A verdade



- Que garota mais complicada – exclamava Sirius horas depois na biblioteca

- É mesmo, você gosta dela, ela gosta de você, e vocês ficam de cu-doce...

- Ah, é ela que não quer, eu tento, tento, mas nada...

- Cai em cima

- Mas eu não posso, ela não acredita no meu sentimento, diz que o ex-namorado a magoou muito... alguma coisa parecida, mas com aquela poção ela vai ver...

- Mas Aluado, e se ela descobrir que você é um lobisomem? – sussurrou Sirius para que alguns quintanistas que estavam ali perto não ouvirem

- Acho que ela não descobre...

- Não pensa no pior Almofadinhas – Tiago falava na brincadeira, mas tinha um semblante muito sério

- Bom, de qualquer jeito eu vou contar pra ela hoje, lá na sala Precisa

- Vai? Mas Aluado, e se ela não te quiser mais ?

- Sirius, ela tem que me aceitar como sou, não vou ficar escondendo nada de ninguém...

- É a sua vida Remo, depois não vem reclamar

- É, mas uma hora ela ia saber, mesmo se eu não falasse, minhas ações, minha aparência sempre cansada perto da lua cheia, ela ia saber e ficar chateada comigo, então é melhor que eu fale de uma vez, o quanto antes possível...

- Bom, pensando por esse lado, tá certo

- Vou para o dormitório, tenho que dormir um pouco para agüentar depois... Ah, Pontas?

- O que?

- Me empresta sua capa?

- Claro, tudo pra te ajudar, tomara que dê certo

- É, tomara!

- Eu deixo em cima do seu malão quando eu for deitar, tá?

- Ta bom, ‘brigado

Ele foi para o dormitório, assim que deitou-se dormiu, sonhou com ela, e como estava linda, no sonho eles se beijavam perto do lago, já tinham resolvido tudo, Any soubera que ele era um lobisomem, mas nem dera importância. “Mas que droga” disse Lupin para si mesmo quando acordou e lembrou que tinha tudo por resolver, e além do mais já estava quase na hora, eram 0h25, só faltavam 5 minutos. Levantou, pegou a capa e saiu correndo do dormitório, quando chegou a Sala Comunal da Grifinória, Any ainda não estava lá.

0h30 : Nada dela

0h35 : Que droga, cadê ela?

0h45 : Um barulho “Finalmente“, pensou ele, ela vinha correndo do dormitório feminino, estava mais bonita do que o normal, ficara se arrumando por um bom tempo.

- O que aconteceu?

- Desculpa, perdi a hora, e demorei um pouco pra me arrumar, por isso me atrasei

- Ah, não tem problema, eu te esperaria a noite toda...

- Sei, vamos então?

Eles se dirigiram para a sala de poções, nem sinal do professor e o zelador estava em sua sala, eles entraram pegaram a poção e Lupin a conduziu até a sala Precisa, lá encontraram uma sala com um sofá-cama, uma mesa com dois copos, e também algumas poltronas perto de uma lareira, um local bem aconchegante e romântico imaginado por Lupin.

- Você que fez isso?

- É... mais ou menos...

- Ai Remo... – ela fraquejou por instantes, mas logo voltou ao normal – vai toma-la então, ou vai desistir?

- Vou tomar! - disse ele, deitando-se no sofá-cama – uma gota então...

Ele abriu a boca, Any pingou duas pra não ficar na dúvida, ele se sentiu estranho, tudo começou a rodar, até que foi como se estivesse flutuando, sentiu-se calmo e leve, e totalmente verdadeiro.

- Então, vamos fazer umas como teste- disse pra si mesma – Qual seu nome ?

- Lupin, Remo Lupin

- Apelidos?

- Aluado

- Aluado?

- É, meus amigos me deram esse apelido porque sou um lobisomem – disse ele tão calmo como se estivesse dizendo alguma coisa normal

- Um... um o que? – assustou-se a garota

- Um lobisomem, ué?

- Nossa... e você pretendia me contar isso?

- Sim, eu não sei porque, mas eu gosto muito de você, acho que até a amo, eu sei que faz pouco tempo que a gente se conhece, mas é isso

- Você o que? – ela repetiu a pergunta pra ter certeza, tinha que ser verdade, a poção estava funcionando até agora, não estava ? Tinha que ser ...

- Eu te amo, e eu quero você só pra mim, mas você não acredita em mim, então eu vou fazer o que?

- Você me ama verdadeiramente, sem interesses?

- Sim

“Ai, que vergonha, porque eu não acreditei nele? O que que eu vou falar pra ele quando ele voltar ao normal ? “

- Como que faz pra você voltar ao normal?

- O efeito passa sozinho, a cada gota, 5 minutos

- Mais dois minutos e pronto...

- Pronto o que?

- Eu vou poder falar com você

- Ué? Por que não fala agora ? Que diferença vai ter? eu não vou ser mais eu?

- Hã? Não, é que eu tenho que falar com o outro...

- Mas a gente, eu e o outro, somos a mesma pessoa – disse ele fazendo sinais com os dedos indicadores

- Mas, é que...- ela corou

- Você fica mais bonita quando tá vermelha... – isso só deixou a menina mais vermelha ainda

- Pronto – disse olhando para o relógio – passaram os dois minutos

- Oi, o que aconteceu ? Não me lembro de nada... –Lupin estava meio zonzo

- Ai, você... bem... é... disse... que...

- Que?

- Me... me... disse... dissequemeama

- O que? Não entendi...

- DISSE QUE ME AMA! – ela se viu gritando – desculpe...

- Viu agora? Percebeu que eu te quero, que eu te amo, que você é a pessoa mais impor... – ele foi interrompido por um beijo de Any, ali estava ele, beijando ela, nem acreditava, mas se afastou – Tenho que te dizer uma coisa importante, talvez você, não me queira mais por causa disso

- Você é um lobisomem, já sei, agora vem cá – ela beijou-o novamente, mas de novo ele se afastou

- Mais mesmo assim você ainda me quer?

- Sim – disse o abraçando forte e dando vários beijinhos em sua boca – é claro que quero, também te amo !

- Sério?

- Sim

- Vem cá

Eles se beijaram carinhosamente, era um beijo caloroso, apaixonado, ele a abraçava forte, eles só pensavam em como queriam ficar ali para sempre.

- Eu te amo – disse interrompendo cada palavra por um selinho

- Eu também

Os dois ficaram assim por mais algumas horas, até que não agüentaram mais e dormiram ali mesmo.

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