Rumores



Capítulo Seis - Rumores


- Dino era um rapaz alegre e inteligente. Sempre fazia os amigos rirem. Ele vai fazer muita falta...

"E infiel também. Desculpe, senhor”. Gina se sentiu culpada por esses pensamentos e fez o sinal-da-cruz.

Ficou em choque com a morte do ex-namorado. Pediu a Hermione que avisasse a Empresa que chegaria um pouco mais tarde. Mesmo com tudo que Dino fizera para ela, se sentia na obrigação de prestar as últimas condolências. Afinal, foram dois anos de relacionamento.

A Sra. Thomas era amparada pelos seus dois filhos restantes. O pai tivera um infarto após a morte do filho e ainda estava internado.

Gina olhou em volta, procurando uma certa pessoa na multidão de preto. Ela não estava. Depois soubera que ela fora morar nos Estados Unidos dois meses depois do flagra.

"Pensei que eles ficariam juntos”.

O caixão desceu para a cova, para desespero da Sra. Thomas, que gritava desesperada pela morte do filho. Gina sentiu um aperto no coração ao ver aquela senhora por quem tinha uma certa simpatia sofrer daquele jeito. Acima de tudo, Dino era filho dela.

As pessoas foram saindo. Gina tomou coragem e foi conversar com uma desolada Sra. Thomas.

- Eu sinto muito, Dionne. - apertou as mãos da mulher.

- Tão novo... - fungou.

- Eu sei...

- Gina... Dino me contou o que aconteceu entre vocês. - a ruiva suspirou. - Eu dei uma bronca nele, perguntando como ele fora capaz... E ele me disse que sentia muito. Ele te deixou isso. - abriu a bolsa e pegou um papel dobrado oito vezes e deu para ela. - Ele ainda gostava de você depois de tudo... Depois que terminaram, ele se tornou um mulherengo, nunca parando em nenhum relacionamento. Ele engravidou aquela moça, mas não quis assumir. Ela foi embora para a América. Ele te amava e se culpava... Espero que possa o perdoar algum dia.

- Eu já o perdoei. De fato, eu também tive uma certa culpa por tudo isso.

- Venha me visitar querida. Apesar de tudo, eu ainda gosto muito de você.

- E eu da senhora. - as duas se abraçaram.

Gina saiu de lá. Não estava preparada para ler o bilhete. Enquanto isso, ele ficaria guardado a sete chaves.

***

"Eu vejo um novo amor. Um amor que vai curar sua dor. E você será feliz novamente”.

Aquelas palavras não saiam da cabeça de Harry desde que Katherina cismou de ler sua mão. Embora não acreditasse nisso, ficou com pé atrás. Katherina não era descedentes daqueles ciganos que foram expulsos movidos pela ganância e lendo a mão apenas para faturar, mas, de ciganos tradicionais no norte da Romênia, conhecidos pela sua sabedoria e ensinamentos.

Batem na porta e Harry manda entrar. Era Hermione.

- Harry, a Gina vai chegar um pouco atrasada hoje.

- Aconteceu alguma coisa?

- Seu ex-namorado morreu num acidente de carro ontem à noite. Ela disse que foi para dar seus pêsames para a família dele.

- Pensei que Gina fosse casada... ela é casada? - Harry nunca parou para pensar qual era o estado civil de sua funcionária. Talvez pelo fato da relação deles ser cordial, altamente profissional.

- Não, solteira. - esperou alguma reação do chefe. - Gina foi traída por esse ex que morreu. – Hermione não sabia por que, mas sentiu necessidade de falar isso.

- Traída? Deve ter sido duro para ela.

Automaticamente, Hermione contou a história de Gina e Dino. Não sabia porque, mas sentiu que era necessário contar. Harry prestou a atenção meio pensativo. Traição era algo que ele abominava.

- Espera ai! Está dizendo que Dino a traiu porque ela estava ocupada com a faculdade?

- Exatamente.

- Se fosse por isso, Patrícia teria me traído. Isso é desculpa!

- Carência e falta de vergonha na cara! - Hermione inflou.

- Sei que não sou muito bom em conselhos amorosos... mas eu lhe digo uma coisa: esse cara fez tudo isso com a Gina para mostrar que era capaz.

O telefone tocou e Harry foi atender.

- Claro, pode entrar! Hermione, abra as duas portas!

- Claro, mas por que... - Hermione abriu a porta sorriu ao ver quem entrava. Um carrinho de bebê adentrou a sala radiante.

- Posso entrar? - Cho sorriu ao ver os colegas.

- Cho! Que surpresa! - Hermione abraçou a oriental. - Como sua filha é linda!! - olhou admirada ao bebê de olhos puxados e cabelos negros, que sorria para ela.

- Não falei que a traria para cá?

Harry encarou o bebê sorrindo e automaticamente se lembrou quando olhou para Sarah na sala de parto pela primeira vez. Sentiu um aperto só de imaginar que não teria mais a felicidade de ser pai novamente...

- Diga oi pro tio Harry, Lynn! - Cho pegou a filha no colo para os dois verem melhor. Realmente, Lynn era uma bonequinha de porcelana chinesa.

Foi o assunto do dia na Empresa. Gina realmente tinha jeito com crianças. Chegou à empresa quando Cho estava de saída e se encantou pela menininha. Conseguiu fazê-la rir antes de Cho ir embora com uma Lynn risonha no carrinho.

- Ela será uma boa mãe. - comentou com Hermione, que concordou.

Gina chegara à empresa duas horas depois. Ao chegar, ficou sabendo que Harry queria conversar com ela. Temia que ele desse uma advertência pelo seu atraso.

- Senhor Potter, eu lhe peço desculpas pelo meu atraso. É que eu tive que ir ao um...

- Eu sei, Hermione me contou. Chamei você para lhe dar algo. - Harry abriu a gaveta e lhe entregou algo. - Aqui está a passagem com validade indeterminada. Seu passaporte está ok?

- Está sim, senhor Potter. Mas, por precaução, vou checar.

- Ok.

O telefone tocou novamente. Harry deu um suspiro. "Mal comecei o dia”. Atendeu ao telefone e Gina percebeu que ele ficou meio atrapalhado com a ligação. Murmurou um "ligo depois” e desligou o telefone, visivelmente envergonhado. Disse que eram coisas
da empresa.

Gina saiu da sala e viu foi em direção a sua sala. Uma conversa entre Mione e Luna lhe chamou a atenção.

- Ela ligou de novo? - Luna perguntou.

- De novo.

- Será que é sério? Ele não nos disse nada.

- E nem vai dizer. Se for sério, nós saberemos.

Gina ficou intrigada. Provavelmente, estavam falando da pessoa que ligara para Harry. Quem seria?

"Um cliente insatisfeito”. Respondeu para si mesma. Gina não sabia o que esse "cliente insatisfeito" seria...
***

- Vó!!! - Sarah correu para os braços de Dona Glória ao vê-la na porta da escola. As duas haviam combinado de almoçarem juntas.

A lanchonete esta um pouco cheia, mas Sarah e a avó conseguiram almoçar. Depois de contar todas as novidades que aprendera na escola, Sarah mudou de assunto.

- Vó, você foi ver o papai no trabalho?

- Fui sim. Por quê?

- Você conheceu a Gina? - dona Glória não entendera a pergunta da neta. - Gina, a moça que trabalha lá.

- Conheci sim. Por quê?

- Ela me salvou. - deu uma garfada nas suas batatas-fritas.

- Como assim?

Sarah contou toda a história do local escuro e assombrado e como Gina a salvou. Dona Glória percebeu, pelo jeito da filha, o quanto a garota havia gostado da ruiva. Pelo menos, ela não era a única.

Para compensar o atraso, Gina trabalhou até as dez horas. Estava exausta. Os satélites implantados na América Central deram um curto leve, mas o suficiente para causar um certo pânico. Mas os representantes da Jamaica e Honduras haviam solucionado o problema e Gina não precisaria viajar até lá.

Estava no elevador quando dois funcionários entraram e a cumprimentaram.

- Parece que o chefe não vai ficar sozinho por muito tempo.

- Porque diz isso?

- Sabe aquela mulher? Ela ligou novamente. Ouvi Luna comentando.

- Será que o patrão está gostando dela?

- Vai saber, né? E por que não? O chefe está sozinho há mais de um ano... E eles saíram juntos na semana passada.

- Não espalha, hein? Se o patrão souber que estamos fofocando sobre ele, seremos expulsos!

- Ok...

Gina entrou no seu carro intrigada com a conversa. Como assim, Harry estava saindo com alguém? E mais: será que estavam falando do mesmo patrão? Claro, Harry era o diretor da DEVON. O único patrão. O chefe supremo.

E percebeu que aquela garota que ligara procurando por Harry, era o possível affair do chefe.

Sentiu um certo receio. E se Harry tivesse mesmo saindo com alguém? "E desde quando isso é da sua conta, Gina? Você é apenas uma funcionária.”

Se houvesse alguma coisa, Hermione lhe contaria, afinal, comentara sobre ela com Luna. Porém, por outro lado, isso não tinha nada a ver com ela, já que era, repetia, uma funcionária. Apenas isso. Poderia ouvir: "Porque eu tive medo de você se magoar, Gina" ou "Acho que você não precisava saber". A segunda hipótese era a mais viável e Gina não culpava a amiga.

Gina entrou no seu apartamento completamente exausta. Cansaço físico e espiritual. Precisava tomar um banho e relaxar e ignorar as especulações mesmo que fossem muitas.

Continua...

N/A: Ahá! Achou que facilitaria pro casal? Verão o que acontecerá.

No FB:
Rodrigo: meu querido sumido, Gina fez Comunicação. Eu coloquei Administração? Foi maus. Um lapso da memória. Sorry!

Bjos galera, e obrigada pelos comentários. Juh.


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