, isso não poderia acontecer!
--E então! Como você está? –Lupin interrompeu os pensamentos de Harry sentando ao lado dele. Ele deu graças por não ter que olhar para as duas garotas a sua frente.
--Ah! Estou bem, meio curioso sobre o que está acontecendo por aqui, mas bem! –Harry estava feliz em ver Lupin, ele ainda parecia cansado e mais esfarrapado que de costume, mas parecia ter rejuvenescido muitos anos, afinal estava com uma aparência serena e feliz, como ele nunca tinha visto. Tonks estava mais atrás, conversando animada com Fleur e a Sra. Weasley, uma cena estranha diria Harry há uns três meses atrás, mas que agora parecia muito espontânea e bem-vinda. Olhou de novo para Lupin que acompanhava o olhar do garoto.
--Ela te faz muito bem... Dumbledore tinha razão... Deveria ter sempre espaço para muito amor neste mundo.
--Deveria fazer o mesmo, já que concorda com palavras tão sabias... –Lupin repousou um dos braços que parecia bem ferido no ombro direito de Harry e olhou de esguelha na direção de Gina que ria na companhia de Gui. Harry simplesmente fechou os olhos por um momento e os abriu de novo encarando o amigo que entendeu e sorriu encerrando aquele assunto.
--Já deve estar sabendo de muitas coisas que estão acontecendo por aqui! Eu particularmente não acredito que vocês três (fez sinal com a cabeça para trás indicando Rony e de lado, para Gina) tenham encerrado a conversa depois que Molly mandou os três para cama, principalmente sabendo das possibilidades dos três se encontrarem sem que atravessem nenhuma porta, coisa que Molly desconhece. –Lupin deu um sorriso e piscou para Harry, não negando seu passado maroto.
--Achei que tinha esquecido das boas e velhas malandragens, Remo! –Harry cruzou os braços fazendo cara de falso deboche.
--Coisas assim nunca se esquecem, apenas guardamos para as horas certas... E talvez para pedidos de ruivas, coisa que é impossível negar... Thiago!
Harry foi desarmado, mas logo sorriu ao ver que Lupin tinha uma expressão meio saudosista.
--Seu pai me falou essa mesma frase de um jeito muito parecido também. Quando tinha a sua idade, ele reclamava que eu estava mais cauteloso e menos propenso às loucuras desde que me tornara monitor. Eu respondi do mesmo jeito, como disse agora. Depois que sua mãe e seu pai precisaram de uma mãozinha para se acertar, mas juro que só me meti depois que sua mãe me pediu ajuda. Conversávamos muito. Aproximei-me bastante dela quando fomos escolhidos monitores. Então, houve um dia em que ela baixou a retaguarda e pediu ajuda. Ela teimava em fazer as coisas sozinhas... -Harry sorriu e Lupin percebendo, foi logo cortando a felicidade do garoto - Não pense que era para se declarar para seu pai, muito pelo contrário. Tiago tinha feito uma das suas e tinha colocado quase tudo a perder com sua mãe, mais uma das suas idéias mirabolantes de se declarar pela enésima vez para ela que foi por água abaixo. Nessa, ele quase que morre e sua mãe então pediu encarecidamente a mim, que a ajudasse, pondo um fim na loucura do meu amigo. Bem, ela não especificou de que jeito ela quis o final e eu com ajuda de seu padrinho e de Pedro (argh!)... Ajeitamos um final mais simples que conseguimos, que era os dois juntos, apesar de sua mãe negar. Lupin contemplava o nada como uma cara nostálgica, mas logo virou para Harry que ainda sorria muito.
--Há muita coisa que eu não faço nem idéia sobre meus pais, coisas que eu nunca poderei sequer imaginar...
--É muito triste saber que passei tanto tempo com seus pais e você tão pouco.
--Sirius lamentava isso também – Harry estava ficando muito triste com aquela conversa. Lembrar dos pais, do padrinho e depois ficar lamentando, não era nada agradável com o que tava acontecendo, era quase como pedir para se lembrar de Voldemort. Não que não pensasse nele o tempo todo, mas talvez com mais intensidade e raiva se fosse possível.
--Não ocupe seus pensamentos com ele quando não precisa, atenha-se a sentimentos bons em relação a sua família, você precisa acalmar seu íntimo. Lembre do que Dumbledore lhe ensinou.
Harry assentiu com a cabeça, disposto a mudar de assunto, coisa que Lupin mesmo fez.
--Vim para perguntar e lhe informar o que aconteceu enquanto você estava na casa dos seus tios, mas acho que algumas “surpresas”, seus amigos já contaram!
--Sei que estou na Ordem junto com a Mione, Rony, Gina e Neville, sei do fato do reality show que estão fazendo sobre mim e meus amigos... -Harry riu da própria piada, deixando Lupin sem entender o que ele quis dizer. –Esquece... moda de trouxa! Quis dizer que estou sabendo que vocês continuam vigiando a mim e a meus amigos, mas não estou chateado. Soube também o que houve nos arredores da casa da Mione!
--Ah! Acredito que você não podia pensar diferente, certo, garoto?
--Não imaginei que... Nada, nem parei para pensar!...Sei do testamento de Dumbledore.
--Sobre isso não posso te falar mais afundo. Minerva foi nomeada a voz do testamento, só ela pode te dizer que o há exatamente nele e, apenas o que for dirigido a você ou o que lhe cabe saber. De acordo com o que foi escrito, sabemos só o geral, e o que, claro, foi destinado a cada um de nós particularmente. Sei que ele doou seus livros e trabalhos acadêmicos à biblioteca de Hogwarts com exceção de um que foi destinado ao St. Mungus, outra coisa foi as medidas que ele deixou em curto prazo para Ordem, como vocês entrarem para a sociedade e a volta para esta casa como prioridade e para segurança... O que mais?! ... O pedido de revisão sobre a proteção que todos já cuidamos, como a mudança do fiel segredo para Moody e outros feitiços que se foi com diretor... É completamente seguro aqui. –disse isso abrindo os braços para mostrar o redor. Harry notou que a cozinha já não estava tão cheia, Moody já não estava mais presente aparentemente, Gui também parecia ter ido, o jovem que Rony conversava parecia estar se preparando para sair e Harry notou que tinha muita gente que ele não conhecia na casa. Todos os estranhos pareciam estar se apressando para sair. Harry se virou para Lupin, para continuar a conversar e com certeza ele ainda tinha muita coisa para dizer, era possível que ele tocasse nesses assuntos que Harry estava curioso em saber.
--Continuando, os Weasley prontamente se dispuseram a cuidar da sua casa mais uma vez Harry, vieram para cá, até porque Minerva sugeriu que saíssem da Toca, pelo menos por enquanto, para os preparativos do casamento que vai ser lá e para uma reforma geral, tanto em relação às proteções, como uma ampliação. A Sra. Weasley fez questão de que Fleur e Gui tivessem um quarto de acordo para um casal, mesmo que eles provavelmente se mudem em breve para a própria casa deles. Ela diz que não vai suportar se eles não forem visitá-la de vez em quando. E tem também um quarto para você. - Lupin sorriu - A Sra.Weasley diz que para alegria dela, mesmo nesses tempos, a família está aumentando e parece que ela faz questão de manter todo mundo embaixo de sua asa.
Harry sorriu olhando para a Sra. e para o Sr. Weasley, tinha que retribuir o carinho para com ele de algum jeito.
--Temos outras novidades em relação à Ordem fora vocês; ganhamos ajuda de fora!
--Como assim?
--Dumbledore tinha certas cartas na manga que não imaginávamos. Bem... Depois de sua morte, principalmente depois do seu enterro, começaram a chegar aqui em Londres grupos de vários paises, pessoas fiéis a Dumbledore, varias pessoas que dizem ter recebido seu chamado naquele triste dia, acreditamos até que possivelmente na hora de sua morte. Conversamos com muitos deles que nos informaram que já estavam preparados para vir. Ofereceram ajuda a Dumbledore bem antes, mas ele disse que os chamaria quando fosse a hora certa. Alguns até se assustaram ao chegar e receber a notícia de sua morte... Harry é muita gente! Todos trouxeram mais esperanças e ajuda!
Harry finalmente entendeu o que era aqueles turistas que chegavam à Inglaterra com freqüência, agora tudo se encaixava melhor, o fato deles sumirem após chegar ao país e de não quererem gravar entrevistas, todos eles eram ajuda de Dumbledore, de confiança... Mas Snape também era...
--Como sabe que são de confiança para estar na Ordem?
--Dumbledore nos avisou, mas mesmo assim tem certas coisas que preferimos discutir só entre os antigos... Mas, voltando... Dumbledore relata a chegada de ajuda e diz também, em seu testamento, que não estaríamos sozinhos e que ele não nos deixaria até...
--até que todos deixassem de ser fiéis a ele! São homens de Dumbledore! –Harry começava a se animar como Lupin.
--São! Muitos vieram com cartas e documentos dados a eles pelo próprio diretor que são de grande serventia para nós. Seus nomes são conferidos pela própria Minerva, ela disse que poucos não compareceram e que todos passaram no teste para pertencer à entidade. São simplesmente incríveis. Estão trazendo ajuda de todos os tipos, dos mais variados gêneros. É uma nova força!... Ajuda que o inimigo não contava.
--Porque Dumbledore não solicitou essas pessoas antes?
--Não sei! Sinceramente, acho que era uma ajuda que ele esperava não ter que pedir; envolver pessoas que ele achava que talvez não precisassem estar envolvidas nisso. Mas, nenhum deles sabia que só seriam solicitados quando Alvo não estivesse mais entre nós e acabou que isso pareceu um estímulo maior para todos na Ordem, tanto para os novos como os antigos. Honrar a Ordem da Fênix e acabar de vez com Voldemort.
Harry conhecia muito bem aquele sentimento de não querer envolver pessoas que não tinham que estar naquela guerra, deve ter sido muito difícil para o diretor ter que decidir sobre o que fazer. Notou que como ele, Dumbledore lutava para que a guerra não envolvesse mais gente. Harry agora pensava o mesmo, só que de um jeito diferente. Dumbledore poderia não ter se envolvido tão afundo na guerra para cuidá-lo e protege-lo, já que agora, mais do que nunca, Harry achava que aquela guerra era só dele. Apesar de que, achava meio difícil o diretor não se envolver, completamente impossível para falar a verdade.
--Harry... –Lupin olhava para ele com cara de piedade já que a cara do menino parecia muito carrancuda para idade. –Essa guerra é de todos, não é prioridade sua, nem de Alvo, somos um grupo. Alegre-se! Temos esperança e isso é o que importa. Quando tudo parecia escuro, Alvo mostrou e ainda nos mostra a luz. Vamos segui-la!
Harry deu um sorriso e assentiu, uma esperança involuntária surgiu nele, olhou ao redor, todas aquelas pessoas desconhecidas já tinham ido. Restaram Tonks, que agora sentara ao seu lado e passara o braço sobre os seus ombros meio que o abraçando de lado e sorrindo para ele e Lupin, Gina, sentada à sua frente que o encarava, Fleur e Gabrielle, que conversavam animadas aparentemente sobre o casamento, Rony, que havia se recostado na parede pensando alto, talvez em alguém em especial já que seu rosto corou um pouco ao ver que Harry o observava, o Sr. Weasley, que dava um beijo na mulher enquanto seu filho Carlinhos e Quim o esperavam na soleira da porta para irem embora para o trabalho ou alguma missão. Todos pareciam mais leves, calmos, mais maduros aos olhos de Harry. Não que estivessem esquecido a guerra e as perdas, mas talvez, tivessem a compreendido um pouco. Não sentiu medo, parecia não existir aquilo naquele aposento, pareciam estar todos prontos... Simplesmente.
--Você cresceu bastante Harry! –Tonks comentou alegre olhando para ele.
--Hã... Você acha? Acho que estou na mesma altura...
--Não dessa forma! –Tonks sorriu para o garoto ao ver que ele agora tinha compreendido.
--Eu...
--Concordo com a Tonks, parecem agora adultos por completo, todos vocês, e isso é bom, mas como eu disse, guarde as malandragens para os momentos certos, há muitos deles quase todos os dias. Não as esqueça, não tem graça se esquecer... Ah, e nunca negue um pedido de uma ruiva, é obvio! – Lupin disse a última frase num sussurro, até porque a certa ruiva estava na frente de Harry, e saiu com Tonks. O garoto não quis olhar para frente, tratou de comer o resto da comida que estava em seu prato, que não era pouco, já que a Sra. Weasley tinha caprichado no prato e ele quase não tocou em nada. Estava muito interessado na conversa de Lupin. A cabeça de Harry estava girando com tanta informação, mas tudo parecia melhor, tudo que ele estava sentindo desde da morte do diretor parecia estar se dissolvendo em um sentimento bom, e o melhor de tudo, não se sentia culpado com esse sentimento. Claro que não ia se desfazer de tudo que tinha programado, mas estava com esperanças, e isso já era o bastante. Outra coisa que também o ajudava era estar junto de todos novamente, não tinha como controlar, estava feliz em ficar ali, mesmo sabendo que logo ia embora.


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FIM DE OUTRO CAPITULO!!!! O que acharam?
comentem please!! ah! e para quem comentou....
- natiandre: Vou fazer de tudo para não demorar a postar, estou mais ou menos 1/2 semana de intervalo? ta bom, né? Beijão!!!
- Helena: Brigadão!!!
- Molly: Muito obrigado mesmo! que bom que vc gosta de como eu narro! Apesar que sem minha prima e meu namorado colocando os pontos no lugar certo quando eu me esqueço, vc poderia não dizer a mesma coisa!! Mas mesmo assim eu acho que estou prgredindo! Ah! e Gina e Harry! EU AMO OS DOIS! Queria que eles ficasse juntos desde da primeira pagina da minha fic, mas sei que não é assim que tem que ser! Prometo muito sobre os dois, mas mesmo assim vou manter os pés no chão! e se eles vão ficar juntos no final...vc vai ter que continuar a ler...
- Natty piments: Brigadão, Eu sei que a Gina está meio confusa, eu vou explicar melhor mais para frente, O.k? mas o que posso dizer é que a Gina está muito confusa mesmo, imagina a loucura que deve estar na cabeça dela? ela está tentando seguir com o "protocolo", mas as vezes ela tem recaidas, consegui esclarecer alguma coisa? espero que sim....beijão!
ATÉ O PROXIMO CAPITULO! BEIJOS!

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