Dor inexplicável



Cap. Único

Frio. Era isso que sentia. Sentia todo seu corpo doer. Sentia o tremer. Abriu a mão. Ela estava tremendo. De repente, sente algo curiosamente quente molhar seus olhos e escorrer pela sua face. Era uma lágrima. Depois dessa, várias outras vieram, seguidamente, molhando toda a sua face gélida e pálida. Então, essa era o sentimento da perda? Da dor? Do desespero? Da falta que aquele alguém fazia? Sim, aquele alguém era sua metade, uma parte de si. O seu outro “eu”, o seu outro ser. E fora arrancado da forma mais brutal que alguém poderia suportar. Que alguém poderia imaginar. Seu coração não estava agüentando tanta dor. Chegava a doer aquele músculo que batia tão fracamente no momento. Sentia algo entalado na sua garganta. A dor era imensa que aquela coisa, que não sabia definir o que era, fazia, não só com a sua garganta, mas com o seu corpo e sua coração. Fechou os olhos com força tentando aliviar aquela dor que insistia em aumentar.
Até que ouviu uma porta se abrir e uma voz masculina sair do lugar.

- Vamos. Todos estão esperando você. Precisamos de você lá.

Ouviu a porta se fechar.

Não queria encontrar aquelas pessoas que amava e odiava ao mesmo tempo. Sabia o que estava por vir. Não queria todos aqueles olhares, ora temerosos, ora tortuosos, ora piedosos. Era irritante. Não estava preparada para aquilo. Era muita coisa que carregava em seu peito. Tantos sentimentos misturados, se entrelaçando graciosamente, mas aquela dança dentro do seu peito a estava torturando, a matando. Morte. Essa palavra povoou sua mente por tanto tempo, que chegara a hora dela se instalar de vez ali. Não gostava daquela palavra. Afinal, ninguém gosta. Mas isso é irremediável.
Ouviu-se outro barulho lá fora. Não soube diferenciar o que, nem queria, mas sabia que aquele barulho era um sinal que tinha que descer agora. Sem mais delongas, levantou-se e saiu do quarto, ainda com aquele peso no coração. Desceu as escadas e saiu para o jardim. Ironicamente, fazia uma bela tarde de sol. Olhou a volta e viu uma tenda, e debaixo desta, várias cadeiras. Estava lotado o lugar. Assoberbado de várias pessoas conhecidas. Inclusive Hagrid, mas este não estava sentado. Estava em pé, atrás da ultima fileira do lado direito.
Ninguém ousava levantar a cabeça, uns cochichavam, mas só. Quando entrou na debaixo da tenda, todos viraram a cabeça para ver quem era. Uns cochichavam, como sempre. Sim, acertou. Recebeu aqueles olhares que previu. E como também previu, odiou aquilo.
Olhou para frente. Aquele sentimento que ainda estava sentindo aumentou assustadoramente. Não conseguia nem explicar. Simplesmente de ver o túmulo daquele alguém que tanto amava e ainda ama, despedaçou seu coração, por mais machucado e ferido que estava.
Começou a andar no tapete vermelho que separava as duas colunas de infinitas cadeiras. Viu tantas pessoas conhecidas: Luna Lovegood, Neville Longbotton, Dino Thomas, Cho Chang, Olívio Wood, Alice Spinnet, Lino Jordan. Outras pessoas da Ordem, como a Tonks, Remo, Olho-Tonto Moody, Prof. Minerva, Prof. Slugorn. Bom se ficasse contando quem estava ali, levaria o dia todo. Mas sabia que a pessoas mais importante do velório, além de Hermione e Rony, era ela.
Finalmente, Gina Weasley havia chegado ao enterro de Harry Potter.

N/A: Pois é gente, não me matem. Essa é a minha primeira Short-fic e a minha primeira fic, portanto, não tenho experiência no caso. Só espero receber comentários construtivos. Se tiver algo ruim, ou errado, não deixem de falar nos vossos comentários. Espero que tenha agradado a maioria, pelo menos. Bjs, e até a próxima.

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