A Verdade



- Mione, o H...
Mas antes que a mãe de Hermione terminasse a frase a porta se abriu num estampido e logo se fechou atrás dela.
Hermione girou o calcanhar num ângulo de 180º , e àquela hora da noite ouviu-se um grito na casa dos Granger.
- Harry? – Hermione suspirou aliviada – o que é...?
- O que está acontecendo com você? Qual é o seu problema afinal?- gritou Harry parecendo cansado.
- Não estou te entendendo...
- Ah não?? Por que você está fazendo isso, Mione? Por que não responde as minhas cartas?
- Eu.... eu... não recebi! – afirmou Hermione, convicta.
- Não precisa mentir! Já sei de tudo! Você acha que sou burro?!? Antes de subir já perguntei à seus pais se você havia recebido as cartas! E sabe o que eles disseram, Mione? Que você as recebeu sim! – Harry respirou fundo procurando a verdade nos olhos da morena – O que está acontecendo por aqui? Aposto que você responde as cartas do Ron!
Um silêncio ocupou o aposento.
- Não é possível! Você não vai dizer nada? – Harry balançou a cabeça – Quer saber? Pouco me importa! Se você não quer responder as minhas cartas, eu não ligo! E eu pensando que havia acontecido alguma coisa com você....pra quê? As vezes somos burros!
Só ele falava. Hermione mantinha os olhos vidrados naqueles de cor esmeralda.
- Você.... espero que você não tenha esquecido que existe uma pessoa no mundo que se importa com você... mas pelo visto você está sendo egoísta! Nenhuma carta para seu amigo?? Nenhuma, Mione! Quer saber... não sei o que ainda faço por aqui!
Ele foi até a porta e abriu-a. Desceu o primeiro lance de escadas e já pode ver a expressão preocupada no rostos dos pais da garota. Hermione desceu logo atrás.
- Obrigada, Sr. e Sra. Granger! Boa noite! – abriu a porta de entrada e pisou nas pedras do jardim, indo parar na calçada.
- Harry! – gritou ela – Espera por favor! – ele parou. Estavam a uma distância justamente grande.
- Se você não tem palavras para explicar, nossa conversa termina aqui!
Ele a fitou por um instante, todas as lembranças o perturbaram num turbilhão de pensamentos. Como ela era linda! Mas, o que acontecera desde o último verão? Hermione mudara com ele. E agora aquilo? Ela o magoara.
Percebendo que não encontrava as palavras, Hermione apenas o encarou. Uma lágrima rolara de seus olhos. Chegara a hora da verdade?
- Eu... eu só preciso de tempo, Harry! – afirmou.
- Tempo? – ele se aproximou – Tempo, Mione? Você não acha que desde o Natal sem se comunicar comigo, já não é o suficiente? Me explica, por favor! Eu preciso entender pra quê esse tempo!
Hermione hesitou por um momento.
- Pra te esquecer, Harry! – desabafou.
- Hermione! Nós somos amigos! Por que isso? – perguntou Harry abraçando-a carinhosamente. Hermione afastou-o.
Ela sentia que a hora de dizer a verdade se aproximava.
- Porque eu amo você, Harry! – deixou uma lágrima correr-lhe o rosto.
Os dois ficaram se encarando durante algum tempo. Os olhos esmeralda de Harry pareciam ver algo além dos olhos de Hermione.
- Mione...
- É tão difícil assim entender? Eu só preciso de tempo, Harry! E tudo vai voltar a ser como era antes! – afirmou ela virando-lhe as costas.
- Mione... Me desculpe! Não devia Ter gritado daquele jeito com você...
- Não se preocupe, Harry!
- ... mas... o meu coração é da Gina!
“O que é que estou dizendo? Isso não é verdade! Por que está fazendo isso com ela Potter? Veja! Está machucando-a! Mesmo de costas posso ver que há lágrimas escorrendo pelo seu rosto!” Harry pensava consigo mesmo, enquanto Hermione, de costas, deixava livremente as lágrimas lavarem-lhe o rosto.
“Eu sei, Harry! Eu sempre soube!”
Hermione girou os calcanhares quando ouviu algo parecido com o som de uma buzina. Olhou para o céu e lá estava o Ford Anglia inconfundível.
- Ei, galera! Por que não me avisaram que tinha uma festa aqui? – perguntou Ron, descendo do carro.
- Ron... eu já não lhe disse que os trouxas não estão acostumados a ver carros voadores? – exclamou Harry, impaciente.
- Puxa cara! Sabia que eu havia esquecido alguma coisa! Mas, afinal? O que é que você está fazendo aqui?
Hermione, discretamente, limpava o rosto com os dedos, impedindo Ron de ver.
Não recebendo resposta, Ron hesitou.
- Passei lá na sua casa pra pegar você e o seu malão.... mas por acaso você não estava! Mas eu trouxe mesmo assim sua mala! – avisou Rony.
Ron ficou algum tempo observando a face de Hermione.
- Ei! Mione! Quer vir com a gente? Vamos voltar para Hogwarts! Este Natal é entediante!
Hermione apenas balançou a cabeça em sinal negativo.
Nesse momento a porta às costas dela se abriu, e por ela saiu a Sra. Granger.
- Ah, Ron! Que bom te ver! – Hermione apenas a olhou advertindo-a do possível convite.
- Bom ver a Sra. também! – afirmou Ron.
- Ei... vocês estão voltando para a escola?
- Sim...
- Hum... então o que acham de ficar aqui até o fim das férias natalinas, fazendo companhia a Mione? – a Sra. Granger olhou para Hermione, com um sorriso nos lábios. Esta, fechou os olhos e apertou os lábios com força, esperando a resposta.
- Bem... – Ron olhou para Harry – Podemos, Mione?
Hermione hesitou, e quando a mãe bateu-lhe nas costas, respondeu, forçando um sorriso:
- Tudo bem....!
Harry pareceu odiar aquela situação. Por que tudo aquilo? Ele machucara a amiga com uma mentira deslavada e agora ficaria o resto dos dias em sua casa? Que idiotice!
Os dois garotos adentraram a casa de Hermione, seguido por ela e a mãe. Não era uma casa pequena, mas muito bem decorada.
- Mi, filha.... por que não mostra o quarto aos seus amigos?
- Tá. – foi tudo o que conseguiu dizer.
Subiu o primeiro lance de escada, acompanhada pelos dois naquela terrível situação. Logo depois, passaram pelo segundo lance, e ela mostrou-lhes o aposento. Era bem ao lado do quarto de Hermione.
- Aqui estão as toalhas e – Hermione entregou-lhes toalhas brancas – vocês devem estar cansados da viagem... se quiserem tomar banho... logo, jantaremos! – e dizendo isto, retirou-se.
- Cara.. o que há de errado com ela? Tá estranha.... ei! Você também! Brigaram?
- Não, Ron... está tudo bem! – Harry respondeu sentando-se na cama.
- Bom.. eu vou tomar banho! – Ron saiu em direção ao banheiro.
Hermione fechou a porta do quarto e apoiou as costas sobre ela. Ali, chorou silenciosamente. Ele havia dito a ela que seu coração era de Gina! E ela, tonta, acreditara que ele a havia esquecido. Não podia fazer mais nada além de esquecê-lo agora. Mas, graças a sua querida mãe, isso não poderia ser feito agora. Ainda tinha dois dias inteiros para suportar a hipótese de conviver com Harry. Sem tê-lo. Ah, como queria abraçá-lo naquele momento! Precisava de alguém naquele momento, ou se manter quieta, guardando segredo seria a melhor coisa a se fazer?
Ela não sabia mais nada naquele momento. Só recordara os últimos minutos da sua vida. desencostou da porta e caminhou pelo quarto, procurando meios de sobrevivência. Logo, teria de sair por aquela porta e encarar Harry. Ligou o rádio. Chorou ouvindo a música que tocava. Sentou na cama e fitou a porta-retrato que continha uma foto dela com Harry. Entrou no banheiro, disposta a tomar um banho. Deixou a água correr-lhe pela face. Ao término, colocou uma roupa simples e caminhou para o quarto dos garotos, com um pacote às mãos. Bateu.
- Entra! – gritou Ron.
Ela abriu a porta lentamente e pôs o corpo para dentro. Ficou vidrada ao ver que um par de olhos verdes a fitava. Desviou o olhar.
- Vamos jantar? – perguntou e antes que saísse do quarto virou-se – Ah, Harry.... aqui estão as suas respostas!
Entregou-lhe o pacote que continha todas as repostas para todas as cartas que ele a enviara (Num total de 32).
Afinal, por que respondera se não ia mandar? Desceu os lances e parou na cozinha.
- Por que fez isso? – perguntou à mãe.
- Isso o que?
- Convidar o Harry e o Ron para ficarem aqui!
- Mione, querida, são seus amigos!
- Mas, um deles é o menino que eu gosto! E caso não se lembre, eu queria esquecê-lo! – respondeu Hermione pacientemente.
- Mi... – começou a mãe – não se esquece alguém assim, querendo esquecer! Mesmo porque, quando você quer esquecer, você acaba pensando muito mais do que devia na pessoa! Então, responda-me, de que adianta?
Hermione ficou muda, e ficou sem tempo de responder à mãe, porque Harry e Ron tinham acabado de pisar na cozinha.
Não foi um bom jantar. Ron se empanturrou, como sempre. Harry e Hermione mal tocaram na comida, trocando olhares suspeitos.
Após o jantar, Hermione e Harry ajudaram a Sra. Granger com a louça enquanto Rony falava com o Sr. Granger, colhendo informações sobre o dia-a-dia dos trouxas.
Após o término da lavagem das louças, todos se acomodaram na sala. Hermione, cansada daquela situação, queixou-se de sono.
- Boa noite para todos! Vou subir! – e o fez, assim como dissera.
Como previra, não peou no sono. Algum tempo depois pode ouvir Harry e Rony subindo. Teve a impressão de ouvir uma respiração do outro lado da porta. Logo, passos novamente. Certamente seus pais.
Esperou algum tempo, para Ter certeza de que a casa toda dormia, e vagarosamente retirou-se do quarto. Desceu de meia para não fazer se quer algum barulho.

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Gente.... posso demorar um pokinho pra posta o segundo capitulo ta? é pq eu to com mtas provas.... i talz...
dexem seus comentarios plixx!! eh mto importante!!!
c vcs naum tiverem gostando me avisa q eu tiro do ar, okkey??
bjinhoos
Natalie Diggory

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