Domando Bellatrix Black

Domando Bellatrix Black



11. Domando Bellatrix Black.




Nua em seu túmulo



- Black. – chamou a professora.

A morena olhou lentamente para a mulher em sua frente, despertando de seus pensamentos com um pouco de dificuldade.

- Sim? – murmurou. - Senhora.
- Eu mandei você repetir o que eu acabei de dizer. – ordenou Minerva.

Bellatrix parou por um momento, percebendo que não havia absorvido nenhuma palavra da professora.

- A última coisa que a senhora disse foi o meu nome. – disse monotonamente. – Mas, com toda sinceridade, uma grifinória não tem dignidade para ficar falando o nome de uma das mais nobres...
- Detenção.

Um suspiro foi a única reação de Bellatrix, que apenas voltou o olhar para seu caderno. A garota que encontrava-se ao lado dela a olhou atentamente.

- Seria bom se ao menos disfarçasse. – murmurou Belinda alguns segundos depois, enquanto elas arrumavam os materiais.

Bellatrix continuou em silêncio.

- Rodolfo veio falar comigo. Fez perguntas estranhas sobre o seu humor alterado.
- Meu humor não está alterado! – exclamou Bella em voz alta.

Belinda riu e deu os ombros, murmurando:

- Imagina se estivesse.

Minerva olhou para as duas garotas e suas sobrancelhas ergueram-se severamente, encarando Bellatrix.

- Venha aqui, Srta. Black. – mandou.

A morena deixou seus materiais em cima da mesa, enquanto sua amiga saia da sala. Postou-se em frente a mesa da professora, a olhando com descaso.

- Sim?
- Srta. Black, eu sei que não sou a pessoa mais indicada para isto. – começou a mulher tentando parecer compreensiva. – Mas se existe alguma coisa a perturbando...
- Não. Eu estou ótima, obrigada.

Fez menção de virar-se e ir embora, quando a professora recomeçou a falar.

- A senhorita anda desatenta nas aulas e tirou notas baixíssimas. Acho que não devo lhe lembrar que este é o seu último e mais importante ano escolar.
- Não, a senhora não precisa me lembrar. – suspirou. – Só isso?

Minerva fez sinal para que ela esperasse e abriu uma gaveta, tirando um pergaminho.

- Vou escrever um bilhete ao Slughorn, comunicando sobre a sua detenção. – Minerva a olhou severamente. – Esteja aqui no meu na minha sala as oito, senhorita.




- Desde quando você recebe detenções, Bella? – perguntou Rodolfo desconfiadamente.

Bellatrix sentou-se no braço da poltrona em que o noivo estava sentado e soltou um muxoxo.

- Aquela professora ridícula achou que poderia chamar a minha atenção. Eu me irritei. – simplificou. – Apenas isso.
- Esqueçam o pequeno detalhe de que Bellatrix é a pessoa mais controlada que conheço. – comentou uma voz fina, entrando na conversa.

Narcisa sorriu falsamente para a irmã, fingindo doçura.

- Talvez eu continue perdendo meu controle e acerte alguma coisa na sua cabeça, Cissy. – falou Bellatrix rudemente.

Rodolfo segurou a garota pelo braço, com um pouco de leveza, apenas para garantir de que ela não partiria para cima da irmã e Belinda, que estava sentada ao lado de Lucio, deixou com que um riso debochado saísse de seus lábios.

- Algum problema, Parkinson? – perguntou Narcisa virando-se para a garota.
- Nenhum, Narcisa. – respondeu com um sorriso cínico.

Narcisa olhou diretamente para Lucio, que sustentou o olhar. A loira acabou subindo para o seu dormitório.

- Seus dias depois de casado serão uma maravilha, Lucio. – falou Rodolfo sorrindo.

Lucio olhou para Belinda, que não pareceu gostar do comentário, e revirou os olhos.

- Será apenas um casamento de fachada, como todos na nossa sociedade. – resmungou.

Os garotos sorriram levemente, não se importando de falar aquilo na frente das garotas.

- Falando em casamentos de fachada...- disse Bellatrix. – Já falou com os meus pais sobre o noivado?

O garoto de cabelos castanhos apenas olhou friamente para a garota e deu os ombros.

- Pretendo falar nas férias. Meus pais não parecem ter muita pressa, de qualquer forma teremos que acabar Hogwarts antes do casamento.
- Ótimo. – Bellatrix consultou o relógio no pulso do noivo. – Tenho que ir.

Alguns minutos depois, caminhando sozinha pelos corredores da escola, a garota ainda tentava decidir se o fato de Rodolfo ainda não ter falado com seus pais era bom ou ruim.


Eu sou uma oração para sua solidão



Havia uma semana que não falava com Sirius, e ao que tudo indicava o orgulho do garoto estava completamente ferido. Não que o dela não estivesse, mas o principal motivo de não ter feito nada para acabar com aquela briga infantil era que havia sofrido de um pequeno ataque de consciência. Um ataque um pouco tardio, era verdade, mas que ainda revigorava até aquele instante.

E existiu até o momento em que abriu a porta da sala da professora de Transfiguração e viu três Grifinórios escorados na parede, em frente a professora.

- Está atrasada, Senhorita Black. – falou Minerva assim que avistou a garota na porta da sala.

Bellatrix pôde ver o corpo de Sirius virando-se lentamente para a porta, mas nunca soube se seu olhar chegou a pousar sobre ela – não que tivesse dúvidas -, já que desviou seus olhos para a professora e andou até a frente da sala. A garota postou-se do lado oposto de onde Tiago, Pedro e Sirius se encontravam, lutando para não olhar para nada que não se resumisse à Minerva.

- Como eu falava antes da Srt. Black chegar, vocês irão cumprir detenção junto com o senhor Filch. – Os alunos gemeram em uníssono. – Dois irão limpar armaduras no 7º andar e dois irão limpar os troféus da sala de troféus.

Uma risada pôde ser ouvida e eles viraram-se, percebendo que Filch já estava na porta da sala, aguardando-os.

Os olhares de Sirius e Bellatrix se cruzaram, as íris de Sirius pareceram brilhar mais do que o normal e ele desviou o olhar.


E você viria sempre logo acima de mim?


- Vamos, seus pivetes. – murmurou o velho.
- Filch! – ralhou McGonagal. – E, garotos, deixem suas varinhas aqui.

O homem sorriu meio sem graça para a professora, enquanto os jovens deixavam as varinhas em cima da mesa da mulher, com certa relutância. Filch saiu da sala, sendo seguido pelos alunos.




Ao chegarem ao 7º corredor o velho parou, sorrindo malevolamente para eles.

- Então, quem vai ficar limpando armaduras? – perguntou, colocando um balde cheio d’água no chão, ao lado de alguns panos velhos.

Bellatrix deu um passo a frente, sem olhar para os grifinórios.

- Ótimo. Black, fique com ela. – ordenou, recomeçando a andar.
- Mas...- começou Sirius, sem ser atendido.

Tiago olhou para o amigo com cara de quem lamentava e acabou por seguir Filch junto com Rabicho.

Bellatrix dirigiu-se até o balde e os panos e abaixou-se, sem dizer nenhuma palavra.

- Então, o que fez para conseguir uma detenção? – perguntou Sirius em tom amistoso.

A garota pegou o pano e o molhou na água fria, erguendo-se logo depois. Passou por Sirius e começou a limpar uma das várias armaduras presentes no corredor.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa quando ela virou-se, o encarando de forma resignada.

- Quanto antes começarmos, mais rápido terminamos. – disse rudemente.

Sirius olhou para o teto e suspirou, logo depois se aproximando dela. Ele levou a mão ao bolso do casaco e tirou sua varinha dali.

- Você realmente acha que um Maroto cumpre todas as detenções que recebe? – perguntou com um sorriso irônico.

Bellatrix analisou a situação por alguns instantes, olhando de Sirius para a varinha que ele segurava nas mãos, mas acabou voltando-se para a armadura.

- Ótimo, assim ficarei livre de você.
- Bella, pare de birra. Eu duvido que você queira limpar todas essas armaduras.

Ele não deu muito tempo a garota, já que após acabar de falar ele já erguia a varinha e executava um feitiço que deixou todas as armaduras brilhantes.

A sonserina o encarou por longos segundos, com um olhar que beirava o mortal.

- Nunca pedi sua ajuda. – disse enquanto começa a andar para longe dele.

Ele balançou a cabeça, apenas a olhando, até que correu rapidamente até ela. Quando a alcançou parou em sua frente, não deixando-a continuar.

- Eu quero conversar com você. – falou em tom definitivo.
- E eu não quero conversar com você.

Ela virou-se para o outro lado e começou a andar; pelo jeito não se importava muito com a direção que seguia, apenas com a distancia que ficava dele.

- Bella, pare com isso! Parece uma criança. – riu, voltando a alcançá-la.

Ele voltou a ficar na frente dela e a garota colocou as mãos na cintura, se irritando.

- Saia do meu caminho, Sirius Black! – gritou.

Sirius se aproximou e sussurrou:

- Diga com mais vontade.
- Saia do meu caminho! – gritou ainda mais alto. – Saia da minha vida, saia da minha mente!

O garoto, que a essa altura já estava com as duas mãos na cintura dela, sentiu todas as defesas de Bellatrix caírem por terra.

- Saia, apenas saia. – pediu com o tom de voz mais baixo, apesar de mais desesperado.

Bella enlaçou seus braços pelo pescoço dele, num ato impensado.

- Eu nunca vou sair. – murmurou, soltando-a.

Ela olhou-o se afastar e abrir uma porta no corredor. Depois de abrir a porta ele voltou a se aproximar dela e a levou até a sala pela mão.


Pois era uma vez



- Eu tenho que aprender a não entrar em salas vazias com você. – murmurou Bellatrix.
- Desculpe, Bella, mas jamais irá aprender. – sorriu galanteadoramente. – Ficar em uma sala vazia comigo é uma proposta irrecusável.

A garota ergueu uma de suas sobrancelhas, o olhando ironicamente. Aproximou-se perigosamente dele, andando como um gato que vê um rato extremamente apetitoso.

Quando estavam bem próximos ela o empurrou e ele foi deitado na mesa do professor, onde anteriormente estava sentado. Ela sorriu vitoriosa e passou suas longas unhas pintadas de vermelho pela pele dele.

- Isso tudo porque ficamos uma semana sem nos falar. Fico excitado só de imaginar o que fará quando não nos falarmos por meses. – disse rindo.

Ela lutou brevemente para não rir e ignorou o comentário dele.

- Você fala demais. Fique calado. – ordenou.


Das ligações de sua inferioridade



Por breves instantes ele pensou em reclamar do tom de voz usado por ela, mas no fundo sabia que seria inútil. Bellatrix era exatamente daquele jeito, não havia como mudar, apenas como contornar.

Era muito mais cômodo para ele deixar com que ela pensasse que mandava, enquanto na verdade ele tinha controle sobre a relação. Neste ponto sabia que Lestrange jamais domaria Bella. O rival podia ter a mão dela, podia ter riquezas e podia ser muito mais bem visto por ela do que ele, mas ele jamais domaria Bellatrix.

- Você acha que me domou, primo? – perguntou num murmúrio irônico, perto do ouvido dele.

Sirius amaldiçoou-se por não usar o básico que havia aprendido sobre Oclumência e tentou fechar a mente.

- Odeio quando você faz isso. – resmungou enquanto ela tirava sua gravata.
- Eu sei. Não me controlei ao ver que você pensa que me domou. – disse em tom irônico de desculpas.

Sirius a pegou rapidamente pelos pulsos, levantando da mesa em que estava deitado. Ele a empurrou com o próprio corpo até a parede mais próxima, a prensando. Ele a impulsionou e a fez contornar as pernas por sua cintura, a segurando de forma possessiva. Beijaram-se com selvageria, até que ele desgrudou seus lábios, desviando sua atenção para os colo da garota.

Ele tentava beijar a pele alva dela, mas o fino tecido da camisa que ela usava o impedia. Bellatrix, percebendo o fato, desabotoou agilmente os botões de sua roupa.

- Não domei? – perguntou presunçosamente.
- Jamais. – sussurrou, não se importando muito com a arrogância na voz dele.

Ele afastou levemente os lábios da pele dela, rumando para seu pescoço e respirando pesadamente perto de seu ouvido. Logo depois refez o caminho até o colo dela, deixando com que seus lábios apenas roçassem em sua pele.

Levou suas mãos aos cabelos do garoto, os puxando e o fazendo voltar a beijar sua pele sedentamente. Ele sorriu e acabou cedendo, beijando todo o corpo da garota; não fazendo nenhum esforço para fechar sua mente ao pensar que, com toda certeza, havia domado Bellatrix Black.


Eu sempre poderia encontrar
a fechadura certa para a sua chave sagrada





(N/A):

Hohoho, que cena obscena.

Capitulo escrito num súbito de inspiração, e eu gostei dele (Y) Apesar de ter achado meio pequeno demais :S

De qualquer forma, beijos!

E comentem!

Lisi Black


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