Epílogo



Epílogo: Uma Família Feliz


 


Dois anos depois...


Já passava das sete horas quando Gina deixou o prédio onde trabalhava. O dia fora exaustivo e ela deu graças à Deus por ser sábado no dia seguinte. Aproveitaria o final de semana com a família. Abriu a porta do carro quando ouviu alguém lhe chamar.


Era Adam, um colega de trabalho e que nutria um amor platônico pela ruiva.


- Gina! - Adam aproximou-se. - Que bom que você não foi embora ainda. A gente está indo jantar no Sparks. Gostaria de ir? - O sorriso dele era cheio de expectativa. Gina suspirou. Tinha pena dele. Já recusara tantos convites, deixando claro que eram apenas amigos. Mas Adam era insistente e isso irritava Gina.


- Adam, por favor, pare de me convidar. Você sabe que eu não vou.


- Mas... você precisa relaxar. Anda trabalhando demais... - Embora todos tentassem convencer Adam de que Gina nunca lhe daria bola, ele continuava a insistir.


- E eu vou relaxar. Na minha casa, com a minha família. Agora, se me der licença... - Adam abriu a boca pra falar, mas Gina o interrompera. - Eu vou pra casa.


Abriu a porta do carro e entrou. Antes de dar a partida. Olhou para o amigo, compreensiva. Ele não podia continuar naquela insistência absurda, quase impossível.


- Mas Gina... - Adam apoiou-se no carro, mas a ruiva dera a partida e ele se afastou.


- Adam... - Gina olhou pra ele com repreensão. - Se você continuar com essa insistência, considere nossa amizade encerrada. - Bufando, Gina deixou o local e um Adam derrotado.


Estava no farol quando o telefone tocou. Era Luna. Já imaginava o motivo da ligação.


- Oi, Luna. O que foi?


- Briguei com o Neville! - disse uma Luna bem irritada do outro lado da linha.


- De novo?


Depois de um ano de namoro, Luna e Neville resolveram morar juntos. Luna sempre implicava com o namorado por causa do trabalho "perigoso" dele. Neville tentava explicar que não era nada demais, mas Luna era muito insegura e brigava com ele por qualquer coisa.


- Ele acha que o trabalho dele não é perigoso!  - O farol abrira e Gina a colocou no viva voz. - Hunf! Você sabe quantos policiais de estrada já morreram? Muitos! E eu não estou afim de ficar viúva tão cedo!


Gina balançou a cabeça. Se Luna sabia da profissão de Neville, porque aceitara namorar com ele?


- Sabe, Luna, vocês estão piores que o Rony e a Hermione. Eles têm uma briga por semana e Mione sempre o coloca pra dormir no sofá. Mas o Rony não fica nem duas horas no sofá. Eles fazem as pazes... você deve imaginar como... - falou Gina maliciosa, deixando Luna ainda mais irritada.


Rony e Hermione estavam casados há um ano e Hermione estava mais sensível que nunca. Pudera, estar esperando gêmeos não era pra qualquer um e aquilo mexia com os hormônios de qualquer mulher.


- Mas comigo não é assim! Ele dorme no sofá até o dia amanhecer e... - Gina ouviu uma porta. - Gina, tenho que ir, ele chegou. Preparei o prato preferido dele. - a voz da loura passara de irritada pra ansiosa e empolgada. Gina conhecia aquele filme. Os dois brigavam e mais tarde faziam as pazes. Luna nunca dissera que Neville dormia no sofá... com ela junto. Gina não era boba. Sabia como era.


- Tá bom, Luna.


- Vão almoçar aqui no domingo?


- Vou ver com o Harry.


- Ver não, vocês virão. - Luna repreendeu a amiga. - Estou com saudades da Julie.


- Ok, você venceu. Nós vamos. Agora vai que seu homem a espera.


- Eu sei... - agora a voz de Luna estava maliciosa. A noite prometia. - Tchau, Gina.


- Tchau. Beijo. - Gina desligou o telefone. - Doida.


Chegou em casa. Estava ansiosa pra um bom banho e um jantar. Mas ansiosa por uma novidade que deixaria o marido surpreso.


Harry e Gina mudaram-se para uma casa mais ampla e aconchegante, totalmente ecológica e moderna. Ficava num condomínio na saída da cidade. A casa foi decorada de acordo com o gosto de cada um. Contratara vários empregados: uma cozinheira, uma faxineira, uma empregada e um jardineiro pra cuidar do enorme jardim que rodeava a nova mansão Potter. Sem contar no rapaz que limpava a piscina.


Abriu a porta e tirou os sapatos. Foi recebida por uma menininha ruiva que correu em sua direção. Julie Potter era uma réplica dos pais: ruiva de olhos verdes.


- Ma-ma. - Gina agachou-se e abraçou a filhinha de um ano.


- Oi, meu amor. - ergueu-a no colo. - Então, quer dizer que a senhorita está correndo agora?


- Ela correu pela sala toda. - disse Sarah assim que abraçou Gina. Havia um monte de brinquedos espalhados pelo hall e concluiu que as duas meninas estavam brincando, esperando ela chegar. - Ainda bem que não caiu. - Sarah perguntou com o olhar se Gina estava brava com ela.


 


- É só segurar ela pra não cair. E deixar que ela explore os lugares. - Gina e as meninas foram para a Sarah. A ruiva estancou ao ouvir uma notícia do noticiário.


- Maurren Robbins, condenada a 75 anos de prisão, por tentativa de homicídio e cárcere privado, foi encontrada morta em sua cela hoje à tarde. A polícia está investigando a hipótese de suicídio ou assassinato.


- Tia Gi... - Sarah a chamou e Gina desviou seu olhar pra menina. Não sabiam quando Sarah começara a chamá-la assim, mas Gina permitiu. Sabia que a garota jamais a chamaria de mãe, mas chamá-la de madrasta também não era coerente. - Papai está chateado


- Chateado, como assim? - Gina ajeitou Julie nos braços, que brincava com seus cabelos ruivos.


- Acho que ele está com saudades de você.


Gina colocou Julie no chão e subiu as escadas.


- Senhora Potter... - dona Luiza, a cozinheira a chamou. - A que hora devo servir o jantar?


- Daqui meia-hora, Luiza.  - A mulher assentiu e foi pra cozinha.


Gina chegou no quarto e encontrou o marido deitado na cama, pensativo. Silenciosamente, ela deitou-se na cama e apoiou a cabeça no peito dele.


- Uma libra pelos seus pensamentos. - sentiu Harry respirar fundo e acariciar seus cabelos.


- Você tem trabalhado demais... - Gina pensou em Adam falando as mesmas palavras. Harry apoiou-se para olhar a esposa melhor.


- Às vezes, me pergunta se fiz bem em deixá-la aceitar o emprego na Corte Imperial. Eles estão abusando de você e...


- Ei. - Gina colocou o dedo nos lábios dele. - Você e eu sabíamos que seria assim. E está dando certo, não está? Posso trabalhar demais, mas estou sempre presente. E não quero que você fale em largar o emprego pra nos sustentar. Eu não aceitarei. - o olhar de Gina fez Harry perceber que não adiantava mais discutir o assunto.


Harry fez a ruiva deitar-se na cama e apoiou pra beijá-la. Estava morrendo de saudades da esposa e ficar 8 horas sem poder tocá-la era uma tortura. Gina pensou da mesma forma ao se entregar aos carinhos do marido.


- E ai? Alguma novidade? - perguntou Harry assim que se recompuseram. Gina deitou a cabeça no ombro do marido.


- Só a Luna me ligando pra dizer que brigou com o Neville, mas deve está fazendo as pazes com ele agora. - Harry riu. Sabia como eram aquelas coisas. - E você?


- Recebi uma carta da dona Glória hoje. - Harry inclinou-se e abriu a gaveta do criado-mudo.


 


Dona Glória havia se tornado uma mulher viajante. A cada lugar que conhecera, mandava postais. Já esteve em Roma, Paris


(e no restaurante que Harry e Gina frequentavam), Berlin, Rio de Janeiro, Nova York, Vancouver. Numa dessas viagens, conhecera Francois Parker, um pintor canadense, viúvo há anos. Encantaram-se um pelo outro e agora moravam num chalé aconchegante em Montreal, que estava sempre fechado, pois o casal estava sempre viajando.  A última parada deles foi a África do Sul. Harry mostrou o postal pra Gina.


- Ela está feliz, não está? - Gina terminou de ler a carta dela, onde diz estar morrendo de saudades, fazia um convite para eles irem ao Canadá visitá-la e que aceitara ir para lá - com François - passar Natal com eles.


- Ela merecia. Ela se dedicou demais a gente. Estava na hora dela viver a vida delas. Ah, já ia me esquecendo. A Katherina ligou de Bucareste.


- E como a avó dela está?


A avó de Katherina - a cigana da história - havia sofrido um enfarte e necessitava de repouso. Katherina pediu licença pra ir visitar a família, mas Harry fez diferente: deu-lhe dois meses de férias, com direito a décimo terceiro e tudo. Katherina não sabia como agradecer. Desde que se mudara pra Londres, nunca fora visitar a família. Apenas falava com eles por telefone e e-mail. E a moça precisava de umas férias.


- Está bem. Descansando, rodeada pelos filhos e netos.


- Que bom.


- Sarah não vê a hora de ela voltar. E Julie também não. Adora quando vê a babá dançando.


- Imagino... - os dois riram.


- Pai, tia Gi, estamos com fome. - Sarah entrou no quarto de mãos dadas com Julie. Harry pegou a filha caçula e sentou-a no colo.


- Podem ir comer. Só vou tomar um banho e já desço. - Gina levantou-se para pegar as roupas.


- Nada disso, vamos esperar você.


- Harry... as meninas estão com fome. Vão que eu já vou. Sarah, pede à Luiza pra esquentar a papinha da Julie.


- Posso dar pra ela?  - pediu Sarah radiante.


- Claro que pode.


- Obrigada, tia Gi! – Ainda sorrindo, virou-se para o pai. - Você vem, papai? A tia Gi vai depois. – Luiza fizera o prato preferido de Sarah: macarrão à carbonara.


- Vão na frente. Eu desço com sua mãe. Mas não coma tudo. Deixe um pouco pra gente. – Harry repreendeu a filha de brincadeira.


- Tá bom, papai – Sarah pegou a irmã. Antes de sair, virou pra eles. – Ah, pai, contou pra Gina?


- Contar o quê? - Gina olhou curiosa de um pra outro. Percebeu que Sarah estava empolgada.


- Ainda não.


- Nós vamos ao parque amanhã!! - Sarah deu pulinhos com a irmã - que riu divertida - no colo.


- Você topa? – Harry perguntou pra Gina.


- Claro que sim. - Gina sorriu. Um final de semana em família era tudo que ela queria.


Sarah e Julie desceram pra cozinha.


- Enfim, sós. - Harry aproximou-se de Gina, mas a ruiva riu. Harry percebeu que ela tinha o semblante ansioso, como se quisesse contar alguma coisa.


- Que foi? – conhecia a esposa. Sabia que ela estava escondendo algo.


- Acho que não vou poder aproveitar o parque.  Pelo menos não agora.


- Por quê? - Gina não respondeu. Foi até a bolsa e pegou um envelope e entregou a Harry.


- Eu estava desconfiada e fiz o teste hoje. - Harry leu o papel e seu queixo caiu quando leu no final do papel: “Positivo.”


- E sério? - Gina assentiu. Harry correu pra esposa e abraçou, levantando-a do chão. - Meu Deus, obrigado! Sou o homem mais feliz do mundo! - Gina riu da felicidade do marido. A mesma da época em que contou que estava esperando Julie.


Harry a colocou no chão, pegou a sua mão e beijou-a.


- Você me faz um homem mais feliz do mundo a cada dia que passa. Obrigado.


- Você também me faz a mulher mais feliz do mundo, Harry. E eu te amo muito.


- Eu também te amo. - beijou a mulher. - Que tal se a gente comemorasse tomando aquele banho? - Harry sussurrou maliciosamente, fazendo os pelos de Gina se arrepiarem.


- Hum... pensei que você já tivesse tomado banho.


- Não. Eu só estava te esperando.


- Hum... - Gina fez cara de pensativa. – Talvez seja uma boa ideia. Você podia fazer aquela massagem, que tal?


- Não precisa pedir duas vezes. - Harry pegou uma Gina risonha no colo e foi em direção ao banheiro. Depois pensariam em como contar a novidade pra todos.


FIM


N/A: Juh chega de mansinho.


E ai, pessoal. Gostaram? Saiu rápido, mas deu pra aproveitar. Comentem. Gostaram do final da dona Glória e do casal Harry/Gina? E dos outros casais (Neville/Luna, Rony/Hermione)? Espero que sim.


Pessoal, muito obrigada pela paciência e compreensão de todos. Essa fanfic foi muito demorada pela falta de organização e criatividade da minha parte. Agora, eu a finalizo e parto pra outros projetos. E, como a minha primeira UA, ela foi muito importante pra mim.


Agradeço a cada Review mandada.


Até a próxima. Juh.


 


 

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