Prólogo



Prólogo



4 de Junho. Quase passava da meia-noite, mas Hermione não se importava; andava pelas ruas da cidade a esmo, só pensando em tudo o que acontecera em sua vida, Hogwarts não seria mais a mesma sem Dumbledore, tudo era tão estranho em relação a guerra. Harry agora precisava seguir a busca pelas horcruxes restantes, agora ele só tinha a ela e aos Weasley.

Meia-noite, talvez os comensais aparecessem, mas ela não se importava. Só queria pensar no que ela estaria fazendo em meio a tanta confusão, pensava num certo covarde que matara um dos homens mais importantes do mundo bruxo sem piedade alguma... um dia, Snape pagaria por tudo o que fizera, um dia ele pagaria pelas pessoas que torturara, matara ou fizera qualquer tipo de mal. Mas o que não lhe saía da cabeça era que naquele dia onde tudo aconteceu, ele teve a chance de matá-la, mas não o fez. Era tudo cada vez mais estranho, as peças nunca se encaixavam e sempre que achava uma nova pista, ela se dissipava como névoa e o quebra-cabeças tornava-se incompleto novamente.

Sentou-se no banco de uma praça, sentiu um arrepio na nuca e apertou mais os braços em volta do seu próprio corpo. Não estava com uma roupa adequada para aquele frio, muito menos àquela noite. Mais uma vez, ela não se importava.

-Ai, Deus, será que esse tormento nunca vai acabar? – perguntou para si mesma com os olhos marejados, querendo chorar, mas não podia, não agora.

Já eram quase duas da manhã quando a garota decidiu voltar. Não havia deixado bilhete, não havia deixado pista alguma de que tinha saído. Nada. Sentiu um pingo cair sobre seu nariz, uma chuva fina começou a cair sobre sua cabeça, mas mais uma vez ela não se importou. Talvez aquela chuva a limpasse das impurezas do mundo no qual vivia agora.

Entrara numa rua escura que dava direto em sua rua, sentiu que alguém a observava. Ficou com medo. Ela, que andava vagarosamente, apressou o passo. Apertou a mão dentro do bolso do robe, conseqüentemente, apartou a varinha também. Apressou o passo novamente. Sentiu que alguém a seguia e olhou para trás: Nada. Continuou andando em linha reta, sem olhar para os lados ou para trás. Mas ela cometeu erros... o erro de ter saído de casa a noite, o erro de ter se descuidado e ter ido por uma ruela escura e o erro de ter olhado para trás.
Instantaneamente quando olhou para trás sentiu sua cabeça bater em algo e voltar para trás. Não era algo e sim, alguém.

-Well, well... vejam quem encontramos – disse uma voz arrastada e grossa. A garota percebeu que os olhos cinzentos do homem a encaravam.

-Lucius Malfoy... – disse Hermione quase que cuspindo as palavras. Os olhos dela já estavam se acostumando com a escuridão. Pôde ver que Bellatriz Lestrange, Avery, Nott, Crabbe, Goyle e mais alguns que ela não conhecia, estavam lá, observando-a com olhos tão estreitos como a linha tênue da ingenuidade e da malícia.

-Uma Sangue-Ruim como você andando pelas ruas a uma hora dessa? És muito corajosa... ou muito tola – disse aproximando-se com os olhos brilhando.

-Hmm! Coragem – disse Hermione ironicamente, começando a altear a voz – Coragem? Quem é VOCÊ pra falar de “coragem”? Pessoas da sua laia não sabem nem o significado dessa palavra.

O sorriso que Lucius carregava logo se desfez com as palavras daquela menina. Ela estava chamando-o de covarde? Pegou a varinha e apontou para ela como se fosse um animal e disse:

-Além de tola é insolente... – passou a varinha pelos cabelos castanhos dela – pena que estou casado. Na minha época de solteiro, mulheres inutilmente “corajosas” como você sofriam.

-Existem outros para fazer o trabalho sujo, Lucius. O Nott está aqui pra isso – disse Bellatriz atrás da menina com um sorriso malvado pairando em seu rosto.

-É por causa de pessoas extremamente idiotas que esse mundo não vai pra frente. Não vêem que o seu lado está prestes a perder? Voldemort... – disse a menina, agora os comensais ali se contorciam – Voldemort irá cair em pouco tempo e vocês irão junto.

-Menina idiota, como ousa falar do Lord das Trevas assim... na minha frente?! – sussurrou Bellatriz, com uma voz letal e cheia de raiva.

-Voldemort é apenas um covarde que não sabe seu lugar! Tanto é que sempre temeu o Professor Dumbledore – disse Hermione com uma coragem imensa invadindo-a e encarando a outra mulher que lá estava – você é apenas um fantoche nas mãos dele e no final disso tudo, vai ser jogada no canto como um objeto sem valor.

-Nunca-insulte-o-Lord-na-minha... frente! – gritou a mulher cheia de raiva apontando a varinha para o pescoço de Hermione. Esta, sacou rapidamente a sua e se protegeu do feitiço que Bellatriz proferira.
Ela sabia que podia sozinha com a Lestrange, mas com os outros comensais também? Ela teve dúvida.

-Crucio! – disse alguém atrás de Hermione, que agora se contorcia de dores por todo o seu corpo. Olhou para trás e viu que Lucius a torturava enquanto os outros comensais riam com gosto.

-Bella, fique calma. Não deves ter raiva com uma... – Lucius parou por um instante e pensou no que ia dizer – uma pobre criatura que nem sabe o seu lugar.

Hermione ainda estava sendo torturada. Estava quase perdendo os sentidos, tudo estava escurecendo, sua respiração amenizando. A dor era dilacerante, como se rompessem todos os seus ossos e os separassem da carne (N/A: *-* tadinha dela TT_TT). Fechou os olhos, ia desmaiar, mas alguém a puxou para as sombras daquele beco e a abraçou. A única coisa que ouviu foi um barulho de aparatação...



N/A: É, eu sei! Ficou pequininho, but é apenas um capítulo piloto, algo assim... por favor COMENTEM o.o não sou nada sem comentários, okay?
Please, comentem, comentem, comentem! Só assim eu posso melhorar a fic com seus comentários xDD tanto destrutivos, quanto construtivos. Beijoooos!!

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