O do acidente

O do acidente



Este NÃO era o capítulo que eu tinha em mente...
mas como uma... Homenagem.
espero que gostem.
;*
~.


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Ai Cara... Eu estou TÃO feliz!

SERIO MESMO! Tipo, sabe quando você TEM CERTEZA de que nada vai impedir você de fazer o que você tem vontade de fazer, mesmo que o que você queria fazer seja um coisa completamente louca e completamente SEM SENTIDO nenhum?!

Então, eu estou assim.

E sabe o que eu quero fazer?

[BEIJAR O JAMES] kir

Só isso... Não é pedir muito né? Não, COM CERTEZA não, especialmente depois dele ter me olhado tantas vezes e ter TANTAS vezes me olhado.. Ou seja, ele olha MUITO e não faz NADA.

[Ui, como eu queria gritar isso pra ele...]

Não agora, porque agora (desculpa ae) eu estou no COLO do James. Há.

(And when it raAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAinss!!)

Cara, nós estamos chegando na minha casa! [Porque eu tenho que dar um cheiro na minha mãe, ou ela me mata] \o/ Estamos num táxi trouxa! IAUSHAIHISUAHSA

Você tem noção do que é isso? Um táxi trouxa atolado de bruxos idiotas sem nada na cabeça. Tipo...

Assim, foi idéia do meu querido Sirius, como sempre, as idéias mais geniais e inescrupulosamente esponjosas (?) vem da ‘massa cefálica’ (como preferir) do Sirius.

Então, por causa do Remus, nós cinco (não me pergunte como) estamos sentados no banco de trás do táxi. Vou explicar:

/cof cof/

Então, estávamos para entrar, daí o Remus perguntou “Isso é um tipo de negócio leva-e-tráz, né?” (?) “É sim, querido Remus”, eu disse na maior inocência.

“ENTÃO O TAXISTA É GAY!”

(¬¬)

Ok, eu tive que sair correndo para o carinha mal encarado não jogar o radinho super ultrapassado dele na gente, porque ele estava ficando meio roxo e com os olhos esbugalhados para o Remus quando ele começou a gritar que o cara era gay...

Agora, SIM, “REMUS... GAY?”

Ok, para vocês não acharem que eu estou de palhaçada e que um cara tão intelectualmente aplicado como meu amigo Remus NUNCA iria dizer tal coisa... Vejamos como foi EXATAMENTE:

- Remus! – Eu meio que dei risada, batendo nas costas dele... – Remus... Remus... POR QUE... – Eu gritei. AH, mas eu GRITEI tanto... – VOCÊ CHAMOU O TAXISTA DE GAY?!

- LILY! – Ele gritou de novo. – VOCÊ NÃO PENSA?!

- Hã?

- O cara fica dando carona pra todo mundo o dia inteiro, o carro dele fica CHEIO de homem e ele simplesmente leva pra todos os lugares?! E VOCÊ VIU A CARA DE TARADO QUE AQUELE CARA TINHA?!

- Remus... Remus, Remus... Taxistas NÃO são gays, meu amorzinho. – Eu disse, sorrindo carinhosamente. [Melhor não contrariar...] – E, além disso, eles COBRAM pra levar as pessoas, que NÃO são só homens...

- EU não entro em um táxi, ainda mais na frente. – Ele falou.

- NEM EU! – Os outros três falaram em coro, e deram tapinhas nas mãos uns dos outros...

- Cara, que maternal... – Eu disse, colocando a mão na testa. – Só me façam um favor... Fiquem bem quietinhos espremidos no banco de trás, e não falem UMA palavra, que eu vou na frente e...

- VOCÊ NÃO VAI NA FRENTE! – James gritou de repente.

- Desculpe?

- Você NÃO vai na frente com um cara tarado pra ele ficar te olhando o caminho todo! – Ele disse, fazendo cara de bravo.

Tipo, BRAVO MESMO!

- James, você não pode estar falando sério...? – Eu perguntei, colocando a mão na testa dele e rindo.

- Lily... – Ele disse, pegando minhas duas mãos e chegando bem perto de mim. – Não vai.


Eu nem tinha como não falar não. DESCULPA, MAS EU SOU FRACA QUANDO O ASSUNTO É JAMES POTTER.

Até você seria. Anyway.

Mas então... Nas laterais estão James (comigo no colo (ui)) e Peter, daí espremidos no meio Remus, do lado do Pete, e Sirius no nosso lado (onde eu tomei liberdade de esticar minhas pernas (há)).

- Han... Vocês têm certeza que não querem vir aqui, ou deixar a mocinha vir? – O taxista perguntou.

- NÃO! – Os quatro responderam em uníssono.



- Way down… - Murmurei, sorrindo pra mim mesma. Porque eu cantarolo sozinha quando eu estou no colo do James, desculpa.

- Oi? – Ele perguntou, me abraçando forte e sorrindo.

- Por que você não quis que eu fosse ali na frente? – Perguntei, colocando minhas mãos em cima do braço dele, que me pegava pela cintura.

Ele aproximou a boca do meu ouvido.

- Não está muito melhor assim? – Ele cochichou e depois me deu um BEIJO no PESCOÇO!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGHHH!

EU ODEIO ESTAR COMPLETAMENTE NAS MÃOS DELE!

Ui.

Arrepio.

Ui.

Cara! Tão lindo! Tão gato, tão TUDO! Uuuuuuuuuui!

- Hum... – Murmurei tentando não deixar transparecer a loucura que estava se passando entre a tarada dentro de mim que queria BEIJAR ele e a Lily orgulhosa que quer dar um tapa na cara dele e dizer POR QUE VOCÊ TEM QUE SER TÃO LINDO, SEU BURRO ENCANTADO? (?)

Eu preciso de terapia.




- HOW COULD NA ANGEL BREAK MY HEART!?

- Gosta dessa música? – James perguntou, com um sorriso meio maroto no rosto.

- Ah, eu nem sou muito dessas musicas... Mas entre elas, essa é muito linda! – Eu falei, meio sonhadora.

- Hum... – Ele disse. Senti cheiro de coisa no ar. Anyway...

- WHY DIDN’T HE CATCH MY FALLING STAAR!?

- Lily, shush! – Sirius me deu um tapa na perna.

- Deixa ela ser feliz Pads... – Remus falou, sorrindo.

- I WHIS I DID, AND WISH SO HARD!

- ESTAMOS CHEGANDO, CARA? – Sirius gritou para o taxista. Nhee, agora ele presta né?




- Chegamos.

- AH, obrigada Merlin! – Sirius gritou, correndo pra fora do carro.

- Foi... 50 libras... – Ele disse.

- 50 LIBRAS!? – Remus gritou. – Eu nem sei que são libras... MAS 50!?

- Remus, vai lá, vai... – Eu disse... – Hehe, ele não é daqui... Aqui está. Obrigada...

- 50 LILY?! EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ PAGOU! – Ele disse.

- Remus, ele já foi embora! – Eu falei, sorrindo.

- Por que não aparatamos? – James perguntou.

- Porque o Sirius queria andar de táxi! – Eu disse, dando tapinhas na cabeça do Sirius. Ele sorriu, feito uma criança que a mãe protege dos irmãos mais velhos e carniceiros.

Então... Vamos?

- Shall we?

- Yep.

- MAMYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYS! – Gritei ao ver minha casa, já com a porta aberta e ela ali, apenas esperando.

- Lily! – Ela me abraçou, FORTE! Auch.

- Tudo bom?

- TUDO BOM NADA, SÃO QUASE DEZ HORAS DA NOITE, VOCÊ TEM NOÇÃO DE COMO EU ESTAVA PREOCUPADA?! – Ela gritou comigo. Gritou muito. – Oi garotos... HEIN LILY EVANS?

- Mamys, estamos no meio da rua... – “Hehe” Sirius e Remus estavam se matando de rir de mim. Gr.

- Ok, vamos entrar? – Ela perguntou, sorrindo para todos. POR QUE ELA SÓ BRIGA COMIGO?

A IDÉIA DE VIR DE TÁXI MAIS DEMORADO NEM FOI MINHA... Eu sei que eu conspirei pra que desse certo, mas não foi idéia minha, no sumo, saca?

- Oi pai! – Eu exclamei, indo abraçá-lo, já que estava no sofá.

- Oi Lily... Oi gente...! – Ele sorriu para todos. – Courtney, você viu o acidente que deu lá no Brasil? – Ele exclamou preocupado, olhando para a televisão, enquanto minha mãe ia para a cozinha. Assim que ouviu, voltou para a sala.

- Não vi nada não! – Ela disse, assim que chegou na frente da televisão.

Eu odeio acidentes... Não sei, não me trazem bons sentimentos. [Ainda bem... Pior se trouxessem].

- Aumenta o volume pai... – Eu pedi, sentando ao lado dele.

- Volume? – Sirius perguntou.

- Shush – Eu disse.

- As últimas notícias internacionais, um avião brasileiro da companhia aérea TAM, perdeu controle na pista de Congonhas, conseguindo controle para sobrevoar a rua principal, na hora do rush, mas logo após atingindo o prédio da própria TAM, que ficava no outro lado da rua...

Cara... Conforme ele ia falando... Ia me dando um gelo. Sério, por dentro, parede que... Sei lá, era como se eu estivesse ali, na frente quando aconteceu o acidente.

Eu ODEIO tragédias... Sinto como se minha própria mãe estivesse lá... EU sinto a dor das pessoas. Cara, é horrível... Quer me ver pra baixo é acontecer algo como isso...

- Caraca... – James disse, olhando para a televisão, depois para mim. Ele sabe que eu sou meio sensível com essas coisas...

- Quando... Quando foi isso pai? – Perguntei, sem tirar os olhos da televisão, onde agora eles passavam imagens do ocorrido.

- Não sabe-se ao certo a causa do acidente, mas como já antes falado, está em aberto a discussão do uso da pista de Congonhas, uma vez que é pequena e ao redor estão várias casas e ruas movimentadas...

- Meu Deus... – Eu murmurei com a mão na boca.

- Bom, não adianta ficar aí olhando... – Minha mãe disse, ela SABE como eu me importo com isso... – Lily, vamos comer alguma coisa?

- Logo vou. – Eu respondi.

Eles foram para a cozinha, todos... Eu queria ver mais alguma coisa sobre...




É incrível como eles não se importam tanto com isso... Se fosse aqui no nosso pais estaria dando notícia uma atrás da outra... Só porque não é aqui.

Eu estou aqui há uma meia hora, só falaram aquilo e agora pouco mais um vídeo... O pior acho.

Era um vídeo do aeroporto, onde as famílias estavam esperando a lista de mortos... Ai, foi horrível .-.

O homem ia falando as pessoas, e as famílias gritando, chorando...

Meu Deus, até quando vai isso? E agora já está assim... Imagina quando Voldemort...

Ah... EU prefiro nem pensar...

- Mais notícias sobre a tragédia com o vôo da TAM em São Paulo, Brasil. Por enquanto os números de mortes são espantosos... Já confirmados mais de 150 mortos... No que está resultando a maior tragédia da aviação brasileira. Mais notícias daqui a...

- Lily... – James desligara a televisão e sentara na minha frente. Eu estava sentada no chão, com as costas encostadas no sofá.

- O que? – Olhei para o outro lado. Acho que meu olho estava meio lacrimejando, pois senti meio molhado...

Parecia que doía no meu coração... Eles estavam mostrando novamente as cenas das pessoas... Das famílias Gritando... Chorando.

Passou a lista das pessoas. Havia três mulheres com o exato sobrenome... Devem ser todas da mesma família. Imagina a dor...

- Lily, você... Esta chorando... – Ele disse, pegando minhas mãos.

- Isso não é justo James... Não é justo... – Eu disse, olhando para ele e... Deixando as lágrimas caírem.

- Calma, calma... – Ele me abraçou, e eu o apertei... E chorei. Podem me chamar de qualquer coisa.

Tipo, porque a idiota está chorando? Ela nem conhecia ninguém lá...

Mas... Eu SIM sofro pelos outros. De imaginar a dor que essas famílias estão passando... A maior tragédia da aviação brasileira.

O que também dói é pensar que... Quem sabe daqui um tempo... Possa ser pior ainda do que isso. Aqui, conosco, com nossas próprias famílias...

O que impede de um dia eu estar em Hogwarts... E simplesmente receber a notícia de que... Meus pais... Aff.

- Lily... Não pensa nisso.

- No que?

- No que você provavelmente está pensando... É terrível, eu sei. – Ele suspirou, eu estava com o rosto no ombro dele. – Eu SEMPRE estarei aqui pra te proteger. Não vou deixar nada acontecer a você, nem à sua família. Eu prometo.

- Espero que você esteja certo.




Estava lá fora. Estava muito frio, mas... Eu precisava de ar. Nem que seja um vento frio cortante o suficiente para tirar aquelas cenas da minha cabeça...

Parece que eu escuto o tempo todo as pessoas gritando... As pessoas que filmaram o avião pegando fogo gritando que havia gente no prédio se jogando... Gritando por socorro, provavelmente queimando.

Lágrimas que pareciam queimar meus olhos caíam. E eu nem me importava mais. Apenas queria... Poder fazer alguma coisa sabe?

Poder estar lá, ajudar a salvar, se é que existe alguém com chance de sobreviver... Ou no mínimo ajudar a consolar os familiares... Muitas vezes tudo o que essas pessoas precisam é um ombro amigo...

Nem que seja para chorar.

- Lily, o que foi? – James disse. Eu os havia chamado.

- Posso pedir uma coisa para vocês? – Pedi, segurando uma bolinha na mão.

- Claro... Quer cantar? – Sirius perguntou, meio sorrindo. Eu pedi para ele e James trazerem o violão.

- Na verdade sim – Esbocei um sorriso. – Quem sabe isso me faça um pouco melhor...

Eles sentaram ao meu redor e James me perguntou o que eu iria cantar...


Sunday Bloody Sunday – Paramore Version


- I can't believe the news today… I can't close my eyes and make it go away. (Não posso acreditar nas notícias de hoje... Não posso fechar os olhos e fazê-las desaparecer.) - Comecei a cantar, fechando meus olhos e levantando a cabeça.

- How long? How long must we sing this song? How long, how long? Tonight we can be as one… Tonight. (Quanto tempo? Quanto tempo teremos de cantar esta canção? Quanto tempo? Quanto tempo... Porque esta noite... Nos podemos vencer essa guerra esta noite...)

- Broken bottles under children's feet. And bodies strewn across a dead end street, but I won't heed the battle call. It puts my back up against the wall… Sunday, bloody Sunday (Garrafas quebradas sob os pés das crianças... Corpos espalhados num beco sem saída, mas não vou atender ao clamor da batalha. Ele me irrita, me encurrala, domingo, sangrento domingo) – Cantei algumas vezes, suspirando no fim. Abri meus olhos, finalmente. Remus e Peter apenas olhavam para baixo, com a mão no queixo e Peter desenhava no chão com o dedo.

Transfigurei a bolinha em um passarinho, sorri para ele. Era amarelinho, bem pequeno. Remus levantou a cabeça, esboçando um sorriso com o canto da boca.

- And the battle's just begun. There's many lost, but tell me who has won? The trenches dug within our hearts and mothers, children, brothers, sisters torn apart… Sunday, bloody Sunday, sunday, bloody Sunday… (E a batalha apenas começou. Muitos perderam, mas me diga quem ganhou? Trincheira cavadas dentro dos nossos corações, e mães, crianças, irmãos, irmãs separados... Domingo, sangrento domingo, domingo, sangrento domingo)

Pulei uma parte que eu deveria cantar.. Não sei se quis ou.. Sei lá, acho que me perdi mesmo. James e Sirius se olharam, meio confusos.

Eu abaixei a cabeça, colocando-a entre minhas mãos e começei a chorar. Eles pararam de tocar e me abraçaram...

Eu não quero perder minha família... Não quero... Ser a familiar que precisa de consolo... EU ODEIO isso... Odeio...

Odeio Voldemort, odeio guerras, desgraças...

Por que o mundo não pode ser... Diferente? Por que tanta gente SEMPRE se importa com coisas tão IDIOTAS e sem sentido, quando tem tanta gente aí fora que sofre, precisa de ajuda...

Eu fico sempre me importando se vou conseguir passar de ano e ser a melhor da turma. Ou se James Potter gosta de mim...

Quando, quem sabe, do outro lado do mundo, uma mãe pensa no que vai dar pra alimentar seu filho no outro dia, ou se é que ele vai acordar vivo.. Ou ela mesma...

Ou uma mãe desesperada porque perdeu duas filhas e a mãe nesse acidente...

Eu não sei mais o que pensar. Amanhã ou depois pode ser um de nós. Mas eu sei que vou fazer DE TUDO pra que Voldemort caia e que as pessoas não precisem passar por tanta... Tristeza...

As pessoas deveriam realmenmte se importar com coisas mais importantes... Como essas. Mas.

Só, sinceramente, oro à Deus para que isso acabe...

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