Noites de Rainha



Antes de começar o novo capítulo tenho que fazer uma pequena observação: O título foi inspirado em "Noites de Reis", perfeito encarnado pelo maravilhoso e digno William Shakeskeare. E abeçoado seja este milagroso surto de inspiração! Afinal, me permite trazer de volta a vida uma das minhas melhores fics, na minha humilde opinião. Obrigado e façam uma boa leitura!
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Um desastre longe de ser ecológico, um trágico momento, uma perdição, um problema...Ah, não sei o que é. Diário, desculpe minha ausência, mas...Não sei nem por onde começar. Minha vida sempre teve altos e baixos, mas nenhum fora tão intenso quanto esse que acabei de passar. Assumi meu amor por Gina perante Hogwarts inteira, fui humilhada, fui louvada, fui criticada...Mas juro que continuo sendo a mesma! Tanto é que, oh meu caro, voltei para te 'prestigiar' com os nada emocionantes ou importantes fatos da minha vida monótona. Ok, não mais tão monotona. Agora tenho uma nova amiga, ela sim é digna do meu respeito e carinho. Christine Lafayette é o nome dela, grande garota. Digo, ela nem é grande, mas...Ah, você entende. É muito divertida, um pouco esquentada, mas muito legal. Esses dias ela brigou com a Gina...Não foi uma coisa nada legal de se ver, sabe, mas...Mas minha melhor amiga socando a fuça da pessoa que eu amo, bem, tenho que admitir que foi até engraçado, não condenei Chris, pois sei como Gina pode ser inconveniente. Olha, se antes você já me achava uma adolescente louca, na fase pré-adulta, problemática, esquisita e tudo mais...Bem, agora vai me achar mais ainda. Resolvi que me afundar na merda não ia ajudar em nada, sabe? Nem quando perdi mamãe foi assim...E olha que eu era uma criança. Hoje me considero uma quase mulher! Quero superar fases difíceis da minha vida e sei que para isso tenho você - estou realmente pirando, eu sei - Chris e...Talvez meus ideáis e tudo em que acredito e tenho fé. É tão complicado explicar para um pedaço de papel todos os últimos acontecimentos da minha vida, há, falando até parece fácil. Eu estou mais extrovertida, não estou? As pessoas tem reparado nisso e comentado. Ah, agora tem a parte de Hogwarts que me admira e a parte que me odeia profundamente...Chris até comentou algo sobre uma pseudo-não-tão-pseudo-seita-anti-Di-Lua-Dyke. Uau! Até uma seita 'from hell' para me pegar? Ah, cansei. Eu nunca liguei muito para o que dizem de mim, e hoje quero ligar menos ainda. Olha...Tem muitas coisas que quero escrever aqui, mas não tenho muito tempo. Combinei de mostrar um segredo para Chris, sabe, a sala secreta. Vou indo, beijos da sua Lua."

- A gente já tá chegando, Lu? Olha...É bom não ser uma brincadeira boba, viu! - Chris estava muito ansiosa - mesmo - para conhecer a tal e famosa sala secreta. Agora seria a terceira pessoa a ter conhecimento do lugar, que honra, não? Felizmente Gina havia conseguido guardar pelo menos aquilo em seguida. Ah, Gina. Problema ou solução? Nos tempos atuais, para Luna, já não era mais tão fácil responder. Amava-a intensamente, mas sabia que seria um grande sacrifício e risco adentrar de cabeça novamente naquele "ninho de cobras" chamado Ginerva Weasley. E era como Chris havia sugerido: Dê tempo ao tempo, se ela realmente gosta, vai sentir falta. E era isso que Luna estava fazendo. Dando um tempo em tudo na sua vida, tentando apenas ser feliz, como sempre tentara fazer - até mesmo sem perceber. - Se eu cair...Ahh, juro que te ensino muito bem na mais prática das práticas como dar aquele soco de direita que derrubou a siliconada! - Ria, aliás, agora gargalhava. Era deveras divertida e maluca ao alcance de Luna, uma servia para a outra como luva, verdadeiras amigas.

- Confia em mim, Chris. Calma, já vamos chegar. - Os olhos da mais jovem estavam vendados e Luna guiava ela pela mão. Não ligava, o Papa trouxa podia passar por ali e condená-la com os olhos, não ligaria mesmo assim. Não tinha mais nada a dever a ninguém, e era crente que ela e Chris eram realmente boas amigas, assim quase como...Irmãs. Mas assim como Luna caíra um dia, Chris também estava seguindo os passos de sua amiga. Primeiro a excêntrica do colégio se apaixona pela popular, aí então a novata pela excêntrica...É, vai entender esse maluco do amor. Mas é como dizem: Os deuses sabem o que fazem, e eu espero que realmente saibam. - Ah, que medo! Então a jovem Christine vai ter coragem de machucar a pobre e inocente Di-Lua-Dyke-Lovegood? Olha só, hein! É como dizem por aí...Se mexer comigo eu posso te passar meus "germes" de lésbica! - Brincou rindo também, mas havia ficado balançada pelo simples fato da existência de Gina surgir na conversa. A quem ia negar? A amava sim, não escondia, mas tentava reprimir. Abriu a porta da sua sala secrete, lugar especial onde amadurecera muito mais do que queria e sorriu. Era final de tarde, tarde de Sábado. Um arrebol delicioso cobria o céu, dando um toque especial e divino a tudo. Luna guiou Chris até o centro, ainda puxando-a pela mão e respirou fundo. - Vou contar até três...No três você abre os olhos, ok? - Perguntou com certa ansiosidade no tom de voz agitado.

- Ok, ok, como quiser! - Ela balançava o corpo de forma engraçada, mostrava-se realmente feliz por poder conhecer o famoso "Palácio Encantado" de Luna. Era quase como...Uma honra. Christine parecia ter, naquele momento, todas as dificuldades respiratórias existentes, ou que o ar simplesmente fogia dela. Pode ouvir Luna sussurar vagarosamente os número, segurou com firmeza uma das mãos de Luna e mordiscou o lábio inferior, praticamente rachando-se de tanta curiosidade. Talvez fosse simplesmente pelo fato de estar ali, perto de Luna. A mão dela segurando a sua, trocando toques e suores, a proximidade...Enfim, o simples fato de estar acompanhada pela pessoa que mais sentira afeto em toda sua vida. "Três" ouviu com clareza, mesmo sendo apenas um sussuro.

Abriu os olhos devagar e logo se surpreendeu com o que viu. Era perfeito, simplesmente perfeito. Um lugar arrumado e bagunçado ao mesmo tempo, almofadas coloridas, panos, rádios, posteres e duas janelas consideravelmente grandes, mas o mais impressionante era o efeito da iluminação natural. O arrebol, o mais belo de todos que já vira em sua vida. A luz invadia a sala sem pedir licença, mas nem precisava. Tudo ganhava um tom amarelo alaranjado e ficava estranhamente maravilhoso. Chris era uma apreciadora de artes e da natureza, aquele momento foi tão lindo e tocante que não se segurou, algumas lágrimas rolaram por seu rosto expressando toda a comoção da jovem. Ela virou-se, girando apenas os calcanhares, e abraçou Luna, deixando as lágrimas escorrerem naturalmente. Isso é simplesmente...Maravilhoso. murmurou ela para Luna. Estava deveras encantada, quase que paralizada de tantos sentimentos que iam e vinham em um só momento.

- E então? Gostou? - Perguntou enquanto se jogava em cima das almofadas roxo-púrpura com um sorriso amigável nos lábios. Estava tão mudada...Talvez a dor ajuda a aprender ou amadurecer, quem sabe. A inocência fúnebre, a timidez, a introversão...Simplesmente haviam se dissipado com o tempo. Pegou um chiclete, daqueles ácidos e que colorem a língua, no bolso interior do casaco, jogou um para Christine e mascou o outro. - Esse lugar é como um 'jardim secreto' para mim. Sempre que preciso de um tempo sozinha, preciso parar o mundo, descer e pensar...Venho pra cá. Agora...Só existem três pessoas que sabem desse lugar: Eu, você e...Você sabe quem...Não conte para ninguém, ok? - Ela falava e sua boca ia mudando de cor. Azul, amarelo, vermelho, roxo...Uma beleza de arco-íris, na verdade.

- Gostei? Gostei? Lu...Eu simplesmente amei! Esse lugar é...Perfeito. Obrigado por me dar essa honra. - Ainda estava comovida, dava para ver suas pernas tremerem um pouco, bem pouco, mas dava. Ela andou vagarosamente até onde Luna estava e se sentou também, só que com delicadeza. Abriu o chiclete e começou a mascá-lo enquanto prestava atenção no que Luna dizia. Era engraçado, pois tudo saía num tom 'colorido'. - Claro. Eu sempre vou guardar todos os seus segredos...Você sabe que pode contar comigo, não sabe? - Perguntou delicadamente, mas com um semblante incrívelmente sério. Agora parecia tão crescida, e não tão menina como sempre era. Luna espantou-se um pouco e sentiu uma sensação estranha, algo que não sabia explicar.

O silêncio era grandioso, de valor inestimável. Talvez se as jovens se concentrassem poderia ouvir com clareza os corações batendo, o fluxo de sangue em cada um dos corpos. Luna respirou fundo, é como se Christine pudesse ter ouvido isso claramente. Os olhos estavam fixos um no outro, os olhares, as atenções...Pertenciam apenas um ao outro. A mão macia e delicada de Chris ultrapassou a barreira imaginária que as deixava tão distante e tocou o rosto de Luna. Um toque quase que angelical, cheio de carinho e bons sentimentos. Luna sorriu e fechou os olhos, como se quisesse experimentar mais daquele toque. Christine aproximou seu corpo do da loira e deitou a cabeça em seu peito, como se esperasse para ser beijada. Uma das mãos da jovem procurou a mão de Luna e se agarrou nela, acariciando lentamente sua superfície e seus dedos. Era tudo, tudo que Christine precisava. Estava no único colo que realmente já quis estar, no colo de Luna Lovegood. Olhou para cima e viu a garota ainda de olhos fechados, sorrindo. Esticou o pescoço e deu um beijo suave e demorado no queixo da outra, preparando-se para envolvê-la de vez. Os segundos demoravam a passar como se fossem meses, era um momento tão crucial e especial...Finalmente Luna abriu os olhos. E na sua frente estava Gina Weasley, sorrindo e tocando seu rosto, preparando-se para beijá-la. Os olhos de Luna ficaram marejados e o sorriso estendeu-se quase de orelha a orelha...Como podia ser? Finalmente seus maiores sonhos, anseios e desejos seriam realizados? Ia desfrutar daqueles lábios...Mágicos?

- Pare! PARE COM ISSO LUNA! Você está pensando na Gina, não está? Pode me contar! - Christine era mais nova, mas estava muito longe de ser a mais boba. Era muito esperta, percebera que Luna não ia beijá-la, não ela, não Christine, mas sim uma outra ruiva qualquer aí. As lágrimas rolavam pelo rosto de expressão decepcionada de Christine. Ela não podia mais suportar aquilo, será que Luna era cega? Aliás, Luna havia acordado do transe e agora estava com um ponto de exclamação pregado em sua face. - Eu cansei, sabe? Cansei de esconder o que eu sinto por dentro. Luna...Você fica aí, sofrendo, se engando pela Gina...Mas não vê que em volta de você existem pessoas que te amam! Pessoas que fariam tudo por você...Pessoas que querem estar com você...E Luna, eu juro...Eu sou uma dessas pessoas. Será que não estava óbvio o suficiente? - Talvez as lágrimas fossem rio, agora. Luna só conseguia ver o estrago que fizera, e sinceramente? Sentia-se mais do que péssima. Não queria jamais fazer alguém sofrer, não como sofrera. Mas por que Christine? Logo essa que bem sabia dos verdadeiros sentimentos de Luna, de quem ela realmente amava. - Luna...Eu te amo! Te amo muito...E seria capaz de tudo por você. Eu sei, é pouco tempo...Mas eu sei que é real! Eu...

- Pare, Christine! Quem tem que parar é você, me ouça, ok? - Luna estava muito abobada e decepcionada com a situação. Não queria jamais que alguém sofresse por ela. Pois era fato, não queria ser amada por mais ninguém além de Gina, pois sabia que não ia poder retribuir. Respirou fundo e colocou as duas mãos no rosto da outra garota, limpando as lágrimas dela. Beijou a bochecha de Christine e depois se afastou. - Você é minha melhor amiga. Você sabe de tudo...E não vejo como você pode ter se apaixonado por mim! Christine Lafayette! Você muito bem sabe que quem eu amo é Gina Weasley, nunca escondi isso de ninguém! Ninguém! E quem me dera que ela me amasse, sabe? E eu quero, por favor, que você esqueça qualquer coisa além de amizade que sentes por mim. Eu te amo muito sim, mas como amiga! Não posso e não consigo retribuir esses sentimentos, entende? Me perdoe...Se eu pudesse, eu o faria. Mas eu amo outra pessoa e você sempre soube! Tente entender, tente me esquecer...E se isso se tornar uma tarefa difícil...Verei-me obrigada a sair da sua vida por um tempo, pois a distância ajuda a esquecer. Não quero ver você, minha amiga, sofrendo por mim. - Jamais ia se orgulhar do que fizera, mas tinha que fazer. Ia dizer o que? Que também a amava? Não! Sabia muito bem que a mentira doía, machucava...Não podia fazer alguém que gostava passar por isso, aliás, ninguém merecia isso. Ela bem sabia, havia sido vítima do mesmo mal.

- Não! Não se afaste de mim! Eu amo você...Não me deixe, ok? Não me deixe nunca! Vou tentar reprimir o sentimento, sei lá...Mas não...Tudo o que eu menos quero é perder você, Lu. - Chegava até a dar dó. Ela chorava feito criança, chorava muito mesmo. Segurava a manga do sweater de Luna e tentava puxá-la devagar para si, em vão. Tudo que fizera seria em vão, seu lado racional sabia bem disso, mas e o emocional? Não tinha culpa...Ou tinha? Bem, difícil saber. Luna puxou a garota para si e abraçou, tentando cessar seu choro. Ambas sofriam, uma por amar e a outra por amar também, mas todos os casos eram diferentes, muito diferentes. Beijou a testa da jovem e limpou as lágrimas dela novamente, encostou sua cabeça na parede - com vontade que esta engolisse sua cabeça - e fechou os olhos. Os fatos a seguir ocorreram todos muito rápidos, ao mesmo tempo e sem maiores explicações. Um baque forte indicava só uma coisa: A porta fora escancarada. Logo as atenções das duas fora chamada, olharam para o lado e ficaram realmente chocadas.

- É assim que você me ama? É assim que você faz juz ao sentimento que sente por mim? Ou melhor...Diz que sente, não? A sua amiga marginal me machuca e você não me defende...Diz que me ama...Mas está aqui, com ela! - O olho direito estava com um leve tom arroxoado e os lábios inchados, Gina chorava e tinha os braços trêmulos cruzados na frente do corpo, na altura do peito. - Depois você diz que eu menti pra você...Menti sim! Mas pior você...Você que me deixou confusa e mentiu pra mim dizendo que me amava! Eu te odeio, Luna Lovegood! - Ela virou-se, debruçada em lágrimas e saiu correndo. Corria feito o vento, sentindo o impacto da dor e decepção chocar-se contra seu corpo. Era como se sua fortaleza tivesse sido desarmada, desabado. Luna ainda estava digerindo os fatos, lerda como sempre acreditava ser um sonho ou pesadelo, mas quanto sentiu o vento gélido arrepiar todos os pêlos de seu corpo notou que tudo era real. Levantou-se, sem mais nem menos, e correu sala à fora sem olhar para trás, deixando uma Christine muito confusa, chateada e decepcionada.

- GINA! GINA! ESPERE! FOI UM MAL ENTENDIDO! - Estava ofegante, tinha que correr uma longa distância muito rápido para alcançá-la, e como todos bem sabem...Luna não é lá uma das melhores alunas em condicionamento físico. Não estava agindo com a razão, mas sim com o coração. Era como já havia dito, Gina podia machucá-la mil vezes, mas se cada mil vezes pedisse perdão ela ia perdoar, se a chamasse para um abismo, ela se jogaria. É o amor e suas loucas razões que não cabem em outras razões. Complicado, né? Não tentem entender, pois só aqueles que amam entenderão.

- Mal...Mal entendido? Eu vi tudo, Luna. - Havia parado de correr, não por que daria uma trégua, mas sim por que estava exausta. A temperatura gélida congelava seus pulmões, as lágrimas quase que congelavam também e não estava muito disposta, seu corpo ainda doía pelos socos. - Você é quem brincou comigo! Sabe...Nos últimos dias, nas últimas semanas...Quando você "partiu" deixou minha vida de cabeça para baixo...E agora que está voltando está fazendo a mesma coisa de novo! Uma pessoa se torna eternamente responsável por aquilo que cativa... - Gina não tinha forças nem para chorar, não se alimentava direito - e era notável, perdera peso e cor - e também estava esgotada. Caiu no chão, ajoelhada e tossindo forte.

- Christine gosta de mim, mas eu não gosto dela! Ela não é nada para mim além de uma boa, excelente e melhor amiga! EU NÃO A AMO, GINA! EU AMO VOCÊ! ENTENDEU? VOCÊ É QUEM EU AMO! - Gritava enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Havia errado novamente, pois sentiu um olhar fuzilar sua nuca, quando se virou viu Christine chorando. Fora a pior coisa que já fizera ou vira em toda sua vida, pois podia ouvir o barulho do coração da outra se quebrando, ela entreabriu a boca para pedir perdão, mas era tarde. Christine já corria para o lado oposto feito um raio. Estava perdida, não sabia o que fazer e ouviu a voz de Gina novamente. - Desculpa por ter deixado sua vida tão confusa...Se eu soubesse que isso ia acontecer nunca teria feito parte dela. Demorei muito tempo para entender e aceitar o que eu sentia, mas quando vi que só podia ser isso e não tinha outra saída...Então para mim era aceitar ou sumir de vez e virar um nada. Então eu aceitei, e esse foi um grande passo para eu começar a viver de novo e a entender melhor muita coisa. - Luna ajoelhou-se também e encarou Gina nos olhos. Fora um grande e lindo encontro, os olhos castanhos incrívelmente penetrantes de Gina e os olhar acinzentado de Luna, cheio de vida e misterioso. Luna sorriu e pegou nas mãos de Gina, ainda encarando-a.

- Foi muito doloroso pra mim também passar esse tempo todo sem falar com você. Demais. Mas eu nunca reclamei, sempre achei bem feito pra mim. Tipo,"Idiota! Quem mandou você mentir assim pra ela? Agora aguenta! Esquece!". Eu via qualquer coisa que acontecia de ruim comigo como um "castigo merecido". Luna...Você se tornou parte de mim, assim como eu de você. - Gina ainda chorava, mas não quebrava o contato visual que era perfeito. Nunca sentira-se tão completa e sincera como naquele dia, nunca se sentira tão...Única. Tentou sorrir, mas o mais perto que chegou foi ficar boquiaberta.

- Eu farei uma cabana de salgueiro em teu portão. E meu espírito entrará em sua morada. Comporei canções de uma amor proibido e cantarei insistentemente até mesmo na calada da noite. Gritarei teu nome para que as colinas ressoem e transformem o balbuciar do vento em um grito, Gina! Gina! - Achou o momento propício o suficiente para citar Shakespeare, seu autor trouxa favorito. Seus olhos ficaram marejados e ela os fechou. Sabia, de alguma forma, que aquele seria seu primeiro beijo. Seu primeiro beijo de amor com a pessoa amada. E assim foi. Gina se aproximou, colocando uma das mãos na cintura de Luna e a outra em seus cabelos, afagando-os. Luna retribuir os carinhos e apenas desfrutou daquele momento perfeito. As línguas se entrelaçaram em um puro, delicado e sincero gesto sublime de amor. Os corpos e os espíritos estavam envolvidos em um só, agora.

E o que seria daquele dia em diante? Será que a felicidade finalmente alcançaria Luna e daria sua mão a ela? Ou era apenas mais uma jogatina do destino? No próximo capítulo vamos descobrir.

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Espero que gostem do capítulo 7! Eu estava muito empolgada para escrevê-lo e me identifico muito, muito mesmo com ele.

¹ - Citação de Shakespeare na peça "Noites de Rei" e também é citado no filme Lost And Delirious, mas a original é de Shakespeare ^^

Comentem!

Ah, e valeu ao pessoal do fake (Kimberly Khvostov) que leu a fic ou elogiou *-*

beijobeijosmack ;*

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