"Nós..."



Uma dor aguda em seu nariz fez Harry abrir os olhos lentamente. Um borrão grande e branco tomava conta de sua visão, sentindo mais uma bicada de leve na roupa, o garoto afugentou a coruja que pousou na cabeceira da cama com o olhar fixo no dono. Sentando-se sonolento, Harry pôs a mão no nariz e limpou um pequeno corte.

Apurando o ouvido, pode detectar alguns murmúrios dos colegas de quarto. Harry imaginava a surpresa dos dois ao acordarem e perceber que a sua cama estava ocupada... Um barulho mais alto, de porta se fechando denunciou a saída de alguém. O silêncio voltou.

- É... Eu também senti a sua falta... – ironizou. A coruja soltou um forte estalo de desgosto. Aparentemente até o animal parecia ligeiramente azedo para com o dono. – Bem, você não é o único... – as cortinas se abriram com força ofuscando a vista de Harry que estendendo o braço em busca dos óculos, identificou o amigo em pé ao lado da cama, completamente vestido.

- Bom dia. – cumprimentou Rony num tom prático. Harry não teve tempo de responder, visto que ele emendou. – O que houve com o seu nariz?

- Edwiges... – retrucou simplesmente.

- Você vai descer? Já são sete horas...

- Sete? Desde quando você acorda tão cedo? – Rony não respondeu. Encolhendo os ombros, retrucou:

- Eu vou esperar lá em baixo. – pondo a mochila nas costas, Rony saiu escadas em direção a comunal.



Hermione encarou a sua pena enquanto ela dava piruetas sobre a mesa. Profª. Vector falava algo sobre N.I.E.M.S., ou pelo menos assim parecia, visto que a voz da mulher parecia extremamente distante aos ouvidos da garota...

- Olha só pra ela... Dá pena...

- Você acha que ela já sabe que ele voltou?

- Eu acho que ela não estaria assim se não soubesse né?

- Disfarça, ela ta olhando!

Bem, aquilo não durou muito... Pensou Hermione a caminho de Poções. Obviamente, dado o mexerico, e a atenção que ela recebia pelos corredores, a notícia de que Harry estava de volta não demorara muito para se espalhar. Não que ela esperasse outra coisa... – Acrescentou com impaciência e desconforto. A sensação que ela tinha era de que estava em um aquário, e todos esperavam apenas para ver como ela reagia...

Acelerando os passos, Hermione virou na primeira esquina e seguiu escadas à baixo em direção às masmorras. Estava atrasada, pra completar...

Uma pancada de leve na porta se fez ouvir na sala, Hermione entrou em silêncio seguindo em direção a primeira cadeira tentando ao máximo passar despercebida. Não deu muito certo.

- Você está atrasada Srta. Granger! – sibilou o professor num tom mal-humorado.

- Bem, eu...

- Vinte pontos serão tirados da Gryffindor pela sua falta de respeito. – acrescentou apontando para a cadeira mais próxima. Sem mais uma palavra, Hermione seguiu e sentou-se na última cadeira.

A maior parte dos rostos se voltaram para ela, mudando logo de foco. Para onde ela pode rapidamente identificar como sendo Rony, e Harry três cadeiras à frente na fila ao lado. (que, diga-se de passagem, também a observavam). Baixando os olhos, Hermione apanhou seu livro com uma das mãos e o colocou na mesa abrindo-o logo em seguida sem levantar os olhos.

- Assim você vai acabar torcendo o pescoço... – comentou Rony, meia hora depois. – Harry se endireitou encarando o quadro:

- Você está gostando disso não é? – murmurou para o amigo.

- Do que? – questionou Rony copiando as anotações do quadro.

- Ela me odeia.

- Ela não te odeia. – retrucou ainda sem levantar os olhos.

- E você está se divertindo. – concluiu Harry num tom lógico. – Mas não, tudo bem... Eu entendo, eu até mereço... Além do mais, te dá uma vantagem...- acrescentou com azedume.

- Eu não estou “me divertindo“! – sibilou Rony ligeiramente ofendido. – E ela não te odeia, não seja dramático.

Um momento de silêncio se seguiu até que Rony recomeçasse:

- Ok, talvez eu deva tirar vantagem disso...

- Eu sabia... – retrucou Harry.



Hermione encarou o seu livro-texto. Seus olhos se mantinham parados, não lia nada. Nem ao menos prestava atenção na aula... Podia ver os dois dali, eles estavam discutindo? Talvez fosse só uma conversa... – pesou ela logo em seguida. Isso, uma conversa...

Harry se voltou mais uma vez para observar a garota... Para sua surpresa, dele seus olhares se cruzaram por um momento.

Hermione foi pega completamente de surpresa ao ver que o amigo a encarou de volta de repente. Pior que aquilo, era descobrir que ele ainda tinha um efeito tão forte sobre ela... Hermione pôde sentir seus olhos esquentarem rapidamente antes mesmo que pudesse se conter. – Ela ia chorar? Ela não podia chorar! Não ali!

Harry claramente estava prestes a murmurar algo, quando Hermione voltou os olhos rapidamente para o quadro. Harry se voltou lentamente, o sentimento de culpa ainda maior. Se é que era possível. Rony estava certo... Ela não estava com raiva...

- Ela gosta de mim.

- Por que você acha isso? – desdenhou Rony. O garoto pensou um momento antes de responder.

“Porque nós nos beijamos.” Seria uma boa resposta. Não para Rony, obviamente, na realidade seria péssimo para a amizade recém-reemendada dos dois...

- Por que não? – insistiu Harry.

- Bom, não fui eu quem foi embora...

- Até quando vocês dois pretendem matar as saudades? – sibilou Snape finalmente, parecendo lívido. – Certamente nós podemos esperar até que os dois se recomponham. Cinqüenta pontos da Gryffindor! E eu não quero ouvir mais nenhum pio!

- Sim, senhor... – murmuraram os dois em uníssono.



Cinco horas... Cinco e meia ela deveria estar na sala da diretora. Claro, considerando as circunstâncias, ela certamente não podia deixar McGonnagal esperando...

Hermione não sabia dizer exatamente como aquilo havia acontecido. Bom... Saber sabia... Só não, compreendia. Pelo menos não totalmente... Ainda. Claro. – repetiu para si mesma com pouca convicção.

Tudo bem que ela e Pansy se bicavam lá e cá... Verdade também que se pudesse, até que um feitiço básico ela merecia... Motivo pelo qual ela não pôde deixar de sentir ligeira excitação ao ouvir o seu nome logo depois do da menina sendo chamado para o duelo. Demonstrativo, é claro. Mas ela nunca quis realmente machucar a garota. Pelo menos não daquele jeito, não...

Encostando a testa no vidro da janela, Hermione respirou fundo embaçando a visão dos gramados encharcados com a chuva que caíra durante toda aquela tarde. Passando o dedo no vidro levemente, se encolheu mais um pouco abraçando as pernas junto ao peito.



“O que diabos ele estava pensando?” – pensou Harry enquanto caminhava a passos largos. Não era como se ele tivesse tido tempo para fazer exercício algum. Nem lá ele estava! Emendou mentalmente ao lembrar dos amargos vinte pontos a mais que perdera durante a aula de Snape após o almoço. Claramente, se por fazer parte da ordem, o homem sabia das condições em que Harry se encontrara durante as férias, definitivamente não ligava.

Murmurando a senha e atravessando o buraco do retrato sem muita demora Harry já imaginava o banho longo e relaxante que tomaria assim que colocasse os pés no dormitório, quando estancou.

A sala não estava vazia. Hermione estava lá. Sentada no parapeito da janela, considerando o fato de que lá continuou obviamente não percebeu a segunda presença no cômodo. Ele estava cansado, de mal-humor, além de... Bem, muitas outras coisas, que Harry notava agora não tinham mais muita importância frente à prospectiva de finalmente poder conversar pelo menos com a amiga...

Harry deu um passo parando logo em seguida. O que ele iria dizer? – pensou sentindo um embrulho nervoso no estômago. Ela ainda não havia percebido a sua presença, ele podia simplesmente ir embora, ela não notaria. Ou então, ficar ali, observando... A garota passou a mão direita na blusa de leve, puxando algo distraída. Harry reconheceu o cordão dourado, que ele havia dado, e que agora ela passava pelos dedos inconscientemente.

Harry pôs a mochila no sofá e caminhou e direção à menina. O barulho despertou a atenção da garota que se virou rapidamente.

Hermione se virou rapidamente, seu estômago afundou. Há quanto tempo ele estava ali? –pensou a garota se questionando porque não o percebera antes...

Os dois se encararam por um momento, então Harry pode ver a garota virando o rosto rapidamente e dando alguns passos em direção às escadas.

- Não, espere. Hermione espere. – insistiu ele, correndo e se interpondo entre a amiga e as escadas. Harry pode ver a garota desviar o olhar novamente...

Um momento de silêncio se seguiu, até que Hermione se movesse novamente em direção à janela, e parando de costas, ela retrucou respirando fundo.

- O que você quer Harry? – disse ela soando um tanto mais fria do que esperava. Ele pareceu ter percebido a dureza nas palavras da amiga:

- Eu... – Harry piscou. Ele não esperava que a amiga pulasse em seu pescoço de saudades... (não que ele não desejasse). Entretanto, também não estava preparado para essa reação. Para ele aquela pergunta era óbvia demais, considerando que vinha dela, que costumava ser mais perspicaz que aquilo... – Você não sabe?

- Não Harry! Eu não sei! – exclamou a garota exasperada. – Você... – começou, mas se interrompeu logo em seguida pondo as mãos na cabeça com um ar ligeiramente desesperado. – Não. Eu não vou fazer isso... – murmurou ela em seguida, pegando a bolsa na cadeira mais próxima e caminhando em direção à porta.

- Hermione espere! – chamou Harry seguindo a amiga que já saí pelo buraco do retrato. – Será que dá pra você parar pra gente conversar pelo menos!

- Não! Agente não tem nada pra conversar! – respondeu ela aumentando os passos e esbarrando em um dos alunos que agora apinhavam no corredor com a atenção na discussão dos dois. Hermione sentiu o sangue correr mais rápido nas veias. Ela estava mentindo, era uma terrível mentirosa, e geralmente ele percebia disso. Ela estava mentindo, havia tanto que ela queria saber... Tantas perguntas, e ainda sim... A mágoa certamente estava levando a melhor dentro dela. E por isso, ela não ficaria por perto tempo suficiente para transparecer o que quer que fosse.

Harry sabia que todos os olhares no corredor se voltavam agora para os dois. Mas não fazia diferença. Ia longe o tempo em que ele ligava para o desconforto de que os seus sentimentos pela amiga se tornassem públicos. Ia longe o tempo em que eles o eram...

- Nós temos muito que conversar, e você sabe disso. – rebateu Harry segurando o braço da amiga, fazendo-a parar após um lance de escadas. Hermione cedeu, virando para encará-lo.

Hermione respirou pesadamente. Eles estavam próximos, novamente. Ela pode sentir os olhos se tornando cada vez mais quentes e úmidos... Ia chorar, não podia... Não, de novo... Ela não ia...

Harry observou a amiga. Ela estava pálida, e tão, tão triste... Uma sensação familiar de culpa tomou conta dele novamente enquanto um súbito desespero começava a surgir. A vontade que ele tinha era de segura-la em seus braços, e faze-la entender o porquê dele ter partido. E porque ele estava de volta! Ele havia sentido a falta dela! Não era óbvio?! Ele podia dizer quantas vezes fosse preciso... E não importava quantas pessoas ouvissem, ele sentia falta dela! De todos os dias em que estava longe, não havia um único no qual ele não pensasse nela! E quer ele admitisse ou não, parte dele sabia que ela era a única razão pela qual ele estava de volta no fim das contas...

Ele deu mais um passo subindo um degrau em direção à amiga:

- Nós podíamos... Tentar de novo... De onde nós paramos... – tentou Harry, sentindo o impulso conhecido de beijá-la de novo. Hermione sentiu as pernas tremerem levemente ao ouvir as palavras do amigo. Logo uma lágrima desceu pelo seu rosto e ela soltou o braço afastando-se repentinamente:

- Que é aonde, exatamente, Harry?! Quero dizer...! Não se pode parar o que não começou certo? ! – suspirou ela se virando e recomeçando a caminhar.

- Nós nos beijamos. – disse Harry simplesmente, como se aquilo fosse explicação suficiente para o que quer que ele diga ou faça. E aquilo ela certamente não podia negar.

Aqui, um silêncio momentâneo se formou ao redor deles. Se havia uma dúvida qualquer sobre a relevância daquela discussão para a maioria ali, havia sido desfeita. Todos pareciam esperar pela resposta da menina com os olhos na interação dos dois amigos:

- Não! Não, você foi embora! – exclamou a garota parando de repente e dando meia volta. Encarando o amigo ela continuou com mágoa. – E eu chorei. Pensando e imaginando onde você poderia estar, e o que poderia ter feito você ir embora daquele jeito! E aí, eu superei. E eu sugiro que você faça o mesmo. – disse Hermione tentando parecer o mais dura possível. Entretanto, as lágrimas que desciam pelo seu rosto diziam o contrário, e ele sabia:

- Você está mentindo... – murmurou sério.

- E daí?

Um barulho de porta se abrindo cortou o silêncio que se seguiu às palavras de Hermione que virou o rosto na direção oposta rapidamente ao ver McGonnagal em pé no vão da porta de sua sala. Provavelmente ouvira a “conversa” dos dois. Os alunos começaram a se dissipar sem muita demora, sob mal disfarçado desapontamento.

- Srta. Granger. – retrucou a professora num tom levemente ofendido. – Eu espero que a senhorita esteja consciente de que está atrasada.

- Eu... Er... – tateou a garota passando as mãos nos olhos rapidamente. – Sim, eu estava indo par...

- Não importa. Vamos... Entre. – cortou a mulher num tom prático. Harry sentiu o olhar da professora de relance sobre ele e desviou o olhar desconcertado.

- Certo. – aquiesceu Hermione entrando na sala da mulher sem olhar para trás. Harry não se moveu por um momento, até ouvir a palavra da professora:

- Sr. Potter, eu suponho que você possa ir agora. – disse a mulher esperando o garoto se retirar do local agora vazio.

- Eu, certo. – respondeu Harry, sem muito animo para refutar. Provavelmente ele soubesse depois o motivo da conversa das duas... Por Rony claro. – acrescentou amargo.

Hermione caminhou até a cadeira acolchoada e sentou-se sem-graça. Quanto ela ouvira da briga que havia acabado de ter com o amigo?

Silêncio se seguiu por um momento, quebrado apenas pelo barulho de clic da porta que se fechou atrás da menina. Hermione respirou fundo. Ia perder o cargo de monitora... Tinha certeza disso. E nem era sua culpa na verdade, ela simplesmente não conseguiu controlar o golpe... E o pior era que nem tinha cabeça para tentar se defender agora. Ainda estava preocupada em enxugar os olhos. Seria extremamente embaraçoso se ela simplesmente debulhasse em lágrimas na frente da professora, que já não tinha muitos motivos para estar satisfeita com a garota...

McGonnagal sentou-se à frente da aluna apoiando os braços na mesa simplesmente. Por um momento ela simplesmente observou-a, deixando Hermione ainda mais desconfortável.

- Então... Como você está se sentindo? – perguntou a mulher num tom muito mais íntimo do que o que Hermione esperava:

- Eu... O que? – por um momento ela chegou até a pensar que a mulher se referia ao episódio que presenciara entre ela e o amigo... Até McGonnagal recomeçar:

- A direção da escola... Bem... – tateou a mulher que parecia tentar medir as palavras. – Eu, nós estamos preocupados com o seu comportamento, Hermione...

- Meu comportamento...? – piscou Hermione.

- Veja... Desde o incidente do ano passado...

- A senhora quer dizer Sirius? – corrigiu Hermione levemente irritada agora. –Porque ela pensaria que Sirius tem qualquer coisa haver com o que aconteceu na aula? – McGonnagal pareceu ter notado o tom de irritação se afastando quase que imperceptivelmente e se se encostando à cadeira acolchoada.

- Hermione, ultimamente... Você tem andado um pouco... – continuou a mulher agora mais séria. – Nós entendemos que ultimamente você tem tido certa dificuldade em termos de controle, com relação aos seus poderes... – disse a mulher esperando pela confirmação da aluna.

- Eu estou bem! – interpelou Hermione. – Eu quero dizer... Eu sei que ultimamente eu estou um pouquinho nervosa, mas... È só temporário, eu... Além do mais, Pansy, ela deve estar bem... Foi um acidente, eu...

- Srta. Parkinson foi enviada para St. Mungus esta tarde. – disse a mulher com pesar. Hermione se calou. St. Mungus? – pensou ela.

- O que aconteceu com Srta. Parkinson foi um reflexo do que nós temos notado...

- Mas foi um acidente sem importância... O qu...

- Como assim? Você têm me vigiado? – questionou a garota, percebendo que fora rude demais logo em seguida, assim como a professora:

- Nós estamos preocupados com você Hermione. E gostaríamos que a partir de hoje, você tentasse, bom... Tentasse evitar o uso exagerado de magia... Pelo menos fora do colégio...

- Eu não posso usar mágica? – ela não acreditava no que estava ouvindo. – Isso é ridículo! – protestou Hermione elevando o tom de voz. Um jarro de vidro que se encontrava na estante explodiu a menção das palavras da garota, McGonnagal deu um salto se levantando de repente levemente surpresa. Hermione olhou para a mulher, ela não teve a intenção.

- O qu... Eu s-sinto muito... Eu não sei o qu... – tateou Hermione fazendo menção de pegar a varinha para reparar o dano cometido. As a mulher fez um sinal rápido para que ela não o tentasse.

- Mas...

- Srta. Granger. – cortou McGonnagal. Hermione se calou. O que havia de errado com ela? Por que se irritara tanto? Ainda mais com McGonnagal..? – sentando-se novamente a mulher continuou com tom de finalização:

- Eu pedirei a Weasley para dar continuação Às suas atividades como monitora-chefe... No meio tempo, eu sugiro que você procure se acalmar... – Hermione não revidou. Apenas acrescentou num murmúrio:

- Eu ainda posso ajudar no abrigo...? – perguntou ela esperando uma resposta negativa. A mulher pareceu considerar por um momento:

- Pode. – respondeu após alguns segundos. Chamando a garota novamente ao vê-la sair pela porta. – Hermione, qualquer coisa... Sinta-se à vontade para vir falar comigo, ok...? – pediu a mulher.

À vontade? É certo... – pensou Hermione com ironia.

- Certo, Professora... – respondeu simplesmente.

Hermione fechou a porta atrás de si em silêncio. Sua cabeça latejava violentamente, e não sentia ânimo algum em revidar à perda do cargo de Monitora-chefe... Alguns meses atrás, talvez ligasse... Agora, havia outras coisas em sua mente...

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