Acordo de paz



Ela agora estava totalmente confusa, todos nessa casa acreditavam que ela era uma prima distante, por que justo ELE sabia quem ela era? Sabia?




-/p/ Ai meu Merlim, me proteja agora.




- Você – ela pensou, não achou outro modo de perguntar, resolveu ir direto ao assunto, sem rodeios – sabe quem eu sou?




- Mas é claro que eu sei sua estúpida, agora além de pobre tem crise de identidade. Escuta aqui Weasley, pare de estupidez e me diga de uma vez por todas o que você esta fazendo na MINHA casa?! – agora ele realmente estava alterado o Draco calmo e controlado de sempre, agora estava gritando e com aparência muito irritada.




- Bom, - dessa vez era Ginny que estava calma e controlada – eu vou tentar te explicar, mas acredito que você não vá acreditar...Ei! Perai! - ela se lembrou de algo - Por quê você está entrando pelos fundos de sua casa?





- Isso aqui é a frente da mansão sua estúpida. - ele olhou para ela como se ela fosse uma criança.





- E pare de me enrolar e ande logo com isso! – bradou ele impaciente





- Eu não me lembro bem, me lembro que eu tinha visto um aluno na floresta proibida, ele tinha em mãos um objeto muito brilhante quando eu o vi – ele suava frio, será que ela tinha o visto? Não era possível, a Weasley não tinha toda essa magia para conseguir chegar mansão Malfoy sozinha. Era melhor ele esperar e ouvir a história – Hagrid estava chegando perto, assim como eu tive que sair correndo para não ser identificada. Acredito que ele também o fez, na fuga poderia ter deixado cair o objeto, no domingo, com tudo mais calmo, resolvi ir lá investigar e ver se achava o tal objeto. Chegando lá eu vi um pequeno pingente em formato de cobra. E algo muito brilhante em seus olhos, quando o peguei fiquei inconsciente e acordei num dos quartos de sua casa. Só fiquei realmente sabendo onde eu estava quando acordei e fui tomar café da manhã com a sua família. Todos estão me tratando, como se eu fosse sua PRIMA.





Ela havia parado, ele sabia que ela tinha terminado de falar, sabia que tudo que ela dizia era verdade, mas reusou-se a acreditar, recusou-se a ver a única verdade possível.




- Eu não acredito em você Weasley, mas vamos comprovar. – O loiro deu um sorrisinho e a pegou pelo braço, apertou fortemente e foi conduzindo-a, praticamente a arrastando, para dentro da casa. Ele subiu as escadas, ainda com o braço dela em sua mão e como havia feito o elfo, ele virava corredor após corredor deixando a menina completamente zonza.




- Me larga seu parvalhão, está me machucando! – Ginny tentou se soltar viu que era inútil, viu que ele não a largaria até chegassem onde ele queria, onde quer que isso fosse.





Malfoy parou numa porta de final do corredor, a abriu com tanta força, que fez um estrondo e largou Ginny lá dentro, entrando logo em seguida. Ela percebeu que esse era o escritório de Lúcius, apenas porque ele estava lá e aquilo definitivamente não parecia um quarto. Ela não teve nem tempo de reparar também no aposento, logo que Draco entrou começou a falar.



- Pai, essa Weasley... – ele não pode nem terminar e fora interrompido por seu pai.




-Está louco garoto? Essa não é uma Weasley de certo. Essa é a sua prima. Pare de loucuras.Desde que você nasceu, sabia que não prestava, quis me livrar de você, mas sua mãe insistiu que não... Não quis contrariá-la. Mas agora me arrependo. Você chegar desse jeito em meu escritório, como se não tivesse educação, e ainda por cima chamando sua própria prima de Weasley, isso eu não posso admitir! – Dessa vez quem interrompeu foi Draco, não com palavras.




Sem nem esperar que se pai terminasse o ‘discurso’, ele se virou, pegando Gina pelo braço novamente e tornou a arrastá-la para fora. Ela ainda podia ouvir o Sr. Malfoy murmurar algo como ‘ E não pense você que demos o assunto por encerrado’. Enquanto era arrastada, ela ainda conseguiu sentir pena de Draco, que tipo de pai era aquele que falava pro próprio filho que queria ter se livrado dele quando nasceu? Essa era realmente uma família de loucos.







˱˱˱˥˱˱˱˥O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥ O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥






Draco ia à arrastando pelos corredores novamente, que continuavam a deixá-la confusa, ele nem percebera.





- /p/ Então, era tudo verdade, o feitiço não funcionou?
Ahhh terei problemas mais tarde com meu pai por causa disso, melhor reverter isso logo.




Ele ia virando corredor após corredor, até que novamente parou em uma porta fechada, a abriu, novamente com força e jogou ginny lá dentro do mesmo jeito que havia feito antes, porém dessa vez trancando a porta atrás de si. Esse sim, ela concluiu ser um quarto e pelo que tudo indicava, o quarto de Draco. Draco tirou a capa, guardou no armário e se sentou na cama. De novo, antes que ela pudesse dar uma olhada ao redor, ele rapidamente começou a falar.




- Então você não mentiu afinal Weasley – O rapaz não parecia falar aquilo para ela, falava mais em um tom de conclusão.




- Eu pensei... no começo, que fosse uma chave de portal, mas veja – Gina mostrou o colar em seu pescoço – desde que eu cheguei aqui, ele não sai do meu pescoço e qualquer coisa que aconteça à ele, me dói na pele. Outra coisa que chaves de portais também não fazem, é alterar a realidade das pessoas, como seus pais, por exemplo, acreditam que eu sou sobrinha deles – ela parou, parecia refletir se falava ou ficava em silêncio – Eu pensei que talvez, você que sabe de magia negra soubesse que feitiço é esse.




Draco sabia que tinha que responder alguma coisa. Mas estava nervoso demais, eram coisas demais para se associar, ele não sabia a quem recorrer. O feitiço que estava tentando fazer saíra errado, alterara ao invés da realidade das pessoas que ele queria, dos seus próprios pais, seria aquilo algum castigo? Por estar utilizando tal magia? E por que ele próprio não fora atingido também? Vendo que ela ainda o encarava como se esperasse uma resposta ele nem ao menos ponderou começou a falar.



- Isso, isso não era pra acontecer. Vê, o aluno na floresta era eu. Isso como você acredita, é sim magia negra. Mas isso não era suposto de acontecer. Interrompido pelo idiota do guarda-caça, realmente tive que sair correndo. Deixei o pingente lá para terminar outro dia, porém, meu pai me mandou deixar, porque a tarefa havia sido cumprida, supus então, que o pingente não estivesse mais lá. E a pirralha curiosa da Weasley, tinha que xeretar não é mesmo?




Ele havia dito tudo pra ela. Por quê? Contou tudo sem ocultar nada. Agora ele se sentia um idiota.




Ela estava irritada. Ele falava como se tudo fosse culpa dela, em parte era, mas também era dele, por estar praticando magia negra na escola. Ela estava muito irritada, estava começando a corar, mas ela tinha que retrucar esse garoto mimado.





- Eu sinto muito Malfoy, se para você não está bom assim, para mim também não é nem um pouco agradável conviver com essa família de loucos! E a culpa é em parte sua também, por estar praticando magia negra em HOGWARTS! – dizendo isso ela saiu do quarto, pisando fortemente e batendo a porta atrás de si. Não dando nem tempo de Draco retrucar qualquer coisa que fosse.









˱˱˱˥˱˱˱˥O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥ O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥







Ele sabia que ela não sabia pra onde ia, na verdade, ele tinha certeza que ela se perderia pelos corredores da mansão Malfoy.Que eram para qualquer estranho, extremamente parecidos, não para ele, claro, mas ele havia sido nascido e criado ali, conhecia muito bem a própria casa. Ela poderia ficar horas e horas perdida, sem que conseguisse se achar. Resolvendo não deixar que ela se afastasse muito. Ele abriu a porta rapidamente e ficou aliviado em ver que ela não estava nem no final do corredor ainda, aparentemente, confusa, sem saber para onde ia.




- Ei, Weasley, espere! – era inútil, ela era tão orgulhosa quanto ele para voltar, se não fosse mais. Ele então correu e mais uma vez, a pegou pelo braço. – Acalme-se ruivinha, volte para dentro, você provavelmente ficaria perdida por aqui, e você sabe.




- Mesmo que fique, é melhor do que ficar ouvindo os seus insultos – ela falava completamente alterada.




-Tens certeza? – seu tom era desafiador fazendo a menina corar de raiva.





- Tenho, e pelo que vejo mesmo tentando fazer algo certo você consegue ser um hipócrita. – ele tinha certeza que tinha ido longe demais precisava consertar. Mesmo não entendendo o porquê de ele estar se dando ao trabalho de ajudá-la.





- Não, espere, e se eu prometer não te insultar? – Ele tentava convence-la de todas as maneiras.






- Não tenho outra saída mesmo – ela murmurou mais para si do que qualquer outra coisa.





Ela o seguiu para dentro de seu quarto novamente. Ele tomou o cuidado de mais uma vez trancar a porta atrás de si e agora ele retornara a seu tom frio e calmo de sempre.





- Weasley... – ele não sabia como começar – Bem, agora que você está aqui e teremos que conviver juntos... Bem, eu pensei que já que isso é em parte culpa minha, nós poderíamos...





Vendo que ele iria continuar muito tempo assim, se não fosse ela para ajudá-lo resolveu intervir no ‘discurso’ de Draco.





- Dar uma trégua? – ela disse simplesmente.





- Exatamente, então?





Ginny hesitou vendo se aquilo era realmente de verdade, porém, resolveu dar um voto de confiança. Ela não saberia dizer porque aceitou, afinal ela odiava o garoto, talvez fosse a sua ingenuidade de confiar nas pessoas, de acreditar que todos têm um lado bom, ele não precisava estar fazendo o que estava. Talvez isso demonstrasse que até Draco Malfoy poderia ser uma boa pessoa, SE QUISESSE.





- Por mim tudo bem. E ah obrigado, eu realmente ficaria perdida, se bem você sabe, você não tivesse me chamado.





Draco via nela uma sinceridade tamanha, via nela tudo que ele não conseguiria ser, seu oposto personificado, porém isso não o alterou, ele parecia acostumado com esse fato. Simplesmente admirou a capacidade da ruiva de perdoar. A pouco ele havia à insultado de várias formas e agora ela estava o agradecendo. Isso era realmente admirável. Não se permitiu pensar nela mais e falou.





- Eu preciso ir descobrir mais sobre esse feitiço... Estou indo à biblioteca - falando isso ele fez menção em deixá-la, na verdade nem se importava para onde ela iria, Draco só queria resolver tudo isso o quanto antes.




- Na verdade, eu não gosto da idéia de ficar sozinha nessa casa, se não se importasse eu gostaria de acompanha-lo – mentira, ela queria entendê-lo, mesmo ele estando errado antes, ele não tinha obrigação nenhuma em estar ajudando-a de tal forma. Será que havia um ser humano por detrás dessa máscara que ele usava? Inconscientemente, Virgínia Weasley, queria entender Draco Malfoy, ele tinha motivos para ser daquele jeito. Mas ela suspeitava que houvesse algo mais.





O menino deu de ombros. Talvez, fosse até bom ter companhia de vez em quando, nessa casa e em sua vida, que ele havia se acostumado com solidão. Claro, ele sempre conseguia ‘companhias’, mas elas não duravam mais que uma semana, porque ele próprio não queria compromisso. Então, sua vida era baseada em um grande vazio. E até que ele poderia usar de uma boa companhia.





Algo estava realmente acontecendo, e não era o simples fato da ‘trégua’ entre os dois, eles estavam passando por algo que nunca passaram antes, aos poucos as situações mudavam e a visão de um sobre o outro também. Porque agora, se não estivessem unidos não sairiam dessa situação que ambos não desejavam, não que eles se gostassem, mas começaram a apreciar a companhia um do outro de vez em quando.







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Cap Betaaado ;]
Brigaaada Laurets *:

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