De Volta A Casa Dos Granger



Harry não gostara da atitude de Rony, por isso estava disposto a não falar com o amigo. Mas por que ele tinha que fazer isso justo no último ano dos dois? Sabendo que ele poderia morrer enfrentando Voldemort? - pensava Harry enquanto tentava estudar com Hermione. Mas o que Harry não conseguia acreditar, era que Rony, conhecendo- o a quase 7 anos, pudesse imaginar que ele beijaria Gina, sabendo que ela estava com outro.
- Harry! O que é isso? Harry, você aprendeu Vingardium Levioça no 1º ano! – falou Hermione.
- Hã? Que? – assustou Harry.
- Harry? Você está no 7º ano! Esse feitiço que você colocou aqui – e apontou para o pedaço de pergaminho que Harry escrevia – nós aprendemos no 1º ano de Hogwarts! – falou ela muito paciente.
Harry não achava que Hermione estava sendo chata, ela até estava compreendendo o que Harry sentia. Ela sabia que Harry e Rony eram os melhores amigos desde do 1º ano.
- Harry? – chamou ela enquanto caminhavam em direção a aula de Feitiços.
- O que, Mione?
- Eu sei que o Rony faz muita falta pra você, mas ele te acusou de uma coisa que ele sabe que você jamais faria! – falou ela.
- Será que ele sabe que eu jamais faria? Era de se esperar que duas pessoas que se conhecem a 7 anos, se conheçam muito bem! – falou Harry.
- É, também acho! Mas a verdadeira culpada dessa história é a Gina, Harry! Foi muita sacanagem o que ela fez com você! – falou Hermione num tom mais preocupado – por que você acha que ela fez isso?
- Porque, uns dias antes, eu fui conversar com ela – Harry não quis falar a verdade – e acho que ela pensou que eu ainda gostava dela!
- E não gosta? – perguntou Hermione encarando-o.
- Não! No começo achei que ainda gostava dela, mas agora percebi de verdade que não gosto dela! – respondeu Harry.
- Então, o dia que você foi conversar com ela, você queria voltar? – perguntou ela mais uma vez, deixando Harry corado.
- É... mas ai eu descobri que ela estava com o Malfoy!
Os dois encerraram a conversa, pois o prof. Flitwick já havia começado a aula.
Harry estava impaciente, Gina tentara conversar com ele em todas as ocasiões possíveis, onde este sempre arranjava uma desculpa pra não ouvir.
- Harry! Será que eu posso falar com você um pouco? – perguntou Malfoy, após o termino da aula de Feitiços.
- Ah, O.k. Draco! – respondeu Harry olhando de esguelha para Hermione.
Os dois seguiram para a próxima aula juntos, enquanto conversavam.
- Harry, eu sei que você não tem culpa de nada! Por que eu vi! E sei o que o Rony e a Gina fizeram com você foi uma injustiça! – falou Draco.
- É, mas eu não posso fazer nada se o meu melhor amigo não confia em mim! – falou Harry.
- Mas, você vai ver, Harry! Vai voltar tudo ao normal! O Rony vai perceber a injustiça que ele cometeu!
- Quando ele perceber, pode ser tarde d+! – falou Harry.
- O que você quer dizer com tarde d+? – perguntou Malfoy.
- Eu quero dizer que o meu duelo com Voldemort está se aproximando! E quando ele perceber, se perceber, eu posso estar morto! – respondeu Harry.
- Ah, Harry! Cara, não fala assim! Vai dar tudo certo! Você vai conseguir destruir Voldemort! – falou Malfoy.
- Eu não posso contar vitória antes, Draco! Você não conhece os poderes de Voldemort! Mesmo estando com a ajuda dos meus pais, tudo pode acontecer!
Os dois sentaram-se com Hermione e prestaram atenção na aula.
Mais tarde, Harry, que voltava do treino de Quadribol encharcado pela chuva, foi surpreendido por Hermione na sala comunal.
- Harry? – chamou ela.
- Fala! – respondeu ele.
- Depois de amanha, é Natal, e você... não sei.. você vai passar com seus tios? – perguntou ela.
- Não, eu vou ficar aqui em Hogwarts! Você vai para a Toca com Rony, não é? Tudo bem, Mione, eu não me impor... – começou Harry, mas foi interrompido por Hermione.
- Harry, não é nada disso! Eu não vou pra Toca junto com o Rony! Parece que você não foi o único que brigou com ele! – respondeu ela.
- Você brigou com ele? Por que?
- Porque eu fui defender você e a gente brigou feio! – respondeu ela – mas isso não vem ao caso, eu vou pra minha casa passar o Natal!
- Na sua casa? Mas, Mione, você vai ficar sozinha? – perguntou Harry preocupado.
- Então, eu estou te convidando para ir comigo!
- O que? Eu? Mas...
- Mas, o que, Harry? Que é que tem? Eu vou separar umas coisas minhas e dos meus pais! Vamos comigo, por favor, Harry! – pediu ela.
- Ah... – Harry pensou, passar o Natal com a menina que ele amava? Mas também não podia deixar Hermione sozinha! E se mais uma vez houvesse um ataque de Comensais? - ... Ah... O.k.!
- Ah, que bom, Harry! Eu fico mais feliz assim.. pelo menos não vou estar sozinha em casa! – falou ela correndo e abraçando Harry.
O garoto sentiu seu coração acelerar quando Hermione o abraçou. Quando a largou, percebeu que ele não era o único que estava corado. Hermione tinha as bochechas muito rosadas.
O dia seguinte passou bem rápido para o espanto de alguns alunos. Acordou cedo, e rumou para o café, acompanhado pelo malão. Encontrou-se com Hermione e os dois encontraram uma cabine vazia no Expresso de Hogwarts.
Era estranho descer na plataforma 9 ¾ sozinho, sem Ter ninguém para buscá-lo. Os dois caminharam e antes que pudessem fazer qualquer coisa, a Sra. Weasley apareceu na frente dos dois.
- Ah, olá, meus queridos! Como vão?
- Ah, bem Sra. Weasley – responderam Harry e Hermione ao mesmo tempo.
- Vocês não querem passar o Natal na Toca? – perguntou ela com um sorriso no rosto.
- Não Sra. Weasley, obrigada! Mas é que eu vou passar o Natal com o Harry, na casa dos meus pais! – respondeu Hermione
Os três se despediram, e Harry e Hermione seguiram para a casa dela.
Não era uma residência grande, mas era muito bonita e bem cuidada.
Os dois entraram e deixaram os malões no hall de entrada. A sala de estar não era grande, mas a cozinha era extremamente espaçosa.
Hermione andou passo a passo pela casa, observando tudo. Harry imaginou o quanto ela deveria sentir falta dos pais. Não demorou muito para a garota cair no choro, e Harry foi consolá-la.
Hermione mostrou a Harry o quarto em que ele dormiria. E os dois, como estavam cansados, foram dormir cedo, sem jantar.
Harry acordou, de madrugada com fome. Resolveu passar no quarto de Hermione para ver se estava tudo OK.
Caminhou em direção a porta do quarto dela, e a empurrou levemente. Para sua surpresa, Hermione também estava acordada.
- Oi, Harry! – falou ela ao ver o garoto entrar.
- Oi, Mione! Tá tudo bem? – Harry reparou que ela segurava um porta retrato nas mãos.
- Tá, tá sim... – respondeu ela tentando esconder uma lágrima rolando pelo rosto.
- Mione, não fica assim! Eu estou aqui com você! – falou Harry sentando-se ao lado dela.
- Mas, eu não consigo, Harry! Eu sinto muita saudades deles! – falou ela, agora o fluxo de choro havia aumentado.
Harry não disse nada, apenas a abraçou. Decidiu que falar sobre aquele assunto só iria fazer Hermione chorar mais, então Harry tratou de mudar logo.
- Mione, você acha que o frasquinho que meus pais me deixaram, vai dar certo? – perguntou ele.
- Claro que vai, Harry! Sabe o que eu acho que você deveria fazer?
- O que?
- Eu acho que você deveria combinar uma reunião com o pessoal, pra ver quem está disposto a te ajudar!
- É, talvez seja melhor mesmo! Mas, agora, a gente não tem mais dois aliados, não é? Portanto eu acho que o Rony não vai deixar a Luna me ajudar!
- É, talvez sim, mas não custa perguntar. Sendo assim, só temos o Malfoy e o Neville! – falou ela.
- Sabe, Mione, eu acho que eu tenho que fazer isso sozinho!
- Não, Harry, você não tem! – falou ela, agora brava.
- Claro que tenho! Olha, nós somos em 4, contando com o Neville... 4 para 30 Comensais cada um! Eu não posso por a vida de todo esse pessoal em risco!
- Ah, Harry, fica quieto, vai! – falou ela rindo – eu vou te ajudar e ponto final!
O Natal foi divertido na casa de Hermione, apesar de tentarem cozinhar alguma coisa para comer, foi tudo O.k.
- Não ficou tão ruim assim, Mione! – falou Harry a respeito da comida.
- Ah, não... até que ficou boa... mas nada se compara a Sra. Weasley! – falou ela rindo.
- Ah, isso sim!
No dia seguinte, os dois arrumaram os malões e seguiram para a plataforma 9 ¾. Na cabine do expresso de Hogwarts, Harry e Hermione se divertiram muito contando como eles cozinharam na casa de Hermione para Neville, Dino e Simas.
A viagem não demorou muito, mas Harry e Hermione não conseguiam parar de rir.
Até ali, nenhum dos dois havia conversado com Rony. E nem pretendiam fazer isso.
Hermione havia gostado muito de passar o Natal com Harry. Esse talvez seria o último Natal, tanto dela quanto dele. Pois ela sabia que se Harry morresse, ela nunca mais conseguiria passar um Natal mais feliz do que esse. Ela sentiria muita falta do amigo.

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