Uma visita inesperada



Ela acordou meio indisposta naquele dia. Fez o que era de costume, tomou um banho demorado, se enrolou no roupão, vestiu a primeira roupa que vira e seguiu pra cozinha. Lá uma coruja cinza a esperava com o Profeta Diário em uma das patas e uma bolsinha de couro na outra. Pagou a coruja e se sentou para tomar café da manhã e ler o jornal. Ao terminar, deixou as coisas do jeito que estava, deixou o jornal em cima da mesa, foi até a sala pegou alguns papéis e aparatou pro Ministério.
Ao chegar lá, foi até a sala dela e jogou todos aqueles papéis sobre um espaço livre que tinha entre outros papéis sobre a mesa. Mal tinha acabado de chegar e Mônica já chegava apressada, e sem dúvida, com ordens superiores.
- Gina, hoje você vai ter trabalho em dobro e eu vim aqui te ajudar! – falava sem fôlego nenhum.
- Bom dia Mônica, eu também vou bem – falava Gina, de um modo irônico – Por que trabalho em dobro? Eu já pensava que estava fazendo isso.
- Malfoy não vem hoje e nem nas próximas duas semanas, então vai ter que cuidar da parte dele também! – sentando na cadeira na frente de Gina.
- Por quê? O que aconteceu? – ficando preocupada.
- Você esqueceu? Ele vai casar amanhã com aquela mocréia da Spezzato.
- Nossa! Já é amanhã! – tinha se esquecido totalmente do casamento, fora na terça que ela tinha falado com Draco pela última vez.
- É, mas não vamos falar de coisas tristes, e sim importantes! – Mônica mudara de assunto – Fiquei sabendo que esses papéis serão os últimos antes da audiência do mês que vem.
- Que bom, porque até averiguarmos tudo, não daria mais tempo. Vai, vamos começar que vem muito trabalho pela frente.- Gina e Mônica ficaram a tarde inteira arrumando e verificando a papelada do Ministério. Na hora do almoço elas nem saíram da sala. Pediram para Mary trazer algo no próprio escritório, para poderem terminar de uma vez tudo aquilo e terem folga no fim-de-semana.
Quando terminaram, e não foi muito tarde, foram esticar as pernas e jantar no restaurante italiano que tinha lá perto. Depois, foi para casa levando alguns papéis, para ter certeza do que ia fazer na audiência. Chegou em casa, colocou os papéis em cima da mesa e foi dormir.
No dia seguinte, acordou despreocupada, pois não teria que ir ao Ministério, mas sentia uma angústia que não sabia explicar de onde vinha e nem o por quê dela. Levantou, tomou um banho demorado, se vestiu e aparatou para a casa de seus pais, A Toca. Quando chegou lá, sua mãe estava na cozinha, preparando o café.
- Oi mãe! – beijando o rosto da mãe – Como a senhora está?
- Bem, minha filha! – Correspondendo o beijo no rosto da filha – E como anda o processo? Seu pai falou que você está toda atarefada!
- O processo anda bem, o caso também, mas estou quase morta por causa disso! – Gina se atirou na primeira cadeira que viu e pegou algumas salsichas que estavam em cima da mesa.
- Você parece mesmo cansada. Tome café e vá para o seu quarto descansar. – virando para ela – Ele está do mesmo jeito que você deixou da última vez, então coma e suba.
Gina não pensou duas vezes e fez o que a mãe mandou rapidamente. Encheu o estômago e subiu para o seu antigo quarto. Ao abrir a porta, encontrou o quarto do mesmo jeito que deixara há duas semanas atrás, quando dormiu n’A Toca. Gostava de passar dias na casa dos seus pais, sentia como se fosse criança novamente e relembrava momentos de sua infância. Ao deitar na cama, o sono veio rapidamente, mas ela dormiu preocupada, pois ainda sentia a angústia em seu peito.
Ao acordar, ainda sentia a angústia, mas não ligou muito para ela. Arrumou sua cama, como sempre fazia, e desceu. Ao chegar na sala, viu seu pai sentado no sofá, lendo O Profeta Diário.
- Bom dia pai! – Se aproximando dele e o beijando no rosto, como fizera com a mãe.
- Boa tarde, você quer dizer! – Dobrando o jornal e o colocando em seu lado – Sua mãe me falou que você estava dormindo no seu quarto. Cansada com o processo?
- O senhor sabe, muita correria, mas tudo indo bem! – disse, sentando ao lado dele e pegando sua mão.
- E... você está bem? – Perguntou meio sem jeito.
- Sim, porque eu não estaria? – Perguntou, olhando desconfiada para o pai.
- Por nada, querida, por nada!
- Gina, você já levantou? Deveria ter descansado mais um pouco! – Falou Molly, entrando pela porta da sala.
- Eu já estou bem descansada, mãe. Não preciso dormir mais, não se preocupe! – Olhando pra mãe.
- Está certo, então venham, o almoço está pronto! – se retirando da sala.
- Já? Que horas são?
- 12:30h – Respondeu olhando para a filha.
- Dormi tanto assim? – se levantando e indo em direção à cozinha.
- Pelo que sua mãe falou, sim! – seguindo a filha.
Sentando-se à mesa, ao lado do pai, que sentava na ponta, e de frente para a mãe, se serviu e começou a comer, conversando assuntos sobre as lojas de Fred e Jorge, e a vida de todos os Weasley’s e Harry, que agora fazia parte da família como se fosse um Weasley.
Gina só saiu da casa de seus pais ao anoitecer, depois do jantar. Levou uma bronca por não dormir lá, mas conseguiu convencer a mãe que tinha mais trabalho pra fazer.
Ao chegar em casa, não queria fazer nada. Sentou no sofá, pegou o controle e ligou a televisão. Adorava fazer isso. Apesar de ser um instrumento trouxa, gostava de passar horas assistindo filmes. Conjurou um balde de pipoca, um copo de refrigerante e ficou assistindo um filme que começara agora. Quando terminou o filme, foi até a cozinha, lavou a louça e arrumou o cômodo. Foi até o seu quarto, deu um jeito nele e foi tomar um banho de banheira, para relaxar um pouco. Quando saiu do banho, já era umas 11:30h da noite. Vestiu um short curto e uma camiseta larga, para se sentir à vontade. Ao colocar a camiseta, se lembrou que estava sentindo uma angústia muito forte, mas se lembrara que ela tinha passado enquanto assistia ao filme.
Quando estava secando o cabelo, a campainha tocou e ficou surpresa, “!Quem poderia ser uma hora dessas?” pensou, enquanto se encaminhava pra porta. Quando viu quem era no olho mágico da porta, se espantou ainda mais. Destrancou a porta e a abriu.
- Draco?!!

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