Every time I close my eyes



Girl, it’s been a long, long time comi’


But I, I know that it’s been worth the wait


It feels like Springtime in Winter


It feels like Christmas in June


It feels like heaven has opened up it’s gates for me and you




Em uma noite fria e sombria, Severo Snape passeava despreocupadamente pelos corredores escuros da famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.Severo caminhava lentamente e pensava que sua vida mudara bastante nos últimos 2 anos. Sem entender, sua vida e suas atitudes estavam bastante diferentes. Desde que Severo fora salvo por Hermione Granger no ano passado, suas atitudes com relação à moça haviam mudado muito. Talvez por gratidão, na realidade ele não sabia por que passara a respeitar mais a moça. Severo lembrava que durante as últimas semanas de aula ele não conseguira encarar Hermione de frente e que suas pernas sempre bambeavam cada vez que a moça lhe fazia uma pergunta.

Os dias foram passando e Snape não conseguia mais disfarçar a sua admiração e profunda gratidão, mas como ele sempre fora uma criatura sem coração, ele não podia dizer e nem expressar sua gratidão a ela.


And every time I close my eyes


I thank the Lord that I’ve got


And you’ve got me too


And every time I think of it




Em uma noite, depois da reunião da Ordem da Fênix, Severo estava sentado em um canto da sala esperando Lupin para irem embora, mas de repente a porta da cozinha bateu levemente. Ao invés de Lupin, apareceu em sua frente quem ele menos queria (ou queria) ver. Hermione deu um pequeno sorriso e Snape ficou petrificado, mas não pôde corresponder. Ele rapidamente indicou a cadeira ao lado e Hermione se sentou prontamente. Severo estava muito constrangido, mas ao mesmo tempo estava gostando muito daquela pequena aproximação. Hermione pensou em dizer algo, mas ficou quieta, pois ela também estava muito constrangida. Hermione tentava disfarçar, mas toda hora olhava para Snape com se nunca o tivesse visto antes. Ela também se lembrava daquela terrível noite que salvara Snape das garras de alguns comensais da morte e desde então, algo em seu coraçãozinho havia mudado com relação ao temível professor de poções. Hermione sabia o quanto era corajosa, mas o mais importante foi a confiança que Snape depositara nela naquela noite. “Eu confio em você, eu confio. Me ajude, por favor...”. Hermione ainda podia ouvir aquelas palavras quando uma voz bem calma a fez voltar a si.

-

-A srta. ainda pensa naquela noite?

Agora era a vez de Hermione ficar petrificada. “Como ele sabia que eu estava pensando nisso!”

-

-Sim, um pouco. – respondeu vacilante.

-

-Pois não deveria. – disse Snape fortemente – coisas ruins não são para lembrar.

Hermione concordou com a cabeça e ficou quieta. Snape, ainda sentado, a olhou com carinho e acompanhando seus leves movimentos disse baixinho:

-

-Obrigado!


I pinch myself’ cause


I don’t believe it’s true


That someone like you


Loves me too




Hermione levantou os olhos até ficarem da altura dos olhos de Snape e disse com os olhos rasos d’água:

-

-Não precisa agradecer. Tenho certeza que não fiz mais do que a minha obrigação.

-

-Sim, certamente. – respondeu Snape atônico – mas se o seu coração e a sua razão não mandassem, a Srta. não teria me salvado e nem se arriscado daquela forma.

Hermione não sabia o que responder e ficou mais uma vez quieta. Mas seus olhos não conseguiram se desgrudar um segundo sequer dos dele.

Já estava tarde quando todos deixaram o Largo Grimmauld.

Na manhã seguinte, em Hogwarts, Snape preparava sua aula e ao mesmo tempo não conseguia parar de pensar na conversa da noite anterior. Para todos os efeitos, ele só sentia gratidão por Hermione ter salvado sua vida e mesmo se sentindo muito bem ao seu lado ele não queria admitir que seus sentimentos com relação à moça haviam mudado. Para ele era só isso, mas mal ele sabia que Hermione também estava sentindo algo diferente por ele.

Desde a noite anterior, Hermione não conseguia para de pensar em Snape.

Alguns dias se passaram e quando Harry desceu para a sala comunal pela manhã, Hermione já estava lá, como sempre, mas Harry pôde perceber que sua amiga não estava muito bem, pois seus pensamentos estavam bem longe e ela nem olhava para o livro que estava em suas mãos. Harry se aproximou de vagar e se sentou na frente de Hermione. Depois de alguns segundos Hermione percebeu a presença do amigo e deu um leve sorriso.

-

-O que tá acontecendo Mione?

-

-Não sei, realmente não sei.

-

-Sei que você não tá legal, me diz, talvez eu possa te ajudar.

Hermione tocou levemente o rosto do bonito rapaz e disse bondosamente:

-

-Harry, você já se sentiu completamente sem ação quando está perto de uma determinada pessoa? Já sentiu todo seu corpo tremer só de ouvir falar no nome dela?

-

-Já Mione. – respondeu Harry com um brilho no olhar – isso já me aconteceu. Lembra daquele lance com a Cho? É Mione, isso que você está sentindo é paixão e das grandes.

Hermione parou, seus olhos se encheram de lágrimas e o que ela mais temia estava acontecendo. Harry viu que o assunto era sério e sem palavras abraçou a amiga. Hermione realmente se sentia mal, como ela podia estar apaixonada pelo professor Snape.


Girl, I think that you’re truly somethin’


And you’re, you’re every bit of a dream come true


With you baby, it never rains and it’s no wonder





Em sua distinta e fria masmorra, Snape tentava não pensar mais no assunto, mas era praticamente impossível, a toda hora vinha em sua mente aquela moça, tão linda, tão meiga, tão decidida. Sem querer, Snape estava cada vez mais ligado a Hermione e isso só poderia ser uma coisa, Paixão. “Mas não posso!” Dizia ele convicto. “Mas por que não?” “Quem disse que não posso?” Repetia para si fortemente. Mas algo em seu subconsciente falou decidido: “ Eu nunca permiti que ninguém se metesse na minha vida, mas se Deus me deu esta oportunidade de decidir o que eu realmente quero, eu vou à luta e conseguirei.”

Snape saiu de sua masmorra completamente decidido, mas de repente parou. Naquela mesma hora bateu uma forte insegurança e uma pergunta lhe veio a cabeça: “ E se eu estiver me precipitando? E se ela não gostar de mim, nem um pouquinho? E se ela não aceitar o meu sentimento por ela?” Snape bateu com a sua mão fortemente em sua testa, e quando ia se virar para voltar, viu Hermione carregando alguns livros. Seu coração pulou e ele percebeu que a moça parecia ter assistido aquela lastimável cena de bater em si mesmo. Hermione por sua vez foi até ele e disse suavemente:

-

-O Sr. se machucou?

-

-Não – respondeu Snape sentindo uma forte dor de cabeça – A srta. não precisa se preocupar está tudo bem.

Mas Hermione não se deu por vencida, ela percebeu que o soco que Snape dera em si provocou um grande hematoma na testa. Sem pensar muito bem, Hermione pegou Snape por um dos braços e o levou para sua masmorra. Snape ficou escandalizado com a atitude da moça que o jogou em uma das confortáveis poltronas de sua masmorra. Ela colocou seus livros em cima da mesa principal e se voltou para Snape com um líquido meio alaranjado e uma pequena gaze. Snape pensou em dizer algo, mas não deu tempo. Hermione já lhe passava o líquido que lhe causou uma boa sensação.


The Sun always shines when I’m near you


It’s just a blessing that I have found somebody like you


To think of all the nights


I’ve cried myself to sleep


You really oughtta know



Assim, ele ficou quieto e a olhou intensamente. De repente, ele segurou a mão dela e pensou em dizer a ela tudo o que ele estava sentindo naquele maravilhoso momento. Hermione parou com o seu gesto de carinho e percebeu que ele tinha o mesmo olhar da noite da batalha. Hermione teve certeza que ele precisava de algo. Hermione continuou a trata-lo com carinho e Snape se maravilhava a cada segundo que se passava. Mas isso não podia ficar assim, ele teria que dizer tudo o que ele estava sentindo por ela, mesmo que ela risse dele.

-

-O Sr. quer me dizer algo, não é? Perguntou Hermione sabiamente.

Snape ficou pálido, como ela poderia saber que ele precisava lhe dizer algo.

-

-Então me diga professor, sim ou não?

-

-Como assim? Perguntou Snape sem entender.

-

-Sim ou não para o que estou pensando.

-

-Se eu ao menos souber o que a Srta. está pensando, talvez responda. – respondeu Snape gostando da brincadeira.

-

-Diga-me professor – falou Hermione decidida – diga-me, o Sr. gosta de mim?

Snape ficou atônico, não sabia (ou sabia) o que poderia falar naquele instante, talvez fosse mesmo uma brincadeira. Mas não era. Hermione estava bem decidida. Ele se levantou rapidamente, andou de um lado para o outro e depois de alguns minutos respondeu sem se arrepender da resposta.

-

-Sim!


How much you mean to me


It’s only right that you be in my life right here


With me


Oh Baby, baby...



Hermione caiu sentada em uma cadeira de fronte a ela. Ela ficou gelada e muito pálida. Ela ainda não sabia de onde surgiu tanta coragem para fazer uma pergunta como aquela e ainda mais para um homem como Snape. Hermione agora estava muito confusa, como ela pôde o pegar pelo braço, cuidar de um pequeno hematoma e ainda perguntar se ele gostava dela... que loucura.

Snape a olhou com medo, pois Hermione não se mexia. De repente ela se levantou e ficou olhando estaticamente para ele. Snape fez o mesmo, ele não sabia como proceder. Hermione, de repente, balançou a cabeça fortemente e perguntou indecisa:

-

-O Sr. tem certeza do que acabou de me responder?

-

-Claro. Foi você mesma quem perguntou e eu respondi. – explicou Snape decidido.

-

-Isso não é nenhuma brincadeira, é?

-

-Não. Não é nenhuma brincadeira.

Ao terminar de dizer isso ele só sentiu um forte e gostoso estalo em seus lábios. Hermione não pensou duas vezes e lhe tascou um beijo. Snape não teve outra opção a não ser corresponder ao beijo. Ele, logo ele que estava imaginando vários empecilhos para não toma-la em seus braços e fazer o que ela fez, agora se extasiava com o primeiro beijo e espera que realmente eles passassem por cima de todas as diferenças e fossem muito felizes, porque ele sabia que com os sentimentos dos outros não se brinca.

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