Discussões apaixonadas



Capítulo 3 – Discussões apaixonadas

Voldemort desaparecera, todos sabiam disso e mais uma vez o responsável era o menino que sobreviveu. Depois de conseguir furar pela multidão de bruxos que tentavam felicitá-lo, Harry esforçou-se por encontrar os seus amigos. Pareceu ter apanhado um choque quando alguém falou por detrás dele.
- Este é o meu afilhado! Que ninguém se atreva a dizer que ele não sai ao padrinho.
- Não acredito, Sirius! Estás vivo!!!!
Depois de um longo abraço, os dois finalmente se separaram e Harry pode perceber a presença dos seus pais. Sem que ninguém dissesse uma única palavra, os três quebraram a barreira que os separou durante 16 anos. Finalmente a família Potter estava reunida e feliz.
- Harry, meu filho. Como tu cresceste. E como estás bonito. – disse Lily emocionada, chorando de felicidade ao ombro do filho.
- Posso considerar isso como um elogio? – brincou James. – Afinal o Harry é a minha cara…
Lily levantou os olhos para o marido e dirigiu-lhe um olhar fulminante.
- Tu não mudas nunca, pois não. Hás-de ser sempre insuportavelmente convencido.
- Prongs, tem cuidado, a tua ruivinha continua com aquele mau génio de sempre. – disse Sirius, recebendo também ele um olhar que o fez calar.
Harry lembrou-se nesse momento de uma coisa. Tentou por na cara o olhar mais zangado que conseguiu, apesar de estar a fazer um esforço enorme para não se rir e dirigiu-se ao padrinho.
- Ouve lá, Sirius Black, que história foi aquela de eu ficar teu herdeiro? Tive que aguentar ser dono do Kretcher durante um ano. Só não o libertei ou mandei para o Inferno porque o prof. Dumbledore não me deixou.
- E tu, Harry James Potter? O que é que te deu para achares que eu tinha sido capturado pelo Voldemort e ainda por cima fugires de Hogwarts para me ires salvar? És mais maluco do que eu pensava.
Harry e Sirius caíram na gargalhada os dois. Era bom estar juntos de novo. Mas ainda havia um reencontro para Harry. Ginny colocou-se frente a frente com ele e Harry sentiu uma forte bofetada na cara.
- Ei! O que é que foi isso? Doeu, sabias?
- Era para doer, Harry Potter. Quando eu disse para fazeres o que tinhas de fazer era para atacares o “Quem-nós-sabemos”, não para me defenderes.
Ele sorriu carinhosamente para ela. Aquela ruiva punha-o louco.
- Para mim isso era o que estava correcto. Como é que achas que eu me sentiria se o Malfoy te tivesse morto? Não consigo pensar sequer na ideia. – disse Harry com a voz mais doce do mundo. – Ah, e queria dizer-te outra coisa: lembras-te o que eu disse no dia do funeral de Dumbledore? Esquece tudo. Afinal não valeu de muito…
O maior sorriso que se poderia imaginar surgiu no rosto de Ginny e os dois beijaram-se. As reacções foram diversas. Ron fez uma cara de nojo. Hermione deu uma cotovelada no amigo. Lily limpou disfarçadamente uma lágrima do canto do olho. James observou a cena, visivelmente orgulhoso do filho. Mas Sirius, ninguém jamais esqueceria a expressão de surpresa que ele fez.
- Esperem lá! Desde quando é que vocês os dois namoram?
- Sirius, até parece que não te lembras do que o Prongs passava a vida a dizer, cada vez que levava um fora da Lily.
- É claro que me lembro, Remus. – Um sorriso de compreensão surgiu agora nos lábios de Sirius. – Porque é que eu não pensei nisso antes? Claro, Ruivas!
- Ruivas, o quê?! – perguntaram Lily e Ginny ao mesmo tempo.
- Nem te atrevas a contar isso, Sirius!
- Tem calma, James. O teu segredo está seguro comigo.
- Mas comigo não!!! – o ar de maroto que Remus apresentava era por demais divertido. – Cada vez que recebia um não, o James dizia sempre: “Aquela ruivinha põe-me maluco. Se eu não soubesse que mais dia ou menos dia ela vai cair nos meus braços, eu já me teria enforcado.” Quando nós lhe perguntávamos o porquê de tanta certeza, ele respondia: “É a Maldição dos Potters. Todos os homens da minha família estão condenados a apaixonar-se e a casar-se com ruivas”.
A face de Lily estava a ficar da cor dos cabelos. James olhava assustado para ela. Sirius já não conseguia aguentar de tanto rir. Todos sabiam o que vinha por aí.
- CONDENADOS, JAMES POTTER! QUE HISTÓRIA É ESSA?!...
- Lilyzinha…tem calma… não te enerves…
- Calma, James? Então eu sou uma condenação?
- É claro que não, Lily. O que é que podias esperar? Eu era adolescente. Era um idiota, naquela altura… prontos… eu sou um idiota, mesmo.
- Nisso concordo. Tu és mesmo um idiota.
- Então estou perdoado?
- Vou pensar. Talvez se dormires uma semana no sofá eu te venha a perdoar.
- UMA SEMANA?!
- Duas, se continuares a reclamar…
- Já me calei…
Harry assistiu divertido àquela discussão entre os pais. Já tinha ouvido Sirius falar dessas discussões vezes sem conta. Mas vê-las ao vivo era bem mais… como é que ele descreveria?... apaixonadas, talvez.

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NA: Aqui estou eu mais uma vez. Eu sei que o capítulo ficou pequenino, mas teve de ser assim.
Eu confesso que estou a ficar preocupada, achando que a minha fic não presta, pois quase ninguém comenta (neste momento estou a fazer aquela cara de cachorro sem dono). POR FAVOR COMENTEM, mesmo que seja para dizer mal. São esse comentários que me farão melhorar, dentro do possível, a minha maneira de escrever.
Mais uma vez queria agradecer à minha beta, Lightmagid, a minha amiga de todas as horas, que tem a paciência de me aturar durante toda a semana. Aproveito para repetir, leiam a fic dela "Magids" aqui na Floreios e Borrões. Não se arrependerão.
Bjocas, Guida Potter

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