Nosso 1° Beijo



Fic: Nossas Vidas

Autora: Hermione Seixas

Beta: Maíra e tudo graças a nossa amada Annette Fowl!

Disclaimer: Hogwarts é de Rowling,Harry pertence a Draco e Draco, apesar de sua atitude indiferente, sabe que no fundo pertence ao cabeça rachada. A música não é lá essas coisas, mas é bonitinha e combina com o momento; pertence ao Faith Hill.

It's a feelin' like this.
É esse sentimento
It’s centrifugal motion,
Movimento centrífugo
It's perpetual bliss.
Êxtase perpétuo
It’s that pivotal moment.
Momento decisivo
It's 'Ah, unthinkable.'
É... Ah, impensável
This kiss, this kiss.
Esse beijo, esse beijo
Oh, kiss me in sweet slow motion,
Beije-me em câmera lenta
Let's let everything slide.
Deixemos tudo correr
You've got me floating, you've got me flying.
Você me faz flutuar, você me faz voar


Capitulo 1: Nosso 1° beijo

POV Harry

Estava tão zangado com ele naquele dia. Pela primeira vez em semanas, ele chegou e me provocou. Eu, como já estava irritado, me deixei levar e lhe acertei um soco.Por casualidade do destino, Snape estava passando na mesma hora e viu a cena. Ganhei uma detenção para o mesmo dia.Então, pela graça do destino, McGonnagall chegou.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou sua expressão séria e compenetrada. Antes que aquele sonserino explicasse, eu comecei a falar e dei toda a minha versão dos fatos. – Então, Sr. Malfoy, o senhor também ganhará uma detenção, a mesma do Sr. Potter. Nada mais justo. Os dois lados têm sua parcela de culpa.

E então chegamos à situação: limpando uma sala escura e sinistra das masmorras somente eu e ele. Sabia que não iria acabar bem, mas...

- Finalmente achei alguma serventia em você Potter. Daria um ótimo elfo doméstico, trabalha, tem cabeça oca e é tão feio quanto um.- Malfoy riu gostosamente. Fiquei arrepiado, não exatamente de prazer, mas algo realmente estranho aconteceu quando escutei a risada. Algo que ignorei prontamente. Uns minutos depois senti ele se aproximar, então me virei antes que me machucasse. Quando o vi estava tão próximo a mim que me assustei.

- O que é,Malfoy? – perguntei confuso após uns segundos de troca de olhares.

- Eu que pergunto. O que é Potter?

Encaramos-nos de novo e ele me presenteou com um meio sorriso o que fez minhas entranhas se revirarem, me deixando mais nervoso.

- Eu sei que você está zangado comigo, não precisa fingir que me ignora.

- Eu não finjo, eu o faço.

- Como hoje de manhã? – sorriu vitorioso.

- De manhã estava já furioso com outra coisa, só me fez extravasar minha irritação, obrigado. Mas eu pensei que nunca extravasaria desse modo. Esteve quieto durante semanas, pensei que a maturidade havia chegado, mas vejo que não.

- Por quê? Sentiu minha falta?- ele disse, se aproximando. Aquilo estava realmente me afetando, mas não quis pensar no momento.

- Claro que não! Porque sentiria sua falta, ser desprezível? – disse realmente nervoso, aquela proximidade estava dando medo, o que ele planejava?- Você que deve ter sentido a minha, não é?- vi um sorriso se formar naquele rosto.

- Talvez sim, quem sabe?

Arqueei as sobrancelhas e pisquei chocado, ele riu levemente e se aproximou um pouco, podia sentir o calor que emanava de seu corpo. A palavra “perigo” passou por minha mente, mas foi chutada para algum local obscuro de lá onde eu não pudesse utilizá-la, no fundo queria ver até onde tudo isso iria.

- Potter, você é um idiota! – disse sorrindo, coisa que fazia constantemente nos últimos minutos, o que fazia querer me mover de medo e o que me deixava continuar. Então senti mãos envolverem minha cintura, enviando ondas de arrepio pelo meu corpo. Eu tremi chocado, mas ainda queria ver onde daria e, mesmo que quisesse sair dali, minhas pernas não se moviam. Vendo a minha reação ou a falta de reação se aproximou mais, me deixando sentir sua respiração contra meu rosto.

- Respira. – sussurrou sorrindo levemente.

Soltei calmamente o ar que não sentia que havia prendido. Ele apenas riu e, então, fez o que estava prometido pelo clima.

Uma de suas mãos saiu de minha cintura indo pra minha bochecha, a acariciando levemente, e passou seu dedo nos meus lábios e então os juntou. Milhares de sensações invadiram meu corpo, quentura, desejo e algo mais indecifrável, mas a falta de reação que eu tinha anteriormente, incapacitando minhas pernas, parou no momento em que senti os lábios dele: meus lábios se moveram e compartimos o melhor beijo de minha vida. Nossas línguas se tocaram e eu gemi, minhas mãos envolveram seu pescoço e ele sorriu contra meus lábios, enquanto suas mãos me encaixavam entre suas pernas e eu suspirei. Não sei quanto tempo nós ficamos colados daquele jeito, nossas línguas brincando uma com a outra, dando prazer, entre movimentos calmos e pacíficos, combinados com uma paixão enlouquecedora vinda não sei de onde. Finalmente tivemos que nos separar pela falta de ar, o que não nos impediu de ficar trocando selinhos. Até ouvirmos um clic na porta que fez nos separarmos bruscamente. Era McGonagall:

- Pode ir, Sr.Potter. Sr.Malfoy, por favor, permaneça, ainda tenho que tratar uns assuntos sobre a monitoria.

Trocamos um olhar constrangido e nos despedimos baixinho, o que rendeu um olhar inquisitivo de McGonagall e então deixei a sala.

Nunca me sentira tão confuso. Sempre odiara Malfoy, brigávamos sempre, aquele dia mais cedo era um exemplo disso, então ele havia me beijado como ninguém antes e eu tinha gostado e correspondido. Eu não sabia que era atraído por homens. Será que eu era gay? Ele era bonito, admito, mas daí a beijá-lo era bem diferente. Sem querer fui atirado a um redemoinho de emoções que não sabia existir. E ainda mais pelo meu inimigo que estava agindo estranhamente nas últimas semanas e, mais estranhamente naquele dia,quando havia sorrido e rido como nunca fizera antes, pelo menos não na minha frente, e depois ele me beijara tão delicadamente como se eu fosse quebrar. Malfoy definitivamente estava louco e me deixando no processo. Mas a questão principal não era a minha confusão e sim por que diabos Malfoy havia me beijado?


Draco POV

Confesso, estava com uma atração bizarra pelo Potter e tinha que chamar a atenção dele de alguma maneira. Mais lerdo que ele só o Weasel(1), francamente. Bem, então desenvolvi uma espécie de plano que era bem simples: irritar Potter, tentar fazê-lo ganhar uma detenção se possível conjunta, jogá-lo na parede e dar uns amassos.( Era realmente um ótimo plano: ousado e Slytherin só na teoria e a execução seria mil vezes melhor...

Bem, as coisas não saíram realmente do jeito que eu planejei: Snape nos apanhou, o que foi realmente bom, mas eu iria me oferecer para supervisionar aquela detenção e não participar dela como um detento, mas o destino me odeia e pôs McGonagall no meu caminho. Aí o Potter abrira aquela boca, que apesar de fina e pequena, não agüenta ficar fechada, e contou o que houve, mas é claro que a McGonagall não ia deixar barato e me pôs em detenção junto com Potter, resultado: eu e Potter trancados numa masmorra limpando...

Mas não foi tão mal assim, pelo menos estamos juntos, na teoria ao menos e não literalmente juntos, o clima entre nós estava no mínimo pesado, ele nem abria a boca, então eu com meus dons encantadores de chamar atenção no maior jeito sexy Slytherin de ser, o irritei.

- Finalmente achei alguma serventia em você Potter. Daria um ótimo elfo doméstico, trabalha como um, tem cabeça oca e é tão feio quanto eles. - eu realmente tive que rir, às vezes não agüentava meu próprio arsenal de insultos, mesmo que seja dirigido ao cara que eu irei dar uns amassos. Eu vi um movimento em suas costas, como se estivesse se arrepiando, o que era um ótimo sinal, provocar fisicamente seu parceiro apenas com palavras. Tive que me aproximar mais, quase colando os nossos corpos, ele sabia que eu me aproximava, imaginava que estava prestes a ser atacado e não que eu queria comê-lo em beijos.

- O que é, Malfoy?- murmurou confuso quando se deu conta de nossa aproximação.

- Eu que pergunto. O que é Potter?- nada melhor que um jogo de palavras sedutoras, um olhar e um meio sorriso podem fazer, principalmente vindo de mim.

- Eu sei que você está puto comigo, não precisa fingir que me ignora. - apesar de o querer ainda gosto de irritá-lo, é tão deliciosamente diabólico ver o rosto dele se retorcendo numa careta de desagrado ou algo que chegue próximo ao desagrado.

- Eu não finjo, eu o faço. - enganando a quem com esse jeito? A mim não!Eu o conheço melhor do que pensa. Literalmente sigo a regra “conheça bem de perto seus inimigos”, então posso dizer que me ignorar é algo que definitivamente ele não faz.

- Como hoje de manhã? – sorrio vitorioso, adoro provar o quão errado ele está sobre me ignorar. Ninguém me ignora. Sou um Malfoy.

- De manhã estava já zangado com outra coisa, só me fez extravasar minha irritação, obrigado. Mas eu pensei que nunca extravasaria desse modo, já que esteve quieto durante semanas, pensei que a maturidade havia chegado, mas vejo que não. - as respostas dele a cada dia melhoram,mas nunca chegariam perto das minhas provocações, obviamente. Ah Potter, se soubesse o real motivo daquele meu meio tempo fora de ar, digamos aqui, nem sei o que pensaria.

- Por quê? Sentiu minha falta?- me aproximei enquanto o via ficar nervoso e engolir a seco. Posso torturá-lo com a minha proximidade e o fato dele não saber exatamente o que eu irei fazer ou no que estou pensando em fazer é muito melhor do que um duelo de feitiços, pelo menos no duelo ele não parece tão vulnerável assim... Eu disse vulnerável?

-C laro que não!Porque sentiria sua falta, ser desprezível? – ele realmente estava nervoso, minha proximidade o intimidava assim como ele não saber o que se passava em minha mente, mas eu tinha certeza que se ele conseguisse ler meus olhos veria o desejo que eu tinha naquele momento- Você que deve ter sentido a minha, não é?- eu sorri, talvez dar um pouco da verdade não seria tão mal ou seria?

-Talvez sim, quem sabe?

Ele arqueou as sobrancelhas e piscou confuso, eu tive que sorrir, pois o modo que fez foi um pouco adorável... Aquilo estava ficando estúpido. Eu sorrindo para Potter por achá-lo adorável? Isso foi tão gay! Tudo bem que fazer um plano para meter minha língua na garganta de outro cara não seja exatamente másculo, mas mesmo assim... Aquilo foi meloso demais!Eu consegui ler em seus olhos a confusão e o vazio que parecia estar sua mente.

- Potter, você é um idiota! – disse sorrindo, aquilo começou a ficar assustador já que não conseguia parar de sorrir e eu acho que passou o mesmo pela cabeça de Potter. Resolvi parar de pensar o quanto estúpido estava parecendo para Potter e para mim mesmo e agi. Envolvi sua cintura com minhas mãos, senti o corpo dele se arrepiando, tremendo, parecendo chocado pela minha ação, que para ele deveria ser muito estranha, para mim somente outro desejo sendo realizado ou o início dele. Eu me deliciei com o misto de sentimentos e me aproximei mais, deixando-o sentir minha respiração contra sua pele, fazendo-o prender a respiração.

- Respira. – pedi baixinho afinal não queria que ele desmaiasse antes mesmo da melhor parte. Sorri diante a falta de reação do garoto, realmente nós Malfoy’s somos irresistíveis.

Ele soltou o ar calmamente e me provocou um risinho de contentamento, aquilo estava ficando muito constrangedor e antes de acabar com clima, fiz o esperado.

Uma das minhas mãos saiu da cintura dele e fora pra bochecha dele, a acariciei levemente, passando meus dedos nos lábios dele e juntando com os meus. Milhares de sensações invadiram meu corpo, que de certa forma sei que aconteceu com ele, não só concretizar meu desejo, mas outro sentimento se misturou aquele momento, sentimento que perdurou o beijo todo. Pra dizer a verdade me surpreendeu a atitude de Potter, ele se entregou ao beijo, pensei que iria se fazer um pouco de difícil, mas se entregou e foi melhor ainda. Foi realmente bom quando minha língua tocou a dele e ele gemeu de prazer, sempre me sinto satisfeito por provocar prazer nas pessoas, encaixei o corpo dele entre minhas pernas e ele suspirou. Posso dizer que pela primeira vez na minha vida sexual, pois vida amorosa eu não tenho, apenas sinto desejo, eu perdi a noção do tempo, fiquei colado nele enquanto nossos corpos se encaixavam de uma forma harmoniosa como se sempre tivéssemos nos beijado. Foi quente e algo que não sei explicar, o que posso dizer que é muito irritante e ao mesmo tempo reconfortante? Sim, reconfortante! Isso é muito constrangedor para se admitir, principalmente de um Malfoy que beijou Harry Potter, que por acaso deu o melhor beijo da minha vida essa noite, o que é realmente surpreendente, ele com a aquela cara de lerdo ser bom de beijo, nesse quesito ele não me decepcionou, posso dizer que até superou as expectativas. Devo admitir que nunca fui muito carinhoso, mas eu dei selinhos enquanto parávamos aos poucos o beijo, já que precisávamos de ar. Isso é bem constrangedor... Mas a festa acabou quando ouvimos o clic da porta e McGonagall chegou.

- Pode ir, Sr.Potter. Sr.Malfoy, por favor, permaneça, ainda tenho que tratar uns assuntos sobre a monitoria.

Ele trocou um olhar comigo e do nada eu fiquei constrangido, me despedi baixinha arrancando um olhar inquisitivo de McGonagall, ele saiu e me deixou a sós com McGonagall e seus assuntos sobre responsabilidades e como um monitor deve se comportar.

Essa noite não saiu como eu planejei,mas foi tão melhor que o esperado que eu gostei mais do que saísse como planejei. Eu me sinto estranho em relação a tudo, mas ao mesmo tempo calmo. Não estou pirando ou em algum estado de negação, como normalmente faria, apenas me sinto anestesiado quase feliz, o que realmente é espantoso, já que nem sei direito o que é isso há tempos. Meu sexto sentido aguçado me diz que algo logo acontecerá então enquanto isso esperarei Potter passar por alguma sala vazia, o jogarei lá e continuarei a sessão de amassos parte 2, porque não ficaria assim mesmo, de forma alguma!Teríamos que terminar com estilo...



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