A esperança batendo a janela



Harry estava deitado na cama, olhando o teto pensando no que aconteceria agora, a imagem de Dumbledore sendo morto inrrompia seus sonhos, ele tinha muito mais ódio de Snape agora, e nem sabia o que faria se visse aquele rosto duro e macilento, com cabelos pretos e oleosos olhando para ele novamente, mas boa coisa não seria. Harry agora de cabeça fria pensava que se realmente a escola abrisse, ele iria voltar, afinal, queria terminar a escola de magia, e ficaria mais forte, aprenderia novas coisas, é , estava decidido, ia voltar...

Desde que chegara não via nenhuma notícia sobre Hogwarts no Profeta Diário, apenas homenagens e lamentações pela morte de Dumbledore, com entrevistas de Bruxos falando como Dumbledore tinha sido um homem bom, Harry não conhecia aqueles bruxos, e começara a se perguntar se Dumbledore um dia os conheceu..

Tinha pouco mais de uma semana que tinha chegado de Hogwarts, e ainda não tinha recebido notícias de seus amigos, a noite estava fresca, e muito bonita, com uma lua linda cheia que pairava na janela, e Harry se aproximou sentindo uma brisa fresca e suave desanuviar seus cabelos desalinhados, e um cheiro de grama quentinha subia do jardim, Harry olhou a noite, e viu algo se locomovendo em sua direção, que denominava ser Edwiges sua linda coruja branca como neve, ela pairou em seu braço, trazendo um pequeno animal morto que Harry nem tentara adivinhar o que era, por medo, e uma carta amarrada na perna, Harry pegou a carta , fez uma carícia na cabeça da coruja, que foi degustar seu jantar na gaiola, e abriu a carta, viu que o remetente se intitulava Ronald Wesley, e desatou a ler:

Oi Harry,
Estava louco p/ escrever, mas mamãe falou que você precisava de um tempo, acho que uma semana já esta bom não?
Bom, ontem papai chegou do ministério com uma noticia, Hogwarts vai reabrir, queria ti contar antes que saísse no profeta diario, não sabia como ia se sentir, nem se você já tinha pensado no assunto..
Bom é isso, não quero ti precionar, mas se puder responder logo!

Atenciosamente,
Rony.

P.S Mamãe esta perguntando se você gostaria de vir pra cá, sabe passar o resto das férias aqui, poderia vir depois de amanha, claro se quiser, Mione vai vim também, não sabe ao certo quando, tem que ajudar os pais com umas coisas de trouxas, algo sobre uma energia e-le-tri-qui-ca.

Harry riu com a falta de conhecimento trouxa do amigo,e se sentiu bem mais aliviado por ler a carta, sabia que os amigos estavam preocupados com a sua atitude de não querer voltar para Hogwarts, e sabiam que a morte de Dumbledore tinha afetado mais a Harry do que a todos eles.
Harry mais do que nunca queria voltar a Hogwarts, e queria logo avisar seu amigo da noticia, ah é claro, de que iria também muito feliz passar o resto das férias na toca.
Harry escreveu uma carta simples, mas que dizia tudo o que precisava.

Oi Rony,
Esta tudo bem comigo, e não precisa se preocupar, vou para Hogwarts, vai ser melhor para todos nós.
Estou com saudades de todos.

Harry

P.S: Aceito o convite, queria muito passar minhas férias com vocês!

E assim quando Edwiges largou o animal não identificado na sua boca, ele lhe deu a carta, e a coruja muito branca saiu noite afora com a carta no bico, ela foi sumindo, já era mais de meia noite, Harry fechou a janela e apagou apoiado com a cabeça no vidro frio.

Harry acordou no dia seguinte com os óculos tortos, e os olhos doídos por tanta claridade, ainda tinha o rosto colado no vidro, ele despertou balançando a cabeça e ajeitando seus óculos. Percebeu que estava faminto, e sem duvida Edwiges ainda não voltara com a resposta de seu amigo ruivo, abriu e janela, e contemplou o lindo dia.
Harry desceu para tomar café, e sua tia petúnia continuava magra como sempre, e tio Valter com os bigodes grandes como sempre, o único que parecia ter mudado era Duda, que tinha uma aparência mais adulta e mais robusta, e tinha crescido ainda mais, como se fosse possível pensou Harry, Duda até amadurecera, não implicava mais com o primo, e no segundo dia da chegada de Harry o defendeu, bom na verdade não o defendeeeeu de verdade, mas se fosse em outra época, aquilo não teria acontecido.

Harry estava sentado no jardim, era de tarde, e o sol ia indo embora, quando uma bola voou da rua e quebrou o vaso com uma rosa muito bonita dentro, que pertencia a tia de Harry, o garoto viu que Duda jogava bola com os amigos na rua, e que fora ele que errara a mira, e botara muita força na bola que quebrara o vaso, mas Harry sabia que como todas as vezes a culpa cairia sobre ele, tia petúnia vinha chorosa olhando seu vaso no chão, e olhava para Harry que ia levantando tentando fugir da bronca, tio Valter deu um gritão da janela quando tia petúnia ia abrir a boca, -- não se mexa garoto, nem pense em fugir!! Harry parou e fez uma cara nada agradável e tia petúnia tentava resgatar algo da rosa que parecia ter sido despedaçada com a queda.

-- Foi você não foi? Disse tio Valter olhando com uma cara zangada e encarrapitando seus bigodes para Harry, -- Se você esta dizendo. Disse Harry que não se abalava mais com as acusações. –Não, não foi ele! Disse uma voz vinda da rua que se aproximava, de Harry e do tio, um garoto bem grande e demasiado gordo, vinha e falava como se estivesse com a boca cheia de comida, --Fui eu, estava jogando e...desculpe mãe foi sem querer! Quando tia petúnia escutou aquilo parou subitamente de chorar e falou que não tinha a menor importância jogando os restos da rosa no lixo, e tio Valter olhou desconcertado para Harry e fingiu que nada tinha acontecido, e até se ofereceu a comprar um bola nova para Duda com a desculpa de que aquela estava velha, e não tinha sido culpa dele que a bola tivesse acertado o vaso.

Harry não tinha entendido até hoje porque Duda fizera aquilo, mas tinha sentido uma ponta de gratidão ao primo, por não precisar escutar tio Valter gritar feito louco!

Harry se serviu e tomou seu café sozinho no quarto como de costume, ele tentou falar com os Dursley que talvez daqui a uns dias iria pra casa de seu amigo, mas eles fingiram não escutar como sempre, não gostavam de saber das coisas que Harry fazia que se ligava ao mundo bruxo,principalmente se ele ia para a casa de um deles, como Harry sabia que eles tinham escutado não ligou.
Harry passou o dia esperando a resposta do amigo, que nunca chegava, até que quando o sol ia se pondo, e Harry estava tacava uma bolinha na parede que voltava para ele ,Edwiges entrou pela janela e parou na cama, Harry correu até ela desamarrando 3 cartas da perninha da coruja, e ela deu bicadinhas carinhosas na mão de harry e foi descansar em sua gaiola, a primeira carta era de rony, e dizia:

Oi Harry,
Não sabe como eu, e todos aqui em casa estamos felizes pela sua decisão de voltar a Hogwarts, sabe Scringeor disse que Dumbledore ficaria realmente satisfeito, eu acho que é verdade, mas Scringeor não deve se importar realmente com o que Dumbledore ia querer ou não, meu pai disse que muitos pais de alunos mandaram cartas ao ministério querendo saber da segurança em Hogwarts, e muitos falaram que iam deixar os filhos voltarem, então não iam ter porque ficar com a escola fechada, a noticia deve sair no profeta diário amanha. Papai vai passar ai amanha para te buscar (se não houver problema), Hermione provavelmente vai aparatar, ela disse que deveria vim amanha mesmo.

Até Mais
Rony

P.S: papai vai passar ai no fim do dia depois do trabalho O.K?

Harry se lembrou no ano passado, quando o próprio Dumbledore lhe mandara uma carta parecida, dizendo que ia busca-lo, e ele não dormira direito até o dia marcado.
Harry estava feliz, ia se livrar dos Dursley logo, e abriu a segunda carta que pela letra era da Hermione:

Oi Harry,

Sabe, Rony me disse que você vai voltar pra Hogwarts, fiquei realmente feliz, porque achei uma atitude muito impensada da sua parte não querer terminar os estudos!!
Vou para a toca amanha, Rony disse que você também, bom vou estrear aparatando é realmente bom ser uma bruxa maior de idade. Estou ajudando meus pais com magia em alguns problemas da casa, eles parecem realmente felizes em me ver fazer magia.
Estou com saudades.

Afetuosamente,
Mione

E Harry ficou ainda mais feliz quando abriu a terceira carta, que era de Hagrid:

Olá Harry,
Não sei se já sabe que Hogwarts vai reabrir, fiquei realmente feliz, sabe, andei muito preocupado com você!
Espero que esteja bem, ate o começo das aulas.

Tudo de bom,
Hagrid.

Harry realmente não podia imaginar Hagrid sozinho naquela cabana, e a escola fechada, seria horrível para ele, e ficou muito feliz que o amigo estivesse feliz também.
Harry respondeu para rony que estava tudo certo para o Sr. Wesley busca-lo no dia seguinte, e respondeu as cartas de Mione e Hagrid.
Agora iria dormir tranqüilo, sem pensar em mais nada, ia pra toca, e depois para Hogwarts, não conseguia imaginar que um mês atrás estava totalmente sem rumo,mas agora era diferente, e ele dormiu, feito um anjo, e pela primeira vez conseguiu sonhar algo bom, sonhou com Gina.

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