10. Fatos novos surgem na vida

-- Não! Eu não quero ir! Posso enfrentar isso ao seu lado, vovô! – Pâmela se viu. Ela era uma adolescente e estava muito triste.

Outra imagem se formou. Ela estava com um rapaz. Estavam se despedindo e ambos choravam muito. Ela não queria fazer o que lhe mandavam.

Outra imagem! Agora era uma palavra. Uma palavra antiga, dançava na frente de seus olhos e de repente ela começou a pegar fogo.

Outra imagem! Pâmela sentia uma forte dor a cada troca de imagem, queria parar, mas ainda sentiu o gosto do líquido viscoso em sua garganta. Não podia mais. O que era aquilo? Um flash de luz? Não! Um raio! De uma varinha! Nãããoo! Mamãe!

Pâmela abriu os olhos! Viu o teto da enfermaria pela terceira vez e então notou algo se mexer ao seu lado. Virou o rosto e viu Harry lendo um livro de feitiços. Sorriu e se moveu.

-- Ah! Oi! Como você está? – Harry colocou o livro de lado. – Você não falou muito nas últimas duas vezes que te dei a poção.

-- Você estava aqui?

-- É! Eu teria ficado desde o início, mas me atrasei quando a Hermione decidiu me passar um sermão e um castigo. – ele disse apontando o livro com o nariz.

-- E desde quando você acata os castigos de Hermione! – Pâmela riu

-- Esse eu mereci! – Harry baixou a cabeça e pigarreou – Já lembrou de muita coisa?

-- Já, mas ainda não fiz muita ligação! Parecem pedaços soltos de filmes diferentes com a mesma protagonista.

-- Talvez a última parte da poção melhore! – Harry viu Pâmela fazer uma careta e continuou. – Ah! Você já enfrentou três partes não pode fraquejar na última. Vamos lá!

Ainda contra vontade, Pâmela bebeu o último copo da poção e deitou a cabeça.

-- Não saia do meu lado, ok? – a garota disse e adormeceu.

***
-- Ela não acorda! – Harry disse preocupado. – Porquê ela não acorda?

-- Seu cérebro está processando tudo! É muita coisa! Precisa de todas as energias concentradas na memória, então desligou o resto do corpo.

-- Por tanto tempo assim?

-- Isso leva tempo! E depois que ela souber de tudo terá que fazer uma escolha! Sabendo do passado, ela saberá como seu futuro poderá ser e então ela deve escolher enfrentá-lo ou não!

Harry sentiu a mão de Hermione tocar a sua e apertá-la antes de dizer:

-- Ela vai escolher acordar, não vai?

-- Espero que sim! Ela é muito importante! Para todos nós!

***

Pâmela finalmente abriu os olhos! Parecia que estava dormindo a séculos, mas ainda estava cansada. Agora, porém, não era apenas Pâmela! Era uma bruxa e tinha duas memórias com as quais lidar. Uma mais assustadora que a outra, porém, mais repleta de aventura.

Olhou em volta e não viu ninguém próximo, mas ouvia vozes conhecidas. Harry, Hermione, Rony e os professores estavam conversando na porta, perto do corredor, e pareciam na expectativa. Pâmela sentou na cama e respirou fundo. As dores de cabeça cessaram, apenas o cansaço permanecia.

Pensou em chamar a atenção dos que estavam fora, mas logo se arrependeu. Como voltaria a ser a Pâmela de sempre se a única Pâmela que Harry e as crianças conheciam era as dos últimos meses.

-- Você acordou! – Rony berrou ao entrar na enfermaria – Como se sente?

-- Estou muito bem obrigada! – disse ela calmamente.

-- Você está diferente! Parece mais madura – Hermione comentou ao se sentar na ponta da cama.

-- Bem, acho que isso é um elogio dada as circunstâncias... – Pâmela riu!

A garota sorria e tentava responder as perguntas que os três faziam ao mesmo tempo quando ela olhou por trás dos ombros deles. Ela sorriu e abriu os braços e no momento em que foi abraçada por Dumbleodore e McGonagal ela disse com lágrima nos olhos:

-- Vovô, vovó! Senti tanto a falta de vocês!!!

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