O florescer da amizade



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O tempo havia melhorado muito, se comparado à noite anterior. Gina ainda estava muito abalada, o estado de seu pai era crítico e ela mal sabia como ele estava, porém uma grande parte do vazio que sentira havia sumido. Luna, muito gentil e compreensiva, havia passado a noite toda ao seu lado, acariciando seus cabelos e dando palavras de apoio, como uma verdadeira amiga. A bela ruiva estava grata por demais, sentia que ainda podia contar com alguém.

Estavam em uma sala abandonada, que por muitas vezes Luna usara para devanear e passar o tempo longe de zombações, deitadas em almofadas roxas – púrpuras conversavam sobre os mais diversos assuntos, tentando dispersar aquele clima triste de antes. Resolveram entrar em um tipo de joguinho da verdade, onde uma perguntava coisas à outra, e esta tinha que responder com sinceridade. Gina tinha uma língua afiada, fazia perguntas atrevidas que deixavam a jovem Luna encabulada, às vezes chegava a ficar semelhante da almofada.

- Minha vez de perguntar – Falou Gina sorrindo maliciosamente, enrolava uma mecha dos cabelos ruivos chamativos no dedo indicador. Estava pálida, muito mais do que o normal e tinha os olhos inchados e vermelhos, com certeza ainda estava abatida, mas o sorriso fazia melhorar grande parte disso tudo. Ouvira muitas vezes seus amigos falarem da “di-lua”, uns falavam que ainda era virgem e também nunca havia beijado, mas Gina achava que não, afinal, por mais estranha que fosse Luna ainda assim tinha uma beleza. Beleza esta que, era totalmente diferente das demais. Algo exótico e interessante. – Então...Luna...Você já beijou alguém...Na boca? Ou já passou de apenas uns amassos?

- É...Erm...Eu?? – Luna havia se superado, estava mais roxa que a almofada. Sua respiração estava acelerada demais e seu coração disparado, sua timidez era muito mais do que evidente. – Claro que já beijei, que bobagem! – Na sua testa estava estampado em vermelho – chocante, “Mentira!”.

- Aaaah...Qual é Luna, seja sincera! – Agora Gina tinha certeza do que seus amigos haviam dito, ela era realmente boca virgem. Estranho, pois milagrosamente ela não via defeito algum na menina, a não ser o fato de ser meio pirada e isolada, só isso. – Vai me dizer que nunca deu uns pegas em rapaz algum!? – O tom de deboche e pena na voz de Gina era perceptível, ao mesmo tempo em que ela achava a situação comum, sentia muita pena da garota. Era muito dependente de relacionamentos amorosos, fossem estes passageiros ou não, gostava de abraçar e beijar, mesmo que fosse só por curtição. – Tá, não precisa ter vergonha... É...Natural. Meu primeiro beijo foi...Bem, não lembro direito quando foi, mas faz um tempinho. É bom demais, não sei como viver sem...Sou uma viciada!Haha – Falou suspirando e depois riu.

- Tá...Eu nunca beijei. – Respondeu sinceramente e com uma grande carga de frustração na voz. Não que nunca tivesse tido chances, pois houve uma. No seu quarto ano em Hogwarts, o baile, um garoto da Lufa-Lufa tentou beijá-la, mas ficou assustada e acabou jogando um feitiço nele, os dentes do rapaz cresceram e ele ficou furioso, depois espalhou para os demais que ela era uma negação. – Mas por acaso isso é crime, é?

- Ah, claro que não! Mas quem tá perdendo é você, bobinha. – Gina falou brincando, mostrando a língua e virando-se para Luna, antes estava deitada no colo desta.

Os olhares se cruzaram, ambos eram profundos. Os olhos grandes, azuis e expressivos de Luna brilhavam, mordiscou o lábio inferior ao fitar com desejo os lábios carnudos de Gina, estavam úmidos e avermelhados. Nunca havia reparado em como a ruiva era bonita, o olhar de Luna atreveu-se mais, caindo e sendo fixado pelo decote avantajado de Gina, suas maçãs do rosto ficaram vermelhas e seu corpo começou a queimar, seus lábios ardiam e suas mãos latejavam, nunca havia se sentido assim antes, ofegava e piscava os olhos, como se quisesse conferir se aquela mulher na sua frente era de verdade. Gina apenas achou engraçado, um pouco estranho talvez, não sabia direito o que fazer naquela situação, mas pensou seriamente em puxar Luna para um beijo ardente e atrevido, o primeiro beijo da loura.

Cuco!Cuco!Cuco!Cuco!

O relógio de Luna atrapalhou aquele momento crucial, apitou loucamente e fez as duas despertarem de seus transes.

- Bem, tenho que ir. Meu irmão chega daqui a pouco para me levar pro...Você sabe, e eu nem arrumei minhas coisas. – Deu um beijo suave e delicado na bochecha de Luna e sorriu simpaticamente, enquanto levantava e arrumava a camisa. Fechou os botões que deixavam a blusa decotada por demais, para seu irmão não perceber nada grave e suspirou. – Obrigado por tudo, Luna. Até mais ver. – Deu uma piscadela marota e saiu. Deixando para trás uma Luna confusa e atordoada, boquiaberta e ofegante.

O coração da inocente Corvinal ainda batia acelerado, sua respiração estava ofegante e sentia um calor fora do normal. Não conseguia se mover, seu corpo ainda latejava e ela tentava decifrar o que realmente havia acontecido.
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Desde a manhã de domingo Luna não fazia nada direito. Havia se confundido nos deveres, dormido mal e tentado beber sua tortinha de abóbora, enquanto comia seu suco de uva. Já era avoada antes, depois disso então...Caminhava derrubando as coisas, trombava nas pessoas e se confundia facilmente. O que havia acontecido naquela sala não fora nada demais, mas mesmo assim mexera muito com ela. Agora enxergava Gina com outros olhos, não a achava mais fútil, vulgar e dispensável, acreditava ter uma amiga em potencial, sua amiga de volta. Flutuava pelos corredores, com a mente longe dali. Às vezes suspirava, olhando vazio para os quadros que a olhavam intrigados.

- O que essa menina tem, Lopes? – Perguntou o quadro de uma mulher muito bonita, parecia ser uma camponesa. Tinha um cesto de flores e algumas margaridas no cabelo.

- Não sei, Margareth. Mas ela está bem longe daqui, ô se está! Deve ser o amor, ah meu merlim, esse sentimento venenoso tem afetado os jovens tão cedo... – Lamentou-se.

Luna não havia ouvido absolutamente nada, estava muito longe dali. Estava pensando em muitas coisas, Magia, Gina, Provas, Gina, Hogsmeade, Gina, seu pai, Gina, é, Gina estava sempre presente em seus pensamentos. O que estava acontecendo com ela? Aquilo não era e não podia ser normal, mas com quem ela ia falar sobre aquilo? Não tinha amigos para confiar, então tinha mesmo é que escrever.

O que eu estou me tornando? Por que quando estou perto de Gina me sinto tão bem, mas como se queimasse? Por que ela desperta coisas estranhas em mim? O que será isso?
Gostaria de ter alguém do meu lado, alguém que eu pudesse confiar e contar tudo, mas só tenho essas folhas de pergaminhos em branco. Os cabelos de Gina são tão macios, cheirosos e me fazem querer continuar a acariciá-los cada vez mais. Os olhos dela são sinceros, pedem por atenção e afeto, o corpo dela nem parece de uma menina de dezessete anos. Ela já é tão mulher...Por que eu fico reparando nessas coisas? Por que?
Eu não sou lésbica, tenho certeza disso! Gosto de garotos e babo por atores trouxas...Como por exemplo,...Bem...Como aquele ator que faz um seriado...Ah acho que é uma mulher, mas ela parece homem!
Eu não posso gostar da Gina, ainda mais que nós voltamos a sermos amigas agora. Sabe, acho que eu confundi tudo, sou uma boba infantil mesmo. Amanhã, quando ela voltar irei resolver isso tudo e ver que não passou de uma confusão idiota. Acho que estou começando a gostar desse negócio de diário, me faz sentir mais leve. Como essa é a primeira vez que escrevo, vou ser breve. Depois volto com mais novidades, beijos Lua.
P.s: irei assinar sempre como Lua, meu novo codinome, mas isso só será entre nós, ok diário?


Já havia lido muitos livros onde as meninas, personagens principais, escreviam em seus diários. Ia escondê-lo atrás da sua cama de dossel azul – bebê, em um pedaço da madeira solto. Não ia compartilhá-lo com mais ninguém, a não ser que fosse necessário. Seria um bom modo de registrar suas memórias e lembranças. Estava anoitecendo, logo seria o jantar. Pensou consigo mesma se Gina voltaria para o jantar ou só no café da manhã do dia seguinte, condenou-se por estar pensando novamente nela e desceu. Quando passou pelo Salão Comunal, algumas meninas olharam torto para ela, achavam-na esquisita demais. Mas ela não ligava, aliás, não dava a mínima para o que pensava dela. Outros lhe fazem gracejos pelas costas, mas ela é a encarnação da indiferença e não se importa com o que dizem. Passou pela porta sem ligar para as risadas que ficaram para trás, estava abraçada há alguns pergaminhos e uma mochila. Talvez se sua mãe ainda estivesse com ela, não precisaria ser tão confusa.

Quando entrou no Salão Principal, ninguém notou sua presença, todos continuavam com sua habitual indiferença, como se ela nem estivesse lá. Sentou-se e espremeu-se em um dos cantos da mesa da Corvinal, ao seu lado estava um tal de Helius, um garoto loiro, gorducho e bobalhão do quinto ano.

- Olá! – Disse ele com um sorriso simpático no rosto.
- Oi. – Seu tom de indiferença e calmaria era sempre o mesmo. Muito franca e avoada, às vezes Luna era uma excelente companheira para as conversas, às vezes não passava de um poste voador.
- Como vai? – Falou, lutando contra uma batata que rolava em seu prato. Ele chegava a ser meio patético e meio engraçado.
- Bem, obrigado. E você?
- Ah, acho que estou bem. – Falou com a boca cheia de batata, havia finalmente vencido.
- Acha? Ou você está ou não está. Você devia comer menos, ia te fazer melhor. Dizem que pessoas muito go...
- DÁ PRA CALAR A BOCA MENINA? EU NÃO TE PERGUNTEI NADA! – Falava estupidamente, como se fosse outra pessoa. Agora o garoto estava bem vermelho e irritado, havia odiado a sinceridade de Luna e ia se vingar. – NÃO! EU NÃO VOU BEIJAR VOCÊ, DI-LUA! – Gritava em alto e bom som, para todos ouvirem. – SÓ POR QUE VOCÊ É DO SÉTIMO ANO E EXCLUIDA NÃO FAZ DE MIM SUA SALVAÇÃO!

- Seu... – Luna estava muito chateada, como uma pessoa cheia de fé, acreditava que nem todas as pessoas que lhe cumprimentassem queriam lhe fazer mal, mas parecia que não era bem assim. Como ele sabia do incidente do beijo? Como ele podia tocar em um assunto tão íntimo dela como se a conhecesse? Será que Gina podia ter falado algo ou divulgado para a escola inteira? Desesperada, olhou para a mesa da Grifinória, mas não a viu. Todos do Salão que prestaram atenção na bagunça haviam ouvido, a maioria ria muito, principalmente alguns garotos da Sonserina.

- Haha! A Di-Lua quer namorar o bola! O casal perfeito! Haha! – Falou um rapaz pálido de cabelos negros, acabara de se levantar na mesa da sonserina.

Não ia ligar para aquele bando de idiotas, mas não podia negar que estava um pouco chateada. O que tinha de tão ruim naquilo? Levantou-se, pegando sua mochila e os pergaminhos e saiu, fingindo que nada havia acontecido e que as milhares de risada atrás de sua cabeça na verdade não eram para ela, ou dela.

Começou a andar cada vez mais rápido, desejando que tudo aquilo fosse um pesadelo. Como as pessoas podiam saber tanto da vida umas das outras? Lembrou de Ernest, o garoto da Lufa-Lufa que tentara beijá-la. Na semana passada, quando ela passou na frente dele, ele zombou dela e estava acompanhado por um grupo de garotos, o gorducho estava entre eles. Sentiu-se extremamente aliviada quando pode descartar a hipótese de ter dedo da Gina nisso. Estava viajando em seus pensamentos, caminhava a esmo e sem ligar para nada, se uma bomba caísse ao seu lado ela nem perceberia, contanto que não lhe enchessem o saco estava ótimo.

Enquanto pensava, deu um tapa em sua própria testa ao se lembrar que havia esquecido de pegar algumas rolhas de garrafa, precisava passar o tempo e queria fazer novos colares, quem sabe talvez até um par de brincos. Olhou para o teto e ficou admirando a forte estrutura do castelo, caminhando vagarosamente. Olhou para uma estrela e por um momento viu o rosto de Gina dentro dela, piscou e coçou os olhos assustada, achando que agora sim estava ficando louca. De repente, sente seu corpo se chocar contra algo.

Ela caiu no chão, fora um baque violento, sendo que a outra coisa parecia ter corrido em sua direção. Resmungou algo e olhou para frente, não havia trombado em uma estátua, como pensou que era, e sim em alguém.

- Ah, me desculpe, eu estava distraída. – Falou calmamente enquanto pegava os pergaminhos que haviam caído.

- Não foi nada, Luna. Machucou? Eu não...Eu não devia correr – Gina falava choramingando, fungava e ainda tinha os olhos inchados.

- Gina...Seu pai, como ele está? – Falou naturalmente, não sabia por que, mas não tinha medo e nem receio de falar da morte ou de coisas graves.

- Não tá nada bem...Eu vi como...Ah Luna! – Abraçou-a gritando silenciosamente de desespero, as lágrimas rolavam pelo rosto pálido e com algumas sardas, só paravam quando se secavam encontrando o suéter azul acinzentado de Luna.

Luna passou os braços pelas costas de Gina, envolvendo-a. Acariciava com cuidado seus cabelos, dando o máximo de atenção e carinho. Deixou seus pergaminhos e sua mochila jogados no chão, não tinham importância agora. Ela estava com alguém que precisava de seus cuidados. Sentia a respiração quente de Gina em seu pescoço, e queria fazê-la parar de chorar.

- Gina, eu sei como se sente. Você sabe...Eu...Perdi alguém que gostava muito, minha mãe. Mas só que eu não pude fazer nada, apenas...Assisti tudo. Mas você pode, pode ajudá-lo a se recuperar e pode aproveitar bons momentos com ele, antes que seja tarde.

A ruiva apenas assentiu com a cabeça, não tinha condições de falar nada. Seu rosto estava gelado, coberto pelas lágrimas. Pela primeira vez não usava uma roupa ousada, e sim uma jeans surrada e uma camiseta preta de banda trouxa, não tinha nem vontade de se arrumar. A preocupação em demasia a deixava louca, queria poder ajudar sua família que estava sofrendo pelas constantes perdas, queria estar ao lado de sua mãe para consolá-la.

- Você quer comer alguma coisa? – Perguntou preocupada.

- Não...Eu só quero ficar longe de tudo...Todos. Me leva lá de novo, é tão...Silencioso. – Choramingava.

- Ok. – Sorriu e pegou na mão da garota ruiva, para guiá-la. Foi instintivo, nem percebeu que o fez. Colocou a mochila nas costas e com uma mão segurava os pergaminhos, com a outra levava a mochila de Gina.

Entraram na sala abandonada em silêncio, felizmente não havia ninguém lá. Aliás, provavelmente ninguém além de Luna (e agora Gina) sabiam da existência daquele lugar. Luna colocou as coisas num canto, ajeitou as almofadas e ajudou Gina a se deitar lá, sentou-se do lado e ficou olhando-a, como se a contemplasse.

- Luna...Você me ama? – Gina mal sabia o que dizia, estava falando qualquer coisa, pois estava cansada, morta de sono e confusa com tudo.

Luna não respondeu, ficou vermelha, quase roxa. Mas felizmente estava escuro o bastante para Gina não perceber. Não sabia o que responder, dizer ou fazer. Apenas sorriu para si mesma, tentando evitar ficar mais embaraçada ainda. Acariciou o rosto de Gina e levantou-se, indo olhar para uma janela toda quebrada que mostrava a bela lua cheia.

Gina havia pegado no sono, finalmente. A paz que Luna lhe trazia era inexplicável, finalmente conseguira dormir um pouco. Luna olhava esperançosa para a lua, como se estivesse reabastecendo suas esperanças. Um vazio parecia ter nascido dentro dela naquele momento, lembrou-se de muitas coisas de seu passado. Como sentia falta da A.D ou das lutas cheias de coragem que os amigos enfrentaram juntos, sentia muito por Harry e todos que morreram naquela confusão, até lembrou-se de sua mãe, que morreu tragicamente. Mas por um lado, tinha motivos para sorrir. Gina ainda continuava lá, e havia voltado a ser o que era antes, e Hogwarts estava funcionando. Não tinha tanto o que reclamar. Ia ser a segunda noite que passaria fora do dormitório, mas não via grandes problemas nisso. Afinal, ninguém sentia sua falta mesmo. Mas e Gina? Ah, não ia perturbá-la por besteiras, ela parecia dormir tão bem. Luna deitou-se do lado de Gina e a abraçou, com cuidado e carinho para não acordá-la. Sentiu uma imensa vontade de proteger a amiga, como se algo ruim pudesse acontecer a qualquer momento.

Luna acordou com o sol cegando-lhe a vista, levantou e jogou um pedaço de pano marrom na janela, pendurando-o para não acordar Gina. Dentro de meia hora as aulas iam começar, elas ainda tinham que comer algo e se arrumar. Gina ainda dormia, feito uma criança. Luna não se deu ao trabalho de pentear os cabelos, afinal estavam sempre bagunçados, desceu correndo para o Salão Principal. Embrulhou pães, doces e frutas em um guardanapo e pegou uma caneca de suco, sem ligar para os olhares curiosos correu de volta para a sala. Gina ainda dormia, era incrível.

- Gina, é melhor você acordar. Daqui a pouco temos aulas, vamos, come um pouquinho! – Luna estava ajoelhada ao lado da outra, com a comida nas mãos e um sorriso amigável no rosto. Gina acordou com olheiras terríveis, parecia péssima.

- Obrigado Luna. Não sei o que seria de mim sem você. – Levantou-se toda desengonçada e sorriu bobamente, pegou uma maçã e mordeu, não estava com muita fome. Depois de comer, faltava apenas dez minutos para a primeira aula, que era Herbologia.

- Bem, é melhor eu ir, minha primeira aula é Adivinhação, a sua deve ser Herbologia.

- É sim... – Gina observava Luna levantar e pegar suas coisas, quando a outra se virou para dar um mero “tchauzinho” Gina puxa-a pela gravata, dando-lhe um selinho carinhoso. – Obrigado por tudo, de verdade.

Luna sorriu timidamente, tentando parecer natural. Mas seus pensamentos e sentidos estavam a mil por hora. Seu coração parecia querer sair pela boca e seu corpo ardia novamente, toda aquela estranha sensação havia voltado. Mas o mais estranho era: Estava muito feliz, era até inexplicável. Saiu da sala sorrindo como nunca, e pela primeira vez caminhou até uma aula sem trombar em nada, estava muito bem acordada para a vida agora.

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