Talvez Seja Tarde...



Todas as luzes daquela cidade magnífica acenderam juntas. Um vento calmo varria as folhas nas ruas, e mexia nos cabelos dos dois. Seria tudo isso um sonho?
Hermione afastou-se de Harry e todas as luzes daquele possível “sonho” apagaram. Ela o fitou com os olhos cheios d’água. Quando a única lágrima escorreu pela face, ela murmurou:
- Não podemos fazer isso, Harry! – e dizendo isso saiu correndo, velozmente pelas ruas de Londres.
Harry, sem ação, tentou chamá-la, em vão. A única coisa que sabia era que nada estava a seu favor.
Sem poder fazer mais nada, seguiu adiante, até a casa da garota.
Hermione entrou correndo em casa, deixou as sacolas na cozinha e correu para o quarto.
- Mione! – gritou Rony.
Vendo Harry chegar alguns minutos depois, perguntou confuso:
- O que houve, hein?
- Nada.
- Como nada?
- Onde está a Mione? – perguntou Harry.
- Acho que... no quarto! Mas... ei, Harry! – berrou Rony perdendo o amigo de vista.
Rony fez qualquer tentativa de ir atrás daqueles dois loucos, mas foi impedido pelo Sr. Granger.
Harry, após deixar as sacolas que sobraram na cozinha, com a mãe de Mione, subiu a escada. Passou pela porta do quarto de Hermione, estava fechada. Girou a maçaneta. Trancada. Bateu, numa tentativa frustrada.
- Mione? Mione, por favor... – chamou.
- Vá embora, Harry!
- Preciso conversar com você!
Não obtendo resposta...
- Escuta... achei que você fosse agir de maneira diferente... mas, percebi que estava errado! Desculpa... aquilo foi... um erro!
- Engraçado como tudo é um erro com você não é, Harry? – Hermione falou, chorosa.
- Então me diz! Por que saiu correndo daquele jeito?
- Porque amar você é errado, Harry!
- Você nem ao menos me deu uma chance para explicar!
- Acho que já basta! Não necessito mais de explicações!
- Mas eu quero me desculpar com você! Não podemos ficar assim!
- Harry, por favor! Pela última vez, vá embora! – pediu ela.
Por alguns instantes, um só ouvia a respiração acelerada do outro, sem dizer qualquer palavra.
Ao perceber a saída de Harry, Hermione desabou. Chorou mais do que nunca. Dessa vez tinha certeza. Perdera o amigo. Ela ficara feliz com aquele beijo, mas isso jamais poderia voltar a acontecer.
Ninguém veio incomodá-la com a exceção de Rony. Quando já estava escurecendo, desceu e encontrou a família reunida à mesa.
Seus olhos encararam firmemente os de Harry. Logo, estes foram baixados.
- Mi... quer jantar, querida? – perguntou sua mãe.
- Na verdade, acho que vou subir outra vez, só desci para falar que vou voltar à Hogwarts amanhã de manhã.
- Hermione... como assim? – perguntou o pai.
- Er... eu tenho que ir à biblioteca, pesquisar algumas coisas! – certamente o único que acreditara naquela história ridícula era Rony.
- Ah, mas já? Tudo isso por causa de um livro, Mione? – perguntou o ruivo.
- É, Ron!
E dizendo isso, antes que qualquer pessoa a impedisse, saiu desesperada para a sala, em busca da escada.
Harry saiu correndo a tempo de alcançá-la. Segurou-a firmemente pelo braço, e a fez olhar fixamente seus olhos. Ficara um clima tenso.
- Não está fazendo tudo isso por causa de hoje, né? – perguntou Harry, olhando de seus lábios aos seus olhos.
- E se estiver? – olhar através daqueles olhos verdes, era realmente algo estonteante.
- Não pode fazer isso comigo!
- É a minha decisão. Se você quiser ficar até o dia do regresso, fique a vontade, tenho certeza que meus pais vão ficar gratos por isso, mas eu já decidi o que vou fazer e nada vai mudar!
- Como você é teimosa, Mione! É óbvio que não vou ficar aqui! Vou junto com você!
- Ótimo. Então estejam prontos você e o Ron, as 6:45h! vamos de pó-de-flu, então não se atrasem! – avisou ela, irritada.
- Eu ouvi 6:45h? Por acaso não vou Ter que acordar a esse horário não é? – perguntou Rony.
- Se você quiser voltar a Hogwarts a resposta é sim! – afirmou Hermione.
- Por que tão cedo?
- Quanto mais cedo, melhor! – afirmou olhando Harry.
Não deixando Rony pronunciar qualquer palavra, subiu correndo até o quarto.
Como aquilo fora difícil! Suas mãos suavam e tremiam ao mesmo tempo. Não sabia o que era, mas quando Harry a segurou pelo braço... Ah! Ele estava tão determinado.
Sair de casa, àquela altura, era o que ela menos queria. Mas, fugir de Harry em Hogwarts seria, definitivamente, muito mais fácil. Mesmo que isso a machucasse.
Pegou seu antigo malão, foi colocando as coisas, uma a uma, para ver se demorava mais para passar o tempo, talvez se demorasse até perder a hora... essa, no fundo era a sua vontade.
Alguém acabara de bater na porta. Mandou entrar. Sua mãe seguiu até perto da garota e a enlaçou em seus braços. Esta, caiu num choro, nunca visto antes.
- Pra quê tudo isso, querida? – perguntou acariciando seus cabelos.
- Eu só fiz o que precisava fazer, mãe.
- Mas isso o que você está fazendo, fugir de um sentimento, não é a coisa certa! O que aconteceu pra você tomar esta decisão?
- Ele.... ele me beijou, mãe! – conseguiu pronunciar, apesar dos altos soluços.
A mãe da garota abriu um sorriso, e prosseguiu, tentando convencer a garota.
- E porque tudo isso? tudo o que aconteceu pra você foi bom, não foi?
- Foi, mas...
- Mas o quê, Mione?
- Não podemos fazer isso! É a nossa amizade que está em jogo! Eu já arrisquei, mãe, e perdi ela!
- E você acha que fugindo assim ainda vai conseguir manter uma amizade que não existe mais?
- Não sei, mas é o que eu preciso fazer!
- Tudo bem... espero que depois não seja tarde demais. – e dizendo isso a mãe saiu, deixando-a entre lágrimas e dúvidas.
Quando teve certeza que todos dormiam, novamente, desceu para a cozinha. Foi até o fogão e preparou alguma coisa para beber, àquela hora a fome já apontava.
Sentou na mesa e esperou que o líquido fervesse. Bebeu demoradamente, teve a impressão que alguém a observava de longe, mas ninguém surgiu.
Como de costume não dormira e às 6 em ponto, desceu para preparar o café. Mas alguém já havia feito isso. Harry estava parado, apoiado com as mãos sobre a pia. O garoto se assustou com a presença da “amiga”.
- Não dormiu mais uma vez não foi? – perguntou observando-a.
- Ron ainda não levantou? – perguntou em busca de apoio.
- Não... você sabe como ele é...
Silêncio.
Hermione, aproveitando o clima estranho, foi até o fogo e pegou a chaleira. Sentiu um calor imenso. Acabara de queimar sua mão. Largou a chaleira na pia, e deu um grito.
Harry, desesperado, foi até ela e sem saber o que fazer, apenas ficou olhando-a. Enquanto a garota colocava a mão debaixo da água fria, ele pegou uma toalha.
Hermione chorou, ao perceber a situação e de dor. Como aquilo ardia! Harry a abraçou com cuidado.
Mas, a cena fora interrompida por Rony que chegara, acordado pelo grito. Imediatamente, Hermione empurrou Harry para longe de si.
- O quê vocês...?
- Hermione queimou a mão.... – afirmou Harry.
- Põe... como é mesmo o nome daquele negócio?
- Gelo. – afirmou Hermione, chorosa.
- Isso mesmo! Passa gelo... diz que melhora.
Harry foi até onde Hermione indicou e tirou uma pedra de gelo da fôrma. Passou lentamente na mão da menina, que queira mudar de idéia a qualquer momento sobre ir viajar, tudo isso devido aos cuidados de Harry.
O grito de Hermione foi o suficiente para acordar os pais da garota, que desceram preocupados.
Logo, viu uma vermelhidão que preenchia totalmente a mão dela. A mãe fez-lhe um curativo, enfaixando a delicada mão.
Esse imprevisto, obviamente, atrapalhara o regresso a Hogwarts.
Depois que todos desceram, os malões estavam postos e Rony reclamando da demora, os três resolveram partir de uma vez. Hermione despediu-se dos pais e garantiu sua segurança a eles.
Harry e Rony fizeram o mesmo, agradeceram a estadia na casa e prometeram voltar.
Graças a Hermione, conseguiram partir da lareira da casa da garota mesmo. Segundo ela fora fácil, só precisara comprar alguém que trabalhasse no Ministério.
Em menos de cinco minutos os três apareceram na sala de Minerva McGonagall, que lhes deu boas-vindas.
- O que fazem aqui a esta hora? As aulas só começam daqui a dois dias! – afirmou ela – oq eu fez na mão, Granger?
- Ah... nada grave, professora! Só uma queimadura! – Hermione corou.
- Ótimo... espero que tenham bastante assunto para por em dia... não garanto que tenham muitas coisas para se fazer por aqui....
Antes que Minerva pudesse terminar, Hermione saiu em disparada, na dúvida se despistava Harry ou não. Optou pela primeira.
Não foi para a biblioteca, saberia que ele a encontraria lá. Foi para o dormitório feminino. Desfez as malas e descansou um pouco. Sob sua cama, percebendo algum tempo depois, colocado em lugar estratégico, um bilhete chamava a atenção.
Hermione abriu-o. Leu-o. Não esperava aquilo.


N/A - Tava difícil pra sai esse cap gentee!!! tava cehia d prova e ainda to...
entao... c eu demora um poko pra atualiza vcs jah sabem pq neh???
esperam q estejam curtindo... ^^
deixem seu comentario pliixxx!! eh mto mto mto importante pra mim!! =D
sugestoes e criticas são mto bem aceitas, okkey???
beejoosssss
=**
em breve em volto.... =D

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