Surpresas de Ano Novo



Capítulo 20 – Surpresas de Ano Novo



Ali estava o quadro perfeito… a família perfeita… a sua vida… a sua felicidade… o seu amor! Da porta da sala, Lily observava os seus rapazes. James, sempre o Maroto, não deixava de ser um pai maravilhoso e responsável. Harry, com apenas um ano era uma criança feliz e amada.
Os dois brincavam na sala. James insistia em ensinar o filho a jogar Quidditch, no jogo em miniatura que Sirius lhe oferecera no seu primeiro Natal. Harry apenas soltava gargalhadas de divertimento face às pequenas figuras que se moviam diante dos seus olhos.
Tudo podia ser tão perfeito, tudo poderia ser tão bom, se não fosse aquela maldita profecia. Tinham de se esconder para proteger Harry, sempre com o medo de que Voldemort lhes viesse bater à porta. Lily teria ficado mais descansada se Sirius tivesse sido o guardador secreto. Apesar do que James dizia, ela não confiava em Peter. Achava que por detrás daquele olhar medroso, ele escondia algo muito mais grave. Não sabia o que faria se acontecesse algo ao seu filho. Não queria nem pensar nisso.
De repente, sentiu os seus olhos marejarem. Não, não iria chorar. Afinal era noite de Halloween… noite de alegria e de diversão. Nada de mal iria acontecer. Tinha de acreditar nisso.
Harry notou a presença de Lily e logo começou a esticar os pequenos bracinhos como que a pedir colo. Lily sentou-se ao lado de James e pegou em Harry.
- O que é que tens, Lily? Não me pareces bem!
Era impressionante como James conseguia percebê-la como ninguém, sentir o que ela sentia.
- Não se passa nada James, apenas estou cansada de tudo isto. Quando é que nós iremos viver a nossa vida em paz?
- Não te preocupes, Lily, tudo irá correr bem, vais ver. Eu estou aqui para vos proteger.
Era disso que Lily tinha medo. James, com a sua coragem típica de Gryffindor atirava-se sempre de cabeça para a proteger de tudo e de todos. Já tinha escapado por três vezes de Voldemort. Quantas mais iria ele escapar?
- Eu não quero perder-vos, James!
- E não vais perder, confia em mim. Ainda vamos ver o Harry tornar-se um grande feiticeiro, vamos viver muito, envelhecer juntos e brincar muito com os nossos futuros netos.
Seria mesmo? Lily tinha um mau pressentimento, algo que lhe provocava um aperto no peito e lhe causava uma imensa aflição.
- Eu tenho tanto medo, James!
- Eu sei, Lily, eu também tenho medo. Eu não sei o que faria se acontecesse alguma coisa contigo ou com o Harry. Mas temos de ter confiança de que um dia as coisas vão melhorar.
Era por isso que Lily tanto amava James. Ele sempre conseguia acalmá-la nos momentos de aflição.
Com a sua pequena mão, Harry limpou as lágrimas que escorriam pela cara da mãe, abrindo-lhe um sincero sorriso de criança.
- Estás a ver, Lily? Até o Harry te quer dizer que está tudo bem. Não é, Harry?
Aqueles olhinhos brilhantes deram uma esperança ainda maior a Lily. Agora ela tinha a certeza de que Harry iria viver e tornar-se num grande feiticeiro. Sim… mesmo que Voldemort os encontrasse, mesmo que eles morressem, Harry viveria.
- Está na hora de ir dormir, Harry!
O pequeno lançou um olhar suplicante ao pai.
- A tua mãe tem razão. Não te preocupes, daqui a uns trinta anos, quando deixares de ser um bebé, eu deixo-te ir mais tarde para a cama.
James beijou o filho e afagou-lhe os cabelos rebeldes. Antes de Lily se levantar, Harry envolveu o pescoço do pai com os seus bracinhos e deu-lhe um beijo estalado na cara.
Enquanto subia as escadas com Harry no colo, Lily olhou para trás, para James, ainda sentado no sofá, a olhar para o nada, com um ar preocupado. Uma nova sensação de pânico apoderou-se de Lily. O pressentimento que se vinha a formar desde que acordara nesse dia, intensificava-se cada vez mais.
Colocou Harry na cama dele e ficou a embalá-lo com a sua doce voz até que adormecesse. Lentamente ele foi fechando os olhos e logo dormia profundamente.
Lily voltou a descer até à sala, onde se sentou, abraçada a James, com a cabeça encostada ao peito dele. Podia ouvir o coração dele a bater acelerado. Apesar de não querer demonstrar, ele estava também muito preocupado e receoso.
- Vai tudo correr bem, Lily. Ninguém vai fazer mal ao Harry, eu prometo!
- Oh James, eu tenho tanto medo…
Lágrimas escorreram furiosamente pelo rosto pálido de Lily. James segurou-lhe no queixo para olhá-la nos olhos.
- Eu amo-te, Lily, nunca te esqueças disso.
Seria aquilo uma despedida? Lily não poderia prever. Mas quando se beijaram, Lily teve a certeza do significado de tudo aquilo.
A porta da frente estilhaçou-se com um estrondo e ambos se levantaram com as varinhas na mão.
- Lily, pega no Harry e foge. É ele. Foge. Eu empato-o!
- Não, James, ele vai matar-te!
Lily estava desesperada. Peter traíra-os e Voldemort estava ali. James iria enfrentá-lo e iria morrer.
James segurou-a pelos ombros.
- Lily, ouve bem! Tens de sair daqui e levar o Harry. Eu vou tentar ganhar tempo. Aconteça o que acontecer, eu nunca te deixarei, prometo! Agora, VAI!
Da entrada da casa, começavam a ouvir-se os passos intimidantes do Senhor das Trevas… os sibilos que este proferia…
Lily olhou mais uma vez para James e viu nele um olhar decidido. Relutante, ela começou a correr até às escadas, enquanto ouvia os primeiros feitiços serem lançados. Já no primeiro andar ela ouviu o som de algo a embater contra a parede. Quando olhou para trás viu James tentar levantar-se. A sua varinha tinha voado para o outro lado da sala e Voldemort aproximava-se dele, com a varinha apontada ao seu peito.
James olhou uma última vez para Lily, antes da luz verde mortal o atingir. Lily viu o brilho desaparecer dos olhos do homem que amava e a vida a abandoná-lo enquanto embatia no chão.
- JAAAAAAAAAAAAAMES!
As suas pernas impeliam-na a correr para James, abaná-lo e implorar que não morresse. Mas o choro de um bebé assustado fê-la recuar e correr para o quarto do filho. Tinha de o salvar!
Harry tinha acordado com o barulho e chorava agora sentado no seu berço. Lily pegou nele ao colo, para o tentar acalmar.
Os passos de Voldemort ecoavam pelas escadas, sinal de que ele se aproximava.
- Eu não vou deixar que nada de mal te aconteça, está bem, Harry? Não chores.
Com um desespero enorme, Lily beijou a testa do filho e colocou-o de novo no berço. A porta do quarto abriu-se e nela surgiu Voldemort. O seu sorriso viperino e o olhar que ele lançou a Harry causou um arrepio em Lily. Ele estava ali para matar o seu filho! Ela não iria deixar.
- O Harry não, por favor, o Harry não!
- Afasta-te, sua palerma, afasta-te…
- Não, o Harry não, por favor, prefiro ser eu a morrer… o Harry não, por favor… tenha piedade…
Voldemort soltou uma gargalhada estridente.
- Não precisavas de morrer… mas se é assim que queres… AVEDA KEDABRA!
A última coisa que Lily viu antes de cair no vazio foi tudo ficar verde.

No momento seguinte, Lily acordava no seu quarto ao lado de James. Tinha sido um pesadelo. Desde que engravidara vinha a ter constantes pesadelos sobre aquela noite de Halloween.
Estava a suar por todos os lados e respirava com dificuldade. Não era apenas um pesadelo. Cada vez que sonhava com aquilo, revivia todos os sentimentos desse dia, o sentimento de perda de James para sempre, o desespero pela possibilidade de Voldemort conseguir matar Harry.
James, ao seu lado, mexeu-se e colocou o braço em torno de Lily. Esta sorriu no escuro e aconchegou-se junto ao marido. Tudo o que vira naquele pesadelo fazia parte de um passado que ela queria esquecer. Agora podia finalmente dormir descansada. Tudo ficaria bem, tal como James prometera.
O que Lily não sabia era que alguém, longe dali, acordara com o mesmo pesadelo.

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Aquele tinha sido o pior Natal de James, nos seus 17 anos de existência. Mesmo com as constantes tentativas dos amigos para o animar, nunca se tinha sentido tão só… tão triste. A notícia da morte do pai tinha-o abalado imenso, ainda mais por não poder ter estado ao lado dele naquele momento. Se a saudade já era enorme quando ele ainda estava vivo, agora era praticamente insuportável. Não conseguia acreditar que nunca mais veria o seu pai, que nunca mais o abraçaria ou riria junto com ele… que aquelas tardes de Verão a discutir Quidditch já não existiriam mais.
A única coisa que lhe trouxera algum ânimo foi a trégua com Lily. Demorara para perceber, mas a verdade era que a amava acima de tudo. Era bom serem amigos, no entanto, James sentia que queria mais… sabia que não deveriam para por ali. Um dia ela correspondê-lo-ia, mas quando?
Agora que o Ano Novo estava a chegar, só conseguia pensar no que ainda estava para vir, quantos males ainda tinha de enfrentar, quanta dor ainda sentiria até que finalmente a paz fosse algo de mais palpável… menos distante… menos irreal. Pelo que sabia, Voldemort só seria derrotado daí a 21 anos. Teria de esperar tanto tempo? Não sabia o que estava para vir. Porém, sentira algo em Harry, quando falara com ele semanas atrás. O seu futuro filho já sofrera muito. Conseguia vislumbrar no seu olhar uma leve sombra de um passado que já não existia.
James, sentado no parapeito da janela do dormitório, observava o manto branco de neve que cobria os campos em volta do castelo. Os seus pensamentos flutuavam e a sua mente estava longe dali… num lugar diferente, numa época diferente. Sentia saudades de casa. Estava tão longe que nem se apercebeu de que alguém entrara no quarto e o observava em silêncio, há já algum tempo, tentando perceber os sentimentos por detrás daquele olhar tão distante.

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Um ambiente animado preenchia a sala comum de Gryffindor. Era véspera de Ano Novo e ninguém parecia estar com muita vontade de abandonar o lugar junto à lareira para se preparar para o baile dessa noite.
Sirius e Frank contavam piadas, arrancando risos de Marlene e Alice e os protestos de Remus para que se comportassem. Os alunos do primeiro ano olhavam-nos com admiração como se eles fossem estrelas de cinema a quem nunca poderiam dirigir a palavra. No meio destes podiam ver-se, de tempos a tempos, olhinhos brilhantes de meninas a observar Sirius, soltando suspiros apaixonados, para grande desespero de Marlene.
Tudo isto passava despercebido a Lily: a conversa, as piadas, as risadas, os olhares de curiosidade. Tudo! Na verdade, o seu olhar estava fixo na escada do dormitório masculino e os seus pensamentos centravam-se no moreno de óculos e cabelos despenteados que ocupava, naquele momento, o quarto do 7.º ano. Ela podia sentir, de longe, a dor que feria o coração de James. Era como se, de certa forma, ela estivesse ligada a ele… um elo mágico que os aproximava desde o Natal. Queria ajudá-lo e o seu coração impelia-a a ir falar com ele.
Sem que ninguém desse por isso, Lily saiu da Sala Comum e subiu as escadas do dormitório. Na sua frente estava a porta que pretendia alcançar, a porta que tão poucas vezes abrira. Colocou a mão na maçaneta… seria mesmo aquilo o melhor a se fazer? James isolara-se de todos naquela semana, só descia do quarto de tempos a tempos e a
única coisa que o tinha feito sorrir tinha sido o “sim” de Lily ao convite para o baile. Sim, ele sorrira por causa dela.
Foi este pensamento que lhe deu coragem para abrir a porta. Junto da janela lá estava ele, com um olhar distante. Parecia um garotinho carente, a precisar urgentemente de alguém que lhe desse colo e lhe dirigisse palavras de conforto. O que Lily mais queria fazer era correr para ele, abraçá-lo e consolá-lo… mas o seu orgulho e a sua razão falaram mais alto.
Lily não soube quanto tempo ficou ali: se alguns minutos… se horas… ou mesmo dias. Talvez uma eternidade! Com passos receosos ela aproximou-se dele. Até aí James ainda não se apercebera da presença dela. Mas, quando Lily se aproximou mais, pode vê-lo fechar os olhos, sentindo o ar à sua volta. Nos lábios de James, formou-se um ténue sorriso, sinal de que se apercebera da presença da ruiva.
- James… – Lily tentou disfarçar a ansiedade da sua voz. – Não devias isolar-te do mundo dessa maneira. Compreendo que estejas num momento horrível da tua vida, mas nunca conseguirás superá-lo sem a ajuda das pessoas que mais gostam de ti: os teus amigos.
James suspirou resignado.
- Eu tento … mas não consigo… ou talvez nem queira!
- Porquê?
- Nunca irias compreender, Lily. Não é só por causa do meu pai… é tudo isto. Toda esta situação. Nós os dois, aquilo que se vive lá no nosso tempo, Voldemort… estou prestes a sair de Hogwarts e nada na minha vida parece ter significado. Não sei o que fazer, Lily!
Naquele momento, James parecia tão cansado, tão frágil. Não existia nele nenhuma réstia do maroto que Lily conhecera.
- James, o meu pai costuma dizer que são as dificuldades que nos fazem evoluir. São os obstáculos da vida que nos fazem crescer de verdade e é a coragem com que os enfrentamos que define quem somos e nos dá força para lutamos pela felicidade. É por isso que tens de lutar, James, pela tua felicidade!
James sorriu tristemente. O seu olhar ainda se fixava no exterior do castelo.
- Sabes qual foi a última coisa que o meu pai me disse? Ele disse-me que esperava que quando eu regressasse lhe levasse notícias sobre os sete netos que ele gostava de ter.
- Sete?!
- De onde achas que eu herdei todo aquele amor pelo Quidditch? – Agora James sorriu abertamente, mas logo o sorriso se apagou, dando lugar a uma tristeza ainda maior. – Infelizmente isso não vai ser mais possível.
Involuntariamente Lily dirigiu a sua mão ao ombro de James mas, no último instante hesitou. Seria aquele o momento mais adequado para isso? Ou melhor… estaria ela preparada para aquele gesto? A sua mão voltou a cair ao longo do seu corpo.
- Olha, James! Eu sei que não sou a pessoa mais indicada para te dizer isto, afinal ainda há uma semana atrás discutíamos como cão e gato. Mas existem muitas pessoas que te adoram e que se preocupam contigo. Mesmo que os teus pais não estejam mais entre nós, eu tenho a certeza de que eles detestariam que o único filho deles se trancasse no quarto a remoer as mágoas. Reage, James. Onde anda aquela coragem que te trouxe para Gryffindor? Onde é que anda aquele tipo, com espírito Maroto que passava a vida a irritar-me?
Pela primeira vez, desde que Lily ali chegara, James virou-se e encarou-a olhos nos olhos.
- Talvez se tenha dado conta de que não tem mais 11 anos! Que cresceu e que terá novas responsabilidade a partir de agora.
Um novo momento de silêncio surgiu. Eles apenas se olhavam nos olhos um do outro, sem se aperceberem que a distância entre os dois estava a diminuir. Estavam tão próximos que Lily podia já sentir a respiração de James no seu rosto. O coração de Lily começou a bater descontroladamente e as suas pernas começaram a fraquejar no momento em que a mão dele tocou no seu rosto e a aproximou mais de si. Era a segunda vez que experimentava aquela sensação.
Quando os seus lábios estavam prestes a tocar-se, a porta do dormitório abriu-se e Lily afastou-se num salto, sentindo um calor aflorar-lhe na face. Sirius entrava no quarto olhando para os dois com uma expressão confusa.
- Hum… interrompo alguma coisa?
Lily olhou de relance para James. Este tinha voltado a olhar pela janela mas, desta vez, com um ar de profundo aborrecimento.
- Não, Sirius, não interrompeste nada! Na verdade, eu já ia descer.
Sem esperar pela resposta, Lily saiu pela porta fora e correu o mais rápido que as suas pernas deixaram até à Sala Comum. Toda ela tremia e a sua cabeça andava à roda. Não podia ter permitido que aquilo tivesse acontecido. Era a segunda vez que deixava a situação sair do controlo daquela maneira. Ai, mas tinha desejado tanto aquele beijo. Da primeira vez tinha sido maravilhoso.
- O que é que estás para aí a pensar, Lily Evans! Ainda bem que o Sirius interrompeu.
- A falar sozinha, Lily? Olha que esse é o primeiro sinal de demência.
Lily nem se dera conta de que estava a pensar em voz alta. Marlene já a olhava inquisitoriamente, o que fez a ruiva corar ainda mais.
- E o que é que estavas a fazer aí, Lily?
Agora era a vez de Alice.
- Eu? Eu… não… estava… a fazer nada… de mais…
O olhar das duas amigas era intimidante. Ninguém conseguia esconder nada delas.
- Oh! Vá lá, deixem a Lily em paz! Ela certamente teve os seus motivos para estar sozinha com o James, não? – falou uma voz ao lado dela.
A primeira impressão de Lily foi que fora James quem falara… uma impressão que se manteve por breves segundo até que…
- Harry? Quando é que chegaste?
- Agora mesmo. Os outros devem estar a chegar também. Eu vim mais cedo com o meu pai. E então? Preparados para o baile?
Lily olhou para o chão envergonhada. Marlene e Alice sorriram encantadas. Remus escondeu a cara atrás de um livro, pelo que Frank começou a rir às gargalhadas.
- O que foi? – Harry não percebeu o motivo de tantas risadas.
- É que… A Lily aceitou ir ao baile com o James – falou Alice fulminando o namorado com o olhar – e Remus convidou uma primeiranista para ir ao baile.
- O Remus o quê?! – Sirius acabara de regressar – Moony, seu safado! E eu a pensar que eras o certinho dos Marotos. Com que então, a agarrar um pobre menina inocente… diz lá, Remus, que é ela?
Por detrás do livro que Remus segurava podia vislumbrar-se um pedaço da testa dele, tão vermelha quanto os cabelos de Lily.
- Eu convidei a Tonks!
A cor do tosto de Sirius desapareceu em segundos.
- TU O QUÊ?! Remus… tu… tu convidaste a minha prima… a minha priminha? ELA É MUITO MAIS NOVA DO QUE TU! NÃO TENS VERGONHA?!
- Ei, Sirius, não conhecia essa tua faceta de primo protector! – Harry não podia deixar de rir da cara do futuro padrinho – Engraçado… reagiste bem melhor à notícia do casamento dos dois!
Fez-se silêncio na sala. Nenhum deles percebeu de imediato a informação.
- DO QUÊ?! – desta vez foi Remus quem gritou. O livro já estava no chão e ele tinha-se levantado num pulo. – O que é que disseste, Harry? Eu acho que percebi mal.
- Não, Remus, percebeste bem! Então quer dizer que o Remus e a prima do Sirius… até que fazem um casal bonitinho. O Remus, certinho, a Nymphadora, um desastre…
- Marlene! – Sirius saíra do choque – Remus, tu tiveste coragem de pedir a minha prima em casamento?
- Eu não fiz nada, Sirius, eu juro! Eu só a convidei para ir ao baile, mais nada.
- Na verdade – todos os olhares dirigiram-se para Harry – foi a Tonks que, de certa maneira, pediu o Remus em casamento. E olhem que ele demorou quase um ano para aceitar. Era sempre aquela lengalenga “Sou demasiado velho, demasiado pobre e tal, e tal e tal…”. Os dois casaram-se no Verão passado, finalmente.
- Eu ainda não acredito! Remus como é que tiveste coragem?!
- Não sei qual é o teu problema, Sirius. Se eles se amam, devias ficar contente pela tua prima ter escolhido um dos teus melhores amigos.
Todos os que se encontravam ali foram apanhados de surpresa. Até aí ninguém se dera conta de que James ali estava. Parecia mais abalado do que nunca mas, desta vez, Lily reconheceu algo mais no seu olhar. Ela podia até adivinhar o que era, pela cara que James fazia ao olhar para Sirius. Afinal ninguém gostava de ser interrompido quando estava prestes a concretizar algo que desejava ardentemente.
James observou as caras de espantos dos amigos.
- O que foi? Disse alguma anormalidade?
- Quer dizer… dito por uma pessoa qualquer, isso não teria nada de anormal, mas vindo de ti, James, que não tens namorada fixa… tens de concordar comigo, é tudo menos normal.
- Não sei porquê, Frank… ficarias admirado com as declarações que o meu pai faz à minha mãe. – interrompeu Harry, em defesa de James, mas com um sorrisinho a aflorar-lhe nos lábios – Ou então os conselhos que ele me dá… Mudando de assunto, não acham que já está mais do que na hora de vocês se prepararem para baile? Não é por nada não, mas o baile começa daqui a quatro horas!
Não foi preciso dizer mais nada. Alice e Marlene levantaram-se num pulo e correram escada acima em direcção ao dormitório. Lily, pelo contrário levantou-se calmamente. Porém, antes de se retirar voltou-se para Sirius:
- Acho que devias ouvir o teu amigo. Pela primeira vez, ouvi da boca dele alguma coisa acertada.
Sem dar tempo para resposta, Lily saiu rapidamente da sala comum. Nos seus pensamentos ainda pairavam imagens daquele quase beijo… o perfume de James… o toque suave da mão dele no seu rosto… Não! Aquilo não poderia ter acontecido… ela não devia ter permitido! Ela tinha de o esquecer e o mais rápido possível. Bolas! Para que é que tinha de ter aceitado o convite dele? Agora era tarde de mais… já não podia recuar.


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Os relógios de Hogwarts soaram nove badaladas, assinalando a hora a que, normalmente, os alunos se deveriam recolher. Mas, naquele dia, nove horas da noite assinalavam o momento que todos aguardavam com ansiedade: o início do baile de Ano Novo.
Ginny dava os últimos retoques no seu cabelo, enquanto ouvia pacientemente as queixas da sua colega de quarto, Demelza.
- Ginny, sê sincera comigo. Não achas que eu pareço uma foca nesse vestido?
- É claro eu não, Demelza. Tu estás magnífica. O Colin vai derreter-se.
- Achas mesmo? – o sorriso de Demelza não podia ser mais iluminado – Ai, Ginny, ele ficou tão fofo no último Verão, não achas? Eu até tremo quanto ele fala comigo. Depois parece que nem consigo falar direito e começo a gaguejar.
Pelo espelho, Ginny conseguia vislumbrar o olhar sonhador da colega. Ela sabia exactamente o que Demelza estava a sentir.
- Estás apaixonada!
- Eu?! Apaixonada?! – o olhar sonhador foi rapidamente substituído por um tom avermelhado que lhe coloriu as faces – De onde tiraste essa ideia?
Ginny soltou um sorriso de compreensão.
- Isso que sentes pelo Colin é amor. Eu reparei que vocês têm andado muito próximos. Quando ele fala para ti, tu coras, ficas sem saber o que dizer. Além disso, nos últimos tempos andas aérea, suspiras a todo o momento e desenhas corações nos livros. Queres mais sinais? Acredita, eu já passei por isso e sei muito bem o que significa.
- Está bem, Ginny, eu confesso! Mas… achas que ele também gosta de mim?
Ginny afastou-se do espelho e sentou-se na cama de Demelza, ao seu lado.
- Sabes, Demelza, não há nada pior do que amar sem ser correspondido ou não se saber se a pessoa que amamos nos ama também. Eu falo por experiência própria, tu sabes disso. Por isso, o conselho que eu te dou é que fales com o Colin. Vocês são amigos, vão compreender e aceitar os sentimentos um do outro.
- E se ele me rejeitar e se afastar de mim?
- Então, ele não merece a tua amizade, muito menos o teu amor. - Ginny segurou a mão dela e apertou-a, para lhe dar coragem – Vai em frente, amiga. Não esperes anos como eu esperei. Vai tudo correr bem, tem confiança.
- Obrigada, Ginny! O que seria de mim sem ti?
- Terias de aturar a tempo inteiro a Romilda e serias obrigada a juntar-te ao grupinho dela para pintar as unhas e falar de rapazes.
As duas caíram nas risadas. Demelza sempre fora a melhor amiga de Ginny dentro de Gryffindor. Tirando Luna, era com Demelza que passava a maior parte do tempo, até ao ano anterior. Com o início do namoro de Ginny e Harry, Demelza começou a aproveitar a companhia de Colin.
- E tu e o Harry, como é que vão?
Agora era a vez de Ginny envergar um olhar sonhador.
- Ele é maravilhoso! Eu não me canso de estar com ele. No meu caso, posso dizer que valeu a pena ter esperado quase 6 anos.
- Pela maneira como falas, daqui a pouco estão é casados.
- Pelas barbas de Merlin! Por mais que eu ame o Harry, ainda acho que sou muito nova para casar!
- Estou a brincar, Ginny! – Demelza deu uma rápida olhada no seu relógio – Cruzes! Estamos atrasadas. Temos de nos despachar.
A Sala Comum ainda estava movimentada, com alguns pares que conversavam, ou rapazes que ainda aguardavam os seus respectivos pares. Entre estes encontravam-se Harry, Ron, Sirius, James e Colin.
Mal viu Ginny, Harry abriu um sorriso de deslumbramento. Ginny estava de facto maravilhosa, com um vestido azul claro e com os cachos de cabelo ruivos a caírem-lhe pelos ombros. Fazendo a pose de cavalheiro, Harry pegou-lhe na mão e beijou-a.
- Ginny, estás linda! Mais linda do que nunca!
- Também não estás mal, Harry. – Ginny piscou-lhe o olho maliciosamente, dando-lhe um selinho rápido. Vendo o olhar de espanto do namorado, ela só comseguiu rir ainda mais.
- Harry, andas a corromper a minha irmã! Olha só, está não é a irmã que eu conheço tão bem!
Ginny olhou irritada para o irmão.
- Ora, vai-te encher de lesmas! Hoje vai ser uma noite inesquecível e eu não estou com paciência para te aturar.
- Já estão a discutir? E depois dizem que eu é que passo o meu tempo a discutir com o Ron. – Hermione tinha acabado de descer juntamente com Lily, Marlene e Alice. – Ron deixa a Ginny em paz. Ela já é bem crescidinha para ter o irmão galinha sempre a controlá-la, não achas?
Com a chegada das meninas, o ambiente animou-se. Quer dizer, tirando Ron que ficou com uma cara de profundo aborrecimento. Demelza continuava no fundo das escadas, olhando envergonhada para um Colin que parecia não saber o que fazer. Quando este finalmente saiu do transe em que se encontrava, apressou-se a ir ao encontro dela para lhe dar o braço.
Sirius, sempre o mesmo safado, não hesitou em começar a galantear Marlene. Esta, contrariando o normal, em que o costumava calar apenas com o olhar, sorriu-lhe carinhosamente, pelo que Sirius a puxou para um beijo apaixonado, que só terminou quando Marlene o afastou, alegando que ia estragar a maquilhagem. O resultado foi Sirius juntar-se a Ron e fazer, também ele, uma cara de aborrecimento.
James, por sua vez, ficou até aí, a observar tudo com calma, uma calma que ninguém lhe conhecia. Normalmente já estaria a galantear Lily. Ao contrário de James, Lily tremia como varas verdes. James aproximou-se dela, em passos lentos e estendeu-lhe o braço.
- Vamos? – perguntou ele.
Lily hesitou um pouco, mas acabou por lhe dar o braço, arrancando um discreto sorriso a Harry, que parecia divertir-se muito com tudo aquilo.
Aquela noite prometia ser repleta de surpresas.


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A entrada principal de Hogwarts estava repleta de alunos que aguardavam ansiosamente a abertura das portas do Salão Principal. Lily observava tudo com grande curiosidade e espanto, pois era a primeira vez que participava num baile de Hogwarts. James ao seu lado também parecia boquiaberto e deslumbrado. Na verdade, os únicos que não pareciam dar muita importância eram Ron e Harry. Bem… Ron não parecia ligar a nada e olhava de lado, mal-humorado, para a namorada. Hermione nem se importava, ou fingia não se importar, de tão feliz que estava. Mas Harry, esse parecia querer fugir dali o mais rápido possível.
- O que é que se passa, Harry?
- Ah, não é nada. Só não gosto muito de bailes.
- Não ligues, Lily. O Harry só está traumatizado por causa do último baile há três anos. Foi durante o torneio dos três feiticeiros e como ele era um dos campeões teve de abrir a pista de dança.
- Não gozes, Ginny! Ainda por cima eu nem sabia dançar. É algo que eu quero esquecer.
- Concordo plenamente contigo, Harry. É um ano para esquecer. – disse uma voz atrás deles.
Lily olhou para trás para ver quem falara. Não o conhecia, mas o rapaz fazia-a lembrar um ex-monitor de Hufflepuff que ela conhecera. Estava acompanhado de uma menina, que aparentava cerca de dezasseis anos. Lily também não a conhecia.
- Cedric! Danielle! O que é que estão por aqui a fazer?
Cedric estendeu a mão a Harry para o cumprimentar, acenando com a cabeça, em seguida, para Ginny.
- Eu vim terminar os meus estudos. Tu sabes… por causa do que aconteceu no fim do torneio eu não fiz os NIEM.
- E eu pedi a transferência de Beauxbatons, uma vez que os meus pais vieram morar para cá. – Danielle aproximou-se de Ginny e acrescentou – E imagina só, Ginny, o chapéu seleccionou-me para Gryffindor. Vamos ser parceiras de quarto.
- Que bom, Claire! Eu apresento-te as outras. Vais gostar delas. Quer dizer, da Demelza vais gostar de certeza. Mas a Romilda… bem, não é o que se pode considerar a simpatia em pessoa, a não ser para os rapazes, é claro.
Harry e Cedric deixaram as meninas a falar e afastaram-se um pouco. Mesmo assim, Lily pôde perceber o que diziam.
- Ei, Cedric, estou a ver que te estás a dar muito bem com a Danielle.
Cedric corou ligeiramente.
- Não é bem isso. Quer dizer… eu gosto dela e tal… mas, na verdade… tu sabes… eu ainda não a conheço bem!
- Eu percebo! – Harry hesitou um pouco antes de continuar – Cedric, tens falado com… com a Cho?
Cedric assustou-se com a pergunta e olhou surpreso para o colega.
- Não, não tenho. Porque é que haveria de ter falado?
- Ora, você não namoravam há três anos?
- A verdade, Harry, é que nunca chegámos ao ponto de namorar. Saímos algumas vezes, e tal… como dizem os muggles: andávamos. Mas eu terminei com ela na véspera da terceira tarefa. Ela era ciumenta e possessiva. Ninguém aguenta aquilo. Mas porque é que perguntas?
Por uns momentos, Harry ficou sem resposta.
- Por nada. É que… não sei se sabes, mas nós chegámos a namorar.
- E… - Cedric pareceu interessar-se momentaneamente pelo tema da conversa.
- Bem… digamos que acabámos exactamente pelos mesmos motivo que vocês os dois.
- Então ela deu-se mal de novo! – Cedric começou a rir às gargalhadas, facto que chamou à atenção de Danielle e Ginny, pelo que ele baixou o tom de voz – Eu pude perceber que ela adora sair com quem que lhe proporcionam uma maior popularidade. Pelos vistos ela também não perde tempo.
A conversa foi interrompida. As portas do Salão Principal abriram-se para dar passagem aos ansiosos alunos. O Salão estava magnífico, decorado em tons de branco e prateado. Em vez das habituais mesas das equipas, eram observadas mesas redondas, com diversos aperitivos, doces e bebidas, para os mais variados gostos. No centro encontrava-se a pista de dança e, onde habitualmente estava a mesa dos professores, foi montado um palco, onde, naquele momento, uma orquestra de fantasmas tocavam uma valsa.
Haviam sido convidadas várias pessoas para o baile. Dumbledore era o convidado de honra e cumprimentava todos os alunos com igual satisfação.
Mal entraram, os alunos começaram a dispor-se em torno das mesas, tentando servir-se de cerveja amanteigada ou de sumo de abóbora. Fred e George protestavam, dizendo que também devia ser servido Whisky de Fogo.
O baile estava perfeito, a música continuava a tocar e logo alguns professores começaram a dançar, incentivando alguns casais de alunos. Mas alguém não tinha a menor vontade de por os pés naquela pista.
- Eu não quero dançar Hermione. Imagina… eu não sei dançar. Todos se vão rir de mim.
- Há três anos tu dançaste com a Padma Patil e ela nem era tua namorada. – Hermione começava a apresentar aquela expressão de que não era saudável contrariá-la.
- Isso era diferente. Eu já estava a fazer papel ridículo de qualquer maneira. O facto de dançar mal não ia fazer diferença.
- Vá lá, Ron… até o Harry já disse que ia dançar!
Ron olhou irritado para o melhor amigo. Contra factos não há argumentos e Harry acabou de lhe estragar o último argumento que lhe restava.
- Mas o Harry não tem vergonha na cara. Olha só… o Harry a dançar! Ele é a única pessoas que dança pior do que eu!
Como num jogo de ténis, as faces de todos viravam-se, em sincronia, de Ron para Hermione e vice-versa, à medida que a discussão prosseguia. No entanto, com este último comentário de Ron, as caras desviaram-se para Harry. Este não se abalou. Envergando o ar mais maroto que lhe era possível, Harry levantou-se e estendeu a mão a Ginny.
- A donzela concede-me a honra desta dança?
- Será um prazer, gentil cavalheiro!
Ron e Hermione olharam chocados para o casal, mas logo a expressão de Ron se modificou para um ar zombeteiro.
- Agora é que eu quero ver o Harry se sair desta. Ele vai dar-se mal, até aposto!
Contrariando todas as expectativas de Ron, Harry começou a conduzir Ginny na perfeição, pela pista de dança.
- Onde é que ele aprendeu a dançar assim?!
Herione não respondeu. Os seus pensamentos ficaram longe por uns momentos. Mas foi por breves segundos, porque logo regressou ao seu jeito mandão.
- Não quero saber, Ron! Tu vais dançar, nem que eu tenha de te arrastar. Se mesmo assim não vieres, eu arranjo outro par para me acompanhar.
Não foi preciso dizer mais nada. Ron levantou-se tão rápido que parecia ter levado um choque. Agora sim, Hermione estava satisfeita.
Quando a música parou, McGonagall subiu ao palco e logo todos se calaram para a ouvirem.
- Espero que se estejam a divertir. É exactamente para isso que organizamos este baile. Preparámos também uma surpresa. Visto que o baile de há três anos atrás foi um sucesso, eu consegui que, mais uma vez, a escola de Hogwarts abrisse as portas a um evento memorável. Para não me demorar mais, caros alunos e alunas, caros colegas, convosco…. AS WEIRD SISTERS!
Muitos aplausos foram ouvidos por todo o salão e quase todos os alunos, com uma grande excitação, se dirigiram à pista de dança com os seus respectivos pares.
Até àquele momento, Lily e James não tinham trocado muitas palavras. Quando James se dirigia a Lily, esta respondia-lhe com monossílabos. Nesse instante, Lily deu-se conta de que tinha ficado sozinha com ele. Até Remus dançava com Tonks, mesmo que os dois estivessem corados de tanta vergonha.
- Lily! – James falava com algum aborrecimento na voz – Vamos ficar toda a noite neste impasse? Dança pelo menos uma vez comigo. Eu prometo que não te chateio mais.
Ele falava a sério, tão a sério que Lily teve dificuldade em perceber se isso não era mais uma das artimanhas dele. Se ele se esforçasse um pouquinho, até que conseguia ser um cavalheiro e menos irritante, para variar.
- Ok, eu aceito. Mas é só esta vez!
Os olhos de James encheram-se de um novo brilho … um brilho de esperança. Ele segurou a mão dela. Apenas aquele gesto fez coração dela disparar. Mal eles pisaram a pista iniciou-se uma música calma, exactamente o que Lily não queria e, pela terceira vez em apenas uma semana, eles ficaram tão próximos, que podiam sentir o cheiro um do outro. Inconscientemente, Lily encostou a cabeça no peito de James, fechou os olhos e deixou-se guiar por ele e pela música. Ela não podia ver, mas James fechou também os olhos, apenas para aproveitar cada segundo, suplicando para que a música durasse eternamente.
Quando reabriu os olhos, Lily observou cada um dos seus amigos. Marlene estava a soltar os bofes por causa dos olhares nada discretos que algumas raparigas deitavam em Sirius, mesmo que este só tivesse olhos para ela. Frank e Alice estavam nas nuvens. Eram um casal feliz. Hermione e Ron tinham parado de discutir e olhavam-se agora apaixonadamente. Harry tinha encontrado a sua alma gémea. Ele e Ginny amavam-se acima de tudo e ninguém poderia jamais destruir aquele amor. Neville, também parecia estar num momento dourado. Apesar da sua timidez, tinha arranjado a coragem para convidar Luna para o baile. Não tardava nada haveria mais um casal feliz.
Engraçado! Só faltavam mesmo ela e James. Nenhum dos dois tinha encontrado o seu par perfeito. Ela amava-o com todas as suas forças, e sentia que James também a amava. O que é que teria dado errado com eles?
Os seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de alguém. Na porta principal, encontravam-se duas pessoas. Eram Lily e Marlene daquele tempo. Marlene apresentava um barrigão de meter medo. Mas Lily… não podia ser… ela também estava grávida? Sim, de facto ela estava grávida. As duas sorriram para alguém. Olhando na mesma direcção que elas olavam, ela viu Sirius e James adultos a encaminharem-se até elas. Sirius foi o primeiro a chegar e logo a levou até a uma mesa para que se pudesse sentar. James parou a uns metros dela, olhou de cima a baixo, disse-lhe qualquer coisa.
Mas não foi isso que a fez entrar em choque. Foi quando James sorriu apaixonadamente para ela e beijou-a depois de acariciar suavemente a barriga dela. Lily estava a ter alucinações, só podia. Ela estava a dormir e estava a ter um sonho, o sonho mais feliz da sua vida. Não tardava nada ia acordar e ia chegar à conclusão que nada daquilo era real.
Não! Ela não estava a sonhar. Aquilo era a mais pura verdade! Agora tudo fazia sentido…
Quando percebeu o significado de tudo aquilo, Lily afastou-se de James com brusquidão e logo tudo começou a andar à roda. Algo estava preso na sua garganta, algo que parecia estar prestes a libertar-se.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
A atenção de vários alunos e professores focou-se nela. A sua cabeça parecia que ia estourar.
- Lily, o que é que se passa? – James estava branco como a neve.
Lily apenas balbuciou palavras sem sentido.
- Eu… casar… Potter… – e, dito isto, tudo ficou escuro.


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- Então eu e o Harry fomos enviados para junto de Voldemort e depois já sabes… eu morri.
Danielle e Cedric haviam-se sentado depois de terem dançado durante várias músicas seguidas e agora Cedric contava-lhe a sua história. Danielle apenas ouvia boquiaberta.
- Graças ao Harry, eu tive uma segunda oportunidade. Ainda não sei como ele o fez, nunca pensei que aquilo seria possível, mas eu tenho de admitir, ele é uma pessoa fantástica e um feiticeiro muito poderoso. Eu diria até que mais poderoso do que o teu tio.
- Pareces dar-te muito bem com o Harry, não?
- Na verdade, nós éramos rivais. Primeiro era no Quidditch. Eu venci-o por uma mera questão de sorte, apenas porque ele caiu da vassoura. Depois foi no torneio. Apesar de nos termos ajudado muito naquele ano e de ele me ter salvo a vida naquele labirinto, nós não deixávamos de ser rivais. Isso mudou neste Verão, uma vez que agora pertencemos os dois à Ordem e temos de trabalhar em conjunto. Desde aí somos bons amigos.
A música calma que se ouvia deu lugar a mais uma agitada. Os poucos casais que estavam sentados voltaram a dançar. Cedric fez um gesto a Danielle, indicando a pista.
- Ah não! Estou muito cansada. Deixa-me respirar um pouco.
- Então está bem. Agora é a tua vez. Fala-me de ti!
- A minha vida não tem muito a dizer. Vivi toda a minha vida em França, estudei em Beauxbaton, quero ser advogada e entrar para o Wizengamot para poder pôr rédea curta nos criminosos deste mundo. – depois de dizer isso tudo numa golfada de ar só, Danielle foi obrigada a parar.
- Uau! Isso é que foi resumir a tua vida. E tua família? Ainda não me falaste muito nela.
- Tirando o meu tio Albus que é de longe a pessoa mais fora do comum que eu conheço, a minha família é o que se pode chamar de normal. A minha mãe é uma conceituada estilista de Paris, o meu pai é jornalista no Le Monde Magique, o jornal diário da comunidade mágica francesa. O meu irmão, o Antoine frequenta a faculdade Muggle de Química. Ele queria estudar alquimia, como o tio Albus, mas não encontrou nenhuma profissão ligada a isso. Além disso apaixonou-se por uma Muggle. Quanto ao meu tio, tu já o conheces. Aliás, acho que não deve haver nenhuma bruxa ou feiticeiro que não conheça o nome de Albus Dumbledore. Eu adoro ouvir as histórias dele, sempre me fazem rir. Ele costuma visitar-nos no Verão, durante as férias e houve mesmo um momento em que eu ouvi tantas histórias de Hogwarts que queria vir estudar aqui. Depois acabei por ir para Beauxbaton.
A música voltou ao ritmo calmo, como se se tratasse de um convite silencioso a casais apaixonados. Desta vez Danielle não recusou o convite de Cedric.
Ao longe Dumbledore sorria enigmaticamente ao ver a proximidade daquele casal. Eles eram com certeza o que se podia chamar de almas gémeas que haviam esperado pelo momento certo para se encontrarem. Nem distâncias… nem a própria morte… nada poderia impedir aquele encontro.


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Quando Lily decidiu ir àquele baile, ela já sabia exactamente qual seria a sua missão: juntar a sua versão do passado com James. Agora que a memória daqueles meses lhe havia sido restaurada, ela lembrava-se exactamente de como descobrira que ia casar com James, no futuro. Como fora tapada em não ver as maiores evidências que tinha à frente. Tudo apontava para aquilo e a verdade foi-lhe colocada na frente dos seus olhos. Mas quando uma pessoa não quer ver ou não acredita no que vê, de nada adianta colocar-lhe as coisas diante do nariz.
Para não aparecer sozinha na festa, Lily conseguiu convencer Marlene a acompanhá-la, mas só depois de lhe dizer que Sirius ia ter muitas candidatas a dançar com ele. Era impressionante como ela, desde que engravidara, se tornara ciumenta. Não que ela já não fosse um pouquinho, mas isso vinha a piorar nas últimas semanas.
Naquele momento, estavam já no átrio de Hogwarts e Lily estava a tentar convencê-la de que ela era a gravidez a tinha favorecido e que aquele barrigão só a tornava mais linda ainda.
Ao entrarem no Salão Principal, puderam relembrar com emoção o seu baile no sétimo ano. Estava tudo tal como elas se lembravam. As Weird Sister, banda que só surgira dois anos depois da sua saída de Hogwarts, tocava uma música calma.
Logo que elas entraram, Sirius e James vieram ao encontro delas. Sirius foi o primeiro a chegar.
- Marlene, Lily, sempre vieram?
- Nem me fales, eu quase que deitava cá fora o meu estômago. Estes enjoos estão a dar cabo de mim. Acho que por serem três são três vezes mais difíceis de suportar.
Sirius olhou preocupado para Marlene.
- Então vamos lá sentar antes que passes mal aqui, Marlene! Depois tenho de ouvir os comentários sarcásticos da Madame Pomfrey de que eu sou um marido negligente.
Mal Sirius e Marlene se afastaram para se sentarem, James chegou à beira de Lily. Parou a uns metros dela e olhou-a com um sorriso bobo.
- Lily, devo dizer, estás linda! Ou melhor… tu és linda, mas hoje estás, sei lá, parece que emites luz!
- Deve ser da gravidez.
- É… deve ser isso. Porque este bebé vai ser tão lindo como a mãe! – Jame aproximou-se dela e fez-lhe uma carícia na barriga.
- És um pai babado, sabias?
- Sou também um marido apaixonado. – disse ele puxando-a para a beijar. – Vamos sentar ou preferes dançar?
Lily não chegou a responder pois um grito ecoou por todo o salão.
- E chega o momento de Lily Evans desmaiar.
- Devo dizer que me deixaste preocupado, naquela noite.
Lily do passado acabava de desmaiar, mas antes de cair no chão foi amparada por James que tentava desesperadamente acordá-la.
- Está muito calor aqui! Vamos dar uma volta pelos jardins?
James acenou em concordância.
- Estava a ver que nunca mais perguntavas.


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Lily abriu de vagar os olhos. A sua cabeça estava a estourar de dor e os únicos sons que conseguia distinguir era a voz preocupada de James a tentar acordá-la. O que acontecera mesmo? Ah sim… descobrira que ia casar com o James.
- O QUÊ?! – num pulo Lily levantou-se e olhou chocada para James, que não estava a perceber nada. – Tu sabias disso não sabias? Tu sabias sim… por isso é que continuaste com as investidas. Devias ter-me dito, Potter, devias ter-me contado… evitadas que eu sofresse como sofri todo este tempo.
- Do que é que estás a falar, Lily? Eu não estou a perceber.
- Não te faças de sonso, Potter! Tu sabes muito bem do que eu estou a falar! – as lágrimas começaram a escorrer pela face de Lily.
Vendo isso, James tentou aproximar-se, mas ela recuou.
- Nunca mais te aproximes de mim. EU ODEIO-TE!
Lily correu para os jardins do castelo, em direcção ao lago. Como ela fora tão burra… e todo aquele tempo o James devia ter-se divertido à brava com a estupidez dela. O desespero estava a sufocá-la e o desejo de bater em James era cada vez maior.
O som de passos tornava-se agora audível. Alguém vinha a correr na sua direcção, provavelmente alguma das suas amigas que a vira sair. A pessoa que corria parecia ofegante quando parou. Lily olhava apenas para o luar reflectido no lago e não percebeu quem tinha chegado.
- Lily, porquê tudo aquilo?
Era James, exactamente a pessoa que ela menos queria ver à frente. Lily limpou as lágrimas e falou sem olhar para ele.
- O que queres Potter? Vieste divertir-te às minhas custas?
- Eu fiquei preocupado contigo, quando te vi daquele jeito. Além disso eu não percebo o motivo de tanta agressividade para comigo.
Lily olhou para James com fúria.
- O que foi? Vais dizer-me que não sabias de nada?
- Se estás a falar do facto de nós sermos casados neste tempo, sim, eu sabia. Eu descobri sem querer e pediram-me para não te dizer nada. O que eu mais queria era contar-te, eu juro, mas eu próprio fiquei confuso com os meus sentimentos por ti.
Lily estava preparada para gritar com ele, se fosse preciso, para libertar toda a raiva que sentia dele, mas o som de risadas fê-la parar e ouvir. Só aí reparou que estavam na entrada da Floresta Proibida e se fossem apanhados seriam certamente castigados. Quem quer que estivesse ali estava a aproximar-se, pois começavam a ouvir-se vozes também. Ela olhou para James assustada, que compreendeu e a puxou para junto dele, deitando por cima deles um manto.
- O que é isto, James?!
- É o meu manto da invisibilidade! Ninguém nos vai ver.
- Depois vais explicar-me essa história direitinho, Potter!
As pessoas finalmente revelavam-se. Eram nada mais, nada menos do que Lily e James Potter, abraçados um ao outro.
- De certeza que não vamos ter problemas por estar aqui?
James deu uma risada.
- Ora Lily, eu sou professor, tu és uma auror formada! Porque é que nos haviam de castigar por estarmos aqui? Além disso, eu vim montes de vezes para aqui, enquanto aluno e nunca fui apanhado.
Lily conjurou uma toalha de piquenique e sentou-se nela. James seguiu-lhe o exemplo.
- Sabes, eu sempre adorei este lugar. Dá-me uma paz! Eu tinha-me esquecido de como Hogwarts é linda à noite!
- Na lua cheia é mais! Mas nunca é seguro, principalmente tendo os Marotos de novo por aí.
Lily olhou para ele muito séria.
- Por acaso não andas a aprontar junto com o Sirius, pois não?
- É claro que não! Eu prometi que ia mudar, lembraste? E não quebrarei essa promessa. Além disso esqueceste de que agora a vítima das brincadeiras sou eu?
- Isso é muito bem feito! Quando o Harry nasceu, tu passavas a vida a contar-lhe histórias dos Marotos, na esperança de que ele seguisse os teus passos. Agora aguenta!
- Mas este pequenote que vem aí não vai ser assim, pois não? – James beijou delicadamente a barriga de Lily. – Não vais aprontar para cima do teu pai, não é? – Olhou novamente para Lily – Temos de lhe arranjar um nome!
- Agora é a tua vez! Eu escolhi o nome do Harry.
Fez-se um silêncio prolongado, no qual James fazia uma cara esquisita, enquanto pensava.
- Sei lá, Anne?
- Demasiado simples!
- Marie?
- Muito comum!
- Lily?
- Já basta uma!
- Madalena?
- Demasiado longo!
- Helena?
Enquanto dizia os nomes, Lily arranjava sempre um defeito para um nome, mas agora…
- É, gostei desse. Mas James… tu só dizes nomes de meninas?!
James inchou de orgulho.
- Isso é porque eu tenho a certeza de que vai ser uma menina, não é Helena?
- E o que e que te leva a pensar isso?
- Instinto paterno! – concluiu com uma pose teatral, arrancando as gargalhadas de Lily, que logo foram substituídas por lágrimas. – O que é que se passa Lily?
Ela começou a chorar com mais intensidade e abraçou-se ao marido.
- Eu nunca pensei que voltássemos a ser tão felizes, depois daquela noite. Quando enfrentaste Voldemort e eu percebi que… que tu…
- Shh! Não vamos pensar nisso agora. Isso faz parte do passado. Voldemort está morto e nada de mal vai acontecer agora. – James sorriu maliciosamente com um pensamento que lhe veio à cabeça – Vamos cortar a língua à Trelawney! Assim evitamos mais alguma profecia estúpida.
Aquele comentário teve o dom de acalmar a ruiva, pois esta sorriu e limpou as lágrimas.
- O que seria de mim sem ti, James?
- Serias aquela Lily mandona e cheiinha de regras, tantas regras que chegava a irritar.
Lily torceu o nariz.
- Era assim tão irritante?
- Digamos que tu nos tiravas o prazer de quebrar as regras. Fazias o Remus sentir-se culpado e depois ele enchia-nos a paciência.
- Então era por isso que tu adoravas irritar-me.
- Isso já é outra história. Sabias que ficas bem linda quando fazes aquela cara de zangada.
Normalmente Lily repreenderia James por causa daquele comentário. Mas naquele dia ela estava muito feliz. Nada do que ele dissesse a faria zangar-se.
- Está frio. Vamos para dentro?
- É claro, minha Fénix humana!
Os dois desapareceram na direcção da escola, deixando Lily e James do passado de novo sozinhos. James retirou manto e olhou para Lily que parecia estática, a olhar para o ponto onde os outros dois tinham desaparecido. Nos seus olhos verdes começavam brilhar as lágrimas. Ela travava agora uma batalha interna. Por um lado, ela amava James e agora tinha a certeza de que seria feliz com ele. Mas por outro, tinha a sua teimosia e o seu orgulho. Estava visto a quem Harry saía. Harry, claro! Como é que ela não percebera? A resposta estava em Harry… nos seus olhos. Agora sabia onde já vira aqueles olhos.
James continuava em silêncio e agora olhava o lago.
- Eu sei que estás magoada comigo, Lily! – a voz dele soava calma, mas cheia de tristeza. – Eu também estaria no teu lugar. Eu devia ter-te contado, é certo, mas eu também tive medo. E se tu te afastasses de mim? Mudaríamos o nosso futuro, tens noção disso? Tudo o que existe agora, neste mundo podia se destruído. Não imaginas o esforço que eu fiz para não te contar tudo na torre de Astronomia, na noite de Natal, quando nos beijámos. Eu juro, Lily, eu amo-te e nunca faria nada que te magoasse. Perdoa-me por favor!
O silêncio que se fazia ouvir, era por demais constrangedor. Nem o som dos animais da floresta era agora ouvido.
- Eu não consigo, James. É mais forte do que eu. Eu não consigo ainda aceitar que vou casar contigo. Parece demasiado forçado. Eu ainda quero ter poder de escolha…
- Só uma pergunta Lily! Tu amas-me? – James disparou aquela pergunta sem pensar nas consequências.
Lily olhou o chão e depois fechou os olhos.
- Eu não sei, James! Na verdade eu já não tenho a certeza de nada.
- Então vamos ver. – sem lhe dar tempo para reagir, James agarrou-a e beijou-a. Apanhada de surpresa Lily tentou afastá-lo. Mas há medida que ela se foi apercebendo do que se estava a passar, ela parou de se debater e permitiu aquele beijo. Foi aí que Lily finalmente percebeu que realmente era James que ela amava e que era ele o homem com quem queria passar o resto da sua vida.
Quando se separaram Lily fez algo que James não esperava. Ela deu-lhe um tapa.
- Ai Lily, para que foi isto? – disse James esfregando a cara.
- Isto foi por me teres beijado à força. E isto… é porque eu te amo. – agora foi vez de Lily agarrar James e beijá-lo.

Ao longe, um casal os observava, festejando o que tinha acontecido.
- Missão cumprida, James Potter!
- Podes crer. Lily Potter! Agora nada nos impede de ser felizes. Agora vamos para dentro, porque já perdemos o discurso do professor Dumbledore uma vez.


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No Salão Principal, o baile continuava animado e ninguém parecia cansado. Até mesmo Ron tinha perdido o medo de dançar e arrastava ele próprio Hermione, quando esta não queria dançar. Harry e Ginny também não se desgrudavam, muito menos Sirius e Marlene (os do passado). Quem não estava a apreciar muito o facto de não poder dançar era Marlene. O peso daquela barriga não o permitia.
- Vá lá, Marlene, anima-te. Para o próximo ano podes dançar à vontade.
- Como é que eu me vou animar, Sirius? Eu pareço uma baleia!
- Nada disso, Marlene. Tu és a grávida mais bonita que já vi. Além disso fizeste de mim o homem mais feliz do mundo. Vê só… agora vamos ter finalmente a nossa própria família.
- É, se calhar tens razão.
- Eu tenho sempre razão!
- E também és um grande convencido.
Sirius fingiu-se ofendido, mas isso logo passou quando Marlene finalmente tirou aquela cara de aborrecimento e se riu da cara dele.
- Assim está melhor, Lene. Eu gosto bem mais quando sorris. Não sabes como esse sorriso me fez falta todos aqueles anos, principalmente em Azkaban. Quando eu te vi no Ministério, no Verão passado, foi como se uma luz se acendesse dentro de mim, uma luz que me trouxe a felicidade de novo.
Os olhos de Marlene começaram a brilhar. Aquelas palavras emocionaram-na. Ela sabia tudo o que Sirius tinha sofrido e nada disso era merecido. Ele agora merecia ser feliz e cabia a ela proporcionar-lhe isso.
- Sirius, eu amo-te mais do que a minha própria vida. Tu és um homem maravilhoso e só me dás felicidades. Eu espero que esta passagem de ano seja o virar de uma página, o concluir de uma etapa difícil, que foi o nosso passado, e desejo ardentemente que esta chama da felicidade não se apague nunca.
Sirius abraçou-a, tarefa que não era nada fácil, devido à gravidez dela.
- Se depender me mim, ela nunca se apagará! Eu prometo.
Nada do que tinha acontecido no passado fazia a menor diferença agora. O que importava era apenas o futuro, uma página do livro da vida que ainda estava em branco.


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O casal mais apaixonado daquele Salão era, sem dúvida, Harry e Ginny. Nada do que se passava à volta deles era notado. Eles dançaram toda a noite e ainda não mostravam sinal de cansaço. Foi só quando a banda fez uma paragem de descanso que eles resolveram parar.
- Vamos sentar?! – Ginny ia em direcção das cadeiras onde estavam Hermione e Ron, quando Harry a segurou, fazendo-a desequilibrar-se e voltar aos braços dele.
- Ginny, eu quero mostrar-te uma coisa. Anda comigo.
Harry levou-a pelos corredores de Hogwarts, por lugares que Ginny nunca tinha passado. A única coisa que ela sabia é que tinham passado pelo corredor proibido do terceiro andar. Depois disso, ela perdera a noção de onde estavam.
- Para onde me estás a levar?
- Já vais ver Ginny.
Pararam finalmente. Na frente deles apenas existia uma parede vazia. Ginny olhou desconfiada para Harry, tentando perceber o que ele estava a tramar, mas o rosto dele não deixava transparecer nenhuma emoção. Ele fechou os olhos e logo Ginny começou a sentir um vento gélido. Na parede antes vazia surgia agora um portal, antigo e decorado com o que pareciam ser desenhos de faraós.
- O que é que significa isto? Harry, como é que sabias deste lugar?
Harry sorriu enigmaticamente.
- É daquele tipo de coisas que só o Herdeiro de Horus pode descobrir. – vendo que Ginny não percebera, Harry prosseguiu. – Eu sonhei um dia que vinha a este lugar. Por isso tentei descobrir se ele existia de verdade. Quando cheguei aqui, eu simplesmente sabia como fazer para entrar, não sei como.
- O meu namorado é cheio de surpresas. – Ginny estava espantada.
- Mas o que eu quero mostrar-te está lá dentro. Vamos? – Harry indicou-lhe a porta para que ela entrasse.
Nada preparou Ginny para o que encontrou lá dentro. Em vez de uma sala, tal como ela esperava, havia um jardim imenso. Nele o sol brilhava e aquecia, como se fosse um dia de Primavera. O imenso relvado era decorado com flores de diversas cores e as árvores eram povoadas por pássaros que cantavam alegremente. Mais afastado via-se um lago, onde patinhos seguiam em fila a pata mãe. Tudo emitia uma beleza divina… tudo era mágico.
- Harry – Ginny nem conseguia encontrar palavras para falar. – Que lugar lindo. Onde estamos?
Harry abraçou-a por trás e beijou-lhe o pescoço.
- Ainda bem que gostaste! Eu sabia que não te ia desiludir. Estamos num lugar chamado “O bosque dos apaixonados”. Quer dizer… isso é a tradução, porque o nome é tão esquisito que nem eu consigo pronunciar. Foi Háthor que o criou, para casais apaixonados como nós. Digamos que ela é uma romântica por Natureza e adora ver a felicidade daqueles que protege. E, modéstia à parte, eu sou um dos preferidos.
- Realmente, este lugar traz uma paz… aqui parece que nada de mal pode acontecer. Mas… – Ginny encarou Harry muito séria – porque é que me trouxeste aqui?
Harry beijou-a ternamente antes de falar.
- Porque tu és a mulher que eu amo… aliás, a única que eu amei realmente. É contigo que eu me quero casar, passar o resto dos meus dias. Eu trouxe-te aqui para te entregar isto. – Harry estendeu-lhe um pequeno embrulho que tinha na mão. Ginny pegou-o trémula e com cuidado abriu-o. Aquilo fê-la abrir a boca de espanto e iluminar os olhos dela.
- Harry isto… isto…
- Sim, são alianças. Os muggles costumam usá-las para simbolizar a solidez do namoro deles, são símbolo da sua união e do seu amor.
- Oh Harry! – Ginny não conseguiu completar. Dos seus olhos brotaram lágrimas de felicidade.
Ela abraçou-se a ele com toda a força, demonstrando aquilo que não conseguia dizer. Harry apenas retribuiu, beijando-lhe a testa e acariciando-lhe os cabelos.
- Obrigada, Ginny.
- Eu é que agradeço, Harry, por fazeres de mim a pessoa mais feliz deste mundo… por me amares tanto. Eu agora sinto-me uma pessoa muito especial, por ser amada e amar a melhor pessoa do mundo.
Eles ficaram ali, imenso tempo apenas abraçados, respirando de toda aquela paz. Nem ódios, nem guerras, nem mortes… naquele mundo só deles só havia a felicidade e o amor. Naquele momento, eles perceberam que tudo o que pudesse vir… todos os problemas… todas as tristezas… eles enfrentariam tudo de cabeça erguida, na certeza de que nada correriam mal… pois eles estavam juntos e nada podia superar, jamais, o poder do amor.


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Para Albus Dumbledore, nada era mais importante do que ver a felicidade daqueles que amava, fossem eles familiares, amigos, ou mesmo alunos. Quase toda a sua vida fora professor, tratara de todos os alunos e daquela escola com todo o carinho que poderia dar. Era chegado o momento de se despedir de vez da vida de professor. Levava com ele uma carreira cheia de bons momentos, alegrias, brincadeiras e também muito sofrimento. Deixava aquele ligar com muita pena. Sabia, porém, que deixava o lugar para a pessoa mais indicada, pois apesar de toda aquela rigidez e severidade, Minerva McGonagall era uma pessoa fantástica, compreensiva e carinhosa.
Quando Minerva lhe pedira para discursar naquele baile, ele aceitara com toda a honra. Mas agora, diante de todos aqueles alunos, Dumbledore ficou sem palavras. Ao se levantar, todos os alunos, sem excepção pararam, para o ouvir. Eles respeitavam-no e admiravam-no. Ele esperou uns breves momentos, pois faltavam algumas das pessoas mais importantes para ele. Mas logo Harry, Ginny, Lily e James regressaram e ele pôde finalmente iniciar o discurso.
- Meus caros alunos, caros colegas… é a primeira vez em muitos anos que me dirijo a vós sem ser como director desta escola. Apesar de toda a tristeza que eu sinto em deixar este lugar, eu saio com o sentimento do dever cumprido. Ao longo de mais de sessenta anos como professor, eu ensinei muitos pais, filhos, avós e netos. Assisti às vossas alegrias, às vossas tristezas, às vossas vitórias, ao sucesso de muitos. Foi com grande pena também que vi muito de vós partirem tão cedo – Dumbledore dirigiu o olhar a Cedric – ou a seguirem caminhos que eu não consigo aceitar. Por outro lado, vi muitos apaixonarem-se, a casarem, a terem filhos e viverem felizes. Foi por isso que sempre lutei por esta escola, para a proteger, para dar segurança aos alunos que aqui estudavam, para que todos vocês tivessem a oportunidade de serem felizes. – Enquanto discursava, Dumbledore olhava os olhos de cada um, cada sorriso, cada brilho de esperança no olhar – Agora que este ano termina, eu quero deixar-vos uma mensagem: vivam a vossa vida com toda a intensidade, aproveitem ao máximo cada oportunidade que vos dão. Não deixem que os obstáculos vos impeçam de continuar em frente e, principalmente, lutem pelos vossos sonhos. SEJAM FELIZES!
Todo o salão estourou em aplausos. Mesmo que muitos ali não gostassem de Dumbledore, diga-se muitos Slytherins, a maioria concordava com cada palavra proferida pelo ex-director. Este continuava a olhar os alunos com um imenso orgulho. Eles eram a esperança viva de um futuro melhor, de que nenhum mal teria a hipótese de vencer, porque naquelas cabecinhas existiam sonhos e são os sonhos que regem o mundo.


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Nota de Autora:

OIIII PESSOAL! Demorou mas eu estou viva e com um novo capítulo fresquinho só para vocês. Este é o meu presente de Natal só para vocês e passei os meus últimos dias em frente ao computador a tentar acabar isto. Eu sei que ele não está grade coisa… quando eu digo grande é no sentido de qualidade e não de tamanho, uma vez que este é o maior capítulo que eu algum dia escrevi… A pressão nesse momento é enorme, pois as minhas provas da faculdade começam daqui a duas semanas e o que eu escrevi saiu um pouco forçado. Mas eu queria dar-vos este presente, por isso aqui vai.

O próximo capítulo talvez só venha mais para o fim de Janeiro ou início de Fevereiro. É nessa altura que acabam as minhas provas e então eu já terei mais tempo para escrever.

O que eu tenho a dizer agora é MUITO IMPORTANTE! Quando eu sofri aquela história do plágio eu fiquei mesmo mal. O que me deu força foi todo o vosso apoio. Nada me poderia emocionar mais: o vosso apoio… o vosso carinho… a amizade… a compreensão. Quando eu contactei com a equipa da Floreios a informação que me deram é que a própria Mila Potter tinha cancelado o cadastro.

POR ISSO ESTE CAPÍTULO É DEDICADO A TODOS SEM EXCEPÇÃO. Eu agradeço, do fundo do coração, todas as formas de apoio, sejam elas comentários, denúncias ao plágio, mensagens nas vossas fics, que eu li com todo o carinho, e aqueles que, mesmo não tendo comentado me apoiaram e se revoltaram contra aquele acto. OBRIGADA!!!!!

No entanto eu queria dedicar, acima de tudo, este capítulo, a uma pessoa muito especial para mim. Ela é a minha melhor amiga, que me defende com unhas e dentes (como diz Kawa Potter, ela até dá medo), a minha beta, mas não só… a minha irmã de coração, ou como ela diz, maninha emprestada. Se não fosse ela, eu não estaria a escrever esta fic, pois foi ela que me iniciou neste mundo das fanfics. ADORO-TE, LIGHMAGID! Mas não penses que por eu estar tão sentimentalista (deve ser do Natal) vou deixar de gozar contigo ou de te ameaçar cada vez que não me deixes ler logo os teus capítulos. É mais forte do que eu! Beijão para ti, maninha!

Gente… vocês bateram o recorde… cinco páginas de comentários para responder; 106 comentários de 56 pessoas diferentes… também depois de tanto tempo sem actualizar!!! Não imaginam como eu fiquei feliz, por ter tantos comentários para responder! FOI O MELHOR PRESENTE DE NATAL QUE EU PODERIA TER RECEBIDO DA VOSSA PARTE.

Bem… para não demorar mais a actualizar, eu vou responder rápido a todos eles:


Molly: Mamãe… obrigada por tudo, por me teres avisado do plágio, por me dares apoio, por avisares também a minha maninha para que ela me ajudasse. Não sei o que seria de mim sem a nossa família maluca. Tal como já te disse, deste-me força para continuar uma vez e voltaste a fazê-lo outra vez. Da primeira vez, eu soube que poderia contar com o teu apoio sempre e tive a confirmação disto desta vez. Obrigada, por tudo!

Daniela Potter: Oi filhinha! Não precisas suplicar mais: aqui está o capítulo 20, FINALMENTE! Eu sei que demorou, mas bem sabes que eu não tenho tido tempo nenhum nos últimos tempos. Até as nossas conversas no Messenger estão reduzidas. Mas eu prometo que em Fevereiro estarei disponível outra vez e prometo também enviar-te mais músicas da Tuna, já que consegui viciar-te naquilo. Ah, é verdade… fiz-te a vontade: aqui tens um capítulo gigante!! Bjocas, filhota.

Aldo Paddy Magid: Cunhadinho!!!!! Tal como eu prometi, aqui está o teu presente de Natal! Primeiro eu só queria dizer-te O MEU NOME É MARGARIDA!!!!!! Não é Guilhermina. Segundo, eu queria agradecer-te pelo apoio por causa da história do plágio. As nossas conversas no dia seguinte àquele episódio animaram-me e depois eu diverti-me imenso quando dedicaste aquela música do filme “a noiva cadáver” à Mila Potter. Pena que não tenha sido mais cedo. Esteve pouco tempo no ar. Para terminar e para não perder o hábito: ALDO, SEU CACHORRO SAFADO, EU QUERO AQUELE CAPÍTULO. Agora já posso exigir. Mil beijos.
Jaline Gilioti: Gostaste do presente da tua madrinha? Espero não te decepcionar… aliás espero não decepcionar ninguém, depois daqueles comentários lá na comunidade orkut da família Magid. Agradeço-te por tudo e aguardo ansiosamente que passe este período de provas para voltar às nossas conversas no Messenger. Beijos, linda!

Lóide Eunice Sacramento: é mesmo verdade que já releste a minha fic várias vezes? NOSSA, fiquei até encabulada (olhos a brilhar de emoção). Espero sinceramente que não morras de ataque cardíaco. Seria uma imensa perda para mim, porque eu adoro todos os meus leitores sem excepção. Eu realmente tenho muito pouco tempo para escrever, mas sempre que posso e quando a inspiração não me falta eu tento escrever. Prometo que nunca irei parar de escrever, a sério. Posso demorar para actualizar, mas parar nunca! Abraços.

Beca Black: Oi Beca. O teu comentário foi o que eu posso chamar de convincente. Posso dizer que, mesmo que eu não acredite que a minha fic é assim tão perfeita, maravilhosa e incrível como tu dizes, eu senti-me muito especial por alguém pensar isso. Desculpa pelo susto que eu te dei, mas eu escrevi aquilo de cabeça quente e quando eu estou furiosa eu não penso direito. Obrigada pelo apoio. Beijos.

JP Pontas: Ei, que desespero! Voltei, não precisas de desesperar, a sério. Além disso não tens muita moralidade para falar! Onde está o segundo capítulo? Quando ao teu penúltimo comentário, olha… não incentives a Light a obrigar-me a escrever. Já basta o que eu aturo, tá? Estou a brincar… eu é que a obrigo a escrever e não o contrário. Ela sofre nas minhas mãos (risada maléfica de Sith Lady). Obrigada pela mensagem na tua fic. Fica bem e escreve muito. Bjocas, filhote!!!!

Expert2001: fiquei emocionada quando disseste que esta fic e a fic “Magids” eram as tuas preferidas. Primeiro, é claro, porque uma é a minha e segundo porque Magid é a fic que eu beto e é escrita pela minha melhor amiga. Quanto à greve, eu fiz aquilo por brincadeira com a Dri, até porque eu continuei a escrever. A Light fez porque é teimosa. Mas no fim a Dri venceu em teimosia. Espero continuar a agrada-te. Bjocas.

Mione_Granger,Karonte,Brenda_Mione e Lar: Antes de mais gostaria de agradecer, do fundo do coração a mensagem que deixaram na vossa fic. Comoveu-me de verdade. Depois eu gostaria de dizer que, assim que tiver tempo, eu passo lá para ler o que falta e comentar. Eu não tenho mesmo tempo para nada. Mais uma vez obrigada aos quatro. Beijão.

Cahh Van Phailaxies: estás a ver? Agora mais do que nunca eu tenho moralidade para falar. Fiz-te a vontade e coloquei mais um pouquinho sobre a família de Dumbledore. Eu estava a brincar quando disse que tu e a Light são umas doidas. E mesmo que sejam, eu adoro-vos na mesma. BJOCAS, FILHINHA QUERIDA!

Sr. Pontas: Ouvi dizer que vais ser meu sobrinho! Sê bem-vindo à família Magid. Somos todos meio loucos mas adoramo-nos. Mas vê lá… eu gosto muito da Jaline, a minha afilhada… tens de a tratar bem, ok? Depois daquela azaração que mandaste a Mila Potter, com certeza ela já deve ter sofrido alguma brincadeira digna dos Marotos, não? Como a tua súplica foi forte, cá está o novo capítulo. Muitos beijos.

Fernanda Caroline: já esqueci aquela história, Fernanda. É verdade, eu ando muito ocupada, mas tento sempre arranjar um tempinho para escrever. É uma coisa que eu adoro e que me dá imenso prazer. Obrigada pelo apoio. Bjocas.

Nadja Lovegood: Talvez tenhas um pouco de razão… eu fiquei louca momentaneamente, mas já recuperei a minha sanidade e cá está um capítulo acabadinho de sair do forno. É claro que eu não vou dar o prazer a alguém de abandonar esta fic. Eu prometo que vou levar até ao fim. Bjocas.

*dany*: Maninha!!! Então és tu a portuguesa amiga do papai Kawa? És de Lisboa? Eu estudo no Porto, mas sou de Felgueiras, conheces? É claro que deves conhecer, pelo menos por coisas más, não é? Fico contente que alguém do mesmo país que eu leia o que eu escrevo. Até agora as únicas portuguesas que eu conhecia aqui na Floreios eram a Lightmagid e a Daniela Potter. Respondendo aos teus comentários, eu quero colocar mais H/G para a frente. Mas isto está muito complicado, são casais que nunca mais acaba. Fiquei felicíssima por saber que gostaste tanto e ainda mais por achares que eu evolui à medida que ia escrevendo. Obrigada pelo teu apoio maninha. E viva o lema da nossa família: “somos loucos… mas somos unidos”. Bjocas. PS: tenho de agradecer ao Kawa por me ter dado uma irmã tão querida.

Pri Lestrange Riddle: por seres Sonserina de nascença, não quer dizer que não possas ser uma pessoa fantástica. Como em tudo, há excepções, tal como disseste. E eu acredito que tu és a excepção, porque o teu comentário surtiu efeito. Quando àquela frase que referiste, é exactamente isso que eu penso e foi por isso que eu a escrevi. Já não me lembrava dela, mas tu conseguiste abrir-me os olhos e lembrar-me do que eu penso de verdade. Obrigada. Bjocas.

Leno Black: Obrigada pelo apoio. Espero que continues a acompanhar e espero continuar a agradar-te. Um abraço.

Madalena: Obrigada por me fazeres ver o lado positivo da situação. É que quando se fica furioso como eu fiquei, não conseguimos avistar a luz, mesmo que esta nos ofusque. Bjocas.

BELA_BLACK: Bela digo o mesmo que disse a Madalena. Ainda bem que gostas da fic. Fico muito feliz. Obrigada por todo o apoio. Beijos.

Lila e Zeca Potter Medici: Nossa? Leste porque uma amiga te falou? Estou nas nuvens! A minha fic foi recomendada por alguém! Quem quer que seja a tua amiga, obrigada! E obrigada a ti também. Agora aqui está mais um capítulo que espero que satisfaça toda essa tua curiosidade. Abraços.

Camila Zavolski: Oi Camila. Antes de mais obrigada pelos comentários e elogios. Eu não vos vou deixar na mão. A sério. Quanto à tua pergunta, “Magids” é a fic escrita pela minha beta, Lightmagid. É uma das mais fantásticas fics que eu já li (e olha que não foram poucas). Se fizeres pesquisa na página principal por “magids” ou “Lightmagid” vais encontrá-la rapidinho. Lê! A sério, não te vais arrepender, eu garanto-te. Bjocas. PS: eu também te adoro.

Sakura Li: Sakura, tens razão… foi cruel, criminoso… foi tudo de mal. Mas já está resolvido e a plagiadora já saiu da Floreios. Graças a vocês. Obrigada e muitos beijos.

Manô Potter: eu não diria perfeita. Eu continuo com a sensação de nesta fic há muitas coisas que eu poderia ter feito melhor e outras que mesmo que eu quisesse, simplesmente não consigo melhorar. Mas obrigada na mesma. Achares isso deixa-me muito feliz. Beijos.

Andressa: Tenho de agradecer à Lightmagid, pois graças a ela eu ganhei uma leitora nova. Obrigada por denunciares e por me dares o teu apoio. É muito importante para mim cada um dos comentário e mensagens dos meus leitores. Beijocas.

Anjo Grifinório: sim, eu sou de Gryffindor e não me arrependo de ter escolhido essa casa. Até ler o teu comentário, eu acho que me tinha esquecido desse pequeno pormenor, mas logo lembrei e decidi honrar a casa a que pertenço. Obrigada.

Taciana: Para mim foi muito importante receber o teu comentário, principalmente se dizes que não costumas comentar. Agradeço sinceramente o apoio e espero que continues a gostar tanto da fic como tens gostado. Beijos.

ChristianeC: Eu não vou desistir da fic, fica tranquila. Bjocas.

Mariano Silva: Não desisti e OBRIGADA!!!!!

Acedonio: eu não imaginava que já lias esta fic há tanto tempo assim. Nossa! Isso é que é ter paciência comigo! Bem… acha mesmo que eu sou tão espectacular assim?! Até corei. Obrigada por tudo. Abraços.

Eduardo Gomes: mais uma vez eu tenho de agradecer a Lightmagid… estou a ver que graças a ela tenho muitos leitores novos. Eu conhecia o teu nome por causa daquela expressão que a Light adorou e que foi da tua autoria: “Grã-magid”. Espero que continues a acompanhar-me assim como acompanhas Magids. Beijos.

Thalita Giannaccini Antoni Felisberto: Tens razão, ela não venceu e eu não me vou deixar abater por isso. Para já o meu problema é mesmo tempo, com a faculdade e assim. Mas eu vou continuar, prometo. Beijos.

Ana Clara Black: Aqui em Portugal também costumamos dizer isso. Na verdade, eu digo: “O que vem de baixo não me atinge e o que vem de cima também não, porque eu arrumo-me.” (he he he). A sério que ficaste viciada? Isso é mais um motivo para eu escrever rápido. Mas só o vou poder fazer em Fevereiro, como já deve ter reparado. Até lá Bjocas.

wictor augustoguimaraes dias: Não, eu não lhe vou dar esse gostinho, fica tranquilo. Não imaginava que tinha tantas pessoas que me acompanhavam desde o início. É muito bom saber isso. Olha eu gostei muito daquela frase que tu disseste no comentário. Aquela: “nunca desista dos seus sonhos para outros se aproveitem deles”. Posso usá-la na fic? Eu tenho o lugar perfeito para ela. Posso? Se não deixares estás à vontade para recusar. Eu não fico chateada. Bjocas.

Alexandra Black Potter: Antes de mais, obrigada pela mensagem na tua fic. Deixa-me imensamente feliz saber que tanta gente me apoiou. Reparaste que eu fiz a tua vontade? Eu coloquei a Danielle para estudar em Hogwarts. O Antoine já era difícil. Quanto ao livro, o pobrezinho ainda vai dar que falar e tem um importante papel nesta história. Espero que continues a gostar. Bjocas.

Aly Black: Sabes, a melhor coisa que me podias ter dito é que falaste da minha fic para as tuas amigas. Isso deixa-me orgulhosa do meu trabalho. Eu também e adoro e espero que não tenhas ficado desiludida comigo. Bjocas.

Tati Pontas Potter: obrigada pela mensagem na tua fic. Eu já tinha começado ler a tua fic uns dias antes e qual não foi a minha surpresa quando entro lá de novo para acabar de ler e vejo a tua mensagem. Muito obrigada! Bjocas.

Lamarck: Volto a dizer, eu não vou desistir. Obrigada por tudo. Abraços.

Luana Coelho: bem… eu caí e levantei. E CÁ ESTOU EU! (fazendo uma pose teatral). Realmente eu acho que vocês leitores não têm culpa. É por isso que eu não desisti. Bjocas.

Carlapiks: Oi Carla, há quanto tempo, não é? Tu que acompanhaste desde o início sabes tudo o que eu passei e o quanto me esforcei por isto. Foi horrível sim, mas eu superei graças a todos vocês. Obrigada. Beijocas.

Julinha Potter: Como já deves ter reparado, já não existe mais o plágio. Também depois de tantas denúncias e xingamentos, a Mila Potter só não tiraria aquilo se não tivesse vergonha na cara e se não tivesse amor-próprio. Obrigada, Julinha. Beijos.

Elessar: Bem… acho que já disse tudo pelo msn, mas de qualquer maneira, obrigada, uma vez mais. Agora outra coisa: eu já coloquei o capítulo, onde pára o teu?! Eu quero mais Alex/Nicole!!! Bjocas.

Lola Potter: SOBRINHA QUERIDA!!!! Para não repetir mais uma vez, só digo: OBRIGADA! E vê se pões um pouco de juízo na cabeça dos teus pais (Light e Aldo). É que o Aldo está a dar com a Light em doida e eu quero a minha maninha com a completa sanidade, para continuar a escrever. Bjocas, linda!

André Luiz Potter: Desculpa por ainda não ter lido a tua fic, é que, como já deves ter reparado, eu tenho muito pouco tempo. Mas eu já fiz uma de todas as fics que eu tenho de ler quando passarem as provas da faculdade. Eu prometo que assim que der eu vou passar lá. Bjocas.

Paulo Rafael: Está descansado que vais ler o final desta história. Pode demorar mas eu vou lá chegar. Reconheço que deves estar farto de esperar, uma vez que acompanhas desde o início. Mas quando eu puder eu vou tentar actualizar rápido. Abraços.

Hanna Burnett; Deixa-me muito triste saber que desiludi um dos meus leitores. Acredita, para mim é muito importante a opinião de todos. Devo dizer que não acho que por seres uma nova leitora não devas opinar. Pelo contrário, acho que tens todo o direito. Peço desculpa por te ter desiludido e espero ter-me redimido com este novo capítulo. Vou confessar-te uma coisa: eu sou meio tipo o Harry. Quando estou de cabeça quente eu falo sem pensar e digo o que sinto e o que não sinto. Atinjo tudo e todos e nem reparo. Mas depois quando me aclamo é que eu vejo que estou errado e me arrependo de muitas coisas que disse. Espero que me perdoes. Beijocas.

Natiande: Sim, de facto eu acredito naquela frase. Foi uma grande amiga, a Molly que a disse e eu nunca mais hei-de esquecê-la. Todo o nosso esforço é sempre recompensado, de uma maneira ou de outra e os nossos problemas têm sempre uma solução. Obrigada pelo conselho. Abraços.

Leo Potter: Obrigada por teres denunciado e incentivado outros a denunciar. Eu nunca esquecerei esse gesto. Um grande beijo.

Alicia Spinet: está certo, eu vou mostrar do que eu sou capaz e escrever o melhor que conseguir e me for possível. Bjocas grandes.

Dri Potter: SOBRINHA!!!!!! (Nossa, tantas sobrinhas) Faz tanto tempo que não nos falámos que eu estou cheia de saudades! Aliás cheia de saudades de todo o pessoal lá do msn. Tenho de aparecer por lá! Bjocas, sobrinha linda!

Markim: Obrigada… A Light de facto escreve muito bem, mas eu não chego aos calcanhares dela. A imaginação dela não pára de me surpreender. De qualquer maneira fico feliz com o elogio. Beijos.

Camilla Padilha Rodrigues: IUPI! Mais uma admiradora! Que felicidade… eu estou no paraíso, só pode. Eu vou colocar mais cenas Harry/Ginny, fica tranquila. Beijinhos.

açucena: Repito o que disse a Camilla… isto é um sonho! Bjocas.

Bárbara S K: Até me arrepiei quando li o teu comentário! Emocionaste-te? Como eu já disse uma vez, eu acho que o pobrezinho do Harry já sofreu muito nas mãos da tia JK. Por isso decidi dar-lhe alguma felicidade. Quanto ao “rato idiota”, eu posso garantir-te que ele vai aparecer, mais à frente. Bjocas.

Ndss: Acho que já compensei um pouco mais o casal H/G, mas eu não vou parar por aqui… eles vão ainda ter muitos momentos só dos dois. Ainda bem que gostaste daquelas cenas. Eu estava com muito medo que elas não saíssem bem. Beijos.

Samantha Black: O meu ego vai inchar com tantos elogios! Poxa, obrigada, de coração. A trégua dos dois foi um dos momentos que eu mais gostei de fazer. A cena do James vestido de Rodolf eu ia desenvolver, mas eu não sabia como lhe pegar. Enfim… de qualquer maneira eu tinha mesmo de escrever aquilo. Obrigada e bjocas.

Gabriel Rocha: Definitivamente eu não posso para com a fic… apeguei-me demasiado a ela e a vocês leitores. Adoro-vos demais. Beijos.

Para terminar queria deixar um agradecimento especial a Kawa Potter, o meu pai dentro da família Van Phailaxies, e escritor de Harry Potter e o espelho real, pelo apoio que ele me deu no Messenger e pelas duas songs lindas que ele me dedicou. Obrigada papai!!!!!


Agora que finalmente acabei (demorei cerca de seis horas a escrever as respostas aos comentários) eu vou despedir-me de vocês.


DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL… QUE O BRILHO DA PASSAGEM DE ANOS VOS TRAGA SONHOS EMBRULHADOS EM REALIDADE E RECHEADOS DE DOCES MOMENTOS… E, SE POSSÍVEL… QUE O PRÓXIMO ANO TRAGA O GRANDE FINAL DE HARRY POTTER E UM QUINTO FILME ESPECTACULAR.

ESTES SÃO OS MEUS DESEJOS PARA O ANO 2007. FELICIDADES!!!!!!!!

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