Explicações inacabadas

Explicações inacabadas



Dumbleodore movimentou-se lentamente no cômodo, parecendo mais alto do que de costume, devido as pequenas proporções do lugar. Ele sorria! Sorria paternalmente e até mesmo saudoso e Hermione, como sempre, reparou e estranhou.

-- O... senhor é o ministro... – Pâmela balbuciou

-- Sim, mas em primeiros lugar sou o professor de seus amigos! Era o diretor da escola, mas tive que passar esse papel para minha boa amiga Minerva, não posso fazer tanta coisa na minha idade atual.

-- Professor? – ele ouviu a vozinha educada de Hermione – O senhor poderia nos dizer o que está havendo? E como os comensais acharam Harry? Achei que ele estaria segura nas férias...

-- Cada coisa a seu tempo, Srta. Granger. Vejamos – o professor disse enquanto servia uma xícara de chocolate morno para Pâmela – Harry não está mais protegido à partir do momento que atinge a maioridade, o que significa 17 anos no mundo mágico. Como você já deve ter lido, srta. Granger, os bruxos se tornam capazes de fazer magia sozinho – fora da escola – após atingir sua maioridade e para isso deve quebrar todos os laços com sua infância, e isso inclui feitiços de proteção. Já sabíamos que isso ia acontecer e, provavelmente por isso, sua amiga não tão trouxa assim, surgiu.

Pâmela engasgou no chocolate, tentando dizer “o quê?”. Mas ignorando o fato, Dumbleodore continuou a falar.

-- Voldemort só estava esperando o momento certo para encontrá-lo. Tínhamos tudo pronto para protegê-lo até que ela surgiu. Voldemort contava com isso, só não contava que ela pudesse se defender. – Todos do aposento estavam mudos olhando para o bruxo pasmados.

-- O senhor está dizendo que os comensais não foram para me atacar, mas sim para pegar Pâmela? – Harry murmurou confuso.

-- Sim e não! Pegando Pâmela, eles pegariam você! – diante dos olhos inquisidores Dumbleodore sorriu condescendente.

-- Harry, meu garoto, Pâmela é muito importante para você! Não só pelos dias que passaram juntos nesse último verão, mas por quê ela está ligada à você desde criança.

-- Não! Deve haver algum engano – Pâmela interrompeu a narrativa – Quando eu era criança vivia no Brasil. Fui adotada aos quatro anos.

Dumbleodore baixou os olhos para fitar a garota e pareceu hesitar diante de algum conflito interno. Finalmente, depois de algum tempo observando o rosto de Pâmela, o bruxo disse, parecendo sentir dor a cada palavra.
-- Isso foi o que fizemos você acreditar...

***

Depois daquelas palavras, Pâmela pareceu sentir a mesma indignação que Harry estava sentindo nas últimas horas. Se levantou e quase gritou para o homem a sua frente. Reação essa que pareceu tirar as forças de um dos maiores bruxos de todos os tempos. Para o espanto da perspicaz Hermione, Dumbleodore parecia estar sofrendo, ou melhor, se punindo pela situação.

-- O que, diabos, está acontecendo aqui?! Quero voltara para minha casa! Quero falar com os meus pais agora mesmo! – Pâmela gritava

-- Calma, querida! – Sr. Weasley interferiu – Tudo vai ser explicado, mas acho que seria muita informação de uma vez, não é Alvos?

Dumbleodore assentiu com a cabeça calmamente, parecendo não poder esboçar mais nenhuma reação, e o Sr. Weasley continuou.

-- Você pode confiar em nós, querida. Já mandamos buscar seus pais e eles estão na Inglaterra daqui a algumas horas, mas antes devemos tirá-la daqui! A você e a todos ligados a Harry. A Toca não é um lugar muito seguro para nós agora.

-- Do que vocês estão falando?! – Pâmela tentou parecer mais irritado do que assustada.

-- Temos que sair daqui, querida. Todos nós! Eu sei que está confusa, mas no momento você precisa confiar em nós.

Pâmela olhou para o rosto bondoso do senhor Weasley sem saber o que sentir. Perdida, ela procurou com o olhar a pessoa na qual mais confiava naquele cômodo. Ao encontrar os olhos de Harry, viu que este estava tão confuso quanto ela, mas ele acenou-lhe com a cabeça afirmativamente e Pâmela sentiu-se mais confiante. Respirando fundo, a garota ergueu-se e perguntou calmamente olhando tanto para o Sr. Weasley, quanto para Dumbleodore.

-- Iremos todos embora? Juntos?

Os dois bruxos afirmaram com a cabeça e Pâmela perguntou novamente, dessa vez apertando a mão de Hermione ao seu lado.

-- Para onde vamos?

-- Para Hogwarts! – ambos responderam sem hesitar.

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