Brigas de família



1º cap.

Eram férias de verão, e James Potter estava dormindo profundamente em seu quarto, junto com seu inseparável amigo Sirius Black. Faltava uma semana para o início das aulas, e eles queriam aproveitar o máximo aquele final de férias, ao melhor estilo maroto: dormindo o máximo que podiam. Bem, tirando a parte em que Laurie Potter, mãe de James, veio tentar acordar os dois. Bateu na porta, e nada. Tentou outra vez, e não ouve resposta. Abriu um pouco a porta e viu os dois garotos esparramados, cada um em sua respectiva cama. Então, tentou:

- Vamos, garotos. Acordem. Já passou da hora de levantar. – a resposta foi um ronco de Sirius – Vamos garotos, vocês tem que acordar, já são dez horas da manhã – dessa vez a resposta foi uma forte respiração de James – Bem, vocês não me deixam outra opção. Depois não digam que eu não avisei.

Ela entrou no quarto, andou um pouco e ficou entre as camas dos dois. Realizou o feitiço da água e esta jorrou em cima dos dois. Os dois gritaram, depois caíram da cama, levando o lençol junto ao chão. Laurie não agüentou e riu da situação dos dois.

- Isso não tem graça mãe! – James sempre ficava inconformado quando ele era o alvo de brincadeiras. Olhou com uma cara emburrada para a mãe, o que foi razão desta rir mais ainda.
- Sabe mãe, você devia parar com esses truques. Já estão ficando muito usados, não? Porque a senhora não inventa outros? Use a criatividade Potter! – a partir do dia em que Sirius passou a morar na mansão Potter, ele sempre chamava os donos da casa de mãe e pai. No início ficava meio incomodo em ambas as partes, mas já haviam se acostumado.

Sirius se levantou e se sentou na cama, ainda molhada.

- O truque pode até ser ultrapassado, mas ainda é eficiente! Vamos, não quero ninguém voltando para a cama. Quero os dois tomando banho agora! – ordenou Laurie
- Sim senhora! – disseram os dois fazendo posição de soldado. Depois disso, inicia-se uma briga de quem entra no banheiro primeiro. Já estavam na porta do mesmo, quase se matando quando a matriarca da família lembra-os de um detalhe.

- Existem mais de um banheiro aqui nessa casa.

James aproveitou a oportunidade e entrou correndo no banheiro.

- Hei, Pontas, isso é golpe baixo. Não vale! – Gritava Sirius esmurrando a porta.
- Aqui nessa casa vale tudo. Pare de reclamar e vá procurar outro banheiro para você. – ouviu –se a voz de James vindo abafada do banheiro. Nesse momento, escuta-se o barulho do chuveiro sendo ligado.
- Não ligue para isso Sirius. Venha, vou te mostrar outro banheiro bem melhor. – Disse a senhora Potter já saindo do quarto, fazendo que Sirius a acompanhasse.
- Mas, o banheiro do quarto de James não é o melhor banheiro da casa? – Sirius havia ficado intrigado com aquela história toda.
- Bem, tirando a do meu quarto, existe outro banheiro bem melhor! – Laurie carregava um sorriso no rosto dizendo aquilo.
- Sério? – Sirius continuava surpreso com aquilo.
- Seriíssimo. Imagine a cara do James quando souber que você tomou banho nesse banheiro e ele não? – dizendo isso, Laurie abre uma porta, antes não notada por Sirius, e mostra um lugar esplendido. O banheiro era do tamanho dos banheiros dos monitores de Hogwarts. Era tudo feito de mármore branco, desde a pia, até as bordas das janelas. Havia uma banheira que caberia 3 pessoas com folga. O lugar tinha tudo o que um banheiro podia ter, sem tirar, nem por.
- Uau! Eu posso tomar banho aqui? – Sirius não estava acreditando em tudo aquilo, mesmo vendo.
- Claro que pode. Olhe, já peguei suas roupas. Vou deixá-las em cima da pia. Tem toalhas naquele armário, perto do lavatório de pés. Se precisar de alguma coisa a mais, me chame – com todas as instruções dadas, Laurie saiu do banheiro, deixando um Sirius, ainda surpreendido.
- Hoje é meu dia de sorte – Um sorriso maroto apareceu em seu rosto.

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“Onde será que está o Almofadinha?”. Essa era a pergunta que não se calava na cabeça de James. Já havia passado duas horas desde que tinha acordado, e não via Sirius em lugar algum. “Será que ele se perdeu na casa? Não, ele sabe muito bem cada compartimento da mansão. Será que ele está aprontando alguma coisa para mim?” Essa pergunta pré-formulada na cabeça de James o deixou intrigado. “Então, o que será que ele deve estar aprontando?”. James ficou pensando nisso, sentado no sofá da sala de estar as casa, quando que ouviu uma voz que o aliviou por inteiro.

- Iae, Pontas. Como foi seu banho? – perguntou um animado Sirius, se sentando ao lado de James.
- Foi bom e rápido. Diferente do seu que demorou muito. O que você ficou fazendo enquanto tomava banho seu cachorro safado? – James adorava provocar Sirius de alguma maneira. Simplesmente, aproveitava todas as situações possíveis.
- Você que tem uma imaginação muito fértil, seu veado. Só estava aproveitando o meu banho. – disse simplesmente.
- Em primeiro lugar, é cervo. Em segundo lugar, ninguém aproveita duas horas de banho. O que você fez? – aquela desconfiança que James havia tido, voltou com mais força.
- Ele simplesmente tomou banho ‘No banheiro – disse Laurie, chegando no aposento e indo direto para a cozinha.
- Como assim, ‘No banheiro? – James não podia acreditar. Levantou-se e seguiu a mãe.
- É naquele banheiro que o senhor está pensado mesmo – Laurie, às vezes, gostava de aprontar uma com o filho usando o Sirius. Era uma vingança para tudo aquilo que ele tinha aprontado na infância e de todas as cartas que recebia de Hogwarts.
- Não pode ser – James estava chocado. Sirius começou a gargalhar. Já estavam na cozinha e Laurie ajudava os elfos-domésticos a por a mesa.
- Qual é a graça? – Perguntou James. Laurie começou a rir também. James não suportava que riem da cara dele. Já estava inconformado com tudo aquilo. Sua mãe e seu melhor amigo rindo da sua cara. Só podia ser pesadelo.
- Boa tarde família. – disse Richard Potter entrando na cozinha, mas para ao perceber a cena cômica que lá se encontrava. Sua mulher e o melhor amigo de seu filho gargalhando, James com uma cara meio furiosa meio inconformada, e os elfos-domésticos não sabendo o que fazer: se terminavam de por a mesa ou se ajudavam eles a se recuperarem do ataque de risos. Com um meio sorriso, perguntou – Qual é a piada?
- Nenhuma pai, nenhuma – James começou a tirar o seu prato furioso.
- Sim... tem sim... você...- e não agüentando mais, Sirius voltou a gargalhar.
- Explicações, por favor – ele foi logo perguntando a sua esposa, visto que Sirius não estava em condições.
- Sente-se querido, vou te explicar – Todos se sentaram, inclusive Sirius. Então, Laurie contou toda a história, com a ajuda de Sirius. O resultou foi a gargalhada de Richard.
- Não vejo graça nenhuma – já haviam acabado se comer, e James era o único com a expressão emburrada na mesa.
- Mas eu vejo – e mais uma vez, Sirius gargalhou.
- Ora filho, não se zangue. Esta foi apenas uma ocasião da sua mãe que foi bem aproveitada pelo Sirius – Richard tentou explicar. Conhecia muito bem o temperamento do filho.
- Mas eu não entendo. Era para eu usar o banheiro. – James continuava inconformado, e quando surgia um acontecimento como este, não havia ninguém que o deixava de bom humor.
- Ora filho, entenda. Essa foi mais uma das vinganças da sua mãe – Richard já tinha conhecimento do porque das armações da esposa para com o filho.
- Não, eu não entendo. EU sou o filho de vocês, não ele. – James levantou-se bruscamente da mesa e apontou o dedo para Sirius. Este o olhou surpreso. Já estava alterado, e sua voz também.
- James, sente-se – Richard seguiu os passos do filho. Se levantou e alterou a voz.
- NÃO, NÃO ME SENTO! – Depois de gritar, saiu correndo da cozinha.
- JAMES, VOLTE AQUI AGORA! – Richard tentou seguir o filho, mas sua esposa o segurou pelo braço, que significava que seu filho precisava de tempo. Sirius estava encolhido a máximo em sua cadeira. Odiava brigas de famílias, principalmente quando a razão era ele.
- James é muito mimado e arrogante. Erramos com ele nesses requisitos. – Laurie disse aquilo como se fosse uma sentença.
- Você tem razão, querida. Nessas horas que eu queria mostrar para ele que o mundo não gira ao redor dele. Queria colocar ele no meu lugar. – Dizendo isso, Richard saiu da cozinha com a cabeça baixa.

Laurie olhou penalizada para Sirius. Sabia da história dele, e tinha pena dele. Não queria, mas tinha. Sirius era meio solitário, mesmo não querendo mostrar, mas ele era. Se levantou, foi até seu segundo filho e o abraçou. Mesmo assim, não podia deixar de imaginar o que James estaria sentindo naquele momento.

- Quer que vou atrás dele? – ela o olhou com carinho. Ele carregava um olhar meio triste, mas tinha um brilho especial, que não o deixava triste totalmente. Era a amizade e o carinho que carregava por seu amigo e por aquela família que simbolizava aquele brilho.

Laurie acariciou seu rosto e afirmou com a cabeça. Sirius beijou a testa da sua “mãe” e foi atrás de James.

N/a: oi gente. Espero que não se aborreçam de cara com esse cap.. Só quis passar que na vida de um maroto, nem tudo são flores, mas com o passar da história, vão ver que essa brga vai se tornar muito importante para a história toda. Espero que gostem e comente. Bjs e até a próxima!!!

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