2. Panos românticos ...O



N.A: Pessoal, apenas um esclarecimento básico, a Gina, ela não é feiosa, é até bonita, mas ela se acha feia pelo fato de ser gordinha, outro detalhe, ela não obesa não, é bem cheinha, com as perna grossas, com uma barriguinha, mas também não é do tipo exagerada, mas ela se vê como tal, como todas nós mulheres nos vemos um pouco mais cheias do que realmente somos, então quando ela se auto-intitula quase uma baleia fora d´água ela é um pouco exagerada.

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Perfect Love

2. Panos românticos ...Ou seriam Perversos?

Os raios de sol do outono enfraqueciam de acordo com o decorrer dos dias. Outubro nem havia acabado e o inverno chegava avassalador.

Quem sonhava com um dia quente e ensolarado nas ruas de Hogsmeade tombou com a idéia ao acordar para curtir seu café da manhã no Salão Principal.

O castelo estava tão gelado quanto um iglu, e infelizmente as capas de pele eram praticamente escassas e caras, o máximo que os alunos tinham era alguma sintética revestida com um feitiço aquecedor.

Vejam bem, escassas, não extintas. Existiam uns riquinhos e esnobes que possuíam esse tipo de vestimenta, inclusive certo loiro que fazia questão de exibir a sua de couro de dragão com pele de urso no interior.

Ele andava contando passos, seguindo o fluxo. Não sabia ao certo para onde ia, apenas acompanhava a massa.

Sua cabeça estava concentrada em outra coisa. Em como mostrar a Blaise Zabine que Draco Malfoy podia tudo! E que qualquer garota cairia de amores por ele sem ao menos se esforçar.

“Certo! Talvez não qualquer garota, mas a maioria delas. E as que não caíssem eu faria cair. Mas como? Eis o problema! Como vou convencer aquelas “santinhas” a sair comigo? Minha reputação não é das melhores, até que algum feinha ia querer, mas meu ego vale mais que meu orgulho”.

Estava tão envolto nos pensamentos que nem ao menos notou o alvoroço de alunos correndo para todos os lados, e a conseqüência disso foi uma bolada no meio da testa.

Pirraça estava com mais uma de suas peripécias, jogando bolas de papel nos alunos com um taco de baiseball, para um fantasma ele tinha uma boa pegada.

A pancada foi tão forte que o loiro demorou alguns espasmos para se tocar do que havia acontecido e dar o seu berro:

- BARÃO SANGRENTO!

E se fantasmas aparatassem ele teria certeza que aquele gorducho cheio de brincadeiras desagradáveis o teria feito.

Desapareceu antes mesmo que Malfoy pudesse dar continuidade ao seu show. Realmente aqueles sonserinos de uma figa tinham a sorte de ao mero chamado aquele Barão mal humorado aparecer quando Pirraça fazia das suas, mas ia lá um grifinório gritar, era capaz dele incitar o Poltergeist a cometer mais atrocidades.

“Ah, se esse idiota não estivesse morto eu fazia questão de matá-lo. Será que ele enrolou isso em uma bola de chumbo?” perguntou-se, desenrolando o papel e deu de cara com uma página do Profeta Diário completamente amassada e com uma enorme manchete:

“Recadinhos do Coração”

“Encalhado? Triste? Chutado? Ou nunca encontrou seu par ideal? Escreva para nós e faremos de tudo para que seu coraçãozinho volte a sorrir.”

O sonserino escancarou o sorriso mais feliz que devia ter esboçado. Deu meia volta e correu até seu dormitório de monitor-chefe.

“Ah, agora, Blaise Zabine, você verá o quão baixo e astuto um Malfoy pode ser.”

Pegou um pergaminho juntamente com sua pena verde esmeralda e começou a escrever freneticamente.

“Sou um rapaz amigável, sofisticado, simpático, educado, gosto de andar ao ar livre, adoro animais. Prático esportes. Bilíngüe. Atencioso. Compreensivo. Loiro, alto, esbelto. Procuro companhia para o Baile das Bruxas na Escola de Bruxaria de Hogwarts. Interessadas mandar fotos.

Ass: Coração Solitário”

Sorriu para o pedaço escrito, com uma caligrafia refinada. Ninguém ia resistir a aquelas qualidades.

Chamou Dragon que o encarava com um olhar de censura. Talvez ele estivesse jogando completamente baixo, provavelmente seu pai o deserdaria só de imaginar a atrocidade que ele estava prestes a fazer, jamais um Malfoy precisaria se inscrever em um jornaleco para conseguir um relacionamento. Mas valeria a pena pagar para ver. Com certeza uma das “encalhadas”, que se auto-intitulavam mulheres independentes, leitoras do jornal se proporia a responder aquela descrição um tanto quanto chumbrega.

E claro, ele não fora louco o suficiente para não pedir uma fotografia, assim teria noção de quem encontraria, não queria correr o risco de marcar um encontro com um trasgo ambulante, e provavelmente ele iria se divertir bastante, quem sabe a garota não podia ser alguém que fosse possível dar um bom amasso, ou talvez mais que um amasso.

Acariciou o bico de sua coruja e retomou seu caminho ao Salão Principal, se ele não fosse o Principezinho da sonserina talvez refizesse seu caminho saltitando de tanta felicidade que esboçava naquele instante.

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- Gininha, amor, hoje eu não vou poder ficar com você e com Annia na incansável procura por uma fantasia.

- Não pode, é? Por quê? O que o senhor pretende fazer durante “todo” o passeio de Hogsmeade? – frisou a amiga.

- Ahh.. isso é segredo!

- Segredo, é? – riu a garota. – Vai, Col, conta logo! Por favor!

- De jeito nenhum, vou te matar de tanta curiosidade!

- Ah, tudo bem então, eu não queria saber de nada mesmo. Fique você com seus segredinhos!

- Ai, Gin, deixa de ser boba, não precisa ter sua “crise sonserina” tão cedo. Dá até medo quando você fala desse jeito.

A ruivinha deu um sorrisinho maquiavélico.

- Ai, sua macabra, eu vou te contar, mas vamos sair desse salão comunal onde as paredes têm ouvidos – disse para uma dupla de garotas que estavam muito próximas e cursavam um ano na frente deles, Lilá Brown e Parvati Patil, as duas fofoqueiras mais conhecidas de Hogwarts, se alguém quisesse espalhar um boato bastava sussurrar algo perto delas e pronto, o mal estava feito.

- Tudo bem, vou só dizer a Annia que estamos indo tomar café, enquanto ela se emperiquita toda para apenas um passeio em Hogs.

- Certo, te espero lá fora.

A ruiva foi até o dormitório avisar a outra que estava de saída, e em seguida passou pelo retrato da mulher gorda para encontrar Colin encostado na parede com cara de abobalhado.

- Col, antes de perguntar em que Merlin você está pensando, tenho que tirar uma duvida que está me corroendo, você acha que se por acaso eu começasse a namorar uma cara gato, popular, gostosão e adjacentes eu ia ficar mais de três horas no banheiro?

O garoto gargalhou.

- Bem, para ser sincero, tenho quase certeza absoluta que não!

- Aí, Col, você me acha tão desleixada assim?

- Não, miga, só estou sendo realista.

- É, acho que você tem razão.

E os dois caíram na risada.

- Ei, agora me conta o babado do dia, não fuja da raia não.

- Tá, mas vamos andando que aqui ainda tá muito perto.

- Certo, mas começa a falar logo oras.

- Hum, é que ontem estava pensando e acabei tento uma idéia, vou fazer uma surpresa pro Zackie, sabe um momento romântico.

- Ai, Col, me conta isso.

- Ah, eu estava pensando em pegá-lo desprevenido. Tipo, no meio da Dedosdemel eu fazia um feitiço de confusão nele, e o levava até a casa dos gritos e lá teria um piquenique afrodisíaco, que você acha?

- Merlin, eu acho simplesmente perfeito, poxa, Col, por que você não é hetero?

E continuaram o percurso em direção ao Salão Principal para tomarem seu café, até alguém vir correndo esbaforida em direção a eles e gritar:

- Gina, por que você não me esperou?

- Bom dia pra você também, Annia!

- Bom dia, mas por que você não me esperou?

- Ah, eu vim logo com Colin, estou morrendo de fome e sem um pingo de paciência para esperar seus surtos de fluidificação para apenas comprar algumas roupas e dar uns beijinhos no Blaise.

- Ai, tá azeda hoje, hein?

- Realmente, Gininha, acho que você precisa de algo para adoçar sua vida.

- Nossa, vocês estão adivinhando meus pensamentos, realmente eu preciso de um pedaço de torta de chocolate urgente, então vamos logo porque eu não estou a fim de perder um pedaço de bolo e muito menos de pegar uma carruagem ocupada.

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- BLAISE – Zabine parou ao ouvir alguém chamá-lo. Ao virar-se deparou com Malfoy.

- Bom Dia, Draco.

- Não poderia estar melhor – completou o loiro com um sorriso alongado.

- E o que se passou para que seu dia esteja tão bom assim?

- Na verdade nada de tão especial assim, mas, tenho algo a te falar.

- Pelo visto você aprontou das suas.

- Ah, você nem ao menos ouviu e já acha que estou aprontando algo ruim, então desta forma não vou nem continuar.

- Ah, Draco, para com isso. Só quis saber quem foi o ser iluminado que mandou seu “humor” matutino passear longe, para enviar flores.

- Não vou me irritar com essas suas colocações, por que simplesmente eu acordei bem satisfeito hoje.

- Então, por favor compartilhe comigo.

- Não que eu goste da idéia de compartilhar coisas com você, mas, vou apenas te dar uma dica. Já tenho a maneira perfeita de levar uma “santinha” ao baile, então aguarde.

- E o que você pretende fazer? Dopa-la? Confundí-la?

- Ah, eis que o mistério só será desvendando no próprio baile. Aguarde. E agora vamos a Hogsmeade, ou você vai esperar aquela sua “namoradinha”?

- Ah, bem vindo, Draco, já estava pensando que estava sob algum feitiço. Agora está na minha frente o bom e velho Malfoy de sempre. E respondendo a sua pergunta, não, eu não vou a Hogsmeade com Annia, ela vai com a amiga, coisas de mulheres.

- Zabine, me poupe dos detalhes sórdidos e vamos logo.

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- Gina, eu tenho uma coisa muito séria para te falar.

- Pode dizer, Creevy.

- Você precisa de um namorado urgente!

- Eu concordo – confirmou a loira.

- E eu posso saber o motivo pelo qual vocês querem me arrumar um namorado?

- E você quer motivo melhor que beijar na boca?

- Exatamente, e olha que beijar não engorda, e ainda trás benefícios para musculatura facial.

- Há, há, há, muito engraçado, Dona Annia.

- Sério, Gi, você ia vê, se você tivesse uma boca para beijar não ia ficar tão estressada pelo simples fato do seu bolo favorito ter acabado segundos antes de se sentar à mesa, na verdade ia agradecer pelas calorias a menos que iriam ser ingeridas.

- COLIN CREEVY, EU O ACONSELHO A FICAR DE BOCA FECHADA ATÉ EU CONSEGUIR COMER ALGUM CHOCOLATE, OU NÃO ME RESPONSABILIZO POR MEUS ATOS! E ANDEM LOGO, SE NÃO AINDA POR CIMA IREMOS PEGAR UMA CARRUAGEM JÁ OCUPADA.

O casal de loiros se olharam, e com um consenso de olhar decidiram acompanhar a ruiva sem contrariá-la antes que ela cometesse um duplo homicídio.

Após andar quase na velocidade da luz, deixando os amigos para atrás, Gina se deparou com mais um artefato contribuinte para terminar de estragar seu precioso dia.

Todas as carruagens já haviam partido exceto uma com um rapaz loiro quase saindo também, já que no exato momento o individuo estava prestes a fechar a porta. Entre pedir ajuda a um estranho, que talvez fosse um nojento, ou ir andando até Hogsmeade sem ao menos um chocolate matutino e andar aquilo tudo com aquela saia que vestia, ao chegar lá com certeza a única coisa que ia comprar era um creme para assaduras. Resolveu tentar!

- EI, - gritou para o rapaz – ESPERA! – e acenou enquanto os dois amigos chegavam perto dela sem ao menos lhe dirigir a palavra, sabiam que naquele momento um único “Gina” poderia se transformar em uma azaração permanente.

O loiro continuou a fechar a porta.

- EI, POR FAVOR, ESPERA! – gritou novamente correndo em direção a carruagem, lógico uma situação difícil devido a grossura de suas coxas.

E o rapaz nem ao menos teve a consideração de olhar para quem chamava.

“Ah, que cretino! E essas barriga, oh, Merlin, eu preciso de um regime, não consigo correr nem até uma carruagem, imagina andar até Hogsmeade, mas esse nojento vai ter que me esperar.”

Retirou a varinha do bolso de sua saia, apontou para garganta, e murmurou “sonorus”:

- EI, ESPERA! NÃO ESTÁ VENDO QUE ESTAMOS PRECISANDO DA CARRUAGEM TAMBÉM?

- Draco, para a carruagem, não tá ouvindo alguém gritar?

- Ah, é uma gordinha que vem aí, deixa ela ir andando, quem sabe não perde uns quilinhos.

- Porra, Draco, deixa de ser egoísta, para aí, essa droga de carruagem.

- Não.

Então o moreno olhou pela janela e viu Gina, Annia e Colin correndo e apertou o botão de parada de emergência.

- Porra, Zabine, o que você fez?

- Seu, idiota, você não viu que era Annia quem estava correndo também?

E Blaise abriu a porta da carruagem esperando os três que vinham em disparada.

- COLIN CREEVY, ANNIA ZINOVICH, eu mato vocês – murmurou Gina enquanto ia até a carruagem.

A loira ao avistar o namorado correu com mais força, e já foi o abraçando enquanto Gina e o amigo andavam até o local de agarramento do casal, e ao se aproximarem a ruiva ouviu uma voz arrastada dizer:

- Zabine, eu não sabia que a sua namorada tinha se transformado em uma baleia, acho que você anda presenteando-a demais com chocolates, cuidado se não ela vai estourar e você vai ficar sozinho.

“Eca, não acredito! Eu vou esmagar essa loira azeda, e esse idiota do Colin. E como eu já estou quase parecendo uma lutadora de sumor segundo esse loiro mal-amado, não vai ser difícil” pensou Gina ao ouvir as idiotices de Malfoy o fuzilando com os olhos.

O casal e o loirinho adentraram na carruagem enquanto a ruiva fuzilava o sonserino, na duvida se devia entrar e dizer uns bons desaforos ou enfrentar a árdua caminhada acompanhada de assaduras até Hogsmeade. Decidiu que preferia os insultos e entrou também, sem dizer uma palavra.

- Ah, Zabine, então não foi sua namorada que engordou uns duzentos quilos, foi a Weasley fêmea que ficou com medo da escassez de alimentos na casa dela durante as férias e resolveu tirar o atrasado e adiantar para as próximas na cozinha aqui de Hogwarts, mas cuidado Weasel, pois se não seus pais não vão conseguir comprar vestes para você, sabe extra “G” é um problema para se conseguir de segunda mão.

E suas orelhas quase explodiram com as palavras de Malfoy, mas infelizmente não podia dizer nada, apenas segurar suas lágrimas, sua saia apertada não a deixava retorquir, talvez tudo que aquela cobra peçonhenta disse deveria ser verdade. No mínimo seus pais teriam que comprar roupas para tragos, pois as outras com certeza não iriam entrar, segurou o choro, decidida a voltar para Hogwarts assim que pusesse os pés em Hogsmeade, não iria comprar fantasia nenhuma, não iria à baile nenhum, tudo que queria era sua cama e uma boa caixa de trufas de cereja.

E nem ao menos viu quando o moreno deu uma cotovelada no loiro sonserino, e Colin sussurrava para não ligar para as palavras duras de Malfoy.

..Continua?..

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