Devolta à toca



Harry se jogou na cama levando a mao à testa. Por que estava doendo tanto aquela maldita cicatriz?? Agora todo o ministério sabia da volta de Voldemort e finalmente percy havia caído na real. Era a segunda semana de férias ainda e ele já não agüentava mais a casa dos dusleys. Depois dos acontecimentos das ultimas férias, harry tornara-se invisível dentro daquela casa. Por mais que isso fosse o que ele sempre quis, a solidão aumentava assim. E até agora não havia nenhuma noticia sobre a ordem da fenix, se é que esta ainda existia. Hermione havia mandado alguns cartões revoltados da Austrália (Odeio este lugar, simplesmente não há inteligencia bruxa aqui. Até agora só vi trouxas!! Estou estudando todos os dias para não morrer de tédio), e Ron disse que ia chamar Harry para passar as férias lá e até agora nada. De vez enquando folheava alguns livros do ano passado, mas a tristesa se apoderava dele cada dia mais. Não havia se conformado com tamanha injustiça... o falecimento de Sirius ,para ele, ainda não era verdade... ele não sabia por que, mas se sentia mais sozinho do que o normal.

E sabia que nem que
Rony quizesse ia fazer esta dor passar. Ninguém conseguiria. Os dusleys haviam notado uma certa tristesa do menino, mas sinceramente não se importavam. O menino sentia como se um dementador estivesse ali de plantão, e ele já tinha esquecido de como era a sensação de felicidade. Precisava de alguém. Mas quem? Recebia o profeta do diário semanalmente e até agora não tinha visto nenhuma noticia sobre o falecimento de Sirius, e muitas noticias sobre ele ,que preferia não dar atenção. Estava pensando em ficar no hotel do caldeirão furado até Ron o convidar, mas o contato com o mundo mágico, sem o padrinho, doeria muito mais. Estava tendo sonhos estranhos, mas dessa vez não eram sobre Voldemort, o que o deixava 10 vezes mais confuso. No sonho havia uma bela mulher de cabelos ruivos e olhos azuis. Ela estava toda de branco, parecia um anjo, e não era sua mãe. O lugar era um jardim muito bonito, onde predominava uma neblina que dava um aspecto celestial. O moça sempre estava cuidando dele ,e mandando o menino cuidar bem de sua filha... mas quem seria sua filha? Tentou se conformar com o fato de ser só um sonho, pois não achava disposição o suficiente nem para pensar. Na verdade desejava sumir, morrer. Se Voldemort o procurasse agora, ele não faria esforços para batalhar... ia deixar-se encontrar com Sirius e os pais. Afinal, as pessoas que ele mais amava haviam morrido. E a única coisa que lhe restava agora eram Rony e Hermione.


Caído na Cama e olhando as estrelas, Harry sentiu uma dor na garganta e seus olhos se encheram d`água, ao lembrar-se de Sirius. Mas ele se vingaria com certeza da mulher que o havia matado, nem que esta fosse a última coisa que faria em toda sua vida. Estava distraído, quando edwiges entrou graciosamente no quarto, entrando em sua gaiola. Olhava para o dono piedosamente, quando ele notou uma carta em suas patas. Correu ansiosamente e abriu-a.



Oi Harry, vamos te buscar aí amanha, mamãe disse que já está na hora de você vir para cá. Não confia que você fique sozinho, depois dos últimos acontecimentos. Esteja pronto às 15 horas.
Atenciosamente
Rony Weasley.

Harry esboçou um sorriso ao terminar de ler o bilhete e desceu para o jantar. Como sempre a família conversava sobre as últimas notícias que estavam passando no exato momento no jornal. Harry ou mal ou bem ficava um pouco atento para ver se havia alguma notícia sobre Voldemort. Mas por enquanto nada. Comeu a salada e já se sentiu de barriga cheia.


-Hum, tio valter?

-O que é?


-Meu amigo Rony vai passar aqui amanhã para me buscar, e de lá eu vou para a.... a escola.

-Melhor assim.

E ele se retirou para seu quarto. Era tentadora a proposta de passar pela vizinhança numa noite de verão, mas agora que estavam todos alertas sobre voldemort, era perigoso sair. Acabou adormecendo, com os olhos um pouco molhados, ao lembrar de Sirius.

Harry... venha comigo –Uma voz suave e angelical o chamava.
Ele se levantou vagarosamente de sua cama de colunas e andou. Parecia acordar de muito tempo de sono. Não precisava de óculos, conseguia enxergar tudo.
-Por aqui harry, venha.
Ele cruzou um bosque. Um dos bosques mais lindos que já vira em toda sua vida. Estava descalço, mas o chão estava morno. Enfim ele a viu. A mesma moça dos outros sonho. Ela estava sentada em um bando de madeira rútica e antiga e ele também sentou. A bonita moça o puxou para seu colo, onde o menino deitou.
-Sinto a dor que tens. Perder alguém da família... mas isso passa menino bruxo, algumas coisas boas acontecem nestes momentos, que são para toda a sua vida. Conforma-se menino dos olhos verdes, a dor passará, o sofrimento passará- enquanto dizia isso, ela acariciava-lhe os negros cabelos e e passava o dedo suavemente em sua cicatriz.. E a dor foi passando. Vagarosamente ele foi achando alguma felicidade que apagava a tristeza e trazia uma sensação de segurança e conforto.
-Cuide dela menino de sorte, encontrará a felicidade nela. Mas se não encontrar, sofrerá para sempre. Sou Asha, e saberá quem sou futuramente.


Harry abriu os olhos assustado. Seu coração doía muito e quando notou, lágrimas escorriam sobre sua face. Olhou assustado o relógico que ainda marcava 4 da manhã. Ele sentia uma paz interior muito estranha.
Quem era “Asha”? Ele por acaso a conhecia? Quem era sua filha? Harry resolveu voltar a dormir.

Abriu os olhos vagarosamente, quando alguns raios de sol inundavam seu quarto. Olhou para o relógio da cabeceira. Uma hora da tarde?? Ele havia perdido a hora?? Isso nunca acontecera antes! E ele não tinha sonhado com nada! Desceu correndo para comer algo, tomou seu banho e correu para arrumar suas coisas apesar de não ser muito. Eram duas e meia quando tudo estava pronto. Finalmente sentou e colocou edwiges (sob protestos) na gaiola e desceu para a sala de estar, e ficou lá esperando. Era incrível como sua presença encomodava seus tios. Ainda mais pelo fato de que depois das revelações das ultimas férias, tia petúnia sempre que ele chegava derrubava algo. Não demorou muito e a campainha tocou. Espera, a campainha? Hary estava esperando ouvir um estalo na lareira. Duda foi abrir a porta.

-Oi, viemos buscar o Harry. –disse uma voz de adolescentes.
Harry deu um salto e foi até a porta, se deparando com Rony e Gina.

-Como vai parcero? –perguntou Rony o abraçando.

-Oi Harry, tudo bom? –disse Gina distraída apertando sua mão.

-Tudo Gina. Como a gente vai? –perguntou.

-Chave de portal –disse Rony apontando para um pente velho. –Vamos pegar sua mala.

Os dois subiram rapidamente enquanto Gina, curiosa ficava olhando para dentro da casa. Voltaram logo depois, os dois e depois de um tchau seco, eles saíram.

-É ali do lado da árvore –disse Gina ainda com cara de quem não havia dormido bem.

Assim que chegaram de baixo da árvore, certificaram-se de que ninguém estava olhando quando Rony falou:

-Você sente na mala e gina também, que eu vou segurando.
E assim fizeram. A mesma sensação de sempre. Tudo começou a rodar, e Harry sentiu como se estivessem o puxando pelo umbigo, envergando a coluna. Quando percebeu a grama rala do grande jardim da toca estava amaciando sua queda. Gina olhou estranhando a posição dele caída e voltou para casa com a intenção de voltar a dormir. Que estranho, dormir essa hora?

-Bora, eu te ajudo, você vai gostar de passar as féria conosco.

-Qualquer coisa é melhor do que aquela casa.
- E como você está? Bem?
-Eu não sei mais... mas acho que com o tempo melhora.
-Escuta... eu também ando muito triste ,então vamos tentar nos animar- disse ofegante ajudando Harry com a mala, quando finalmente entraram na casa.
-Ó Harry, querido –disse a Sra. Weasley dando um abraço de conforto no menino- Como você está?
-Bem, eu acho.
-O almoço sai já já. Por que você não vai acomodá-lo em seu quarto em quanto isso Ronyquinho?
-Tah –disse Rony emburrado. Harry sabia o quanto Rony odiava ser chamado de Ronyquinho. Subiram até o quarto, e Harry ajeitou suas coisas. Estava feliz de estar ali na toca com Rony.
-Harry, vou tomar banho e já volto.
E Rony saiu. Harry sentou na cama do amigo e ficou vendo a paisagem. Ainda estava encucado com seu sonho, quando de repente Gina chegou “Rosnando”no quarto.
-Rony Weasley. Foi vocÊ que custurou minha blusa???- a blusa estava pela metade, tapando sua cabeça e mantendo imóvel um de seus braços –Dá para me ajudar agora??
Felizmente ela tinha outra blusa por baixo.
-Gina, sou eu que estou aqui, seu irmão está no banho.
-Harry? –perguntou tropessando na cama, e ficando de joelhos.
-É, deixa que eu te ajudo.
E num puxão ele arrancou a blusa, rasgando-a e fazendo Gina voar até a janela.
-desculpa! Machucou? –perguntou ele, rindo da situação.
-Não ri não! –disse ela rindo também e tentando ajeitar o cabelo. –Ai, eu mato o Rony. Vai descer agora?
-Não, vou esperar ele.
-Tá bom, obrigada.
E A menina desceu.

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