Capítulo I



A Floresta Proibida nunca fora tão escura e sombria como naquela noite. Tonks, Lupin, Moody, Harry, Rony e Hermione estavam à procura do fugitivo, alguém tinha permitido a entrada de Rodolfo Lestrange na escola, porém, como encontraram-no delirando, não sabiam exatamente quem tinha feito isso, ou o que pretendia deixando o homem caído no chão à beira da morte. Eles estavam andando há horas, a lua já se erguia imponente, não podendo ser vista de onde estavam. A única pista que tinham era uma capa com o emblema da Sonserina.

Eles decidiram se separar para abranger as buscas, Hermione já estava com os pés doloridos, os olhos ardendo de tanto procurar, até que encontrou um lobo com um corte na pata próximo a uma árvore, porém quando chegou mais perto viu que os pêlos negros do animal estavam se tornando loiros.

Na verdade, o lobo estava se transformando em humano, e em ninguém menos que Draco Malfoy. Rapidamente ela o cobriu com sua capa, pois não queria vê-lo nu, e muito menos num lugar escuro e sem ninguém por perto. Pensou no que deveria fazer e lembrou que todos os integrantes da equipe de busca tinham recebido um pouco da poção Veritasserum, que duraria por mais ou menos uns cinco minutos. Não tinha ninguém por perto, e ela não sabia se ele estava enfeitiçado ou não. Tentou acordá-lo em vão, dando tapinhas na face pálida.

- Malfoy! Acorda... Anda logo, você precisa responder algumas perguntas... Acorda! – ela dizia nervosamente.– Enervate! – o feitiço fez com que ele despertasse instantaneamente.

- Granger... O que faz aqui? Por que está gritando? – ele disse, tentando se levantar, porém sentiu uma tremenda dor e deixou-se encostar à árvore próxima. – Droga, aquele galho cortou a minha perna! – disse observando o corte próximo à coxa.

- Por que você fugiu Malfoy? O que Rodolfo Lestrange queria com você? Como ele conseguiu entrar em Hogwarts? O que aconteceu na escola? – ela dizia, cada vez demonstrando mais nervosismo, nem ligou pro ferimento dele. – Anda, responde. Você o ajudou a entrar lá, não foi? Me diz o que ele foi fazer lá? – ela se abaixou ficando frente-a-frente com ele, segurando seus ombros. – Vai, não fica quieto, calado! Se você não me disser por bem, vai dizer por mal! – disse mostrando o frasco com a poção para ele.

- Você vai me obrigar a tomar isso? Faz-me rir. – ele bateu na mão dela, fazendo o frasco espatifar contra uma pedra. – Ops! Quebrou... – disse ele rindo da cara de fúria e espanto dela, enquanto ela ia correndo até o frasco tentando recuperar pelo menos um pouco da poção.

- Seu idiota! Por que fez isso? Não sobrou nem um pouquinho pra você beber! – suspirou balançando a cabeça. - Como eu pude ser tão estúpida? Deveria ter logo enfiado tudo na sua garganta! – disse apontando para o louro.

Ela passava as mãos freneticamente pelos cabelos imaginando o que poderia fazer agora. Sem a poção ela não conseguiria arrancar a verdade dele. Ele quebrou o silêncio, propondo a ela um acordo.

- Olha Granger, eu posso te ajudar, mas vou querer alguma coisa em troca. – disse ele com o sorriso cínico de sempre.

- Olha Malfoy, você não está em condições de negociar. Mas, fala logo o que você pensou. – ela disse, sem ter outro argumento melhor.

- Bom... Eu posso mostrar o que realmente aconteceu, mas você vai ter que me ajudar.

- Ajudar em que? – perguntou ceticamente. - E como você vai me mostrar o que aconteceu? – disse ela desconfiando do plano dele.

- Primeiramente, eu não poderei voltar à escola sem ser considerado inocente... – devido à cara de desdém que ela fez, ele acrescentou. – Então, você vai dizer que usou a poção em mim, e que eu estou falando a verdade. – ela parecia não estar entendendo onde ele queria chegar. – Você vai depor a meu favor, porque vai ser a minha única opção. Essa é a sua parte no trato.

- Até parece que eu vou dizer que você está falando a verdade Malfoy, sendo que eu não te dei a poção. – ela disse como se explicasse que 2 + 2 são 4.

- Mas e se você souber a verdade, mesmo sem ter me dado a poção? – ele disse levantando a sobrancelha.

- E como eu vou saber que é verdade? – ela disse colocando as mãos na cintura.

- Bom... eu vou te mostrar. – ele fez menção de pegar a varinha nas costas, mas ela foi mais rápida e apontou a dela em direção ao seu peito. - Posso? – ela estava em dúvida, mas optou por deixá-lo pegá-la, abaixando a sua própria.

Ela não sabia onde ele tinha aprendido aquilo, mas ele fez aparecer diante deles um objeto parecido com um chafariz, porém sem estátua no meio. Harry já descrevera pra ela como ela era, mas ela nunca tinha visto pessoalmente: aquilo era uma Penseira.

- Eu vou passar meu pensamento pra cá, e você vai poder ver o que aconteceu na escola. Essa é a minha parte no acordo. – ela parecia não acreditar naquilo, e nem parecia a fim de fazer o que ele disse.

- Você tá falando sério? Quer dizer, porque você faria isso? Você deveria estar tentando fugir agora.

- Claro que estou falando sério! – disse ele aborrecido com a cara de desconfiança dela. – Se eu fugir, será pior pra mim. Hogwarts é o lugar mais seguro por enquanto.

- Mas os comensais não são seus amigos? Duvido que eles não queiram sua companhia. – disse ignorando o olhar indignado dele.

- Você não vai nunca entender, não é?! – disse ele tristemente. – Deixa pra lá, vamos logo! – enquanto retirava de sua mente um fluido transparente e o depositava na Penseira, ele puxou Hermione pela mão e fez com que ela entrasse com ele dentro de sua memória. O toque de sua mão era quente e reconfortante, mas assim que se viram parados no salão comunal da Sonserina ela se livrou da mão do garoto.

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